21 dezembro 2021

013-O significado do Nascimento de Jesus - Lição Avulsa [Pr Afonso Chaves]21dez2021


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 LIÇÃO 13 

O SIGNIFICADO DO NASCIMENTO DE JESUS 

TEXTO ÁUREO: “Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo”. (Lc 1.68-69) 

LEITURA BÍBLICA: LUCAS 1.46-55 

INTRODUÇÃO Aproveitando o ensejo em que nos encontramos no período do ano em que se afirma “comemorar” o natal – isto é, o nascimento – de Jesus Cristo, queremos dar por encerrado o tema principal do trimestre, que foi “ética cristã”, e dedicar esta lição ao tema em epígrafe. Não apenas porque é necessário lembrar os cristãos de que este é um evento importante em toda a história da salvação e que, de fato, merece ser bem compreendido. Mas, assim como ocorre com a Páscoa, a sociedade dita “cristã” profana de tal forma o que chamam de “comemoração natalina” que, toda vez que chegamos a esse período do ano, devemos nos lembrar desse acontecimento à luz das Escrituras Sagradas a fim de não incorrermos no mundanismo e na falsa religiosidade. 

I – A NECESSIDADE DA VINDA E DO NASCIMENTO DE CRISTO A vinda do Filho de Deus a este mundo é um acontecimento de implicações tremendas para a realização dos desígnios divinos, e desde os primeiros tempos da criação vinha sendo prefigurada, prenunciada e profetizada. Desde os primeiros raios da revelação divina, o Espírito Santo quis comunicar ao homem que o Criador, o Altíssimo, não vive nem opera “só”, por assim dizer; mas como que “compartilha” a glória, a felicidade e o amor inescrutável da divindade com um Filho unigênito (Gn 1.26; Sl 2.6-7; Jo 1.1; 17.5). A este Filho, Deus propôs exaltar como herdeiro e senhor de tudo o que é Seu, através de um processo pelo qual toda a criação, ao mesmo tempo em que conheceria esse propósito glorioso, também se salvaria em consequência dele. Assim, a vinda de Cristo ao mundo vinha sendo revelada nas Escrituras como uma grande obra pela qual o Senhor seria sumamente engrandecido e o Seu povo seria eternamente salvo, redimido e libertado da opressão do pecado. A entrada no pecado no mundo e suas consequências foram providenciais para a realização desta obra. Por mais odioso que o pecado seja aos olhos de Deus, nada escapa à soberania divina, de modo que mesmo o pecado tem o seu lugar no propósito divino de engrandecer a Cristo Jesus, e tornar a criação participante de uma glória que somente poderia desfrutar através da graça e da redenção (Rm 5.17-18, 20-21; 11.32). Assim, tão logo veio à luz a nova realidade do homem, produzida pela desobediência, revelou-se os primeiros sinais de um Salvador que sem falta subjugaria o pecado e traria o homem de volta à sua plena realização com Deus (Gn 3.15). Que este Salvador deveria não apenas vir ao mundo para completar esta obra e ter entrada na plenitude que Lhe estava reservada pelo Pai, mas vir ao mundo como homem; faz parte do caminho traçado por Deus para essa exaltação, e desde cedo foi revelado pelo Espírito. Primeiro, porque a vinda do Filho ao mundo consistiria num testemunho de obediência e submissão ao Pai sob qualquer circunstância, e esse testemunho só poderia ser perfeito se Cristo assumisse a forma em que Sua obediência mais pudesse ser posta à prova – a forma humana, que, dentre todas as outras, é a que mais padece as consequências do pecado (Fp 2.5-11; Hb 2.6-10). E, segundo, porque, justamente para salvar e resgatar aqueles que mais perderam em consequência da Queda, o Filho de Deus precisava se fazer semelhante a eles, pois somente assim poderia atender às demandas da justiça divina, pagando com sua própria vida divina e humana os pecados que os homens haviam acumulado diante do Altíssimo (Hb 2.17; 7.26-28; cf. Is 53.4-6, 10-12). 

II – OS PREPARATIVOS PARA O NASCIMENTO DE CRISTO O Filho de Deus não poderia ter vindo ao mundo numa conjuntura mais perfeita do que aquela em que nasceu: Israel já havia alcançado maturidade espiritual, tanto em seus fracassos na obediência ao Senhor como na esperança de redenção fomentada pelas profecias (Gl 3.23-24; 4.4-6); era o tempo indicado muitas vezes no passado, ainda que de forma enigmática (Is 7.14-16; Ag 2.6-7; Ml 3.1). Muitos israelitas nutriam ansiedade e esperança na aparição iminente do Messias; alguns tinham até a certeza de que O veriam em vida (Lc 2.25-26, 36-38). Contudo, nem todos estavam preparados; e preparação era algo necessário, haja vista que o Messias viria não apenas para salvar, mas também para julgar e expor os ímpios (Ml 3.2-5). Por isso, Deus enviou primeiramente João, cujo ministério excepcional foi o de preparar para o Senhor um povo bem disposto (Lc 1.16-17; Mt 3.1-12). 

III – AS CIRCUNSTÂNCIAS DO NASCIMENTO DE CRISTO Se a concepção de João Batista, o precursor, foi algo maravilhoso – um milagre de Deus – a de Jesus Cristo foi algo ainda mais tremendo e, ao mesmo tempo, misterioso. Não vamos discorrer sobre a doutrina da encarnação e da concepção virginal de Maria, mas convém a necessidade indispensável de que assim o fosse, pois do contrário Cristo seria apenas humano, como João. Ao ser a semente da mulher fecundada por virtude e vontade do Espírito, e não do homem, o menino que ela conceberia como o seu primogênito seria ao mesmo tempo o Filho unigênito de Deus, por conta de Sua eterna existência junto ao Pai e procedência para habitar no ventre da virgem (Lc 1.31-35; Jo 1.14; 1 Tm 3.16a; Gl 4.4). A fim de cumprir a profecia, e servir de sinal maravilhoso para os filhos de Israel, o Filho de Deus não apenas nasceu de uma virgem desposada com um legítimo descendente de Davi, mas, à semelhança daquele cujo trono ocuparia por toda a eternidade, nasceu na mesma cidade do filho de Jessé – ainda que para propiciar Seu nascimento nesse local a providência divina tenha movido todo o mundo (Lc 2.1-11). A época exata do ano é difícil determinar, embora, pelo contexto fornecido no anúncio aos pastores que guardavam suas ovelhas nas campinas, possamos dizer que não teria sido durante uma estação rigorosa e árida como o inverno – o que nos permitiria questionar tanto a imagem como a data tradicionalmente atribuídas a este acontecimento. As narrativas evangélicas destacam os testemunhos que muitos receberam da parte de Deus quanto àquela criança nascida numa estrebaria, mas não da parte dos grandes da terra, sejam políticos ou religiosos. Notemos que não são estes, mas são os mais simples e humildes do povo – pastores de ovelhas, anciãos e viúvas – que foram notificados por Deus acerca da chegada do Messias. E, mesmo quando a atenção dos grandes é despertada, algum tempo depois, são magos vindos do Oriente – isto é, gentios de terras distantes – que foram preferidos a receberem a revelação e, conduzidos precisamente até onde o Filho de Deus se encontrava, puderam adorá-lo (Mt 2.1-12). 

CONCLUSÃO O natal de Cristo é um evento maravilhoso e inesquecível para qualquer crente que ama o Salvador, porque aponta para a razão pela qual Cristo veio ao mundo: morrer pelos nossos pecados. Se tivermos de comemorar, que em verdadeira gratidão e votos de maior fidelidade a Deus por nos ter dado Seu Filho unigênito. Não profanemos este acontecimento e sua memória com comida, bebida, presentes, que são coisas lícitas, desde que não haja o impulso do consumismo, da glutonaria e outros apetites carnais. Mas, definitivamente, não são o natal de Cristo.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
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APOIO 
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