12 outubro 2022

003-Isaías - Esperança em tempos de Juízo - Isaías Lição 03[Pr Afonso Chaves]11out2022

 

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LIÇÃO 3 

ESPERANÇA EM TEMPOS DE JUÍZO 

TEXTO ÁUREO: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.” (Isaías 7.14) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 9.1-7 

INTRODUÇÃO Nos capítulos propostos para o estudo da lição de hoje (9 a 12), veremos como, embora a mensagem do profeta fosse de um juízo inexorável, que Judá e Jerusalém certamente sofreriam em razão da sua impenitência; o Senhor também nos deixa vislumbrar, oportunamente, o tempo de uma gloriosa e eterna salvação, para a qual os fiéis deveriam olhar, na certeza de que Deus jamais os abandonaria – ainda que, nas presentes circunstâncias, estivessem experimentando a justa e santa ira de um Deus zeloso que verdadeiramente ama o Seu povo. 

I – A TERRA DO EMANUEL SERÁ LIVRADA (CC. 7-8) Nestes capítulos o profeta nos apresenta um episódio onde o rei Acaz, embora fosse ímpio e perverso, recebe uma palavra da parte de Deus assegurando-o de que, não pela sua própria força ou mérito, mas pela misericórdia e poder divinos, Judá e Jerusalém seriam livradas de uma invasão planejada pela Síria e Samaria – que era motivo de grande aflição para o rei. A resposta de Acaz à oferta: “Pede para ti ao Senhor, teu Deus, um sinal”, é, no mínimo, hipócrita, pois era o próprio Deus quem se propunha realizar um sinal para confirmar a certeza deste livramento e, deste modo, despertar o rei para que este confiasse no Senhor. Assim, a rejeição de Acaz sob pretexto de não tentar ao Senhor apenas revela a sua indisposição de se comprometer com Deus sob qualquer condição. A esta reiteração de impenitência e rejeição ao Senhor, um sinal é dado, agora não ao rei, mas ao remanescente de Judá e Jerusalém – ao povo de Deus – não sobre um livramento imediato, mas à salvação e redenção através do Messias, aqui chamado de o Emanuel (que significa “Deus conosco”), numa clara alusão profética ao fato de que o Cristo, o Salvador, seria o próprio Deus habitando entre nós (cf. 1 Tm 3.16; Jo 1.14, 18), pois assumiria a semelhança do Seu próprio povo através de um nascimento miraculoso (cf. Gl 4.4-6; Hb 2.14-18) – o que serviu de sinal para os fiéis quando esta palavra se cumpriu (cf. Mt 1.18-23; Lc 2.8-12, 25-32). Outro aspecto do sinal está na expressão seguinte, de que manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem, pois Jesus, tendo nascido e crescido como um homem, só se manifestou como o Messias, o Salvador do Seu povo em idade adulta – o que causou grande surpresa para os incrédulos (cf. Mt 13.54-58). De fato, aquela geração de Judá e Jerusalém ainda testemunharia seu livramento das mãos de Israel e da Síria, mas Efraim – isto é, as tribos do norte – não seria apenas castigada, mas destruída pelos assírios (7.8, 16-17), e a terra assolada de seus moradores do mesmo modo que uma navalha rapando todos os cabelos da cabeça aos pés; e de tal modo que o pouco que pudesse ser colhido ou produzido ali já seria uma abundância para os poucos moradores que restariam nela (7.20-22). No capítulo seguinte, o Senhor revela que a própria Judá e Jerusalém seriam até certo ponto assoladas pelos assírios, uma vez que haviam desprezado as águas de Siloé, que correm brandamente – isto é, não reconheceram a paz e segurança que poderiam ter no Senhor enquanto confiassem n’Ele e não seguissem os caminhos dos seus vizinhos, pelo que, antes de testemunhar a manifestação do Emanuel, aquela terra ainda experimentaria o terror das águas turbulentas representadas da Assíria (8.6-8; cf. 2 Rs 18.13-14). Por isso, o profeta desperta os fiéis a permanecerem na lei do Senhor, confiando somente n’Ele e rejeitando os caminhos vãos das nações, porquanto as maquinações dos povos contra a terra do Emanuel certamente seriam frustradas e os fiéis encontrariam em Deus santuário seguro (cf. Sl 46.1-6). 

II – A TERRA ENTENEBRECIDA TAMBÉM SERÁ SALVA PELO EMANUEL (CC. 9-10) Reforçando a esperança dos fiéis, a palavra afirma que Judá e Jerusalém não seriam entregues à escuridão, como seriam Israel ao norte e as nações vizinhas. Mas, por outro lado, deixa uma promessa de salvação que se estende mesmo a estes últimos, que seriam destruídos pela Assíria. A luz também brilharia para esses povos, graças ao reinado glorioso e da abundante salvação do Emanuel: “Porque um menino nos nasceu” (9.1-2, 6-7). Essas nações de fato nunca voltariam do cativeiro assírio, mas, espiritualmente, seriam libertadas da opressão tirânica do pecado pelo Senhor Jesus, que, começando o Seu ministério de salvação precisamente na Galileia dos gentios, depois seria anunciado, pelo evangelho, a todas as nações da terra (cf. Mt 4.13-17; At 26.15-18). Segue-se então uma descrição do poder e majestade deste menino, o Emanuel, cujas qualidades divinas revelam que os fiéis deveriam esperar dele nada menos que a salvação e reconciliação dos céus e da terra com o Pai (cf. Cl 1.15-17); e do reino glorioso pelo qual inaugurará um novo estado de coisas para a igreja que se tornará cada vez mais pleno até a consumação do propósito de Deus para o Seu povo neste mundo (cf. At 3.19-21; 1 Co 15.22-26). Porém, quanto à situação de Israel naquela circunstância, e ao que estava reservado para Efraim num futuro breve, o Senhor manteria Sua mão estendida para feri-los e, como não se voltassem para ver quem os feria (9.13), certamente não escapariam à escuridão – isto é, a desolação final (9.19). No capítulo seguinte, o Senhor assegura aos fiéis daquelas gerações que a Assíria, embora fosse um instrumento em Suas mãos para castigar as nações e os infiéis dentre o Seu povo, seria ela mesma visitada por Deus a seu tempo, em razão da sua soberba e presunção contra o próprio Deus que lhe havia dado poder e autoridade sobre toda a terra (10.5, 12, 15, 24-25). 

III – O REINADO DO EMANUEL SERÁ DE PAZ E RECONCILIAÇÃO (CC. 11-12) Enquanto o capítulo anterior se encerra com um cenário de destruição e assolação, onde os altivos serão abatidos como árvores altas sendo derrubadas; o presente capítulo retoma o quadro futuro do reinado do Messias (11.1-2, 6-9, 16) que, ao contrário da altivez da Assíria e das nações, se manifestaria humilde e despretensioso, tal como um rebento, um ramo novo, mas nobre e digno de toda a realeza, pois que da raiz de Jessé e ungido para ser rei com a plenitude do Espírito de Deus (cf. Mt 3.16-17; Hb 1.8-9). Seu governo, não usando de força ou violência carnal, mas através da Sua justiça e verdade, seria eficaz e levaria não apenas à eliminação de toda a rebelião e iniquidade, mas à reconciliação geral de todos os seus súditos, tanto uns com os outros, como com o próprio Deus – o que é representado pelos animais de toda sorte convivendo em harmonia, e todos demonstrando sujeição e disposição a serem conduzidos a ponto de um menino pequeno poder guia-los (cf. Jo 10.16, 27; At 10.9-15, 28). E, finalmente, a palavra detalha, figuradamente, a restauração dos fiéis, dispersos por todas as terras, e seu retorno do cativeiro como nos dias da libertação de Israel da terra do Egito (11.12-16). Após esses diversos deslumbres da salvação futura, após um breve período de tribulação e angústia, o Senhor fortalece ainda mais a esperança no coração do Seu povo e o convida a olhar e abraçar as promessas, mesmo estando ainda distantes, revelando que eles haveriam de se alegrar grandemente na misericórdia de Deus, e a render graças depois de todas as aflições passadas, porquanto seria abundante a salvação operada em favor do Seu povo, e eles a experimentariam como aqueles que tiram água de fontes abundantes (12.1-6). 

CONCLUSÃO Deus não quer nossa destruição, mas nossa salvação. Mesmo quando é necessário castigar Seu povo, o Senhor o faz com vistas aos bons pensamentos, ao bom propósito que Ele estabeleceu para os Seus, do qual só poderão participar, com alegria e ação de graças, se considerarem o erro dos seus caminhos atuais e atentarem para aqu’Ele que os chama ao arrependimento e à conversão.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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