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LIÇÃO 9:
EXORTAÇÕES À IGREJA DE DEUS
TEXTO ÁUREO:
“Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito
terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disselhe: Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17).
LEITURA BÍBLICA: 1 PEDRO 5.1-11
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos um pouco da árdua e delicada missão daqueles que o Senhor chama
para o seu santo ministério.
Veremos ainda, que Pedro aconselhará os jovens a que sejam submissos aos
anciãos, e condiciona a bênção da graça de Deus à sujeição e ao revestimento da humildade.
Afinal
destacaremos que, mesmo em meio aos sofrimentos, o cristão certamente poderá contar com o
maravilhoso cuidado de Deus sobre sua vida.
I – APASCENTANDO O REBANHO DE DEUS SEGUNDO A SUA VONTADE
Nesta seção (vv. 1-4), Pedro endereça suas palavras aos “presbíteros” (anciãos ou bispos),
àqueles que estavam responsáveis pelo cuidado espiritual da igreja de Deus.
Pedro apresenta-se como
“presbítero” da igreja e coloca-se na mesma posição da liderança que será aconselhada, refutando com
isso, qualquer ideia de superioridade entre os irmãos e de exaltação que deve ser exclusiva ao Senhor
Jesus Cristo (Mc 10.42-44).
Ele ainda declara que foi testemunha ocular dos sofrimentos de Jesus Cristo
e, portanto, “participante da glória que se há de ser revelada”, que é eterna oposta ao sofrimento que é
momentâneo.
Pedro ressalta que é uma honra “apascentar o rebanho precioso de Deus” que foi comprado pelo
Seu sangue.
Sabemos que o presbítero é um pastor de ovelhas e a igreja é o rebanho de Deus. Ele tem a
responsabilidade de alimentar, proteger e conduzir as ovelhas de Deus.
Ele não é o dono do rebanho,
mas pastoreia com fidelidade o rebanho que foi lhe confiado pelo Senhor Jesus Cristo, o Grande Pastor.
O presbítero exerce a liderança sob a autoridade de Deus e serve de “boa vontade” e “espontaneamente”
com o propósito exclusivo em agradar a Deus, cuidando do Corpo de Cristo por meio da disciplina e da
doutrina.
Há muitos homens que se consideram pastores, mas na verdade são “mercenários” e “lobos
cruéis”, apascentam a si mesmos em vez de “cuidar bem” do rebanho de Deus e buscam glórias para si
em vez de conhecerem o estado do seu rebanho (Ez 34.1-6; At 20.28-30).
O presbítero deve aceitar esta função e encontrar satisfação em servir à Cristo e não para fazer
dela uma “profissão” com o desejo de enriquecer ou sendo autoritário sobre o rebanho, mas com o anelo
de servir e ser “exemplo para o rebanho”, compreendendo a seriedade e responsabilidade do trabalho e
reconhecendo as suas próprias limitações e sua própria indignidade (Lc 5.8-10).
Ninguém deve aceitar
um cargo ou prestar um serviço na Casa de Deus pelas vantagens que possa obter. Seu desejo deve ser
sempre o dar e não receber.
O presbítero deve apascentar o rebanho como Jesus o apascentaria com
prontidão no serviço, fidelidade e amor sacrificial pelas ovelhas.
Todo esse esforço será recompensado
quando o Supremo Pastor se manifestar em majestade e glória, o obreiro fiel receberá de Suas mãos a
“coroa de glória” (Mt 25.21 Ap 22.12).
II – REVESTI-VOS DE HUMILDADE
Na seção anterior, vimos que Pedro instruiu os presbíteros a demonstrarem disposição de servir
como exemplos para os crentes.
Nesta (vv. 5-7) ele ordena aos jovens que se submetam à autoridade da
liderança dos presbíteros dentro da igreja.
Pedro aconselha que tanto os “anciãos” quanto os “jovens”
tenham suas vidas marcadas por atitudes de humildade (“revesti-vos de humildade”), sendo assim,
todos devem estar prontos para, na condição de servos, servirem uns aos outros, a exemplo do próprio Jesus que, na noite em que foi traído, cingiu-se com uma toalha para prestar aos discípulos o humilde
serviço de lavar-lhes os pés (Jo 13.5,12-15).
Pedro considera que o cristão deve cingir-se contínua e firmemente com a humildade, pois “Deus
resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Pv 16:19), isto significa, que o homem humilde tem
Deus ao seu lado, porém o orgulhoso tem Deus por adversário.
Além disso, os humildes são
recompensados com provisões da graça divina, cada vez mais abundantes, e por isso, podem descansar
“lançando sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.
É interessante notar que a soberba e humildade nem sempre são dirigidas a Deus, mas quase
sempre aos outros, mas Deus intervém, de uma forma ou de outra (resistindo ou dando graça), conforme
a atitude que se tem para com o próximo.
Pedro encerra seu conselho aos jovens explicando que o
motivo pelo qual podemos confiar nosso futuro a Deus, deixando de lado todo tipo de ansiedade e
preocupação é porque “Ele tem cuidado” de cada um de nós, então, não estamos entregues à própria
sorte.
III – O CUIDADO DE DEUS EM MEIO ÀS AFLIÇÕES
Nos versos 8 e 9, Pedro adverte seus leitores sobre a situação de guerra espiritual que enfrentam,
pelo fato do acusador de nossas almas ter sido expulso dos céus e precipitado na terra, tendo grande ira
contra os descendentes da mulher porque sabe que lhe resta pouco tempo (Ap 12.7-12).
Num primeiro momento, Pedro recomenda que os cristãos devem viver em todo tempo de
maneira “sóbria” e em “vigilância”, isto se deve ao fato de termos um adversário, a saber, o “diabo”.
O
adversário dos cristãos é identificado como um ser maligno, um anjo caído, que “anda em derredor” com
o propósito de roubar, matar e destruir (Jo 10.10).
Ele é antiga serpente, o leão que ruge, o pai da
mentira. O cristão não deve subestimar sua influência nem suas artimanhas, pois ele busca uma
“brecha” na vida daquele que anda desapercebido para atuar (Ef 6.11; Mt 13.24, 25).
Por fim, Pedro aconselha seus leitores que resistam “firmes na fé”, pois a fé é um escudo contra
os dardos inflados do maligno. Quando o cristão obedece a Deus e resiste ao diabo, certamente, ele
fugirá.
Além disso, é preciso salientar que as mesmas aflições que eles enfrentavam se cumprem entre os
cristãos ao redor do mundo.
CONCLUSÃO
Para uma igreja que estava sendo atacada por forças humanas e espirituais, perseguida pelos
homens e o diabo, Pedro traz à lembrança os cuidados do “Deus de toda graça”, que mesmo enfrentando
a fornalha da aflição, por estarmos unidos a Cristo, Ele nos aperfeiçoa e nos dá firmeza, força e
verdadeira segurança, e por fim, nos chamará a Sua eterna glória.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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