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LIÇÃO 12 -
A DOUTRINA DO CASAMENTO
A DOUTRINA DO CASAMENTO
TEXTO ÁUREO:
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou
não o separe o homem” (Mt 19.6).
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 19.1-12
INTRODUÇÃO
O casamento é uma instituição sagrada, planejada por Deus para a felicidade do ser humano
nesta vida, pela união e amor entre um homem e uma mulher, e pela constituição de uma família.
Por
isso, as Escrituras Sagradas contêm muitos ensinos sobre o casamento, orientando os casais nos seus
mútuos deveres e destacando a honra, santidade e inviolabilidade desta instituição.
I – A ORIGEM DIVINA DO CASAMENTO
1. Sua Instituição e Propósito.
O casamento, ou matrimônio, nasce com o próprio homem,
no princípio. Após tê-lo criado e designado suas tarefas no jardim, Deus considerou que não era bom
que o homem estivesse só, e formou para ele uma mulher para assistir ou auxiliá-lo (Gn 2.7, 18-20, 21-
24).
Considerando a bênção e a ordem de Deus dada ao casal: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a
terra, e dominai...” (Gn 1.28), entende-se que um dos objetivos imediatos do casamento é o
companheirismo necessário para que o ser humano possa cumprir o propósito de Deus quanto à sua
existência terrena – sujeitar este mundo e perpetuar a espécie (Ec 4.9-12; Sl 127.3-5).
A Queda em nada
afetou esta ordem, embora a conseqüente fraqueza da condição humana trouxesse à relação conjugal
algum sofrimento, principalmente para a mulher (Gn 3.16).
2. Sua Natureza Vocacional.
Embora seja um mandato de Deus para a espécie, e em todo
tempo a maior parte dos homens eventualmente deixe seu pai e sua mãe, e se una à sua mulher, o
casamento não é uma obrigação individual.
Trata-se de escolha, ou opção. No passado, eram os pais ou
responsáveis que indicavam ou buscavam pares para seus filhos e filhas (Gn 24.1-4; 28.1-3; 41.44-46);
um bom casamento é considerado uma bênção da parte de Deus (Pv 18.22; 19.14), e aquele que se
precipita na sua escolha, ou despreza a vontade de Deus, colhe terríveis conseqüências (Gn 6.2-3; 26.34-
35; 28.6-9).
Portanto, quem deseja casar, não deve ser impedido; e quem não o deseja não deve ser
pressionado a isto – cada um deve seguir a vocação que Deus lhe deu neste particular.
Mas lembremo-nos também do conselho de Paulo aos solteiros: se têm domínio sobre si mesmos, é melhor
permanecerem como ele, para que, livres do compromisso e dos cuidados do casamento, possam servir
integralmente ao Senhor (1 Co 7.1-2, 6-7, 24-28, 32-34).
II – OS COMPROMISSOS DO CASAMENTO
1. A Hierarquia Conjugal.
Embora o homem e a mulher sejam iguais diante de Deus, no que
diz respeito à fé e salvação, cada um devendo responder pelo seu chamado espiritual (Gl 3.27-28); a
ordem da sua criação implica em uma hierarquia, onde o homem precede a mulher e exerce a função de
cabeça (1 Co 11.3, 7-9).
Essa ordem, porém, não implica em diminuição para a mulher, nem em motivo
de exaltação para o homem, mas apenas em diferença de papéis, para que ambos se complementassem
como em um só corpo, uma só carne; assim também Deus compensa, com sabedoria e justiça, as
diferenças, na necessidade que um tem do outro (1 Co 11.11-12).
2. Os Deveres Mútuos.
De acordo com os papéis diferenciados que cada um recebeu de Deus
na relação conjugal e familiar, o homem tem maior responsabilidade e o dever de amar e cuidar da
esposa, a exemplo do que o próprio Senhor Jesus fez pela Sua Igreja; ao passo que a mulher deve amar e
sujeitar-se ao seu marido, que a protege (Ef 5.22-24, 25-30; Cl 3.18, 19; 1 Pe 3.1-6, 7).
Notemos que
ambos devem amor um ao outro, portanto, ambos têm direitos um sobre o outro, não devendo privar-se
da sua união, exceto por razões de ordem espiritual, e isto com consentimento mútuo (1 Co 7.3-5).
A geração de filhos também é uma grande benção de Deus sobre o amor do esposo e da esposa, e deve ser
desejada e buscada (Gn 25.21; 30.1-2; 1 Sm 1.9-11; Sl 113.9).
III – A SANTIDADE DO CASAMENTO
1. A Violência do Divórcio.
Indagado pelos fariseus sobre a permissão para o divórcio, Jesus
declarou categoricamente o princípio divino estabelecido na criação: “O que Deus ajuntou, não o separe
o homem” (Mt 19.6).
Em outras palavras, os laços do matrimônio duram por toda a vida dos cônjuges, e
só são dissolvidos quando um deles morre (Rm 7.1-3; 1 Co 7.39).
É uma lei, um concerto, estabelecido
entre ambos, e do qual o Senhor se faz testemunha; tentar quebrantá-lo é fazer “violência” (Ml 2.13-16).
O mandamento do Senhor aos casados é “não se separar” (1 Co 7.10-11), a menos que o cônjuge
descrente se aparte pela sua incredulidade (v. 11, 15) ou por infidelidade (Mt 19.9).
A expressão “não
sendo por causa de prostituição” refere-se à transgressão do cônjuge que adulterou; se agora o outro
cônjuge se unir a outra pessoa, errará também (Mt 10.10-12; Lc 16.17-18; Mt 5.31-32).
Em nenhum
destes casos, os laços do casamento são desfeitos; por isso, o cônjuge ofendido ou abandonado pelo
incrédulo deve permanecer fiel até o fim, para que a porta da reconciliação não se feche (1 Co 7.11).
É o
que Deus fez com Israel – fez com as nossas almas (Os 2.14-16; Jr 3.1).
2. A Gravidade do Adultério.
A mais grave violação ao casamento consiste no pecado de
adultério, alistado entre os dez mandamentos e severamente punido sob a Lei (Mt 20.14; Lv 20.10).
É
um pecado que destrói não apenas a confiança, a honra e o amor, mas também a própria alma (Pv 6.27-
29, 32-35).
Lembremos do caso de Davi com a mulher de Urias; embora o Senhor o tenha perdoado,
depois que ele se arrependeu, ainda assim muitos males lhe sobrevieram em razão do escândalo que o
seu pecado causou aos povos vizinhos (2 Sm 11.9-14).
Consideremos ainda a advertência de nosso
Senhor Jesus, de que, como todo pecado, adultério não é apenas o ato consumado, mas a própria cobiça
no coração (Mt 5.27-28).
3. Outras Perversões do Casamento.
A Palavra de Deus também condena severamente a
prostituição e qualquer outra distorção da relação entre um homem e uma mulher, pois, à semelhança
do adultério, vulgariza essa união como se fosse dada apenas para a satisfação da carne, e não para
formar um corpo no qual um pertence ao outro; além de ferir a santidade de Deus que habita em nós (1
Co 6.15-16, 18-20; Pv 2.16-19; 5.1-5).
Era prática comum entre os povos antigos, como é hoje entre
aqueles que não temem a Deus; por isso as recomendações constantes dos apóstolos a fugirmos de toda
conversação e prática que possa levar à prostituição (At 15.19-20; Ef 5.3-5; 1 Ts 4.3-8; Hb 13.4).
CONCLUSÃO
Em uma sociedade moralmente tão degenerada, onde muitos, quando não menosprezam,
distorcem os valores do casamento, nós, como povo de Deus, precisamos estar atentos para não nos
rendermos a essas ondas de corrupção, e zelar para que a santidade desta instituição seja sempre
lembrada, preservada e honrada.
Os que são casados, cumprindo fielmente seus deveres uns para com os
outros; os solteiros, mantendo-se puros e buscando, com zelo e paciência, qual seja a vontade do Senhor
para suas vidas.
PARA USO DO PROFESSOR:
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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