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LIÇÃO 5:
MATURIDADE E PERSEVERANÇA NA FÉ
MATURIDADE E PERSEVERANÇA NA FÉ
TEXTO ÁUREO:
“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento” (Hb 6.4-6a).
LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 6.1-12
INTRODUÇÃO
Após apresentar Jesus Cristo como nosso “grande sumo sacerdote”, o autor faz uma pausa para alertar os leitores sobre a condição espiritual dos mesmos, para em seguida aprofundar-se no ensino sobre a natureza do sacerdócio de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque. Esta lição tem por objetivo expressar a importância do crescimento espiritual para todos os cristãos, além de alertar sobre o terrível perigo de apostasia e exortar o fiel a se manter firme diante de Deus, não se deixando levar por quaisquer ventos de doutrina.
I – ALCANÇANDO A MATURIDADE CRISTÃ (5.11-6.3)
O autor inicia esta seção reconhecendo que o assunto apresentado anteriormente – o sacerdócio de Cristo – é de “difícil interpretação” para seus leitores, pelo fato de, ao longo dos anos, eles se terem feito “negligentes para ouvir” (apáticos espirituais) a mensagem do Evangelho (v. 11). Os destinatários da epístola em apreço eram ainda “meninos” e necessitavam de “leite, e não alimento sólido”; pelo tempo de crentes, já deveriam ter alcançado certa maturidade e serem “mestres”, enquanto, na realidade, careciam de instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e não estavam preparados para se aprofundarem nas riquezas insondáveis que há em Cristo (1 Co 2.6; 3.2; 14.20; Ef 4.13-14; 1 Pe 2.1-2). O autor encoraja seus leitores a alcançarem a maturidade tão desejada: “prossigamos até a perfeição”. Essa expressão se refere a um ensinamento mais avançado, para doutrinas como a natureza do sacerdócio de Cristo, que eles mal podiam compreender. Precisavam adiantar-se mais, em direção a verdades cristãs mais avançadas do que aquelas às quais estavam habituados. Ele não tem intenção de voltar às verdades elementares de sua fé: “não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno” (6.1-2).
II – O PERIGO DA APOSTASIA (6.4-12)
Estes versos são uma severa advertência dirigida aos que um dia abraçaram a fé cristã e pensam em desistir. O autor torna isto ainda mais claro descrevendo, cláusula após cláusula, a sua condição. Primeiro, eles “já foram iluminados”. Sem dúvida remonta à figura de Jesus como luz do mundo e a luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo (Jo 1.9; 9.5). A luz do evangelho brilhou sobre eles e vieram a ter “conhecimento da verdade” (cf. 2 Co 4.4, 6). É salientado ainda que eles “provaram o dom celestial”, isto é, eles tiveram uma profunda experiência de salvação, incluindo o perdão de pecados, e gozaram de todas as bênçãos espirituais em Cristo (Hb 8.12; 10.17; Ef 1.3). Ainda é enfatizado que os cristãos “se fizeram participantes do Espírito Santo” (1 Co 12.12, 13). E, por fim, é acrescido ainda que “provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro”. O escritor repete o verbo “provar”, referindo-se a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das verdades de Deus, expressas em Sua Palavra. Não apenas sentiram o “cheiro”, mas “comeram” a Palavra, experimentando-a e confirmando-a como verdadeira (cf. Jo 17.17). Ao lembrar seus leitores das maravilhosas experiências da conversão, o autor sublinha a tragédia da queda do favor divino. A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima, abandonam a Cristo, negando-o e renegando-o de modo proposital e deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tal de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (1 Tm 4.1, 2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo – “já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hb 10.26). O apóstata é então como o campo que produz espinhos e está destinado a ser queimado (cf. Mt 13.30; Jo 15.6; Hb 12.28, 29). 10 Após apresentar um quadro sombrio nos versos 4-8, o autor faz uma pausa e assegura a seus leitores que não os considera apóstatas. Ele demonstra sua afeição pelos leitores ao chamá-los de “amados”. É porque os ama que fala com tanta severidade. A confiança do autor nos seus leitores tem uma base dupla: seus atos de generosidade e o caráter do próprio Deus. Eles tinham provado o seu amor de maneira especialmente prática, servindo aos companheiros cristãos, partilhando de suas aflições e mostrando compaixão pelos prisioneiros (Hb 10.33-36). Além disso, o autor tinha confiança em Deus. Ele sabia que, sendo Deus justo, não poderia mostrar-se injusto, esquecendo-se de recompensar os que agiram retamente. Por fim, o autor diz aos leitores que imitem àqueles que pela fé e paciência herdam a promessa.
III – A FIDELIDADE DE DEUS (6.13-20)
O propósito desta seção é demonstrar que as promessas de Deus são seguras e imutáveis. Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca alcançou a bênção, porque esperou com paciência. Deus quis mostrar a “imutabilidade de seu conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente Deus não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se interpôs com juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que Deus minta” e, por isso, devemos “reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu”, onde está Jesus, nosso mui amado e eterno Sumo Sacerdote (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Tt 1.2; 2 Tm 2.11-13).
CONCLUSÃO
Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores.
QUESTIONÁRIO
1. Quais são as características daquele que é menino espiritual?
2. O que é apostasia?
3. Por que se deve crer nas promessas de Deus?
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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