29 maio 2019

009-Exortações à Igreja de Deus - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 09[Pr Afonso Chaves]28mai2019


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LIÇÃO 9: 
EXORTAÇÕES À IGREJA DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: 
“Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disselhe: Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17). 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 5.1-11 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição, estudaremos um pouco da árdua e delicada missão daqueles que o Senhor chama para o seu santo ministério. 
Veremos ainda, que Pedro aconselhará os jovens a que sejam submissos aos anciãos, e condiciona a bênção da graça de Deus à sujeição e ao revestimento da humildade. 
Afinal destacaremos que, mesmo em meio aos sofrimentos, o cristão certamente poderá contar com o maravilhoso cuidado de Deus sobre sua vida. 

I – APASCENTANDO O REBANHO DE DEUS SEGUNDO A SUA VONTADE 
Nesta seção (vv. 1-4), Pedro endereça suas palavras aos “presbíteros” (anciãos ou bispos), àqueles que estavam responsáveis pelo cuidado espiritual da igreja de Deus. 
Pedro apresenta-se como “presbítero” da igreja e coloca-se na mesma posição da liderança que será aconselhada, refutando com isso, qualquer ideia de superioridade entre os irmãos e de exaltação que deve ser exclusiva ao Senhor Jesus Cristo (Mc 10.42-44). 
Ele ainda declara que foi testemunha ocular dos sofrimentos de Jesus Cristo e, portanto, “participante da glória que se há de ser revelada”, que é eterna oposta ao sofrimento que é momentâneo. 
Pedro ressalta que é uma honra “apascentar o rebanho precioso de Deus” que foi comprado pelo Seu sangue. 
Sabemos que o presbítero é um pastor de ovelhas e a igreja é o rebanho de Deus. Ele tem a responsabilidade de alimentar, proteger e conduzir as ovelhas de Deus. 
Ele não é o dono do rebanho, mas pastoreia com fidelidade o rebanho que foi lhe confiado pelo Senhor Jesus Cristo, o Grande Pastor. 
O presbítero exerce a liderança sob a autoridade de Deus e serve de “boa vontade” e “espontaneamente” com o propósito exclusivo em agradar a Deus, cuidando do Corpo de Cristo por meio da disciplina e da doutrina. 
Há muitos homens que se consideram pastores, mas na verdade são “mercenários” e “lobos cruéis”, apascentam a si mesmos em vez de “cuidar bem” do rebanho de Deus e buscam glórias para si em vez de conhecerem o estado do seu rebanho (Ez 34.1-6; At 20.28-30). 
O presbítero deve aceitar esta função e encontrar satisfação em servir à Cristo e não para fazer dela uma “profissão” com o desejo de enriquecer ou sendo autoritário sobre o rebanho, mas com o anelo de servir e ser “exemplo para o rebanho”, compreendendo a seriedade e responsabilidade do trabalho e reconhecendo as suas próprias limitações e sua própria indignidade (Lc 5.8-10). 
Ninguém deve aceitar um cargo ou prestar um serviço na Casa de Deus pelas vantagens que possa obter. Seu desejo deve ser sempre o dar e não receber. 
O presbítero deve apascentar o rebanho como Jesus o apascentaria com prontidão no serviço, fidelidade e amor sacrificial pelas ovelhas. 
Todo esse esforço será recompensado quando o Supremo Pastor se manifestar em majestade e glória, o obreiro fiel receberá de Suas mãos a “coroa de glória” (Mt 25.21 Ap 22.12). 

II – REVESTI-VOS DE HUMILDADE 
Na seção anterior, vimos que Pedro instruiu os presbíteros a demonstrarem disposição de servir como exemplos para os crentes. 
Nesta (vv. 5-7) ele ordena aos jovens que se submetam à autoridade da liderança dos presbíteros dentro da igreja. 
Pedro aconselha que tanto os “anciãos” quanto os “jovens” tenham suas vidas marcadas por atitudes de humildade (“revesti-vos de humildade”), sendo assim, todos devem estar prontos para, na condição de servos, servirem uns aos outros, a exemplo do próprio Jesus que, na noite em que foi traído, cingiu-se com uma toalha para prestar aos discípulos o humilde serviço de lavar-lhes os pés (Jo 13.5,12-15). 
Pedro considera que o cristão deve cingir-se contínua e firmemente com a humildade, pois “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Pv 16:19), isto significa, que o homem humilde tem Deus ao seu lado, porém o orgulhoso tem Deus por adversário. 
Além disso, os humildes são recompensados com provisões da graça divina, cada vez mais abundantes, e por isso, podem descansar “lançando sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. 
É interessante notar que a soberba e humildade nem sempre são dirigidas a Deus, mas quase sempre aos outros, mas Deus intervém, de uma forma ou de outra (resistindo ou dando graça), conforme a atitude que se tem para com o próximo. 
Pedro encerra seu conselho aos jovens explicando que o motivo pelo qual podemos confiar nosso futuro a Deus, deixando de lado todo tipo de ansiedade e preocupação é porque “Ele tem cuidado” de cada um de nós, então, não estamos entregues à própria sorte. 

III – O CUIDADO DE DEUS EM MEIO ÀS AFLIÇÕES 
Nos versos 8 e 9, Pedro adverte seus leitores sobre a situação de guerra espiritual que enfrentam, pelo fato do acusador de nossas almas ter sido expulso dos céus e precipitado na terra, tendo grande ira contra os descendentes da mulher porque sabe que lhe resta pouco tempo (Ap 12.7-12). 
Num primeiro momento, Pedro recomenda que os cristãos devem viver em todo tempo de maneira “sóbria” e em “vigilância”, isto se deve ao fato de termos um adversário, a saber, o “diabo”. 
O adversário dos cristãos é identificado como um ser maligno, um anjo caído, que “anda em derredor” com o propósito de roubar, matar e destruir (Jo 10.10). 
Ele é antiga serpente, o leão que ruge, o pai da mentira. O cristão não deve subestimar sua influência nem suas artimanhas, pois ele busca uma “brecha” na vida daquele que anda desapercebido para atuar (Ef 6.11; Mt 13.24, 25). 
Por fim, Pedro aconselha seus leitores que resistam “firmes na fé”, pois a fé é um escudo contra os dardos inflados do maligno. Quando o cristão obedece a Deus e resiste ao diabo, certamente, ele fugirá. 
Além disso, é preciso salientar que as mesmas aflições que eles enfrentavam se cumprem entre os cristãos ao redor do mundo. 

CONCLUSÃO 
Para uma igreja que estava sendo atacada por forças humanas e espirituais, perseguida pelos homens e o diabo, Pedro traz à lembrança os cuidados do “Deus de toda graça”, que mesmo enfrentando a fornalha da aflição, por estarmos unidos a Cristo, Ele nos aperfeiçoa e nos dá firmeza, força e verdadeira segurança, e por fim, nos chamará a Sua eterna glória. 

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22 maio 2019

008-A vida segundo a vontade de Deus - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 08[Pr Afonso Chaves]21mai2019



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LIÇÃO 8: 
A VIDA SEGUNDO A VONTADE DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: 
“Portanto, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe a sua alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem” (1 Pe 4.19). 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 4.1-19 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição, continuaremos a estudar o sofrimento na vida cristã a luz do exemplo de Cristo. Na aula anterior, vimos que os cristãos são afligidos por fazerem o bem, sendo assim, a palavra é que eles suportem esta injustiça com paciência, compreendendo que eles imitam o Senhor Jesus Cristo. 
Hoje, aprenderemos o que as Sagradas Escrituras no ensinam sobre a disposição de sofrer a fim de evitar o pecado e a recompensa destinada àqueles que procuram viver fazendo a vontade de Deus. 

I – VIVENDO UMA VIDA DE PUREZA E SANTIDADE (1-6) 
No início desta seção, Pedro declara que “Cristo padeceu por nós na carne”. Esta afirmação resume o tema iniciado em 1 Pe 3.18, a saber, o valor de imitar o exemplo de Cristo: a disposição para, caso necessário, sofrer a fim de cumprir a vontade de Deus. 
O cristão, tal como Cristo, deve estar convicto de que é melhor “obedecer” e “sofrer” por “fazer o bem” do que fazer o mal. 
Se, anteriormente, a preocupação era incentivar os leitores a dar um bom testemunho cristão, no verso 1, a ênfase está na disposição de sofrer a fim de evitar o pecado: “que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado”. 
Essa atitude demonstra que os cristãos deixaram de ser dominados pelo pecado, pois “crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscência”, não é que o cristão não peca mais, mas ele rompeu, definitivamente, e agora, declara guerra contra o pecado, pois sua mente está cativa à “obediência” ao senhorio de Cristo (1 Jo 3.6; Rm 6.2,7). 
O apóstolo adverte seus leitores que a “experiência de pecado”, praticada no passado, já fora o suficiente. 
Chega de viver daquela maneira fútil, em uma vida “desenfreada de dissoluções”, fazendo a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias. 
Aliás, aqueles que vivem segundo as “concupiscências humanas” terão que um dia prestar contas a Deus (Mt 12.36,37). 
Portanto, o cristão deve ser sábio, remir o tempo, obedecer e cumprir em todo o tempo a “vontade de Deus”. 
É por estes motivos que os incrédulos estranham quando os cristãos não participam de sua conduta reprovável nem aprova sua devassidão incorrigível, e como retaliação, os incrédulos se tornam hostis aos cristãos, falam mal, difamam e ferem a sua reputação (Jo 15.18). 

II – DESPENSEIROS DA GRAÇA DE DEUS (7-11) 
No verso 7, Pedro encoraja os leitores a verem a vida à luz do fim que está próximo. 
Eles devem esperar paciente e fervorosamente pela volta de Cristo. 
Mesmo que ninguém saiba quando virá o fim, os cristãos devem viver aguardando ardentemente a consumação desse fato (Hb 10.24,25; Tg 5.7-9). 
Ao esperar a chegada do fim dos tempos, os cristãos devem demonstrar conduta exemplar. Suas vidas devem ser marcadas pela sobriedade, vigilância e oração. 
Pedro instrui os leitores a cultivarem o amor mútuo. 
Pedro ensina que todas as obras na vida cristã devem ser realizadas com amor, por isso, ele faz alusão à lei de Deus, que Jesus ensinou: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração... Amarás o teu próximo como a ti mesmo” e recomendou prática da hospitalidade, “sem murmurações” (Rm 12.13; Mt 22.37,38; Hb 13.1-3).
Pedro sabe que o amor alivia as tensões e põe fim às hostilidades, por isso ele determina, e acrescenta que “o amor cobrirá a multidão de pecados”. 
No verso 10, Pedro informa seus leitores de que cada membro da comunidade cristã recebeu dons de Deus. 
Esses dons pertencem a Deus, e devem ser usados em favor do seu reino, por isso, é que “cada um administre aos outros o dom como o recebeu”. 
Os dons, portanto, devem ser usados para o benefício mútuo dentro da comunidade e em harmonia com os planos e propósitos de Deus. Pedro ainda recomenda aos leitores sejam excelentes e fiéis administradores da graça de Deus, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. 

III – PARTICIPANTES DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO (12-19) 
Pedro considera as aflições do tempo presente como uma “ardente prova”, que mostra que o sofrimento tem um caráter pedagógico, pois vem provar a fé do cristão e não para destruí-la. 
Os cristãos não devem estranhar o sofrimento como se fosse algo incompatível com a vida cristã, mas até mesmo esperar as provações. 
Se o mundo perseguiu a Cristo, perseguirá aos seus discípulos também. 
A igreja não se torna fiel por ser perseguida, mas ela é perseguida por ser fiel (At 14.22; 2 Tm 3.12). O cristão deve suportar a provação com resignação e alegria, pois sabe que Deus está no controle das situações de nossa vida (Is 41.10; 43.2). 
Além deste fato, os fiéis também devem se alegrar pelo fato de se identificarem como o Seu Senhor no sofrimento, e como consequência, partilhar da Sua glória futura no “novo céu”, onde não haverá mais morte, nem prato, nem clamor e nem dor, pois Deus limpará de nossos olhos toda lágrima (Jó 19.25). 
Então, Pedro conclui: “Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados (insultados), bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus". 
Ressalta ainda, que antes de tratar com o mundo, Deus já começou a tratar com a Sua igreja, e se as Escrituras afirmam que apenas o justo se salva, “qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?”. 

CONCLUSÃO 
A Bíblia está repleta de relatos que dizem que Deus não nos poupa do sofrimento, mas caminha conosco pelo sofrimento. 
Deus transforma as circunstâncias adversas em benefícios para nós. Mesmo que as situações não mudem, Deus continua sendo fiel e a razão na nossa alegria. 


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15 maio 2019

007-O sofrimento na vida cristã - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 07 [Pr Afonso Chaves]14mai2019



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LIÇÃO 7: 
O SOFRIMENTO NA VIDA CRISTà

TEXTO ÁUREO: 
“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 3.13-22 

INTRODUÇÃO 
Por que o cristão sofre? Se ele é amado por Deus desde antes da fundação do mundo, salvo de sua ira e preservado para viver a eternidade no paraíso, qual seria a necessidade de ele sofrer aqui? 
Essa pergunta ganha mais peso principalmente se considerarmos o tipo de teologia que ensina vitórias sobre os males, curas de doenças e prosperidade financeira. 
Qual seria a razão de o crente sofrer? Nós não temos todas as respostas, mas as Escrituras nos dão claras indicações de algumas. 

I – PERSEVERANDO EM MEIO AO SOFRIMENTO 
Nesta seção (13-17), Pedro enfocará questões relativas ao sofrimento na vida do cristão, para isso, parte da seguinte indagação: “E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?” 
É compreensível que aqueles que fazem o que é correto, certamente, serão recompensados e não castigados, mas nem sempre ocorre desta forma. 
Embora a perseguição do justo seja anormal, ela de fato acontece, de modo que Pedro reconhece a possibilidade de que o cristão venha a sofrer por causa da justiça. 
Se essa for a causa do sofrimento, os cristãos devem-se considerar “bem-aventurados”, pois todas as situações cooperam para o bem daqueles que servem a Deus. 
Pedro, ainda recomenda, que os cristãos que sofrem não devem temer as ameaças e nem ficar angustiados pela “leve e momentânea” situação que enfrentam. 
O crente que sofre deve ter a atitude de “santificar a Cristo, como Senhor, em seu coração”, isto é, considerar que Cristo é o seu Senhor e crer verdadeiramente que Ele está no controle dos acontecimentos e não os adversários humanos (Mt 10.27,28; 1 Pe 3.22). 
Quando o homem se entrega a Deus é natural que abandone os hábitos da velha natureza e procure não se envolver com o pecado. 
Esta atitude de uma vida em santificação chama a atenção das pessoas próximas a ele, que logo perguntam a razão disso tudo. 
Como resposta aos questionamentos dos incrédulos, Pedro ensina que os cristãos, em todo tempo, devem estar “preparados” a testemunhar com “mansidão, temor e com a consciência limpa” sua fé em Cristo, confiando que é o próprio Espírito Santo que convencerá o ouvinte (Mt 5.16). 
O resultado do “bom procedimento” daquele que está em Cristo silenciará os caluniadores, os fará refletir sobre o evangelho e levá-los-á a crer em Deus (Gn 26.25-29). 
Pedro por fim, no verso 17, enfatiza há um valor no sofrimento injusto, pois se o cristão suportar com paciência será algo nobre e notável que se torna um potente testemunho de fé, conduzindo os incrédulos à salvação (1 Pedro 4.13). 

II – O EXEMPLO DE SOFRIMENTO DE CRISTO 
No verso 18, o apóstolo enfatiza que também “Cristo padeceu uma vez pelos pecados”, como o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos uma vez por ano para aspergir sangue como uma expiação pelos pecados do povo, assim também Jesus sofreu e ofereceu um único sacrifício pelos pecados de seu povo. 
Não tendo culpa alguma pela qual deveria pagar, pois era “justo” e reto diante de Deus, foi o substituto perfeito que morreu pelos “injustos” e pecadores, suportando todo o castigo que merecíamos (a ira de Deus), e por meio d’Ele, reconciliou consigo mesmo todas as coisas para “levar-nos a Deus” (Hb 9.26,28). 
Pedro apresenta os aspectos da natureza humana e espiritual de Cristo. Na carne, verdadeiramente Ele sofreu e padeceu injustamente pelos pecados dos homens, mas em Seu Espírito estava vivificado e encontrava-se em paz com Deus. 
Isto mostra que mesmo quando Jesus era injustiçado, Ele permanecia em silêncio, e quando falava dizia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.33,34; At 7.56-60). 

III – A SALVAÇÃO ANUNCIADA AOS ANTIGOS 
No verso 19 e 20, Pedro relata que Cristo Jesus, em Espírito, foi e pregou aos espíritos em prisão. Quando isto ocorreu? No tempo em que os homens se encontravam rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual oito almas se salvaram pela água. 
Em 1 Pe 1.10-11 vimos que os profetas falavam inspirados pelo Espírito de Cristo. 
O Espírito de Jesus estava nos profetas falando ao povo da época dos profetas, assim também, Jesus, em Espírito, falava pelo pregador da época, que era Noé, chamado pregoeiro da justiça. 
As pessoas, que estavam rebeldes (espíritos em prisão), não deram ouvidos ao que o Espírito de Cristo falava pela boca de Noé, na época da preparação da arca. (Ap 19:10c) 
Em tempo algum, Deus deixou faltar palavra e oportunidade de salvação. 
Nos versos 20 e 21, Pedro esclarece que por não ouvirem as palavras de Noé que enfocava o arrependimento e o retorno a Deus para receberem a salvação, foram condenados na água do dilúvio, mas agora, seus leitores podem desfrutar da plena salvação oferecida pelo Senhor Jesus Cristo.

CONCLUSÃO 
Não é fácil sofrer por haver praticado o bem, ficar em silêncio quando se é injustiçado e não procurar vingar-se de alguém que nos causou o sofrimento. 
Porém, ao olharmos para o exemplo de Cristo, encontramos forças para prosseguir na caminhada sem murmurações. 
Lembrando que nossos sofrimentos por Cristo, não se comparam com a glória que em nós há de ser revelada na eternidade.

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08 maio 2019

006-Os deveres dos cristãos - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 06[P Afonso Chaves]07mai2019



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LIÇÃO 6: 
OS DEVERES DOS CRISTÃOS NO MATRIMÔNIO E COM O PRÓXIMO

TEXTO ÁUREO:
“E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis, não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção” (1 Pe 3.8,9). 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 3.1-12 

INTRODUÇÃO 
Na lição anterior, vimos que Pedro apresenta a submissão como regra geral de conduta: “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor” (1 Pe 2.13). 
Após exortar os leitores sobre suas obrigações éticas para com as autoridades instituídas e o relacionamento entre os senhores e os servos, veremos os conselhos do apóstolo sobre o relacionamento conjugal e fraterno à luz da nova vida em Cristo Jesus. 

I – A BELEZA DAS SANTAS MULHERES DE DEUS 
Pedro se ocupa nos versos 1-5, em mostrar que as “mulheres cristãs” devem evidenciar uma conduta de submissão semelhante à de seu Senhor, Jesus Cristo (Fp 2.5-8). Assim como o cristão deve ser obediente às autoridades instituídas por Deus e os servos devem se submeter a seus senhores, as mulheres que servem a Deus, da mesma maneira, devem ser “sujeitas ao vosso próprio marido”. 
Na ótica humana, a atitude de submissão da mulher ao seu esposo pode ser considerada pelos incrédulos como arbitrariedade e injustiça, entretanto, essa atitude de fé e obediência é a marca autêntica da mulher segundo o coração de Deus. 
Em silêncio, a mulher cristã pelo seu “viver honesto” poderá levar o marido à Cristo, pois guiada pela Palavra de Deus, ela manifesta pureza moral e reverência exemplar para seu marido. 
Deus chama a esposa cristã a mostrar amor obediente ao seu marido descrente, de modo que ele possa ver nela a figura do amor de Cristo pela igreja (Ef 5.22-24). 
Nos versos 3 e 4, o apóstolo não está incentivando as mulheres cristãs a serem relaxadas com a apresentação pessoal, mas que houvesse um equilíbrio entre o cultivo da beleza interior e a manifestação graciosa do exterior (Pv 31.30). 
As mulheres ricas daquela época gastavam seu tempo em coisas fúteis e muitas delas investiam toda energia em cuidar da beleza exterior com penteados extravagantes para chamarem a atenção, no uso de joias de ouro e roupas requintadas para ostentarem riqueza e luxo, relegando a uma posição de descaso o cultivo da beleza interior. 
Pedro faz um contraste entre o que é superficial e que o homem vê (beleza exterior) e o que é essencial e que é precioso diante de Deus (beleza interior), por isso, orienta que as mulheres cristãs precisam adornar sua alma (o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto) mais que seu corpo, pois os enfeites do corpo são destruídos pela traça e deterioram com o uso, mas a graça de Deus, quanto mais utilizada, melhor e mais resplandecente se torna. 
A mulher cristã, porém, ao agradar a Deus, torna-se uma bênção para o marido (Pv 12.4). 
Por fim, no verso 5, Pedro lembra das “santas mulheres” do passado, que deixaram um importante legado e um exemplo digno de ser imitado. 
Ao invés de copiar o modelo de beleza do mundo, a mulher cristã deve adorna-se como as santas mulheres do passado. 
Essas mulheres “esperavam em Deus”, isto é, tinham fé em Deus, independente das circunstâncias adversas, 
Ele jamais as abandonaria. Elas ainda eram “sujeitas ao seu próprio marido” e se dedicavam em fazer “o bem” e não temendo nenhum espanto. 
O exemplo particular é o de Sara que obedecia ao seu marido, Abraão, chamando-lhe senhor. 

II – AS ATITUDES DO MARIDO CRISTÃO 
Depois de aconselhar as esposas, no verso 7, Pedro dirige sua exortação aos maridos. 
Na vida conjugal, espera-se que o marido ofereça liderança, exerça autoridade e obedeça a Deus. 
Ele deve entender que Deus lhe deu autoridade que precisa ser usada com amor e para o bem-estar de sua esposa. 
Por isso, Pedro destaca que a responsabilidade do marido é cuidar da esposa e do lar (Ef 5.25-28). 
O marido deve reconhecer que a mulher é por natureza mais sensível e mais frágil na força física, dessa forma, ele deve carregar os fardos mais pesados no casamento e proteger a esposa e suprir suas necessidades. 
Ainda, deve tratar a esposa como um vaso caro, belo e frágil, que contém um tesouro precioso, além de, respeitar seus sentimentos, desejos e sua maneira de pensar. 
Maridos e mulheres, como macho ou fêmea, são igualmente herdeiros da graça de Deus em sua vida diária; espiritualmente, são um em Cristo (Gn 1.27; Gl 3.28). 
Pedro ressalta que quando o marido não vive e respeita sua mulher de acordo com as Escrituras as orações são impedidas, e quando a esposa se recusa a aceitar a autoridade do marido, igualmente, Deus não a ouve. 
A vontade de Deus é que o casal se reconcilie, para que possam orar juntos em paz e harmonia e, assim, gozar as incontáveis bênçãos divinas. 

III – A UNIDADE EM CRISTO 
Nos versos de 8-12, Pedro deixa de falar a grupos específicos dentro da igreja para aconselhar a todos os leitores e ressalta que assim como o cumprimento da lei é o amor, também os relacionamentos humanos, se cumprem no amor, tendo a descrição de Cristo como o supremo modelo de conduta para todos os cristãos. 
O apóstolo apela para que os cristãos esforçassem para manter a unidade em Cristo que só é possível “amando os irmãos” e exercitando a “compaixão”, a misericórdia e a humildade, pois essas virtudes cristãs refletem a glória da igreja (Cl 3.12-15). 
Ele ainda instrui os leitores, ao invés de pagá-los com sua própria moeda, antes abençoarem seus inimigos, pois se assim o fizerem, imitam o próprio Deus e declaram que são seus filhos (Mt 5.44, 45; Lc 6.28). 
Por fim, o cristão deve compreender que o sofrimento por amor a Cristo faz parte de sua vida. Aqueles que sofrem por amor a causa da justiça recebem como herança as bênçãos celestiais. 

CONCLUSÃO 
Nesta aula, aprendemos que aqueles que foram “gerados de novo” têm um procedimento exemplar perante o mundo, especialmente entre cônjuges no lar. Quando o crente, como discípulo do Senhor, rende-se inteiramente a Cristo, seu amor flui e transborda em relação a todos em redor.

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02 maio 2019

005-A conduta do Cristão... - Cartas do Apóstolo Pedro - Lição 05[Pr Afonso Chaves]30abr2019



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LIÇÃO 5:
A CONDUTA DO CRISTÃO NA SOCIEDADE

TEXTO ÁUREO: 
“Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisaduras” (1 Pe 2.21). 

LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 2.11-25 

INTRODUÇÃO 
Na oração sacerdotal, Jesus Cristo não orou para que seus discípulos fossem tirados do mundo, mas sim preservados do mal que há no mundo (Jo 17.15). 
Nesta aula, veremos como deve ser a conduta do cristão no mundo, considerando que a missão dos discípulos de Cristo é ser “sal da terra” e “luz do mundo”. 
O modo de viver do cristão tanto pode exaltar como ser motivo para os ímpios blasfemarem do nome de Cristo. 

I – ABSTENDO-SE DE TODO DESEJO CARNAL 
Nesta seção (vv. 11-12), Pedro não exorta os leitores a se isolarem de suas atividades no mundo, ao invés disso, como verdadeiro pastor, suplica aos “peregrinos e forasteiros” que se abstenham “das concupiscências carnais”, isto é, mantenham-se longe ou evitem os desejos intensos, característicos da natureza pecaminosa, que fazem guerra contra a alma e que têm o propósito de destruí-la. 
Esse desejo maligno uma vez concebido, da à luz o pecado, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte (Tg 1.15; Gl 5.16,17,24). 
Pedro lembra os leitores que as paixões carnais são atitudes da velha natureza como o “andar em dissoluções (imoralidade), concupiscências, borracheiras (embriaguez), glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias” (1 Pe 4.3). 
Essas atitudes dão à pessoa uma satisfação física temporária, mas, na realidade, estão guerreando contra sua alma. 
O Altíssimo nos chama a viver na sociedade como Ele viveu, e ainda, quer que sejamos testemunhas vivas de seu amor e misericórdia para com os pecadores, pois, através de nossas vidas, Deus chama outros para si, por isso, que jamais devemos ser pedra de tropeço para os descrentes ao nosso redor (Mt 5.13-16). 
Os cristãos devem se esforçar para ter um “viver honesto”, uma conduta tão exemplar a ponto de as acusações maledicentes dos incrédulos serem sempre infundadas (1 Pe 3.16). 
Quando o cristão é tratado como malfeitor, o registro de sua conduta cristã deve revelar-se em “boas obras” e uma ausência de falhas ou vícios, pois agindo desta maneira, o cristão faz emudecer a ignorância dos insensatos e, certamente, os descrentes glorificarão a Deus, resultando ainda na salvação de suas almas. 

II – SUBMISSÃO ÀS AUTORIDADES INSTITUÍDAS 
As Escrituras ensinam que os que governam o fazem por delegação divina, pois todo poder pertence a Deus (Sl 62.11). 
Nos versos 13-17, Pedro pede aos crentes que obedeçam e honrem as pessoas que foram designadas para governá-los, pois esta é a vontade de Deus, então, agindo desta maneira, o cristão reconhece que as autoridades governam pela graça de Deus, o Soberano dos reis da terra (Pv 8.15,16; Ap 1.5). 
Salomão compreendeu que Deus lhe fizera reinar sobre Israel (1 Rs 8.20). 
Daniel também reconheceu que é Deus que estabelece e remove os reis (Dn 2.21; 37). 
Jesus disse a Pilatos: “nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado” (Jo 19.11). 
A atribuição do magistrado, portanto, é de conter e punir os praticantes do mal, manter a lei e a ordem e promover o bem-estar do povo (Rm 13.1-7). 
O cristão se submete à autoridade “por amor ao Senhor”, ou seja, a lei da terra deve ser seguida desde que não submeta o cristão a desobedecer à lei de Deus (At 4.19; 5.29). 
Em hipótese alguma o cristão deve usar a sua liberdade em Cristo para buscar seus próprios interesses ou encobrir o mal, pois agindo assim, ele deixa de obedecer à lei do amor e, na realidade, ele  deixa, então, de obedecer a Deus. 
A verdadeira liberdade é aquela que a ninguém causa mal algum a seu próximo. 
É por isso, que Pedro admoesta os irmãos a continuarem sendo servos fiéis de Deus. 

III – OS DEVERES DOS SERVOS CRISTÃOS 
Nesta seção (vv. 18-25), veremos os deveres daqueles que prestam serviço a outrem. 
Pedro aconselha os servos a serem submissos com todo o temor ao Senhor, e mesmo fazendo o bem, suportarem o sofrimento com paciência, pois Deus os abençoará por causa disso e foi para isso que Ele os chamou. 
O exemplo de obediência que o cristão sofredor deve seguir é o do próprio Cristo, que mesmo não tendo cometido pecado, morreu pelos nossos pecados, e ainda, quando era insultado e maltratado, não revidava com insultos e nem fazia ameaças, mas se entregava Àquele que julga retamente (Mt 5.10,11). 
Qualquer trabalho ou serviço deve ser prestado como se fosse oferecido ao próprio Senhor celestial (Rm 14.7-9), ou seja, deve trabalhar como se Cristo fosse o seu patrão, sabendo que todo o trabalho realizado "como ao Senhor", um dia será recompensado com um galardão (Ef 6.6-8). 
Os patrões devem ser generosos e os empregados honestos e zelosos no seu trabalho, merecendo assim o reconhecimento do seu serviço. 
Essa relação deve basear-se no respeito e ajuda mútua, uma vez que todos os homens têm um Senhor nos céus, a quem terão de prestar contas (Ef 6.9). 

CONCLUSÃO 
Nesta aula, aprendemos que o cristão, por sua vida e testemunho, deve ser um instrumento que conduza outros ao reconhecimento da atuação de Deus nas pessoas e no mundo, de forma que possam se chegar a Deus e glorificá-lo. 

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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