24 dezembro 2025

013-A História de Jacó -Gênesis Lição 13[Pr Denilson Lemes]23dez2025

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LIÇÃO 13 

A HISTÓRIA DE JACÓ

TEXTO ÁUREO: “E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou o seu nome Israel.” (Gênesis 35.10) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 28.10-22 

INTRODUÇÃO Nosso propósito foi expor e nos deter com maior minúcia na primeira parte do livro de Gênesis (capítulos 1 a 11) e fazer uma abordagem mais temática sobre a segunda parte, que trata das origens da nação israelita a partir dos acontecimentos envolvendo principalmente os patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e seus filhos. Assim, nesta última lição consideraremos alguns passos importantes da vida de Jacó, e como o Senhor Deus confirmou com ele o Seu concerto, fazendo deste homem o herdeiro da promessa e da bênção de Abraão. 

I – DEUS CONFIRMA O CONCERTO EM JACÓ Não obstante escolhido desde o ventre de sua mãe para ser aquele em quem haveriam de se cumprir as promessas feitas a Abraão, Jacó somente foi reconhecido como o herdeiro após a ocasião em que sutilmente tomou o lugar de seu irmão Esaú, recebendo a bênção reservada ao primogênito – cujo direito já havia adquirido, comprando a primogenitura de seu irmão mais velho, que a havia desprezado. Entendendo depois disso que Jacó havia sido escolhido por Deus para ser o seu herdeiro, Isaque o despediu para a terra de seus parentes, Harã, a fim de obter para si uma esposa – ocasião em que também confirmou a bênção que já havia outorgado ao filho mais novo, confiando-o aos cuidados do próprio Deus: “E Deus Todo-poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão” (Gn 28.3-4). Assim, Jacó partiu para longe de seus pais em uma longa e árdua jornada, a fim de entender melhor e cumprir o propósito que Deus lhe havia destinado, não sem ter de enfrentar também muitas dificuldades durante sua longa estadia na terra de Harã. Não há dúvida de que a visão registrada no capítulo 28 representa uma experiência fundamental na vida espiritual de Jacó – praticamente um primeiro chamado divino, como o de Abraão, em Ur dos caldeus. Ainda no começo da longa jornada que tinha pela frente, Jacó resolve pernoitar em um local ermo onde não dispunha de nada mais confortável do que uma pedra por cabeceira. Mas é naquela rústica acomodação que o Senhor Deus se lhe manifesta, revelando que ele não apenas havia sido escolhido para herdar a bênção de seus pais, mas também que o Todo-poderoso sempre estaria com ele, operando maravilhosamente em sua vida – daí a visão dos anjos subindo e descendo continuamente por uma escada em cujo topo estava o próprio Deus. E, de fato, considerando as situações inusitadas pelas quais Jacó passaria, somente esta visão explica por que quando, em situações de humilhação, injustiça e fraqueza segundo a carne, este homem ainda podia se sobressair e prosperar, e as expectativas dos que desejavam o seu mal eram completamente frustradas. E que Deus cumpriu esta promessa, vemos claramente ao longo da estadia de Jacó junto de seu tio Labão, a qual foi, durante todos aqueles anos, de adversidades contrabalançeadas pela intervenção divina em favor do jovem – o fato de ter que trabalhar mais tempo do que o ajustado com seu tio para desposar Raquel; o afinco e a renúncia com que protegia o rebanho do agora também sogro, enquanto este, com seus filhos, procurava encontrar meios de impedir sua prosperidade e o enganar; os riscos que passou por ter partido de volta para sua terra, tanto em relação ao seu tio e sogro como em relação a Esaú; e ainda os ciúmes de suas duas mulheres, que disputaram entre si a preferência do marido. Mas tudo isto redundou em amadurecimento espiritual para Jacó, que aprendeu a confiar e a depender mais do Senhor Deus, pois em cada ocasião ele testemunhou a misericórdia divina em seu favor, pela qual prosperou surpreendentemente, achou graça diante daqueles que desejavam o seu mal, foi livrado de muitos perigos e alcançou uma descendência mais numerosado que seus pais; e notemos que, em todas essas angústias, Jacó demonstrou grande paciência e resignação, movendo-se apenas mediante determinação do Senhor (Gn 30.27-33, 37-43; 31.5-13, 27-29; 32.9-12; 33.1-2, 10 e 18; 35.1-5).

II – JACÓ SE ENCONTRA NOVAMENTE COM DEUS Outra experiência notória e que ajuda a entender o relacionamento particular de Jacó com Deus ocorreu durante sua viagem de volta para Canaã. Depois de ter sido livrado por Deus de seu tio Labão, que poderia tê-lo feito retornar consigo para a terra de Harã, o patriarca novamente se viu diante de outro grande perigo – seu próprio irmão Esaú, já senhor de uma família numerosa e com meios para, saindo ao encontro de Jacó, vingar-se do episódio envolvendo a bênção da primogenitura – que, a seus olhos, lhe havia sido tomada injustamente. É verdade que o próprio Deus havia instruído Seu servo sobre como deveria se preparar para esse encontro e, atendendo à súplica angustiada de Jacó, livrou-o mais uma vez do perigo (cf. Gn 32.1-2; 33.10-16). Foi, porém, durante a madrugada que antecedeu a esse encontro tão angustiante que Jacó teve uma de suas maiores experiências com Deus. A Escritura descreve que, enquanto Jacó e o seu povo atravessavam o vau (trecho do rio onde é possível cruzar a pé) de Jaboque, o patriarca ficou para trás e ali lutou com um varão até o alvorecer. Este varão era o próprio Deus, manifestado ou representado através de Seu anjo, e apareceu ali para provar a perseverança e determinação de Jacó em alcançar o favor e a benção de Deus – em prevalecer com Deus. De fato, desde o seu nascimento, este homem já havia mostrado que a sua vida não seria fácil – não que o chamado de seus pais o tivesse sido, mas em Jacó vemos um homem de Deus que, embora destinado a herdar a mesma bênção de Abraão e Isaque, teve de lutar e esforçar-se muito para assegurá-las. Daí seu nome ter sido mudado na ocasião desta prova, de Jacó (“suplantador”, “o que toma o lugar de outro”) para Israel (“o que luta, prevalece ou se esforça com Deus”, como um príncipe de Deus, cf. Os 12.3-4). 

III – JACÓ ABENÇOA SEUS FILHOS A próxima etapa da história de Jacó ocorre durante suas peregrinações na terra de Canaã, agora seguindo neste aspecto as pisadas de seus pais, mas não necessariamente com a mesma tranquilidade dos últimos dias daqueles. Ali foi turbado pelo incidente em Siquém, onde seus filhos Levi e Simeão mataram todos os homens da cidade a traição, despertando contra eles a fúria dos povos que habitavam aquela terra; depois foi ainda mais angustiado pela suposta morte de José, o filho da sua velhice (cf. Gn 37.3, 35); e ainda pela fome na terra de Canaã e pelos problemas que os demais filhos encontraram ao descerem à terra do Egito em busca de alimento. Mas todos esses anos de tristeza foram aliviados com a notícia de que não apenas José estava vivo, mas havia sido exaltado na terra do Egito para tornar-se o segundo abaixo do próprio faraó. Assim, com grande alegria, mas não sem buscar a orientação do Senhor, Jacó desceu ao Egito com toda a sua família, a fim de ver novamente seu filho preferido, e para que o propósito divino em relação à descendência de Abraão pudesse se cumprir com a multiplicação daquela ainda pequena família em uma nação tão numerosa quanto as estrelas no céu e a areia na praia do mar (Gn 46.1-5; cf. 50.20). Chegamos então a um último testemunho da fé do patriarca, agora nos últimos dias da sua vida de longos e trabalhosos anos. Reunindo a si seus filhos para abençoá-los, Jacó declara profeticamente a sorte das futuras tribos que se formariam a partir deles – assim como havia feito Isaque, ao abençoar Jacó e Esaú (cf. Hb 11.20-21). Notemos, em particular, a menção aos dias do próprio Messias, na previsão de que o cetro não se arredaria de Judá (uma referência à monarquia davídica) até que venha Siló – isto é, aquele a quem o cetro pertence por direito (cf. Lc 1.32-33). Não muito depois disto, o patriarca encerra sua longa e árdua jornada neste mundo, sendo sepultado junto de seus pais, no campo de Macpela, comprado por Abraão, e deixando para trás seus descendentes – cerca de setenta e cinco almas – os quais veriam, daqui a algumas gerações, as promessas divinas começarem a se cumprir. 

CONCLUSÃO A bênção profética do patriarca e seu sepultamento na terra de Canaã manifestam a certeza de Jacó e seus filhos de que Deus cumpriria as Suas promessas, e que um dia mesmo o patriarca, e seus pais – Abraão e Isaque – ainda veriam com os seus próprios olhos esta grande e abençoada nação cujos filhos virão então do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa juntamente com eles na eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR

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