27 setembro 2022

001-Isaias - o profeta da salvação - Isaias Lição 01[Pr Afonso Chaves]27...

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 LIÇÃO 1 

ISAÍAS – O PROFETA DA SALVAÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça. Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.” (Is 1.27-28) 

LEITURA BÍBLICA: ISAÍAS 1.1-9 

INTRODUÇÃO Iniciamos um novo trimestre de estudos das Escrituras Sagradas, desta vez voltando-nos novamente para os profetas – aqueles pelos quais Deus falou no passado muitas vezes e de diversas maneiras, e de cujas mensagens podemos extrair tantas aplicações pertinentes aos tempos em que estamos vivendo. Mais especificamente, abordaremos a profecia de Isaías, que é um livro extenso para ser estudado capítulo a capítulo; mas, mesmo assim, ainda podemos selecionar as passagens mais importantes e necessárias para compreendermos as particularidades da mensagem deste profeta e extrair preciosas lições para nossa edificação e instrução no conselho de Deus. 

I – O CONTEXTO DE ISAÍAS Isaías é um dos mais antigos profetas canônicos – isto é, aqueles que consignaram sua mensagem por escrito e cujos livros chegaram até nós no corpo das Escrituras Sagradas (houve outros além daqueles que temos na Bíblia, mas seus escritos não chegaram até nós – cf. 2 Cr 9.29). Conforme apresentado na introdução do livro, este profeta ministrou ao povo de Judá e Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias – o que faz dele um contemporâneo de Oseias, Amós e Miquéias (cf. Os 1.1; Am 1.1; Mq 1.1), bem como de Joel, Obadias e Jonas. Em termos cronológicos, ele profetizou aproximadamente entre os anos 750 e 700 antes de Cristo, e o seu ministério foi um dos mais longos, e seu livro, o mais extenso do gênero – daí sua posição inicial na seção dos livros proféticos. Isaías era filho de Amós, e acredita-se que tenha sido de linhagem real ou exercido algum ofício junto à realeza de Judá, pelo fato de seu livro apresentar as crônicas do reinado de Ezequias (cc. 33-36). Durante o período inicial do seu ministério, Isaías assistiu a decadência do reino de Israel, ao norte, cujos últimos reis se sucederam no trono através de golpes e traições, e, pelo seu desinteresse e negligência à palavra de Deus, apenas apressaram o fim de Israel. Os assírios, em franca ascensão como um império que subjugaria até o Egito, rapidamente despojariam e conquistariam também as dez tribos do norte, levando seus habitantes para longe, de onde nunca mais voltariam a constituir uma nação (cf. 2 Rs 15.19-20, 29; 17.1-6). Por sua vez, o reino de Judá também trilhava o mesmo caminho, chegando a ser ameaçado pela presença assíria às portas de Jerusalém, mas graças à piedade e ao governo justo do rei Ezequias, não sofreria a mesma sorte de sua irmã – ao menos, por enquanto. Porém, a rebeldia e impenitência da nação continuaria a se acumular, não obstante as reformas e avivamentos sob os reinados de Ezequias e Josias, e, próximo ao fim do seu ministério, Isaías testemunharia os primeiros sinais do fortalecimento da nação que seria incumbida por Deus de aplicar o castigo a Judá – os caldeus (cf. Is 39). 

II – A MENSAGEM DE ISAÍAS Embora Isaías não apresente suas mensagens em ordem cronológica, é possível dividir o livro em duas grandes seções, cada uma tratando principalmente de um assunto. Na primeira seção, que vai do capítulo 1 ao 39, a mensagem é sobre o juízo de Deus, primeiro contra Judá e Jerusalém, pela sua rebeldia e impenitência; depois contra as nações, que haviam também pecado contra Deus e o Seu povo. Em outras palavras, esta seção reafirma que o ímpio não ficará impune, mas receberá a recompensa das suas mãos (cf. Is 3.11-12). Na segunda parte, que vai do capítulo 40 ao 66, a mensagem é sobre a salvação de Deus, quando o povo, quebrantado e humilhado pelo castigo, seria reavivado e trazido de volta do cativeiro para participar da glória do reino de Deus. Aqui temos um rico testemunho do senhorio e primazia de Deus, e da inutilidade dos ídolos; bem como promessas sobre ampla e abundante salvação, não apenas para Israel e Judá, mas para todos os povos (cf. Is 40.1-2, 5). Esta é, de fato, a parte mais extensa da sua mensagem, de modo que Isaías é, como seu próprio nome indica, um profeta da salvação (Isaías significa “salvação do Senhor”). Uma das características particulares mais notáveis da mensagem de Isaías é o fato de ser ele o profeta que apresenta o maior número de testemunhos acerca do Messias – isto é, o Ungido através do qual Deus operaria a salvação do Seu povo. Isaías anuncia tanto o nascimento, como também os sofrimentos e o sacrifício, e ainda o reinado eterno e glorioso do Messias, tudo para a glória de Deus e para o benefício de Seu povo – o que lhe valeu o título de profeta evangelista, ou profeta messiânico. 

III – A TRANSGRESSÃO DE JUDÁ A título de exemplificação, consideremos alguns aspectos da mensagem de Isaías presentes já no capítulo inicial do livro. A profecia se inicia denunciando a ingratidão de Judá e Jerusalém (aqui referidos como “Israel”), pois Deus os havia exaltado, mas, ao pecarem e darem as costas ao seu Criador, eles haviam se mostrado abaixo até do nível dos animais de criação, que jamais se rebelam contra os seus benfeitores (vv. 1-3). E, mesmo depois de assolados por diversos castigos de Deus (cf. vv. 5-8), em nada haviam melhorado seus caminhos, de modo que o próprio Deus argumenta ser inútil acrescentar novos castigos, visto que continuariam a se rebelar. De fato, o povo já havia padecido tanto em razão dos seus pecados, que, não fosse a misericórdia de Deus, já teriam sido aniquilados antes mesmo da assolação final trazida pelos assírios e depois pelos caldeus (v. 9). Segue-se uma repreensão à hipocrisia daqueles que viviam à maneira de Sodoma e Gomorra, mas queriam honrar a Deus com os seus lábios, como se isto fosse o suficiente para o Senhor ouvi-los e socorrelos nas aflições pelas quais passavam (vv. 10-15). O único culto aceitável ao Senhor é o da obediência, do arrependimento e da correção dos caminhos tortuosos do pecado; se assim o fizessem – e ainda havia tempo para isto – eles seriam não apenas ouvidos pelo Senhor em suas petições, mas respondidos e sobremaneira abençoados; do contrário, não sofreriam mais castigos, mas apenas um único e definitivo mal: “sereis devorados à espada” (vv. 16-20). O capítulo se encerra denunciando os príncipes e juízes do povo, responsáveis pela queda da nação na idolatria e indiferença em relação aos castigos anteriores. Contudo, o Senhor promete purificar e remir Sião, e isto de tal forma que os pecadores – aqueles que haviam feito a cidade ser envilecida aos olhos das nações – seriam destruídos, e os que voltassem a habitá-la o fariam através de juízo e justiça – uma alusão à destruição da cidade e da terra pelos caldeus, ao cativeiro do povo, e ao seu retorno, sob os medo-persas, para voltarem a ser uma nação (vv. 21-28). 

CONCLUSÃO Isaías é um livro que, apesar das muitas repreensões e alertas de Deus aos pecadores quanto ao castigo vindouro, testifica abundantemente da misericórdia e graça de Deus, que foi especialmente manifestada no evangelho, na pessoa bendita do Messias – nosso Senhor Jesus. Um privilégio ainda maior do que ter retornado do cativeiro após sofrer a terrível punição sob os caldeus, é podermos ter sido resgatados dos nossos pecados pelo Salvador, que tomou sobre Si o castigo que nos era devido, e nos trouxe de volta para Deus e nos fez participantes do Seu reino.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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