13 março 2019

011-A doutrina sobre as Últimas Coisas - Doutrina Lição 11[Pr Afonso Chaves]12mar2019


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LIÇÃO 11: 
A DOUTRINA SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS 

TEXTO ÁUREO: 
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.27-28). 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.19-26 

INTRODUÇÃO 
Juntamente com a fé e o amor, a esperança é uma das grandes virtudes cristãs, a essência mesma de toda a doutrina bíblica; sem ela, o evangelho seria uma mensagem incompleta, e a cruz, algo incompreensível e incerto. 
Mas o grandioso propósito de Deus para nossa salvação implica em muito mais que apenas esta tão breve existência, e por isso somos exortados pela Sua palavra a nos ancorarmos na certeza de uma vida futura, eterna e gloriosa, a ser revelada como na consumação do mundo. 

I – A VINDA DE CRISTO E O FIM DOS TEMPOS 
1. A Esperança Messiânica dos Pais. 
Já desde o seu primeiro anúncio, ainda no Éden, a salvação foi revelada por Deus aos pais como uma obra de livramento dos males conseqüentes do pecado e de vitória sobre os inimigos do Seu povo, a ser realizada por um Messias vindouro (Gn 3.15; 49.10; Is 49.5-6; Ml 4.1-2). 
Ainda que prefigurada em diversas ocasiões no passado, quando Deus ora visitava os ímpios para castigá-los, ora para socorrer e preservar os fiéis (2 Pe 2.4-9), todos os pais viveram e morreram na esperança de que o Senhor ainda haveria de se manifestar para um melhor livramento, pleno e definitivo, bem como para um juízo final (Jd 14-15; Hb 11.13-16) – em outras palavras, eles esperavam pela salvação e glória do reino de Deus, as quais foram reveladas na pessoa de Cristo Jesus (Lc 1.67-75; 2.25-32). 

2. A Plenitude dos Tempos. 
Considerando que a esperança dos pais se realiza na vinda do Filho de Deus a este mundo, o tempo do Seu nascimento, bem como da Sua morte sacrificial, é chamado nas Escrituras de “plenitude dos tempos”, “últimos dias” ou ainda “consumação dos séculos” (Gl 4.4-5; Hb 1.1), porque é pela Sua obra, consumada na cruz, que Deus estabelece uma sólida base para cumprir o Seu propósito de tornar a congregar em Cristo todas as coisas (Ef 1.9-10). 
Nossa salvação, portanto, é conseqüência infalível desta obra, a qual o Senhor completará brevemente no tempo que resta (Hb 10.12-14; Rm 9.28). 

3. A Esperança Cristã. 
Embora estes sejam os dias que os antigos desejavam ver e, mesmo tendo de voltar para o Pai, o Senhor Jesus tenha prometido que, pelo Seu Espírito, estaria conosco para sempre; Ele mesmo também nos instruiu a aguardar por uma segunda manifestação ou vinda Sua, não mais na carne, mas em poder e glória, para nos levar consigo (Jo 14.2-3), dando a cada um o seu galardão, inclusive a punição dos ímpios (Mt 25.31-33; 2 Ts 1.3-9). 
Assim que, de certo modo, a esperança dos antigos ainda é a nossa esperança, embora renovada com uma certeza ainda mais inabalável, graças ao que Cristo já fez por nós e ao penhor do Espírito em nossos corações (At 24.14-16; Rm 5.1-5; Hb 12.1-3); e por isso também ainda mais iminente, em razão do pouco que resta para se cumprir (Rm 13.11; 2 Pe 3.9). 

II – A VITÓRIA SOBRE A MORTE 
1. A Morte e o Estado dos Mortos. 
Como conseqüência da Queda, a morte assinala, desde então, o fim inevitável desta existência, dela não havendo retorno para este tempo presente – como entendiam muito bem os antigos. 
Mas, se por um lado, com a morte tanto justos como ímpios voltam ao pó da terra, na sepultura, onde são reunidos às gerações que já passaram (Gn 25.8; 1 Rs 2.2), e não têm consciência nem desta vida nem de Deus (Jó 7.7-10; Ec 9.6, 10; Sl 115.17); por outro, em todo o tempo os fiéis nutriram a esperança de que esse estado seria transitório, e que Deus os traria de volta à vida (Dn 12.2; Is 26.19) – afinal, a salvação implica em livramento da morte, o último inimigo a ser vencido, e Deus é Deus de vivos, não de mortos (Lc 20.37-38). 
À luz do evangelho, tal esperança é corroborada pela ressurreição do próprio Cristo, como as primícias dos que dormem, e a morte dos fiéis é comparada a um sono ou descanso, do qual Deus os despertará naquele dia para receberem o seu galardão (1 Ts 4.13- 14; 2 Tm 4.7-8; Ap 14.13). 

2. A Vida Eterna e a Ressurreição dos Mortos. 
Em Cristo, a esperança do povo de Deus acerca da ressurreição dos mortos, além de ser confirmada, torna-se um dos grandes eventos a se realizar na Sua vinda. De fato, hoje já é o tempo em que os mortos estão ouvindo a voz do Filho de Deus e, ouvindo, estão vivendo para Deus, pelo evangelho (Jo 5.24-25; 11.25-26; Ef 2.6); contudo, a plenitude desta vida ainda há de se manifestar no último dia por uma vivificação dos próprios corpos dos crentes, seja dos que estiverem vivos na ocasião, seja dos que já tiverem dormido (Rm 8.10, 13, 22-23). 
Esta ressurreição eliminará os últimos vestígios da corrupção, vergonha e mortalidade, em uma vitória final sobre a morte, tornando-nos aptos para desfrutarmos da glória celestial (1 Co 15.50-54). 

III – O FIM DO MUNDO E A GLÓRIA ETERNA 
1. A Oposição a Deus e ao Seu Povo. 
A vida do povo de Deus na terra tem sido sempre marcada por constante tribulação: angústias e sofrimentos causados pela luta interior contra o pecado, perseguições e afrontas de um mundo que aborrece a verdade, além dos ardis e da fúria de hostes espirituais da maldade, que batalham ferozmente para destruir nossas almas (Ef 6.11-12; Ap 12.17). 
Na plenitude dos tempos em que vivemos, essa oposição é notoriamente mais intensa, constante e traiçoeira, todas as forças contrárias a Deus se orquestrando, sob o comando de Satanás, como que em um assalto final contra os santos (Ap 16.12-15).
Contudo, o desfecho dessa batalha se dará no último dia, na vinda de Cristo, com a destruição de todo o sistema deste mundo, dos homens ímpios (Ap 19.19-21; 20.13-15; Mt 25.41), do próprio mundo que agora existe (Mt 24.29-30, 34; Hb 1.10-12; 2 Pe 3.7, 10-12) e de Satanás com os seus anjos (Ap 20.9-10). 

2. O Juízo Final. 
Todo o período que se inicia com a vinda de Cristo é anunciado e descrito na Palavra como um tempo de juízo, em que os homens estão sendo separados, os que crêem para a vida, e os incrédulos para o castigo eterno (Jo 3.18, 36). 
Mas esse julgamento ainda terá uma manifestação plena, final e universal no último dia, quando o Senhor Jesus há de vir como juiz para dar a cada um conforme as suas obras (Jo 5.28-29; 2 Co 5.10; Ap 20.10-15). 

3. Novos Céus e Nova Terra
As Escrituras tanto nos revelam que os céus e a terra que agora existem passarão, quando da consumação dos séculos; como também nos orientam a aguardar “novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13). 
Em outras palavras, a plenitude do reino dos céus, preparada para os fiéis desde a fundação do mundo, e a ser manifestada naquele grande dia, deverá ser desfrutada em uma habitação inteiramente nova, celestial e eterna, perfeitamente apta para uma comunhão gloriosa e imaculada entre Deus e os salvos (Ap 21.1-3; 22.3-5). 

CONCLUSÃO 
Que a nossa esperança possa se fortalecer sobre a consideração da doutrina das últimas coisas, para que não desfaleçamos ante as limitações e dificuldades desta vida, nem criemos vãs esperanças sobre os bens de que desfrutamos no presente. 
Somente na certeza de que um dia estaremos face a face com Cristo é que poderemos viver o tempo que nos resta neste mundo de forma santa e agradável a Ele. 

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
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