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LIÇÃO 13
A SALVAÇÃO ETERNA
TEXTO ÁUREO: “Porque, eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio.” (Isaías 65.17-18a)
LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 65.1-16
INTRODUÇÃO Nesta última lição do trimestre, estudaremos os capítulos finais (62-66) de Isaías. A esperança de uma restauração gloriosa para Jerusalém, passada a repreensão do cativeiro, tem sido constantemente alimentada pelo profeta, para que os fiéis não desfaleçam, mas sejam pacientes, certos de que não serão abandonados. O propósito de Deus para o Seu povo haverá de se revelar numa obra gloriosa e inédita, alcançando as gerações futuras e adentrando a eternidade, resultando em salvação eterna para os que perseverassem no Senhor, mas em destruição e esquecimento para aqueles que O abandonassem.
I – A SALVAÇÃO DE JERUSALÉM DEVE SER ANUNCIADA (CC. 62-63.6) O profeta expressa aqui o seu zelo e cuidado sincero pela salvação de seu povo, cuja glória e exaltação futura o motivavam a perseverar em seu ofício de anunciar, e não se calar quanto ao que lhe fora revelado pelo Espírito, assim como muitos outros profetas que, tais como guardas sobre os muros de Jerusalém, haviam sido incumbidos por Deus de animar os fiéis a serem pacientes e a perseverarem até que as promessas se cumprissem (62.1, 6-7). Ao mesmo tempo, são reafirmadas aqui essas promessas, quanto a Jerusalém ser honrada e exaltada em justiça e salvação, sob o reconhecimento das nações que, até então, zombavam dela ou a desprezavam pela sua rebelião e castigo (62.2). Não por mérito próprio, mas porque o Senhor voltaria a se agradar do Seu povo, de modo que todo o resplendor que nasceria sobre ela resultaria de seu relacionamento restabelecido com Deus, no qual Jerusalém seria qual coroa nas Suas mãos, e Deus voltaria a ter nela o Seu prazer (Hefzibá significa “meu prazer está nela”) e a tratá-la como esposa (Beulá, “desposada”, cf. 62.3-5). E, se antes havia sido pecadora e, por isto mesmo, desamparada, agora Jerusalém seria conhecida como povo santo, remidos do Senhor, bem como a Procurada, a cidade não desamparada (62.12; cf. 1 Co 6.10-11; 1 Pe 2.10). O capítulo seguinte retoma a referência à redenção de Jerusalém, para nos lembrar que a salvação daqueles que outrora pecaram requer a ação justa e poderosa do Senhor, na qual Ele julgará as nações pecadoras que oprimiram Israel na sua aflição – das quais a mais representativa é Edom; ao mesmo tempo em que usará de misericórdia para com o povo que escolheu (cf. Ml 1.2-5). Notemos quão vividamente é representado esse juízo contra as nações – como se, ao mesmo tempo em que quisesse fortalecer a esperança do seu povo anunciando a salvação de Jerusalém, o profeta também quisesse chamar a atenção de todos para a terrível vingança e ira divina a ser derramada contra as nações: “Quem é este, que vem de Edom...” (63.1-6; cf. Jd 14, 15).
II – AÇÃO DE GRAÇAS E SÚPLICA DO PROFETA (CC. 63.7-64) Em vista dessas promessas de benignidade, perdão e salvação para Israel, mesmo depois de terem gravemente se rebelado, demonstrando Deus a Sua fidelidade ao concerto firmado com os pais, o profeta irrompe em ação de graças, louvando-O pelo cuidado demonstrado pelo Seu povo no passado e, mesmo quando pecavam, não tê-los destruído, mas zelado para que o Seu nome fosse glorificado neles (63.7-14). Assim, Isaías suplica ao Senhor para que, uma vez executado o castigo, os israelitas não permaneçam na rebelião e impenitentes, por muito tempo; mas antes se convertam para que assim o Senhor possa trazê-los logo de volta do cativeiro (63.15-19; cf. Lm 5.21). O profeta lembra-se então, no capítulo seguinte, dos tempos em que o Senhor manifestava o Seu poder e glória de uma forma notória aos inimigos de Israel, demonstrando assim que Jeová trabalha para aquele que nele espera (64.1-4). E, embora estivesse sempre pronto a sair ao encontro daquele que pratica a justiça e, quando o povo pecava, Deus se irasse contra eles e os entregasse nas mãos dos seus inimigos; como os Seus caminhos – isto é, o Seu conselho, Seu propósito – são eternos, Ele ainda os salvava, tão logo se arrependessem (64.5). O momento não parecia nada favorável a uma demonstração de misericórdia: “não há ninguém que invoque o teu nome”, como declara o profeta; mas, considerando que a promessa de uma restauração restava firme, Isaías pede ao Senhor que complete a Sua obra tal como o oleiro com o barro, não estendendo Sua ira perpetuamente, mas pondo logo um fim à aflição do Seu povo (64.6-12).
III – SALVAÇÃO E CONDENAÇÃO ETERNA (CC. 65-66) Os dois últimos capítulos desta profecia destacam o caráter inédito da restauração do povo de Deus, os quais seriam prefigurados na volta do cativeiro, mas seriam de fato inaugurados na vinda do Messias a este mundo, alcançando a sua plenitude na eternidade. Consideremos como, na resposta de Deus à súplica do profeta, temos implícita a rejeição final dos judeus enquanto povo, os quais ainda seriam castigados, caso se apartassem do Senhor, ao mesmo tempo em que os gentios tomariam parte na herança juntamente com o remanescente de Jacó: “Fui buscado dos que não perguntavam por mim; fui achado daqueles que me não buscavam”, “deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição; e o Senhor Jeová vos matará; e a seus servos chamará por outro nome” (65.1, 15, 8-9). De modo que a salvação de Jerusalém de que trata a profecia refere-se, não à Jerusalém terrena, aos judeus segundo a carne, aos céus e terra de então, por assim dizer; mas sim ao estabelecimento de uma nova ordem de coisas, um novo céu e uma nova terra, onde o povo de Deus é identificado pela virtude, pelo espírito que une cada fiel à verdadeira semente, ao filho da promessa – Cristo Jesus (65.16-17; cf. Gl 6.15-16; 2 Co 5.16-17; Rm 9.6-8). O capítulo ainda retoma várias figuras que apontam para a plenitude derramada sobre o povo durante o reinado eterno do Messias, na representação de uma vida pacífica e de trabalho frutífero, de longevidade e saúde, bem como de prosperidade e abundância de alimentos (65.20-25). Numa última repreensão, o Senhor denuncia a hipocrisia de muitos israelitas, que confiavam no templo e numa religiosidade que, como vimos em capítulos anteriores, era anulada pela malícia dos seus corações. Quando o castigo se abatesse sobre Jerusalém, as ilusões daqueles que se apegavam às aparências, e não ao Senhor, seriam desfeitas (66.4-6). Mas, tal como uma mulher que dá à luz subitamente, o povo seria restaurado de um modo maravilhoso, e uma nação nasceria em um dia – o que é uma referência tanto à restauração figurada do povo de Deus por decreto de Ciro, como à realidade trazida à luz através do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, pelo qual Ele pagou o preço da redenção do Seu povo, assegurando, com um só ato, a vida eterna aos fiéis (66.7-14; cf. Ed 1.1-3; Zc 3.9; Hb 5.9). Então, Isaías encerra sua profecia com o vislumbre de um juízo universal contra toda a carne (66.16) e dos novos céus e nova terra que o Senhor descortinará na eternidade, onde a posteridade e o nome de Israel, isto é, Seu povo eleito, estará para sempre perante a Sua face (66.22).
CONCLUSÃO Isaías revela a grandeza da justiça, santidade e fidelidade de Deus, assim como o Seu interesse por nós, agradando-Se daqueles que procuram exercitar essas mesmas virtudes. Ao mesmo tempo, Ele repreenderá aqueles que forem negligentes, e isto fará para que reconheçamos o erro dos nossos caminhos e busquemos n’Ele a restauração, a qual certamente Ele operará em favor daqueles que verdadeiramente se arrependerem e a buscarem.
PARA USO DOS PROFESSORES
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