28 dezembro 2016

001-As bens aventuranças do Reino - O Sermão do Monte Lição 01[Pr Afonso Chaves]27dez2016


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LIÇÃO 1: 
AS BEM-AVENTURANÇAS DO REINO 

TEXTO ÁUREO:
 “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 5.1-12 

INTRODUÇÃO 
O ensino de Jesus registrado em Mateus 5 a 7 geralmente é conhecido como o “Sermão do Monte”. Mas esta designação pouco diz a respeito do seu conteúdo. Trata-se de um sermão em que nosso Senhor apresenta as elevadas qualidades espirituais dos súditos do reino de Deus, bem como ensina o padrão de justiça perfeita exigida deles. São ensinamentos de extrema importância para nós, pois neles temos muito a aprender sobre a excelência do nosso chamado para fazermos parte deste reino e do quanto Deus requer de nós como Seus súditos. 

I – CONTEXTO DO SERMÃO DO MONTE (MT 4.12-25) 
Não é possível determinar o monte sobre o qual nosso Senhor proferiu este sermão. Contudo, podemos dizer que Jesus se encontrava na Galiléia, no início do Seu ministério. Após a prisão de João Batista, tendo Ele chamado os Seus primeiros discípulos (vv. 18-22), percorria a região, ensinando, pregando e realizando milagres de cura (v. 23). Sua fama já havia se espalhado pelas regiões circunvizinhas, de modo que era seguido por uma grande multidão (v. 24-25). A suma da mensagem de Cristo era: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (v. 17). Ele anunciava a realidade de um reino que muitos aguardavam se manifestar, mas cuja natureza ainda não compreendiam. Nosso Senhor não falava de um reino deste mundo, mas do reino dos céus (ou o reino de Deus), cuja presença não poderia ser percebida pelos sentidos carnais, tampouco por alguma alteração na ordem dos governos terrenos (Lc 17.20; Jo 18.36), mas sim pela submissão à ordem proclamada pelo seu Rei: “Arrependei-vos”, ou seja, para recebê-lo, era necessário renunciar totalmente ao pecado e produzir frutos dignos da excelência desse reino espiritual (cf. Mt 3.1-10). Esta é a boa nova do reino. Assim, este sermão pode ser entendido como uma oportuna explicação de quem são estes que se arrependem e produzem fruto, e que por isso são verdadeiros súditos do reino de Deus. 

II – CONTEÚDO E PROPÓSITO DO SERMÃO DO MONTE (MT 5.1-2) 
Este sermão é pronunciado por Jesus tanto em atenção aos Seus discípulos, que dEle se aproximaram na ocasião, como também à multidão, que O ouvia mais de longe (cf. Mt 7.28, 29). Na verdade, o sermão é pertinente a todos quantos ouvem a proclamação do reino dos céus (Mt 24.14). Podemos notar que, ao longo deste sermão, é feito um contraste entre aqueles que participam do reino de Deus e os que ficam de fora – estes últimos representados ora pelos “homens”, de uma forma geral, ora pelos “escribas e fariseus”, ora pelos “publicanos”, ora pelos “gentios”, ora pelos “hipócritas”, “falsos profetas” e falsos discípulos. Há uma divergência contrastante de interesses, intenções, propósitos e atitudes entre os súditos do reino de Deus e os demais. Contudo, é muito importante entender que este sermão não é como uma “nova lei” – uma série de mandamentos a serem cumpridos como condição para se entrar no reino dos céus. Para tanto, é necessário “nascer de novo” (Jo 3.3, 5), e isto é obra da graça de Deus, não do esforço e vontade humanos (Lc 12.32; 22.29; Cl 1.13; Ap 5.9, 10). O Sermão do Monte revela um caráter espiritual e um padrão de justiça elevadíssimos, inalcançáveis ao homem natural, e que, pelo contrário, mostram-no muito distante do reino de Deus, e a suas obras, como trapos de imundícia. Apenas o verdadeiro discípulo de Cristo, introduzido neste reino pela graça de Deus, é capaz de não apenas ouvir, mas também cumprir estas palavras (Mt 7.24; Jo 15.5). 

III – AS BEM-AVENTURANÇAS (MT 5.3-12) 
A primeira seção em que podemos dividir o sermão em apreço é a das “bem-aventuranças”. Ser bem-aventurado é o mesmo que ser “feliz”, “afortunado”, alguém que se pode dizer plenamente realizado e completo. Ao explicar a razão dessas bem-aventuranças, o Senhor Jesus contraria não apenas o conceito mundano sobre felicidade, mas também o pensamento de que o reino de Deus devesse trazer paz, conforto e prosperidade exteriores (Rm 14.17). A felicidade segundo Deus independe dessas circunstâncias. As virtudes, qualidades e características associadas às bem-aventuranças formam um todo inseparável, e acham-se presentes em todo o cristão, tornando-o mais semelhante ao Seu Senhor, identificando-O como verdadeiro discípulo e súdito do reino (Lc 6.40). Não são qualidades morais, que o homem natural poderia exercitar, pois estas 2 jamais o tornariam merecedor de recompensas espirituais. Logo, são qualidades geradas pelo Espírito, e é por isso que estão associadas a benefícios espirituais e eternos (Gl 5.22; 6.7, 8). Consideremos, então, cada uma destas bem-aventuranças, na ordem em que se apresentam no texto sagrado: 1. “Bem-aventurados os pobres de espírito...” (v. 3). A pobreza material não é virtude, tampouco a intelectual ou espiritual. Ser pobre de espírito é reconhecer a nossa completa inabilidade e a insuficiência de nossos meios e recursos, bem como a nossa total dependência da graça e misericórdia divinas, para alcançarmos as riquezas do reino dos céus (Lc 18.9-14; Mt 11.5; Sl 40.17; Is 66.2). 2. “Bem-aventurados os que choram...” (v. 4). Trata-se do choro como expressão de tristeza, mas há diferença entre o choro de tristeza do mundo e o de um cristão. Este se entristece, primeiramente, pelos seus próprios pecados e fracassos na obediência devida a Deus (Tg 4.9); depois, pelo mal que predomina neste mundo (Sl 119.53); e ainda pelo sofrimento do seu próximo (Rm 12.15). 3. “Bem-aventurados os mansos...” (v. 5). A mansidão é considerada sinal de fraqueza pelo mundo, que busca sua felicidade confiando em sua própria força e astúcia. O súdito do reino confia no Senhor, descansa em Sua bondade e providência (Sl 37.3-11), e por isso é satisfeito e contente com o que possui nesta vida, e herdará todas as coisas no porvir (Ap 21.7). 4. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça...” (v. 6). Justiça é a essência do reino de Deus, e por ela o cristão anseia como pelo próprio alimento. Ao passo que o mundo se satisfaz com uma justiça relativa, nunca perfeita, e sempre alheia às exigências da lei divina (Rm 3.10), o súdito do reino de Deus é imbuído de um senso de justiça que não almeja nada menos do que a vontade de Deus plenamente realizada, tanto nos céus como na terra. 5. “Bem-aventurados os misericordiosos...” (v. 7). Não se trata de ter misericórdia com o próximo, para alcançar misericórdia de Deus. Misericórdia não pode ser merecida. É característica inequívoca do cristão, porque este primeiramente alcançou misericórdia da parte de Deus e agora não pode deixar de ter compaixão pela miséria alheia, tanto material como espiritual (Mt 18.15-35; Sl 37.21; Gl 6.2; Jd 22). 6. “Bem-aventurados os limpos de coração...” (v. 8). O coração é a sede dos pensamentos e intenções, e por natureza é mau e enganoso (Jr 17.9). Mas, pela obra da regeneração do Espírito, o cristão é liberto do amor deste mundo (At 15.9; Tt 3.5), e agora ama sincera e exclusivamente a Deus, agradando-O não apenas na aparência, mas também no interior (Mt 15.7-9; Tg 4.8). 7. “Bem-aventurados os pacificadores...” (v. 9). O discípulo de Cristo ama a paz, e a segue em seu relacionamento com o próximo (Rm 12.18; Ef 4.3; 1 Pe 3.11), pois, pela reconciliação da cruz, ele mesmo foi trazido a um relacionamento de paz com Deus (Ef 2.14). 8. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição...” (v. 10). O cristão não deve esperar aplausos por ser discípulo de Cristo, mas antes perseguição em razão do seu anelo pela justiça de Deus (2 Tm 3.12). Aplicando esta bem-aventurança ao caso particular dos discípulos, o Senhor Jesus caracteriza o que deveriam esperar do mundo em mais de um aspecto: palavras ofensivas (injúria), oposição em geral (perseguição) e falsas acusações (mentira), cf. Mt 24.9. Isto, porém, não deveria impressioná-los, pois não seriam os primeiros a passar por essas aflições, e, ao serem comparados aos profetas do passado, ou seja, a homens altamente favorecidos e amados por Deus, eis um grande motivo para se alegrarem nesta vida e esperarem por grande recompensa no céu (At 5.41; 1 Pe 4.12-14). 

CONCLUSÃO 
O sermão de Jesus que estudaremos neste trimestre apresenta a essência do que é ser súdito do reino de Deus. Seus ensinos são pertinentes a todos os que almejam ser achados como verdadeiros discípulos e servos de Cristo, pois identificam e descrevem o novo espírito, a nova índole que caracteriza Seus súditos, e prescrevem a nova conduta e prática que devemos ter neste mundo em harmonia com o reino de Deus, enquanto aguardamos a manifestação plena desse reino, em novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça. 

QUESTIONÁRIO 
1. Explique a relação entre o Sermão do Monte e as palavras do Senhor: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. 
2. A quem são dirigidas as palavras deste sermão? 
3. Que tipo de pessoa é caracterizada ao longo deste sermão? 
4. Por que o Sermão do Monte não pode ser entendido como uma “nova lei”, ou como mandamentos a serem cumpridos para alguém se tornar súdito do reino de Deus? 
5. Qual a diferença entre as bem-aventuranças e qualidades morais naturais, que qualquer homem poderia exercitar?

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22 dezembro 2016

013-As bençãos de Deus para Israel - Os Patriarcas Lição 13 [Pr Afonso Chaves] 20 dez 2016



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Tema: Os Patriarcas, de Abraão a José

LIÇÃO 13: 
AS BENÇÃOS DE DEUS PARA ISRAEL

Texto Áureo
: “E disse: Eu sou o Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.” (Gn 46.3) Leitura Bíblica: Gênesis 46.1-7


INTRODUÇÃO 
Após Israel receber as promessas de Deus em estar com ele e fazer dele grande nação, desce com a família ao Egito para encontrar-se com José. Após um emocionado encontro com o filho, Jacó é apresentado a Faraó que ordena que se lhe dê por habitação e possessão a terra de Gósen. Lá frutificaram e multiplicaram-se muito e se tornaram uma grande nação. Antes da morte Israel abençoa os filhos e dá ordem para que seja sepultado em Canaã no sepulcro de seus pais. 

I - ISRAEL DESCE AO EGITO (46.1 a 47.27) 
Assim que Jacó recebe a notícia do estado de José no Egito, parte com toda família a encontrar-se com o filho. Partindo para o Egito, passa por Berseba onde oferece sacrifícios a Deus; em visões da noite ouve promessas de grande multiplicação e de retorno a terra de Canaã. No Egito, após encontro com José, Jacó é recebido em audiência por Faraó, e ousadamente assume posição de superioridade espiritual ao abençoá-lo por duas vezes. Neste encontro o patriarca destaca a idade de cento e trinta anos, admite serem poucos e maus em relação aos anos de vida de seus pais. Depois disto, Israel habitou na terra de Gósen, onde frutificaram e multiplicaram-se muito até que se tornar em uma grande nação. Outro registro que se destaca é o juramento com que intimou Jacó a José de que seria sepultado em Macpela e nisso se prostrou, adorando a Deus. 

II - ISRAEL ABENÇOA OS FILHOS ANTES DE SUA MORTE (48.1 a 49. 28) 
Em visita ao pai enfermo, José é acompanhado por seus dois filhos. Jacó faz lembrança das promessas de Deus, e assumem em adoção Efraim e Manassés como seus filhos. Ao abençoá-los, apesar da intervenção de José, conscientemente toma o menor e o põe por maior. Depois chamaram Jacó a todos seus filhos e profeticamente abençoou a cada um. Algumas dessas profecias são muito interessantes. Destaca-se entre elas, a palavra dada a Ruben que por seu pecado perdeu a primogenitura, a palavra de desaprovação dada a Simeão e Levi que por serem dominados pela ira, seriam espalhados em Israel; Levi não recebeu herança em Israel. E ainda, as maravilhosas bênçãos dadas a José, que em meio às adversidades sempre manteve a fé. No entanto, as palavras dadas a Judá são as de maior significado profético, pois salienta o louvor de seus irmãos que a ele se inclinariam seu poderoso e eterno domínio e sua prosperidade no vinho (alegria) e no leite (alimento). Estas palavras dada a Judá têm seu cumprimento no reinado de Davi e seus descendentes, e desenrola-se de forma final no próspero e eterno reinado de Jesus, o leão da tribo de Judá. (cf. Is 55.1; Jo4. 22) 

III - AS RECOMENDAÇÕES E AS MORTES DE JACÓ E JOSÉ (49.29 a 50.26) 
Após abençoar seus filhos, Jacó ordena-lhes que seja sepultado na cova de Macpela em Canaã, onde foram sepultados sua mulher Léia e os patriarcas Abraão e Isaque com suas mulheres Sara e Rebeca. Sob as ordens de José, os médicos egípcios embalsamaram a Jacó, o príncipe que lutou com Deus, em grande e fúnebre cortejo foi levado, e por fim sepultado em Canaã. Tão logo o patriarca Jacó falece, os irmãos de José temem por vingança, e José mais uma vez consola seus corações mostrando a grande obra de Deus em favor do seu grande povo. As bênçãos de Deus alcançaram a José e sua descendência, e antes de falecer lembra aos filhos de Israel que um dia Deus os visitaria e os faria subir à terra que jurou dar a Abraão, Isaque e Jacó. Então, por fé, José fez os filhos de Israel jurar que transportariam seus ossos para Canaã quando isto se cumprisse. 

CONCLUSÃO 
Deus é fiel em suas promessas. Os patriarcas em meio as suas árduas peregrinações sempre foram consolados com grandes milagres e promessas de bênçãos. Em Jesus se cumprem todas as promessas dadas ao povo de Deus; e ainda chegará o dia em que seremos transformados e transportados em um corpo incorruptível para a Canaã celestial e com Ele eternamente reinaremos.

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15 dezembro 2016

012-O Milagre do Perdão - Os patriarcas Liçao 12 [Pr Afonso Chaves]13dez2016



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Lição 12: 
O Milagre do Perdão

Texto Áureo: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou diante de vossa face” (Gn 45.5).

Leitura Bíblica: Gn 45.1-9

Introdução

José, o então governador Egito, recebe seus irmãos que vêm em busca de mantimento, visto que os anos de fome dantes revelados se cumprem. Cumprem-se também os sonhos dados por Deus a José ainda em casa de seu pai; e, compreendendo o intento de Deus, perdoa a seus irmãos e torna a ter seu pai Jacó consigo.

I – Os irmãos de José descem ao Egito (42.1-38)
Chegados os anos de fome àquela terra, Jacó envia seus filhos ao Egito em busca de mantimento. Os filhos do patriarca se inclinam perante José sem o reconhecerem. José, através de intérprete, informa-se a respeito de seu pai e de seu irmão Benjamin, e com astúcia detém seus dez irmãos acusando-os de espias. Ao terceiro dia, permite que voltem para casa levando trigo, salvo Simeão, que diante deles foi aprisionado.
Ao saírem, José lhes protesta fortemente que tragam o irmão mais novo como prova de retidão de suas palavras (v. 15) e para que libere Simeão. Nos sacos levam o trigo e, sem perceber, o dinheiro da compra do mantimento.
No caminho encontram o dinheiro e, ao chegarem em Canaã, contam ao pai todo o acontecido e a necessidade de levarem Benjamim a fim de resgatarem Simeão e adquirirem mais mantimento.

II – Um novo encontro entre José e seus irmãos (43.1-44.34)
Acabando o mantimento, Jacó, após certa resistência e insistência de seu filho Judá, que se deu por fiador de seu irmão mais novo, permite que Benjamin e seus outros filhos desçam ao Egito para buscarem mais alimento.
Levam consigo o dinheiro trazido anteriormente nos sacos e presentes para aquele varão que os pôs à prova.
Ao chegarem, são convidados para irem à casa de José, que ainda com uso de intérprete os recebe para a refeição. Ao ver seu irmão mais novo, José se emociona; dá ordem para que seus sacos sejam carregados de trigo e no saco do mais novo, Benjamim, seja posto um copo de prata. Agia novamente com astúcia para sondar o coração de seus irmãos.
Seus irmãos não caminharam muito e logo foram detidos sob a acusação de terem furtado o copo de prata.
A culpa recai sobre Benjamim, mas Judá, aquele que outrora sugeriu a venda de José aos mercadores, humildemente suplica e se põe por fiador, assumindo a condição de escravo em lugar de seu irmão.

III – José se dá a conhecer a seus irmãos (45.1-28)
Após a emocionante súplica de Judá, José não se contém, vai às lagrimas e se dá a conhecer a seus irmãos que, pasmados, ficam sem ter o que responder. José com amor perdoa e explica a seus irmãos que fora enviado por Deus para que se conservassem em vida, presenteia-os e envia jumentos carregados de trigo e do melhor do Egito, e ainda carros de Faraó para transportar as crianças, mulheres e seu velho pai Jacó.
Jacó, após as novas, revive em seu espírito, e diz que irá a seu filho amado antes que morra.

Conclusão
Deus escreve a história de Seu povo repleta de simbolismos e lições práticas, como o perdão. É importante destacarmos o cumprimento dos sonhos de José e da palavra dada por Deus a Abraão, bem como a figura de Cristo em José, como o “salvador do mundo”, e em Judá, como o fiador de nossas almas.

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07 dezembro 2016

011- José – triunfando na adversidade - Os patriarcas Lição 11 [Pr Afonso Chaves]06dez2016

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Lição 11: 
José – triunfando na adversidade

Texto Áureo: “E chamou o nome do segundo Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição” (Gn 41.52). 

Leitura Bíblica: Gn 41.38-51 

Introdução 
O jovem José na casa de Potifar prospera, bem administra e é posto por mordomo. O Senhor Deus era com o moço hebreu, e Potifar é abençoado por isso. Vem a tentação; pela fidelidade a Deus, sofre injustiça e é lançado na prisão. No cárcere, o Senhor continuava com José e, mesmo lá, tudo o que fazia prosperava. Da prisão, sai para que, pelo Espírito de Deus, interprete os sonhos de Faraó e venha ser governador de toda a terra do Egito. 

I – Triunfando na adversidade da traição, servidão e tentação (39.1-20) 
José, na casa de seu senhor egípcio, persevera no mesmo perfil de fidelidade e responsabilidade que tinha na casa de seu pai Jacó. Potifar percebe que o Senhor Deus era com o moço e o põe por seu mordomo. Sob a benção de Deus, Potifar prospera e, na total confiança depositada em José, já não sabia da extensão de seus bens, a não ser do pão que comia. A formosura de José desperta o interesse da mulher de Potifar, que o assedia várias vezes. O jovem, numa demonstração de respeito a seu senhor e de temor a Deus, responde: “Como faria este mal e pecaria contra Deus?” Ainda assim, certo dia, após mais uma investida e rejeição de José, a mulher, de posse do vestido do varão hebreu, injustamente o acusa de assédio perante seu marido. Seu senhor o entrega à casa do cárcere, onde ficavam os presos do rei, e assim esteve em prisão com grilhões e ferro, conforme Sl 105.18. 

II – Triunfando na adversidade da injustiça e prisão (39.21 a 41.37) 
Mesmo na prisão, o Senhor estava com José e o prosperava. O carcereiro-mor confiou a ele todos os presos, de sorte que não tinha cuidado de nenhuma coisa que estava em suas mãos. Após pecarem contra Faraó, o copeiro e o padeiro são enviados à prisão e, sob a supervisão de José, ali estiveram por muitos dias. Na prisão, os servos do rei têm sonhos, que são interpretados por José. Após três dias se cumprem os sonhos conforme a sua interpretação – o padeiro é enforcado, e o copeiro restaurado a seu antigo trabalho diante do rei. Após dois anos, Faraó tem dois sonhos, o sonho das sete vacas magras que devoravam sete vacas gordas, e depois o sonho das sete espigas cheias e boas que eram devoradas por sete espigas feias e miúdas. O copeiro lembra-se de José, que é chamado a interpretar os sonhos de Faraó, visto que os sábios e adivinhos do rei do Egito não o podiam. Os sonhos têm uma mesma interpretação – sete anos de fartura sucedidos por sete anos de fome. Após a interpretação, atribuída a Deus por José, Faraó é aconselhado por José mesmo, que se provesse de um administrador sábio e entendido que ajuntasse nos bons anos para provimento nos anos de fome. 

III – Triunfando na terra da aflição (41.38-57) 
Faraó, assim como Potifar, reconhece que em José havia o Espírito Deus em sabedoria e entendimento, honra-o e o coloca por governador de toda terra do Egito. O rei lhe dá o nome de Zafenate-Paneia, que significa “salvador do mundo”. José se casa, tem o primeiro filho, ao qual chamou de Manassés, porque disse: “Deus me fez esquecer de todo meu trabalho e da casa de meus pais”; tem então o segundo filho, e o chama de Efraim, porque disse: “Deus me fez crescer na terra de minha aflição”. Os nomes de seus filhos são bem significativos em relação a sua história. Após os sete anos de fartura, vieram os sete anos de fome como José tinha dito; e de todo e Egito e das terras vizinhas vinham a José para poderem comprar mantimento. 

Conclusão 
Apesar de toda adversidade, José manteve-se íntegro, responsável e fiel ao Deus de seus pais. Deus sempre o amparou, dispensando Sua graça em sabedoria, entendimento, dons e grande capacidade administrativa que já desde a casa de seu pai se evidenciavam. Por último, como figura do Senhor Jesus, salva a muitos, alimentando-os com pão.

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30 novembro 2016

010-José, amado e odiado - Os patriarcas Lição 10 [Pr Afonso Chaves[ 29nov2016

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Lição 10: 
José, amado e odiado

Texto Áureo:
 “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente” (Gn 37.4).

Leitura Bíblica: Gn 37.1-11

Introdução
José nasceu de Raquel, mulher amada de Jacó, quando este ainda estava a serviço de Labão em Padã-Arã. É o filho amado gerado a Jacó na sua velhice. Após sonhos dados por Deus, José passa a enfrentar a inveja e investida de seus irmãos que o vendem a mercadores ismaelitas. Por fim, é vendido como escravo a Potifar no Egito. Isso fazia parte dos planos divinos revelados outrora a Abraão.

I – José, os sonhos e o amor de seu pai (37.1-11)
José aos dezessete anos já demonstrava fidelidade e tinha a confiança de seu pai. Era distinguido pela túnica colorida que seu pai lhe fizera, e o mais amado por Jacó por ser o filho da sua velhice (Jacó tinha cerca de noventa anos quando o gerou de Raquel), e ainda, era escolhido por Deus para um grande e maravilhoso projeto.
Enciumados, seus irmãos já não conseguiam esconder a insatisfação e o tratavam com aspereza. José tem dois sonhos parecidos, e neles o rapaz destaca-se e é reverenciado pelos seus familiares. Ao contá-los à sua família, e após certa interpretação, seus irmãos ainda mais o aborreceram e o invejaram. O experiente Jacó, porém, após repreensão a José, sabiamente guarda este negócio no seu coração.

II – José é vendido como escravo por seus irmãos (37.12-36)
José é enviado por seu pai ao vale de Hebrom, para saber o estado de seus irmãos e do gado. Quando seus irmãos o viram de longe, desprezaram-no e conspiram contra sua vida. Chegando a seus irmãos, despiram-lhe da túnica dada por seu pai e, por interferência do primogênito, Ruben, não foi morto, mas lançado em uma cova vazia. O moço foi então vendido a uma caravana de mercadores, que o revenderam no Egito a Potifar, capitão da guarda de Faraó. Ruben se preocupa e, para dar a notícia do desaparecimento de José, tomam a túnica colorida, mancham de sangue de cabrito e a levam a Jacó. O patriarca rasgou seus vestidos, vestiu-se de sacos, lamentou e chorou a morte de seu filho.

III – Os demais filhos de Jacó e suas histórias (38.1-30)
A história da vida de José é interrompida neste capítulo por um relato envolvendo seu irmão Judá. Mas a Bíblia também mostra os demais filhos de Jacó, em outras ocasiões, como homens imperfeitos (cf. Gn 37.2), sobre os quais Deus certamente irá trabalhar para serem os patriarcas das doze tribos de Israel. Assim temos a apresentação de Simeão e Levi como sanguinários (Gn 34.25); outros mais despojadores (Gn 34.27) e cruéis (Gn 37.31, 32); Ruben e sua falha, perdendo sua primogenitura (Gn 35.22; 1 Cr 5.1), e a longa narrativa sobre Judá, a qual desenvolvemos a seguir. Judá casa-se com uma mulher cananeia de nome Sua. Dela gera três filhos: o primogênito, Er, que fora morto por Deus por ser mau aos Seus olhos; Onã e o caçula, Selá. Segundo a tradição primitiva, Onã deveria gerar semente a seu irmão Er casando-se com a viúva Tamar. Onã astutamente não lhe dava semente, lançava-a na terra. Isso foi mau aos olhos de Deus, pelo que também o matou. Tamar recolhe-se a casa de seu pai até que Selá cresça e possa dela gerar semente a Er. Após muitos dias, Tamar, vendo que seu sogro não a dava a Selá, despe-se de sua viuvez, disfarça-se de prostituta, e o viúvo Judá, sem saber, entra à própria nora e dá-lhe penhor para posterior pagamento. Tamar engravida e Judá, sentindo-se desonrado, quer justiçar a mulher. Após Tamar mostrar o penhor (o selo, os lenços e o cajado), Judá os reconhece e confessa sua culpa na demora em dar-lhe Selá. Tamar gera de Judá os gêmeos Zerá e o primogênito Perez, os quais perfilarão a genealogia do Senhor Jesus.

Conclusão
Nestas passagens bíblicas vimos a integridade de José, o amor dedicado por seu pai, as perseguições e invejas de seus irmãos por não compreenderem os bons desígnios de Deus para suas próprias vidas. Assim, José é vendido e enviado ao Egito, onde se desenrolarão os planos divinos dantes revelados em sonhos.

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25 novembro 2016

009- O retorno de Israel a Canaã - Os patriarcas Lição 09 [Pr Afonso Chaves]23nov2016


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LIÇÃO 9
O RETORNO DE ISRAEL A CANAÃ

Texto Áureo: "Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste" (Gn 32.28).

Leitura Bíblica: Gn 32.22-32

Introdução
Obedecendo à ordem de Deus, Jacó parte de Padã-Arã para retornar à terra da sua parentela. Abençoado pelo Senhor em tudo, ele que chegara a Padã-Arã somente com um cajado, agora volta levando uma grande família, servos, servas, rebanho e muitos outros bens. Nessa jornada de volta a Canaã, Jacó irá crescer um pouco mais no conhecimento do Deus de seus pais.

I – Jacó é perseguido por Labão (31.17-32.2)
Jacó, tendo decidido voltar para a casa de seus pais, receoso de ser impedido por Labão, sai escondido levando a sua família e todos os seus bens. Labão o persegue com o intento de usar de força contra ele, alcança-o depois de sete dias, mas o Senhor Deus fala com Labão, impedindo-o de fazer mal a Jacó.
Ao repreender Labão pela sua conduta, Jacó relembra-o de como fiel e dedicadamente o serviu durante vinte anos, e que só não saiu vazio porque o Deus de Abraão e Isaque atentou para a sua aflição e para o trabalho de suas mãos.
Jacó e Labão fazem um pacto com juramento de que um não faria mal ao outro, e levantam uma coluna de pedras como testemunho; Jacó oferece sacrifício ao Senhor e Labão despede-se voltando para Padã-Arã.

II – O reencontro de Jacó e Esaú (32.3-33.17)
O temor de Jacó é grande em relação ao seu irmão Esaú, e aumenta ainda mais quando os mensageiros enviados por ele retornam, informando que Esaú vinham ao seu encontro com quatrocentos homens. Para aplacar a ira de seu irmão, Jacó divide o que tem em três grupos e envia cada grupo separado com presentes para ele (Pv 21.14).
Jacó percebe a gravidade da situação e passa a noite lutando com Deus em oração. Decidido a ser abençoado, a expressão de Jacó ao Anjo é: "Não te deixarei ir, se me não abençoares". Chega a alva e com ela a bênção para Jacó: o seu nome a partir daquele momento seria Israel, e ele recebe uma marca onde o anjo o tocara, marca que o faria lembrar daquele encontro pelo resto da vida.
Jacó vai ao encontro de Esaú, que o recebe prazerosamente e sem animosidade alguma. O Deus que mudou o seu nome também já mudara o coração de Esaú em relação à sua pessoa.

III – Israel em Canaã (33.18-35.29)
Chegando em Canaã, Jacó estabelece-se inicialmente em Siquém; ali levanta um altar ao Senhor e o chama de Deus, o Deus de Israel. Vemos um crescimento de Jacó no conhecimento de Deus: Deus agora não é somente o Deus de Abraão e o Deus de Isaque – Ele é também o seu Deus.
Posteriormente, Jacó se estabelece em Betel onde, a exemplo de seus pais, levanta mais um altar ao Senhor. Em Betel, Deus se manifesta mais uma vez a Jacó e renova a Sua promessa para ele: "Frutifica e multiplica-te, uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti" (35.11).
Jacó parte de Betel para Manre, onde encontrará seu pai; nas proximidades de Efrata, Raquel morre ao dar à luz Benjamim, o décimo segundo filho de Jacó, completando-se assim os doze patriarcas que darão origem às doze tribos de Israel.

Conclusão
Nesta lição vimos a jornada de Jacó de volta para Canaã, após vinte anos servindo a seu tio Labão. Jacó cresceu muito em comunhão e conhecimento de Deus; na verdade, quando chega de volta a Canaã, ele está completamente mudado, não somente por ter uma grande família e muitos bens, mas por não ser mais Jacó, e sim Israel – aquele que luta com Deus e prevalece.

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18 novembro 2016

008-Jacó – vivendo pela fé, tem a bênção de Deus - Os patriarcas Lição 08 [Pr Afonso Chaves] 15nov2016



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Lição 8: 
Jacó – vivendo pela fé, tem a bênção de Deus

Texto Áureo:
"Então lhe disse Labão: Se agora tenho achado graça em teus olhos, fica comigo. Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de ti" (Gn 30.27).

Leitura Bíblica: Gn 31.1-13

Introdução
Jacó, fugindo da possível vingança de Esaú, vai para a terra da parentela de sua mãe; lá ele vai trabalhar servindo ao seu tio, vai constituir família e prosperar com a bênção de Deus. Em tudo sendo abençoado, Jacó vai dar testemunho que o Deus de seu pai tem estado com ele.

I – A bênção da descendência abundante (29.1-30.24)
Dirigido e abençoado por Deus, Jacó chega à casa de Labão, irmão de sua mãe. Para casar com Raquel, filha de Labão, propõe-se a servi-lo durante sete anos, que lhe pareceram poucos dias pelo muito que a amava. Enganado pelo tio, que lhe concede Léia ao invés de Raquel, é obrigado a servir ainda outros sete anos.
Sucessivamente, vão lhe nascendo filhos, de Léia, de Zilpa, serva de Léia, de Bila, serva de Raquel, e até mesmo de Raquel, que antes era estéril. O que para alguns pode ser visto como uma simples disputa entre esposas querendo ganhar a atenção do marido, dando-lhe filhos, na verdade era a operação de Deus na vida de Jacó, concedendo-lhe uma grande descendência, visto que dele procederiam as doze tribos de Israel.

II – Trabalho e prosperidade de Jacó (30.25-43)
Jacó é um exemplo de trabalhador dedicado e fiel. Ainda que seu tio se mostrava injusto, ele mantinha a sua fidelidade e dedicação, servindo-o de forma zelosa e irrepreensível, de tal maneira que este vem a reconhecer que foi abençoado por Deus por amor de Jacó (v. 27).
Ao estipular o seu salário para continuar a trabalhar para seu tio, Jacó pratica um verdadeiro ato de fé: a confiança no Deus de Betel e no seguimento da revelação que veio, conforme narra, só mais tarde (Gn 31.11, 12). Separando o rebanho por características específicas, sendo o seu salário as crias com características diferentes daquelas do rebanho, ele dependeria de uma atuação direta de Deus. A confiança de Jacó em um Deus justo o levou a crer que Ele não o deixaria sem salário.
Deus honrou a fé de Jacó e abençoou-o de tal maneira que ele cresceu, e teve muitos rebanhos e servas, e servos, e camelos e jumentos.

III – A maior bênção de Jacó é o próprio Deus (31.1-16)
A prosperidade de Jacó cria uma situação de desconforto entre ele os filhos de Labão, e até mesmo com o seu tio; é quando Deus fala para Jacó voltar para a terra da sua parentela ("torna-te a terra de teus pais, e a tua parentela, e eu serei contigo", v. 13).

Jacó chama Raquel e Léia para conversar a respeito da viagem de volta para sua casa, e explica às duas como Deus o tinha abençoado de tal maneira que o rebanho do pai delas tinha sido dado a ele, apesar de Labão tentar enganá-lo, mudando o seu salário por dez vezes. Jacó testemunhou como o Deus que lhe aparecera em Betel, e ao qual ele fizera um voto, revelou-lhe através de um anjo como seria grandemente abençoado.
Diante de tudo que acontece a Jacó, fica claro que a sua bênção maior não é o rebanho, não são os seus bens, nem mesmo sua grande descendência. A bênção maior de Jacó é o próprio Deus, como ele mesmo disse: "o Deus de meu pai tem estado comigo" (v. 5). Lembremos que a sua proposta inicial de sair da casa de Labão era sem levar fazenda alguma, somente confiando que Deus o supriria em tudo.

Conclusão
Na continuação da jornada de Jacó, vimos que ele vai crescendo em fé, confiança e conhecimento de Deus. Jacó é dedicado e trabalhador, e reconhece que a bênção na sua vida não é mérito do seu esforço, mas é resultado da atuação do Deus de seu pai que tem estado sempre com ele.


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11 novembro 2016

007Jacó – à procura de uma bênção - Os patriarcas Lição 07 [Pr Afonso Chaves]08.11.2016


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Lição 7: 
Jacó – à procura de uma bênção

Texto Áureo: 
"E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus" (Gn 28.17).

Leitura Bíblica: Gn 28.10-22

Introdução
Nesta lição iniciaremos o estudo da vida de Jacó, o terceiro dos patriarcas. Vamos aprender com aquele do qual procedem as doze tribos e em quem tem início a Nação de Israel. Veremos como Jacó vem a ser abençoado por seu pai e os seus primeiros passos de uma longa jornada que o levará a um maior conhecimento de Deus e de sua vontade.

I – A bênção da primogenitura (27.1-19)
Estando já avançado em idade, Isaque dá instruções ao seu filho Esaú para abençoá-lo. O primogênito sucedia naturalmente ao pai como chefe da família e tinha autoridade patriarcal sobre seus irmãos. A ele era atribuída uma bênção especial da parte do pai. O direito da primogenitura era mais importante que toda a herança do pai, porque significava assumir a própria autoridade deste.
Tendo ouvido as palavras de Isaque, Rebeca, sua mulher, chamou a Jacó e deu ordens para que este tomasse dois bons cabritos do rebanho, vestisse as roupas de seu irmão Esaú e cobrisse as mãos e o pescoço com a pele dos cabritos como se fosse o próprio Esaú, porque Isaque, por ser muito velho, não podia enxergar. Obedecendo à sua mãe, Jacó apresentou-se diante do pai, dizendo ser Esaú.

II – A bênção é dada ao menor (27.20-46)
Apesar de apalpar e cheirar o seu filho, Isaque não conseguiu notar que era Jacó, e concedeu-lhe a bênção da primogenitura. Vale destacar que ele já a havia comprado do seu irmão, que a trocou por um prato de lentilhas.
Cumpre-se, então, a palavra do Senhor dada a Rebeca quando ainda estava grávida – o maior serviria ao menor. "Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti".
Quando Esaú retorna ao seu pai, com o guisado que este pedira, ambos descobrem que Jacó, com sutileza, já havia recebido o direito de primogenitura. Esaú ainda tentou herdar a bênção, mas foi rejeitado (Hb 12.16- 17). Esta é a mensagem que fica: é impossível desfrutar dos apetites da carne e também da bênção celestial.
Acerca da atitude de Jacó podemos considerar: a) ele seguia as ordens de sua mãe (obediência); b) ele valorizava e desejava muito o direito de primogenitura, porque sabia o que isto significava (fé); c) já havia a palavra de Deus, antes que ele nascesse (promessa); d) ele já havia comprado a bênção do seu irmão e tomado posse dela (amar e priorizar o que vem de Deus); e) não há nenhuma reprovação de Deus, nem mesmo de Isaque seu pai (justificação); f) era a vontade soberana de Deus que Jacó fosse abençoado – Deus cumpre suas palavras (Rm 9.11-13).
Rebeca, em última análise, ajudava ao esposo Isaque para que este não errasse; ela, sim, tinha uma palavra dada por Deus (Gn 25.22, 23). Isaque deve ter compreendido tudo, pois não recriminou, nem à sua esposa Rebeca, nem a seu filho Jacó. E ainda, depois de tudo isso, abençoa conscientemente a Jacó com mais palavras (28.1-4).

III – Jacó parte para Padã-Arã (28.1-22)
Agora Esaú percebe o que perdeu e lança a culpa em seu irmão Jacó, como se este o tivesse enganado – nisto se assemelhando a Caim. Com receio da vingança de Esaú contra Jacó, Rebeca convence Isaque a mandar este a Padã-Arã. A orientação era para que ele tomasse esposa dentre a sua parentela e não se casasse com mulher cananéia, como Esaú havia feito.
Na viagem para Padã-Arã, Deus começa a se manifestar a Jacó – é mostrada a ele uma escada cujo topo tocava nos céus e anjos de Deus subiam e desciam por ela. A revelação em sonho é tão forte que leva Jacó a ter consciência da presença de Deus – o Senhor estava naquele lugar. A exemplo de seu pai Isaque e de seu avô Abraão, Jacó é levado a adorar ao único Deus verdadeiro e a ter compromisso com Ele ("de tudo quanto me deres certamente de darei o dízimo"). E observemos que Deus, Deus mesmo, o abençoa confirmando a Sua eleição em Jacó e se compromete de acompanha-lo em toda a sua vida. O nome Jacó significa suplantador – aquele que terá a preeminência; não podemos censurar a Jacó e nem dizer que é mentiroso, pois isso ele rejeitava (Gn 27.11, 12).

Conclusão
Vimos Jacó no início da sua jornada, ainda com pouco conhecimento de Deus, mas com grande temor e uma dedicação extrema para conquistar as promessas de Deus. Vimos também que em tudo Jacó obedecia a seu Pai e sua mãe e, como seus antepassados, busca a presença de Deus para que Ele o acompanhe em sua caminhada.

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