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LIÇÃO 13
OS DOZE APÓSTOLOS DE JESUS
TEXTO ÁUREO: “E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?” (Lucas 12.42)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 10.1-8
INTRODUÇÃO Ao estudarmos a narrativa evangélica, podemos facilmente notar como, de todos os discípulos de nosso Senhor Jesus, doze deles, chamados também de apóstolos, estavam envolvidos em praticamente todos os episódios de Sua vida e do Seu ministério. E, de fato, muitas coisas que Jesus fez e disse foi em resposta ou atenção a eles, deixando-nos não apenas importantes lições sobre o que é ser discípulo de Cristo, mas também sobre o ministério especial que havia confiado aos Doze, do qual dependeria o avanço do Evangelho no mundo e o estabelecimento da Igreja sobre o sólido fundamento dos ensinos e mandamentos do Senhor.
I – OS DOZE E O SEU CHAMADO Em lição anterior, vimos como a chamada dos primeiros discípulos se deu logo após Jesus ter sido batizado por João, recebendo deste o testemunho de que Ele era o Cristo, o Cordeiro de Deus. Também destacamos, na ocasião, que a convicção destes homens quanto ao seu chamado para seguir o Mestre foi se fortalecendo na medida em que testemunharam sinais cada vez mais impactantes do poder e da glória de Cristo, até que finalmente abandonaram suas atividades ordinárias para seguirem exclusivamente ao Senhor. E ainda pontuamos que, embora o número dos discípulos aumentasse rapidamente, esses doze primeiros foram especialmente escolhidos e nomeados por Cristo para serem os Seus apóstolos (apóstolo significa “enviado”). Assim, os evangelhos chamam a atenção para os Doze não apenas por relatarem particularmente como alguns foram chamados ou, quando não, nomeados juntamente com estes; mas também pelo modo como foram escolhidos por Cristo, dentre os demais, para exercerem um ministério especial. Deste modo, o seu discipulado deveria contemplar ainda sua preparação e capacitação para que pudessem testemunhar e anunciar o reino dos céus aos homens, como também servir aos demais discípulos – isto é, à igreja de Cristo – na dispensação dos mistérios do reino de Deus (Mt 10.1-4; 28.16-20; Lc 12.41-48). Por esta causa a igreja nascente, após a ascensão do Salvador, permaneceu reunida em torno dos Doze e do seu ensino, e mesmo após expandir-se para além de Jerusalém e alcançar diversas partes do Império Romano, perseverou na doutrina apostólica, e permaneceu, enquanto os apóstolos sobreviveram, sob sua zelosa supervisão e cuidado (At 2.42; 8.14-15, 25; 11.22-23).
II – OS DOZE E A SUA PREPARAÇÃO Acompanhando o Salvador mais de perto do que os demais discípulos, os apóstolos não apenas viram e ouviram mais coisas do que Jesus disse e fez, mas também participaram mais do Seu ministério e da Sua vida, de modo que, quando posteriormente compreenderam a importância e o significado de todas estas coisas, seu testemunho tornou-se indispensável para a confirmação da fé daqueles que pessoalmente pouco ou nada haviam conhecido de Cristo (1 Jo 1.1-3; cf. Jo 21.24). disso, todo o período durante o qual os apóstolos acompanharam o Senhor, desde o batismo de João até o dia em que Ele foi recebido no céu, serviu-lhes de aprendizado, em razão do qual sua fé em Jesus progrediu consideravelmente, mesmo não tendo eles ainda sido plenamente revestidos do Espírito Santo. Os evangelhos apresentam diversas evidências de que, desde o princípio, os apóstolos nutriram fé genuína e sincera, ainda que limitados pelos seus preconceitos e fraquezas, os quais o Mestre pouco a pouco ia “aparando”, nas diversas oportunidades que se apresentavam para corrigi-los e demonstrar as riquezas da Sua graça, poder e glória (Jo 2.11; Mt 14.22-33; 17.17-21; Jo 6.66-69). Deste modo, quando se aproxima a hora de deixar este mundo, em que os próprios discípulos O abandonariam, o Senhor Jesus deu testemunho do quão preciosa era aquela fé, pela qual haviam perseverado com Ele até o fim, e pela qual haviam sido purificados, e na qual seriam preservados contra as investidas de Satanás para que pudessem confirmar os demais (Lc 22.28-32; Jo 13.10-11). Assim, podemos concluir que todo esse tempo de discipulado dos Doze aos pés do Salvador foi uma preparação necessária para que, uma vez capacitados pela virtude do Espírito Santo, pudessem cumprir fiel e plenamente o seu ministério.
III – OS DOZE E A SUA CAPACITAÇÃO Queremos destacar aqui que, ao confirmar a promessa primeiramente anunciada pelos profetas, o Senhor Jesus antecipou que não apenas todos aqueles que n’Ele cressem seriam batizados com o Espírito Santo, isto é, revestidos da plenitude e abundância da graça e da vida eterna; mas também receberiam virtude, ou seja, poder ou capacidade para cumprirem o ministério que incumbiria à igreja, e especialmente aos apóstolos. Assim vemos, naquela última noite em que esteve com os Doze antes de Sua paixão, Jesus explicando que eles fariam obras maiores do que as que Ele havia feito enquanto esteve neste mundo, como também entenderiam e se lembrariam de todas as coisas que lhes havia dito, e seriam guiados em toda a verdade, de modo que, através do seu testemunho, amparado pelo Espírito Santo, muitos outros também creriam (Jo 14.12-14, 26; 15.26-27; 16.12-14; 17.20-21). É verdade que não apenas os apóstolos, mas todos os discípulos, durante o ministério terreno de Jesus, e toda a igreja, após o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, participaram desta virtude, de modo que muitos sinais foram operados mesmo por aqueles que não haviam sido chamados ao ministério apostólico. Contudo, vemos também que era por mãos dos apóstolos que Deus não apenas operava milagres de forma mais abundante, como também confirmava a veracidade do Evangelho através do seu testemunho, fazendo-os se lembrarem dos ensinos e mandamentos do Senhor, e abrindo-lhes o entendimento para a compreensão das Escrituras (Lc 24.45; At 4.33; Hb 2.1-3; Ef 3.5). Deste ministério resultariam, pouco tempo depois, as Escrituras do Novo Testamento, que são um claro testemunho da importância e centralidade da doutrina e ministério apostólico para o estabelecimento da igreja nascente sobre o fundamento da revelação divina em Cristo Jesus (Ef 2.19-22; cf. Ap 21.14; 1 Co 12.28).
CONCLUSÃO Ao cumprirem o seu ministério, os apóstolos estabeleceram um fundamento para que a igreja fosse edificada, não sobre as suas pessoas, nem as dos pastores que os sucederam na liderança das igrejas, mas sobre a sua doutrina, que era a doutrina do Senhor, corroborada, não por sua própria sabedoria e capacidade, mas pela autoridade a eles delegada pelo próprio Cristo, e pelo poder do Espírito Santo.
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