01 outubro 2019

001-Êxodo, o Livro da Redenção - Êxodo Lição 01 [Pr Afonso Chaves] 01out2019


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LIÇÃO 1 
ÊXODO, O LIVRO DA REDENÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Tu, com a tua beneficência, guiaste este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade.” (Ex 15.13). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 1.1-14 

INTRODUÇÃO Neste trimestre o nosso estudo está voltado para o livro de Êxodo, o segundo livro do Pentateuco – os cinco primeiros livros da Bíblia escritos por Moisés. 
Historicamente, o livro do Êxodo trata do livramento do povo de Israel do Egito; mas, considerando-o doutrinariamente, trata da redenção. 
Em Gênesis, lemos que Deus nos escolhe para a salvação, enquanto em Êxodo Ele nos ensina como o faz, ou seja, pela redenção. 
Portanto, a redenção é o tema principal do livro. Êxodo e outros livros iniciais da Bíblia contêm muito mais do que uma história inspirada de eventos que aconteceram há milhares de anos; eles estão repletos de ensinos doutrinários. 
Isso se pode constatar no Novo Testamento: “tudo o que dantes foi escrito, para o nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). 

I – O LIVRO DE ÊXODO O vocábulo “êxodo” significa “saída”. O livro foi escrito por Moisés e mostra como Deus formou e resgatou para Si um povo. Nos primeiros versículos é relatado como a família de Jacó se estabeleceu no Egito, inicialmente contando com um número de 70 almas. 
Faraó concedeu à família de José uma das melhores regiões do Egito – a terra de Gósen. Contudo, é necessário ressaltar porque o povo desceu para o Egito. 
Isso está registrado em Gn 15.13-16 e, para que se cumprisse esta palavra, primeiramente José é enviado por Deus à frente da família (Gn 45.5, 7) e, com a fome em toda a terra em redor e apenas no Egito existindo comida, a família de Jacó desce para lá, onde irá se estabelecer em paz até a mudança administrativa do Egito. 
Nessa ocasião o número dos filhos de Israel já havia se multiplicado grandemente. Certamente é um povo abençoado por Deus. 
A paz não dura muito mais, pois Faraó tem uma preocupação: “Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós”. E, para que não crescesse ainda mais e em uma possível guerra eles se juntassem aos inimigos de Faraó, este resolve então escravizá-los. 
Cumpre-se assim o que Deus falara a Abrão: “...peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-ão; e afligi-los-ão quatrocentos anos.” Assim o povo foi escravizado. 
Porém, quanto mais o povo era oprimido, mais o povo crescia. Faraó utiliza de várias estratégias para impedir o crescimento do povo, mas tudo em vão. 

II – O NASCIMENTO DE MOISÉS As riquezas dos detalhes no texto revelam o quanto o Senhor Deus é cuidadoso em cumprir na íntegra a Sua palavra. A família na qual está agindo é da tribo de Levi, afinal, o menino que nasceria seria um legislador. 
Esse menino nasce no momento mais crítico da escravidão, quando os meninos que nascessem deveriam ser jogados no rio, mas pela fé os pais o escondem por três meses, porque era “formoso”. Mas não era uma formosura simplesmente aos olhos dos homens. Os seus pais sabiam que o era à vista de Deus. 
Assim a fé começa a operar na vida do casal. Tudo de acordo com os projetos de Deus. Essa era a pior época no meio dos hebreus para uma mulher engravidar, e a situação pioraria por ser a criança um menino. 
Aquilo que deveria ser motivo de alegria se tornaria em tristeza, pois ele deveria ser lançado no rio. Mas nesta família de Levi havia a proteção de Deus, porque o menino fazia parte dos seus projetos. Portanto, onde normalmente haveria tristeza agora se tem alegria, afinal Deus está no controle – e isso faz a diferença. 
Após os três meses, não podendo mais escondê-lo, os pais tomam uma decisão que o homem natural não tomaria. Levar o menino para o lugar onde normalmente seria morto. Fizeram uma arca, betumaram e colocaram-na no rio em meio aos juncos, momento em que a irmã se coloca à distância para ver o que aconteceria. 
A ação de Deus continua – a filha de Faraó, ao ouvir o choro do menino, o toma-o, momento em que se aproxima a irmã se oferecendo para encontrar uma ama para cria-lo. A criança volta para a própria mãe, que ainda recebe salário do palácio. 
Nestes poucos versículos nota-se a maravilhosa providência de Deus na vida daqueles que fazem parte de um projeto de Deus na terra. A tipologia bíblica desse texto aponta claramente para a obra de Cristo Jesus. 
Moisés é levado exatamente para o lugar de morte – o rio Nilo, lugar onde os meninos hebreus eram mortos. Moisés é colocado em uma arca e preservado da morte, a mesma figura da época de Noé. Assim também foi com Jesus, que veio em nosso ambiente de morte para vencer a morte e garantir a redenção do Seu povo. Quando Jesus ressuscita – sai da morte – todos aqueles que creem também ressuscitam com Ele. 

III – O ZELO DE MOISÉS E SUA FUGA Embora Moisés tenha sido adotado pela filha de Faraó, ele foi criado por sua mãe e pode-se dizer educado na fé dos hebreus, embora não se saiba ao certo até que idade permaneceu com sua família. 
Quando já grande, diz o texto sagrado que foi levado para a filha de Faraó. Já teve a sua educação religiosa e chegou o momento da outra parte de sua preparação para a obra que realizaria. Os textos de Atos 7 e Hebreus 11 esclarecem muitos pontos desse texto: “E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (Atos 7.22). 
Contudo, o seu coração não estava posto nessas coisas e, conforme a educação que sua mãe lhe dera, buscava coisas melhores. Em Hb 11:24-26 lemos: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa”. 
Completados os seus primeiros 40 anos, inicia-se então outra fase da sua preparação. Embora criado como egípcio, ele sabia que esta não era a sua pátria – afinal, era hebreu, e não pertencia àquele lugar. Um certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. 
Moisés acabou matando um homem e enterrando-o na areia. No dia seguinte, dois hebreus contendiam, e repreendeu o injusto, que disse: “Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio?” 
O ocorrido era já de conhecimento público, então temeu Moisés a Faraó, porque este queria matá-lo, e fugiu para Midiã. Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro. 
Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro. As mãos de Deus continuavam sobre a vida de Moisés, quando em terra estrangeira – em Midiã – providenciando uma casa e uma família para ele durante sua permanência por lá. Socorro de Deus sempre vem. 

CONCLUSÃO Ao se estudar os primeiros anos da vida de Moisés, nota-se as providências de Deus para a vida do seu povo, embora muitas vezes não percebidas no dia a dia. Moisés nasceu em um dos momentos mais difíceis para um casal, ainda mais quando a mãe, ao abraçar o recém-nascido, notava que era um menino. 
Contudo, nesse caso Moisés era uma providência de socorro para o povo. É necessário, em meio às aflições, confiar totalmente em Deus, afinal, Ele tem o controle de toda a situação que diz respeito ao Seu povo. 

PARA USO DO PROFESSOR
 

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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