20 junho 2023

013-Ester e Mardoqueu - Heróis da Fé Lição 13[Pr Afonso Chaves]20jun2023

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LIÇÃO 13 

ESTER E MARDOQUEU 

TEXTO ÁUREO: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? (Ester 4.14) 

LEITURA BÍBLICA: ESTER 4.1-9 

INTRODUÇÃO Na última lição deste trimestre, encerraremos o estudo dos heróis da fé refletindo sobre o testemunho de Ester e seu primo Mardoqueu. Sua história diz respeito a como todo o povo de Deus foi salvo da destruição graças à fé de ambos na providência divina, e à coragem pela qual se valeram das oportunidades concedidas por Deus para cumprir o Seu propósito dentro do Seu grande plano. 

I – ESTER É FEITA RAINHA E O ÓDIO DE HAMÃ CONTRA MARDOQUEU E O POVO JUDEU Nossa primeira consideração sobre a história de Ester é como Deus, na Sua providência e disposição soberana sobre os corações dos homens, através de um incidente inusitado e que surpreendeu a todos os persas – a saber, a rejeição da rainha Vasti à ordem do rei Assuero para comparecer em sua presença e na dos seus príncipes – levou a uma comoção em todo o reino que resultaria na elevação de uma mulher dentre os cativos judeus à posição de rainha, esposa do rei da Pérsia. De incomparável beleza, nem por isso Ester era menos humilde e prudente - criada por seu primo Mardoqueu, mesmo depois de introduzida à vida palaciana, não abandonara os costumes do seu povo, nem a lealdade e amor familiar ao seu primo, nem o temor ao seu Deus. Vemos a mão de Deus operando no fato de Ester não apenas ter achado graça diante do oficial responsável pela seleção das mulheres mais belas do reino, mas também ao ser especialmente favorecida, e aconselhada a comportar-se de forma a chamar a atenção de Assuero não apenas pela sua beleza, mas pela sua idoneidade para ser rainha; e assim “o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti” (Et 2.8-9, 15-17). Ao mesmo tempo, notamos como prudentemente Mardoqueu havia orientado sua filha de criação a não revelar sua origem judaica, uma vez que o povo de Deus era taxado pejorativamente como um povo diferente, suspeito de desobediência às leis do reino (cf. Et 3.8); se declarasse sua parentela e seu povo, Ester poderia ter sido descartada na seleção inicial, como também atraído atenção indesejada para todos os seus conterrâneos, antes mesmo do ocorrido entre Hamã e Mardoqueu. Longe de desejar a queda de Assuero e que toda aquela situação envolvendo sua “filha” acabasse, Mardoqueu fez logo saber a Ester, e esta ao rei, da conspiração em andamento (Et 2.21-23), impedindo grande turbação sobre o reino – pois, na sua paz, o povo judeu teria paz – e demonstrando uma fidelidade ao rei que, a seu tempo, contaria favoravelmente não apenas para Mardoqueu, mas para todo o seu povo. Enquanto esperava que a razão daquela dispensação da providência divina para com Ester se manifestasse, ocorre então o confronto entre o orgulho perverso de Hamã e as convicções de Mardoqueu, fiel à palavra de Deus que havia anatematizado o povo amalequita, e de cujo rei Agague o filho de Hamedata era descendente. Mesmo exaltado pelo rei persa, Mardoqueu se recusa a atribuir honra àquele cujo povo havia sido desonrado pelo Senhor; e, deixando acender o antigo ódio e inimizade dos amalequitas pelo povo hebreu, Hamã faz deste caso um pretexto para exercer a vingança dos seus antepassados, e consegue obter do rei a aprovação irrevogável de um decreto arbitrário para exterminar, sem nenhum motivo, todos os judeus em todas as províncias do império (Et 3.5-6, 8-9, 11- 13).

II – MARDOQUEU EXORTA ESTER A INTERCEDER PELO SEU POVO Um grande mal estava determinado contra o povo de Deus, razão pela qual Mardoqueu, em comum sentimento com os seus irmãos em todo o reino, entregou-se ao luto, contudo, sem abandonar as portas do palácio, onde esperava que Ester fosse informada do que estava para acontecer e que ela soubesse que, como rainha e uma das filhas do povo de Deus, devia fazer algo a respeito. Vemos que ela inicialmente se mostrou intimidada, em razão do costume real, de chegar-se ao rei para interceder pelo seu povo; ao que Mardoqueu a faz lembrar de que não foi por acaso que havia chegado àquela posição – revelando sua confiança na providência e cuidado de Deus pelo seu povo naquelas palavras que representam um dos pontos altos do livro (Et 4.10-11, 13-14). Animada pela exortação de seu sábio e piedoso primo, Ester se arrisca a entrar na presença do rei sem ser chamada – uma atitude que faz, primeiro, apoiada no jejum e nas orações do seu povo, esperando achar graça primeiramente diante de Deus para que seu ato obtenha, ao invés de condenação, sucesso e aceitação diante do rei; segundo, consciente do seu pertencimento ao povo eleito, prestes a ser entregue à destruição, não tem sua vida por preciosa ao arriscá-la pelos seus: “e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço” (Et 4.16). E, segundo a sábia e misericordiosa providência de Deus, Ester acha graça diante do rei para ser aceita em todas as suas petições, gradualmente preparando o momento ideal para desmascarar a crueldade e malícia de Hamã contra o seu povo e contra ela mesma, de tal modo que este não pode escapar à condenação (Et 7.1-10). 

III – MARDOQUEU É EXALTADO E O POVO JUDEU, SALVO DA DESTRUIÇÃO Mardoqueu, que já havia sido destacado perante o rei Assuero pela sua fidelidade no caso da conspiração dos eunucos, e como recompensa exaltado acima até mesmo de Hamã – não sem a participação ativa e a contragosto do amalequita nas honras prestadas ao seu inimigo – após revelada a trama contra os judeus, e morto Hamã, agora é nomeado em seu lugar como um maioral no império persa. Aliás, consideremos que aprouve a Deus não apenas fazer o rei perder o sono e descobrir a fidelidade de Mardoqueu na mesma noite em que Hamã estava às portas do palácio para pedir o enforcamento do seu desafeto (cf. Et 5.14; 6.1-4); e não apenas exaltar Mardoqueu sobre Hamã, mas também destruir o amalequita pelos mesmos meios que este intentou destruir o judeu (cf. Et 7.9-10). Do mesmo modo agora, estando ainda em vigor o decreto irrevogável do rei dos medos e persas, com data certa para ser cumprido, Mardoqueu, ao receber o selo real para escrever e autorizar em nome do rei o que parecesse bom aos seus olhos, viu nas sortes que haviam sido lançadas para mal o propósito de Deus para que seu povo defendesse seu direito e se vingasse dos seus inimigos – aqueles que esperavam oportunidade para despojar o povo eleito. As sortes lançadas determinavam, de fato, o momento de Deus mostrar seu favor sobre este povo, que agora contava com a garantia do próprio rei e com o apoio dos seus vizinhos, e mesmo dos líderes das cidades em todas as províncias onde o decreto foi cumprido – a sorte do povo judeu não seria mais de perseguição, mas de paz, alegria e luz (cf. Et 8.10-13; 9.1-4), de tal modo que purim (isto é, “sortes” em hebraico) passou a ser celebrada como uma solenidade do povo de Deus para comemorar este livramento (cf. Et 9.26-28, 30-32). 

CONCLUSÃO O testemunho de Ester e Mardoqueu nos mostra como é necessário termos a certeza de que Deus controla todas as coisas para que possamos cumprir o chamado de Deus em nossas vidas. Se sabemos que, mesmo quando envolve riscos, é o Senhor quem nos dá oportunidade para tomarmos decisões ou atitudes necessárias em nossa caminhada para cumprirmos a Sua vontade, podemos ter a certeza de que Ele assegurará o nosso sucesso.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira




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