04 fevereiro 2016

006-O toque das trombetas 2ª parte - Apocalipse Lição 06[Pastor Afonso Chaves]02fev2016

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LIÇÃO 6:
O TOQUE DAS TROMBETAS (2ª PARTE):
O TESTEMUNHO DE DEUS

TEXTO ÁUREO:

"E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis" (Ap 10.11)

LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 10.1-7


INTRODUÇÃO 
Dentro da visão sobre o toque das sete trombetas abre-se agora, nos capítulos 10 e 11, um novo parêntese - tal como ja vimos na abertura dos selos (Ap 7) - onde Deus revela a João coisas importantes que devem se realizar antes do toque da sétima trombeta, e da consumação das ordens desencadeadas pelo toque das trombetas anteriores.

I - O ANJO COM O LIVRINHO ABERTO (10.1.11)
Após a descrição dos terríveis castigos que se abatem sobre o mundo, João vê um anjo com grande poder e autoridade, tanto na terra e no mar ("E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra"), como no céu, proclamando algo de grande repercussão no mundo espiritual ("E, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes").
Contudo, João é proibido de escrever essas palavras e revelá-las. Lembremos de que algo semelhante ocorreu a Paulo (2Co 12.1-4), a quem também foram reveladas coisas sobre as quais não lhe era lícito falar (cf. Hb Dt 29.29)
Ainda neste primeiro momento da visão, é dito que, ao toque da sétima trombeta, será revelado e cumprido algo que, desde tempos passados, Deus já havia dito pelos seus profetas ("nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus").
A certeza desse fato é reforçada por juramento, estando o anjo certíssimo do que Deus em breve faria (cf. Hb 6.16,17)
A atenção de João agora se volta para o livrinho que o anjo forte trazia na mão, e para as ordens recebidas ("Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo... Toma-o, e come-o").
Ao fazer isto, ele experimenta a alegria de receber a Palavra de Deus ("se fará doce como o mel") e, ao mesmo tempo, a grande responsabilidade e comprometimento de cumpri-la e anunciá-la a outros ("teu ventre se fará amargo...Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis"). Está foi a experiência comum de outros homens de Deus do passado (Jr 15.16,17; Ez 2.5; 3.3,4;1Co 9.16), como também é a todos os salvos, em todo o tempo (Jo 15.7,8,16; Ap 22.17).

II - AS DUAS TESTEMUNHAS (11.1-14)
Na sequência da visão, João recebe ordens quanto ao templo e a cidade santa: o primeiro devia ser medido ("mede o templo de Deus"), enquanto o átrio e a cidade deviam ser entregues a uma profanação ("deixa o átrio... foi dado às nações... pisarão a cidade santa").
Ou seja, o reino de Deus está presente entre os homens, Sua presença tornou-se acessível por meio de Cristo; de modo que muitos têm ingressado no lugar santo, participando da verdadeira adoração a Deus ("o altar, e os que nele adoram", cf Hb 10.19). Mas, por outro lado, outros muitos se têm feito ouvintes indiferentes, e não participantes sinceros das coisas de Deus (Mt 7.22,23; 22.11-14; Lc 13.25-27).
O próximo destaque na visão são duas testemunhas, identificadas como "as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra" (cf. Zc 4.1-6,14). O fato é que todo aquele que "come do livrinho", como João, é comissionado por Deus a dar testemunho, logo, é uma testemunha (Is 43.10,12; 44.8). As testemunhas são duas não apenas pela representatividade do testemunho (Jo 8.17;Mc 6.7), mas também porque a eficácia do seu testemunho depende da obra e virtude do Espírito de Deus, que testifica juntamente com elas (Jo 15.26,27;At 1.8; 5.32;Ap 22.17)
As testemunhas estão em humilhação ("vestidos de sacos"), pois não desfrutam do mundo, antes sua missão é profetizar ao mundo. Não podem ser impedidas na sua obra, pois têm autoridade e proteção de Deus para cumprirem o mandato divino ("se alguém lhes quiser fazer mal..."). Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma "besta que sobe do abismo" - sobre a qual teremos muito a dizer em lições posteriores.
Assim aqueles que são testemunhas de Deus não podem ser impedidos em sua obra, enquanto não a completarem - a exemplo do próprio Senhor Jesus ("onde o seu Senhor também foi crucificado", cf Jo 19.11,16; 10.18). Mas, depois de mortas, elas ressuscitarão, e serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo sofrerá o juízo de Deus ("no terremoto foram mortos sete mil homens").
Quanto às diversas referências de tempo em que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência entre 42 meses (Ap 11.2), 1260 dias, e 3 dias (anos?) e meio (v. 3,9) e um tempo e tempos e metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7; Ap 12.14), de modo que tudo ocorre durante o mesmo período, de modo paralelo (cf Lc 24.47-49)

III - O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (11.15-19)
De modo semelhante ao que ocorreu na abertura do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário de uma nova visão ("abriu-se no céu o templo de Deus"), ou melhor, novas visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de Deus (Ap 15 e 16).

CONCLUSÃO
Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras, trazido repreensões aos homens, mas estes não se arrependem (Ap 9.20.21). Contudo, ainda há uma ordem da parte de Deus: pregar o Evangelho a todos.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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