26 junho 2019

013-A adversidade e o crescimento... - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 13[Pr Afonso Chaves] 25jun2019



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LIÇÃO 13: 
A ADVERSIDADE E O CRESCIMENTO DA PALAVRA DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: 
“E a palavra de Deus crescia e se multiplicava” (At 12.24). 

LEITURA BÍBLICA: ATOS 12.1-11 

INTRODUÇÃO 
Nesta aula, estudaremos um episódio na história da igreja que retrata a situação de perseguição e sofrimento envolvendo os apóstolos Tiago, irmão de João e Pedro, líderes importantes da igreja em Jerusalém, que traz exemplos para os cristãos de como enfrentar as adversidades e sair delas vitorioso. 
Aprenderemos que este processo de provação certamente resultará em nós crescimento espiritual e avanço do Evangelho por muitos outros lugares. 

I – A IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE SOFRE OPOSIÇÃO 
Uma das características comuns à igreja de Cristo em todas as épocas é o fato de que ela caminha enfrentando oposição (At 14.21,22). 
Nunca houve, e nunca haverá, antes da consumação dos séculos, um tempo em que a igreja de Cristo caminhará sem adversários. 
Por isso, uma das coisas mais importantes à igreja de Cristo em todas as épocas e lugares é saber como lidar com as perseguições e opressões inimigas. 
A oposição à igreja é resultado da inimizade que há entre Deus e a semente da impiedade (Gn 3.15). Em última instância, a inimizade do reino das trevas é contra o próprio Deus e a igreja é atingida por essa hostilidade, por ser o povo que ama a Deus e deseja viver para a sua glória (“o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para maltratá-los”). 
Essa é a razão da irreconciliável inimizade entre o povo de Deus e a semente da apostasia (Jo 15.18-21; 2 Tm 3.10-12; 1 Pe 2.9-10). 
Parte da estratégia de Satanás é opor-se à igreja e fechar o cerco em volta dela, a fim de pressioná-la a não cumprir o seu ministério (“matou à espada Tiago”). 
Essa perseguição, no entanto, não se dá apenas mediante ações violentas, mas também por táticas dissimuladas “prendeu também a Pedro”, “vendo que isso agradara aos judeus” e “querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa”. 
O fato de não sermos perseguidos fisicamente, em nosso país, não significa que não estejamos vivendo em um ambiente de oposição e hostilidade (1 Pe 5.8-9; Ap 2. 9 e 13). 
A história e os valores do reino são questionados e tidos como escória da humanidade nos dias atuais. Todos aqueles que se esforçam por defendê-los, e vivê-los são também visto desse modo. 
Além disso, essa oposição pode ser vista no cultivo de costumes contrários ao estilo de vida cristão, e na institucionalização desses costumes por meio da aprovação de leis que autorizem e incentivem e planejem até forçá-los sobre os crentes (1 Ts 2.1-2, 14-16). 

II – A REAÇÃO DA IGREJA EM FACE AO SOFRIMENTO 
Enquanto Pedro sofria por estar detido injustamente na prisão, a igreja inconformada com esta situação em unidade e concordância resolveu orar a Deus intensamente por ele (“a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” v.5) (cf. Tg 5.16). 
Deus interveio sobrenaturalmente na situação de sofrimento e humilhação a que Pedro fora submetido, livrando-o da prisão e da morte que sofreria após o julgamento (“E caíram-lhe das mãos as cadeias” v.7). 
Sem dúvida, a morte de um (Tiago) e o livramento do outro (Pedro) indicam a ação soberana de Deus por caminhos diversos em meio aos sofrimentos que a igreja passa, é por isso, que Pedro disse: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (v. 11). 
A igreja não deve se espantar com as oposições sofridas por ela durante a sua caminhada neste mundo porque a oposição não é algo novo. 
Pedro afirmou: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis” (1 Pe 4.12,13; Mt 5.11,12). 

III – O CRESCIMENTO DA PALAVRA 
As adversidades por mais dolorosas que sejam não têm força para impedir que a Palavra de Deus se espalhe. 
É o que vemos na conclusão desse relato: “E a palavra de Deus crescia e se multiplicava” (cf. At 6.7; 19.18-20). 
Lucas relatou que aqueles que andavam dispersos pelas perseguições iam por toda a parte anunciando a palavra. 
O avanço da Palavra de Jesus Cristo o Filho de Deus é a mensagem poderosa que liberta e transforma aqueles que andavam regiões da sombra da morte e destinados a perdição. 
Verdadeiramente, as Boas Novas de Deus para o homem, devem ser anunciadas apresentando-se Jesus Cristo, o mistério de Deus (Cl 2.1-3). 
Pois há muitas promessas de Deus, em Cristo, para o homem, as quais este ainda não conhece. Nenhuma circunstância pode deter o crescimento da Palavra de Deus por ser uma ação do próprio Deus (Mc 16. 15-20). 
Onde havia portas fechadas e barreiras, quer sejam culturais, sociais ou religiosas, agora pelo Evangelho, se abrem para aqueles que estão sendo chamados, mostrando que é tempo do cumprimento das preciosas promessas de Deus (2 Tm 2.8-9). 

CONCLUSÃO 
A caminhada da igreja neste mundo sempre se dará com oposição. Ora essa oposição se manifesta externamente, ora internamente, pois as hostes do mal sempre voltarão suas armas contra a igreja de Cristo. 
Diante dessa oposição, a igreja não deve se espantar, como se algo extraordinário estivesse acontecendo. 
Ao mesmo tempo, não deve assumir uma atitude de conformismo, mas deve lutar pela verdade, esperando no Senhor e se esforçando por encorajar os mais fracos para que não caiam na apostasia. Se formos fiéis até a morte, Jesus Cristo prometeu nos dar a coroa da vida.

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19 junho 2019

012-Aguardando em Santidade... - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 12[Pr Afonso Chaves] 18jun2019



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LIÇÃO 12: 
AGUARDANDO EM SANTIDADE A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

TEXTO ÁUREO: 
“Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (Mt 7.15).


LEITURA BÍBLICA: 2 PEDRO 3.1-18

INTRODUÇÃO
Jesus comparou o mundo na ocasião da sua Segunda Vinda ao mundo dos dias de Noé. 
A despeito das advertências, das pregações e da construção da Arca, o povo não prestava atenção nem se preparava para o inevitável. 
Não acreditavam que o juízo divino chegaria, porém, as águas do dilúvio trouxeram consigo o fim do mundo que conheciam e sua própria destruição. 
Da mesma maneira, o presente mundo continuará cegamente, fazendo seus próprios planos. Mas Jesus voltará, e só se salvarão os que se guardarem em santidade; este é o ensinamento desta lição.

I – DESPERTANDO O ÂNIMO SINCERO DOS IRMÃOS (VV. 1-7)
Neste capítulo, Pedro refere-se aos leitores como “amados” àqueles que alcançaram uma fé preciosa e que são participantes do amor de Deus (Jo 3.16; 13.1). Ainda que os destinatários conhecessem e estivessem firmes na “verdadeira graça de Deus”, a salvação em Jesus Cristo, 
Pedro sente a necessidade de “despertar com exortação o ânimo sincero” de seus leitores. Suas mentes ainda não tinham sido contaminadas ou corrompidas pelas “heresias de perdição”, e ainda continuavam a crer no retorno de Cristo, opondo-se aos homens “escarnecedores” que diziam: “Onde está a promessa de sua vinda?”.
No verso 3, Pedro lembra aos leitores que sua mensagem não consistia de “fábulas artificialmente compostas”, mas estava centralizada em Jesus Cristo. 
Suas palavras estão em consonância com as palavras ditas pelos “santos profetas”, no “mandamento do próprio Senhor e Salvador” e alinhadas com os ensinos dos “apóstolos”, as testemunhas da “verdadeira graça”. Estas afirmações demonstram que os ensinos da 1ª e 2ª epístola de Pedro têm em comum o apelo à autoridade dos profetas e apóstolos (1 Pe 1.10-12; 2 Pe 1.4,19,21), e ainda, salientam reiteradamente a esperança pela “segunda vinda de Cristo” como uma das verdades fundamentais (Lc 21.36; Jo 14.2,3).
Pedro adverte que os incrédulos, zombam das preciosas promessas de Deus e da demora do retorno de Jesus Cristo, e afirma que o mundo foi criado da água, que dela depende e que pela ação das “águas do dilúvio” foi destruído o mundo antigo. 
A convicção de Pedro é que, assim como o mundo antigo foi destruído pela água, assim também o mundo moderno será destruído pelo “fogo”, no “Dia do Juízo” e da “perdição dos homens ímpios”, essa verdade está declarada pela "mesma palavra" (Ml 4.1). 

II – A CONSUMAÇÃO DE TODAS AS COISAS (VV. 8-13)
Nesta seção, Pedro apresenta verdades que trazem esperança e descanso ao coração dos fiéis.
Esclarece que o tempo de Deus não é o igual ao tempo dos homens (Sl 90.4). Ao pensar nos milhares de anos que tem o mundo é natural para o homem comum desacreditar de uma destruição divina.
Entretanto, o cristão sente-se consolado em pensar que existe um Deus que tem a seu dispor toda a
eternidade para trabalhar nela. 
Há consolo em lembrar que para Deus “mil anos são como um dia”.
Pedro observa ainda que a aparente demora no retorno de Jesus pode ser considerada como uma oportunidade para a salvação dos perdidos, isto demonstra o “amor e a misericórdia” do Todo-Poderoso, e ainda, a “longanimidade” de Deus, que “não quer que ninguém se perca”, mas que “todos venham a arrepender-se voltar-se para Ele”.
Sendo certo o retorno de Cristo (“Dia do Senhor virá como o ladrão de noite”) e se o mundo está  se entesourando para sua própria condenação (“os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão”), então obviamente, o cristão deve viver uma existência de “santidade e piedade”. 
Se há de haver “novos céus e nova terra”, se este céu e esta terra hão de ser “morada de justiça”, então, é evidente que o homem deve esforçar-se com todas suas energias para adaptar-se à condição de morador de um mundo novo (“que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade”), pois na eternidade não haverá lugar para a injustiça.

III – EXORTAÇÕES FINAIS À IGREJA (VV. 14-18)
Enquanto Cristo não retorna para buscar a Sua igreja, Pedro ensina que os crentes devem procurar viver em santidade. É certo, que o cristão, neste mundo, enfrentará dificuldades e barreiras que tentarão bloquear o seu progresso espiritual. 
Pedro aconselhou-os que se esforçassem, não desanimassem e nem se deixassem corromper pelas propostas pecaminosas desse mundo. 
Agindo assim, quando Cristo retornasse, eles seriam achados “imaculados e irrepreensíveis em paz”. Ele reforça que os planos de Deus não podem ser apressados devido ao seu amor por todos aqueles a quem ele quer que chegue a salvação (“tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor”).
Pedro com humildade salienta que de fato, há pontos nas Epístolas de Paulo que são difíceis de entender e que os “indoutos e inconstantes torcem” para sua própria ruína. 
Mas se esses ensinos forem recebidos por nós, e estudados e cridos, alcançaremos grande proveito com toda a doutrina de seu conteúdo.
No final da carta, Pedro se dirige aos crentes, alertando-os acerca do perigo de serem influenciados e arrastados pela sedução dos falsos mestres. 
Os crentes já haviam sido advertidos e agora recebem mais um lembrete: Cuidado! Acautelem-se! Fiquem firmes. Em vez de darem atenção às heresias dos escarnecedores, os crentes são desafiados a se apegarem ainda mais à Palavra. 
Quanto mais os crentes se alimentarem da Palavra, mais eles crescerão “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. E em gratidão e reconhecimento poderemos dizer: “A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!

CONCLUSÃO
A vinda do Senhor é certa e trará imensa alegria para o povo de Deus. 
Precisamos estar preparados para esse maravilhoso encontro, e perseverar firmes enquanto ele não acontece. O progresso na fé, a santificação e a esperança devem reger a nossa espera. Maranata!

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13 junho 2019

011-Cuidado com os falsos mestres - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 11[Pr Afonso Chaves]11jun2019



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LIÇÃO 11: 
CUIDADO COM OS FALSOS MESTRES 

TEXTO ÁUREO:
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).

LEITURA BÍBLICA: 2 PEDRO 2.1-22

INTRODUÇÃO
Esta lição trata de um assunto muito atual: a propagação de falsos mestres na igreja.
O apóstolo Pedro comparou os falsos mestres que assolavam a igreja em sua época, aos “falsos profetas” que, no antigo Israel, perturbavam o povo de Deus com seus desvios e mensagens mentirosas.
Aqueles hereges, como os de hoje, aproximam-se do rebanho apenas com interesses pessoais e escusos, sem qualquer compromisso com a vida santa que deve caracterizar os homens de Deus.

I – AS CARACTERÍSTICAS DOS FALSOS PROFETAS (VV. 1-3)
Desde os primórdios da igreja, sugiram “falsos mestres” que têm perturbado o povo de Deus disseminando “heresias de perdição” e levando ao desvio dos caminhos do Senhor muitos crentes ociosos e sem o conhecimento da Verdade (“muitos seguirão as suas dissoluções”).
É necessário e urgente que o povo santo de Deus esteja vigilante para não ser enganado por esses emissários do Inferno.
Os “falsos profetas” descritos no Antigo Testamento estavam mais interessados em “bajular” e dizer aquilo que agradava aos homens, ao invés de dizer-lhes a verdade de Deus que precisavam ouvir. Anunciavam visões de paz quando Deus dizia que não haveria paz (Jr 6.14; Ez 13.16).
Uma das características dos falsos mestres é sua ambição financeira (“por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas”).
O profeta Miqueias já advertia: “os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro” (Mq 3.11).
Eles ensinam o que não convém, por torpe ganância e divulgam a piedade como causa de ganho, fazendo do Cristianismo uma atividade comercial.
Pedro adverte que os falsos doutores “introduzem encobertamente heresias de perdição”, agem de maneira ardilosa e com astúcia, negam “o Senhor que os resgatou”, isto é, negam a doutrina da expiação de Cristo como algo definitivo para a remissão de pecado.
Assim não confessam Cristo como único e suficiente Salvador (Mc 10.45; Ap 5.9), além de viverem de maneira dissoluta, fazem com que os incrédulos blasfemem do “caminho da verdade”.
Pedro ressalta que “já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”, o julgamento dos falsos mestres tem um desígnio e um propósito inevitáveis, por causa de sua natureza hipócrita (“trazendo sobre si mesmo repentina perdição”).
A demora aparente não é prova que o juízo foi esquecido. Há uma lei espiritual eterna da colheita, segundo a semeadura, que se aplica a todos os homens (Gl 6.7,8).
O pecado não perdoado se acumula, até que, como cálice, transborde, trazendo um severo e final julgamento divino (Ap 18.5,6).

II – O CASTIGO DE DEUS SOBRE AQUELES QUE VIVEM NO PECADO (VV. 4-16) 
Nesta seção (vv. 4-16), o apóstolo Pedro apresenta alguns exemplos do julgamento imparcial de Deus.
Se Deus não perdoou “aos anjos que pecaram”, ao “mundo antigo” (a geração de Noé) e às “cidades de Sodoma e Gomorra”, consequentemente, Ele não poupará aos “falsos mestres”.
Pedro tem o propósito de ressaltar em primeiro plano “a misericórdia e a benevolência de Deus” para com aqueles que pela fé obedecem a Deus e andam em Seu Caminho, e por isso, são considerados por Deus como “justos”.
O apóstolo lembra que há uma recompensa de Deus para eles, assim como, “guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios”, “livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis”, e também, é por isso, que os cristãos podem crer que Ele tem o poder para “livrar da tentação os piedosos” e ao mesmo tempo lhes conceder livramento.
Deus castigou os anjos caídos pois foram “lançados no inferno e entregues às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo”, “trouxe dilúvio sobre o mundo dos ímpios” e “ reduziu às cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra”.
Ao apresentar este relato, Pedro mostra o orgulho e a rebeldia dos anjos, a apatia, a desobediência e perversidade dos homens no dia de Noé e a total sensualidade dos homens de Sodoma, pois estas também eram características típicas dos “falsos mestres” que se infiltravam nas igrejas à época do apóstolo.
Pedro afirma que os falsos mestres são atrevidos e obstinados, andam segundo a carne em concupiscências de imundícia, desprezam as dominações, blasfemam contra as autoridades, têm prazer nos deleites cotidianos e em seus enganos, têm os olhos cheios de adultério, não cessam de pecar, iludem aqueles que são inconstantes, são avarentos, estão debaixo de maldição, obedecem ao pai da mentira, profetizam pelo valor do prêmio e não segundo a vontade de Deus.
Em contraste com a atitude desses homens perversos, Pedro lembra que os anjos, embora maiores em força e poder não pronunciam contra as “autoridades superiores” juízo blasfemo diante do Senhor.

III – O PERIGO DO DESVIO DA VERDADE (VV. 17-22) 
Por fim, Pedro apresenta duas metáforas para descrever os falsos mestres: eles são “fontes sem água” e “nuvens levadas pela força do vento”.
Essas metáforas apresentam a natureza insatisfatória do ensino apresentado pelos falsos mestres.
A pessoa que chega a eles com a esperança de ter a sua sede saciada, rapidamente descobre que eles são como poços secos que não têm água a oferecer aos sedentos e também como nuvens que oferecem a promessa de chuva, mas ao invés disso, logo são impulsionadas pelo vento para longe sem derramar uma gota sequer d’água.
É somente com o contato com Cristo, a fonte da água da vida que o homem acha plena satisfação para a sua alma (Jo 4.13,14).
Pedro adverte, que é certo, que para os que ensinam doutrinas errôneas estão reservadas eternamente a “escuridão das trevas”.
O apóstolo adverte que esses falsos mestres ofereciam “liberdade”, mas eram incapazes de cumprir sua promessa, pois encontram-se escravizados pelo pecado (“eles mesmos são servos da corrupção”).
Por isso, que o apóstolo conclui esta seção expressando seu desprezo por eles.
Estes ímpios são como “cães” que voltam ao seu próprio vômito ou como “a porca” que uma vez lavada volta a lançarse na lama.
Estes homens viram a Cristo (“escaparam das corrupções do mundo” e “conhecerem o caminho da justiça”), mas estão tão degradados moralmente por sua própria vontade que preferem antes arrastar-se nas profundidades do pecado que retornar à obediência ao Senhor e Salvador Jesus Cristo.

CONCLUSÃO 
Hoje aprendemos que os falsos profetas estão infiltrados por toda parte, procurando desviar da verdade os crentes imaturos.
Embora se declarem líderes espirituais, sua real preocupação é com as coisas materiais; seu único desejo é satisfazer os apetites da carne, mas certamente terão a sua condenação.
Devemos saber identificá-los e refutar seus maléficos ensinos.
Para isto é necessário que estejamos em perfeita comunhão com o Todo-Poderoso, caso contrário, seremos confundidos e enganados com seus erros. 

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05 junho 2019

010-Crescendo na graça e... - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 10[Pr Afonso Chaves]04jun2019


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LIÇÃO 10: 
CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.20-21). 

LEITURA BÍBLICA: 2 PEDRO 1.1-21 

INTRODUÇÃO 
Hoje, iniciaremos o estudo na 2ª Carta do Apóstolo Pedro que tem o propósito de alertar os cristãos dos ensinos dos falsos mestres que estavam começando a infiltrar-se nas igrejas. 
Nesta lição, Pedro faz um chamado aos cristãos para crescerem e tornarem-se fortes em sua fé, a fim de detectarem e combaterem a crescente apostasia. 
Para isso, o apóstolo recomenda que os cristãos cresçam na graça e no conhecimento de Deus, atentem para a autenticidade da Palavra de Deus e lembrem-se da certeza do retorno do Senhor Jesus Cristo. 

I – BUSCANDO O PLENO CONHECIMENTO DE DEUS (VV. 1-7) 
As heresias surgem de maneira sutil na igreja e, geralmente, têm por base o conhecimento “distorcido” da doutrina de Cristo. 
É por essa razão, que nos versos 1 e 2, Pedro apresenta ideias que serão fundamentais para refutar os ensinamentos errôneos que ameaçavam o crescimento da igreja. 
Para combater os desvios, ele apresenta-se como “apóstolo de Jesus Cristo”, ele fala em nome de Cristo, que lhe conferiu autoridade para isso, e, portanto, espera que os leitores reconheçam que suas palavras são fiéis e verdadeiras, pois são provenientes do próprio Senhor Jesus Cristo. 
Pedro esclarece que seus leitores alcançaram uma “fé preciosa” (dom de Deus), ressalta ainda que a verdadeira salvação é pela “graça” e está fundamentada na “justiça de Deus” por intermédio do “Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 
O desejo do apóstolo é que eles abundem na “graça” e na “paz”, que são alcançadas pelo pleno “conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor” (Jo 5.39; 15.15). 
No verso 3, Pedro declara que Deus pelo seu poder “nos deu tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (At 4.8-12). 
Deus não nos concedeu apenas a salvação, mas também nos deu “grandíssimas e preciosas promessas”. 
Exorta os ouvintes e lembra-os que foram “gerados de novo” e, portanto, são “participantes da natureza divina”, e, ainda, que estão livres da corrupção que há no mundo. 
É por essas razões e certeza, que o cristão deve se manter fiel ao chamado divino e viver cada vez mais intensamente para a “glória de Deus”. 
Assim, tendo a natureza divina, os irmãos devem progredir para se chegar ao pleno conhecimento de Deus (vv. 5-7). 
É necessário acrescentar ao dom da fé a virtude (bondade), e à virtude, a ciência (conhecimento), e à ciência, a temperança (domínio próprio), e à temperança, a paciência (perseverança), e à paciência, a piedade, e à piedade, a fraternidade, e à fraternidade, o amor. Deus nos doou o Espírito Santo e, por sua atuação em nossa vida, somos habilitados a desenvolver todas as virtudes, pois Ele coloca à nossa disposição a sua Palavra, comunhão, sabedoria, seus mandamentos, a igreja e todas as promessas. Assim, cada vez mais, temos que nos identificar com o caráter e a pureza de Cristo. 
É esse o fruto que essas virtudes trarão a nós o conhecimento pleno de Cristo (2 Pe 3.18a). 

II – EXERCITANDO A FÉ EM CRISTO JESUS (VV. 8-11) 
O exercício da fé ocorre quando reunimos todas as ferramentas que Deus nos deu para o crescimento e as utilizamos para a Sua glória. O conhecimento de Cristo só será possível se vivermos totalmente n’Ele. 
À medida que crescemos na prática das virtudes de Cristo, entendemos as palavras de Paulo aos gálatas: “... e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivoa na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). 
Aquele que não se interessa por essas coisas, não cresce na comunhão com Deus e nem pretende mudar de atitude é cego(v. 9). 
Pedro não se refere a ímpios, mas aos crentes que não desenvolvem sua salvação e permanecem sempre fascinados com esse mundo, cultivando desejos e sentimentos íntimos pelos valores do mundo. 
Apenas afirmar crer na salvação não faz de ninguém uma pessoa salva. Não há salvação se a fé esta desassociada de uma vida de piedade e frutífera. 
Quanto mais desenvolvemos a nossa fé na prática da santidade, mais confirmação teremos que realmente somos “filhos de Deus” e estamos caminhando rumo ao “Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 
A entrada no Reino dos céus é uma benção que nos foi doada e não conquistada por nós. No entanto, devemos viver como se morar nos céus dependesse do nosso desempenho nesta vida. Nunca devemos nos dar por satisfeitos com o que já alcançamos (Fp 3.12). 
Firmando-nos na nossa vocação e progredindo nas virtudes por ele propostas, Pedro afirma que jamais tropeçaremos, não ficaremos ociosos e teremos ampla entrada no reino do Senhor Jesus. 

III – FIRMADOS NA PALAVRA DA VERDADE (VV. 12-21) 
Pedro havia recebido a revelação dado por Deus, de que sua morte estava próxima (v. 14). Isso, no entanto, não o desanimava para continuar fazendo a obra de Deus no tempo que lhe restava (1.15). Ao contrário, o encoraja a escrever à igreja e exortá-la para que se mantivesse fiel, mesmo diante dos mais severos desafios. 
Diante das ameaças das heresias, Pedro apresenta duas firmações feitas por Deus para fundamentar a veracidade das Escrituras e o quanto elas são confiáveis e infalíveis (vv. 16 e 21). 
Em momento de ataque a fé a igreja deve ser fortalecida pela exposição da verdade, mas para que isso aconteça é necessário confiar na verdade e não dar ouvidos “às fábulas”. Em 1 Pe 1.16-18, Pedro tem em mente “a vinda do Senhor Jesus” (a sua manifestação e seu ministério) não havia sido ensinada por meio de “fábulas artificialmente compostas”. 
Ele reconhece a engenhosidade dos pensamentos distorcidos e o incremento do perigo que eles podem trazer à igreja. 
Eles parecem convincentes para aqueles que não amadurecem no conhecimento bíblico e na fé no Senhor. A base de sua argumentação é o testemunho do próprio Deus confirmando a obra de Jesus Cristo: “Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido”. 
Ao dizer essas palavras, Deus endossava tudo o que Cristo Jesus era e estava realizando e toda a palavra proferida era digna de inteira aceitação. 
Paralela à voz de Deus, que confirmava a obra de Cristo, no verso 19, a palavra profética igualmente traz a pura doutrina de Deus para fundamentar a fé e a vida. 
Essa palavra deve ser recebida por nós em inteira aceitação, pois é a única fonte que nos informa tudo o que precisamos saber sobre o Salvador. Como “uma luz que alumia em lugar escuro”, a Palavra de Deus lança a luz da verdade, em meio a tanta escuridão. 
Além disso, Pedro compara a palavra profética como a luz, cujo alvo é o nosso coração. Por fim, ressalta que a fonte única de toda revelação é o próprio Deus, pois nenhuma profecia veio de interpretação pessoal dos próprios profetas, mas escreveram eles somente aquilo que o Espírito de Deus os inspirava a escrever. 

CONCLUSÃO 
Nesta aula aprendemos que é preciso a cada dia crescermos na graça e no pleno conhecimento de Deus, para isso, é preciso exercitarmos nossa fé cultivando o fruto do Espírito e estarmos firme na palavra da Verdade.

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