17 janeiro 2019

003-A doutrina sobre Deus(Atos e Obras) - Doutrina Lição 03[Pr Afonso Chaves]15jan2019


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LIÇÃO 3: 
A DOUTRINA SOBRE DEUS (SEUS ATOS E OBRAS) 

TEXTO ÁUREO: 
“Quão grandes são, Senhor, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos” (Sl 92.5). 

LEITURA BÍBLICA: SALMO 33.1-11 

INTRODUÇÃO 
Tendo lançado o fundamento da doutrina bíblica na revelação de Deus sobre o Seu próprio Ser e atributos, precisamos ainda considerar Seus atos e obras. Todas as demais doutrinas só podem ser compreendidas à luz do que Deus é e do que Ele faz. 
Veremos que há uma harmonia perfeita entre uma e outra coisa, e que as grandezas e perfeições do Seu caráter, que estudamos na lição anterior, são principalmente manifestadas nas coisas que Ele determinou na eternidade e que Ele tem feito desde o princípio da criação. 

I – OS DECRETOS E O PROPÓSITO DE DEUS 

1. A Natureza dos Seus Decretos. Como é próprio do homem sábio e prudente pensar e planejar aquilo que pretende fazer, assim também Deus não faz coisa alguma sem antes ter proposto e decidido tudo por Si e em Si mesmo. 
De fato, Ele “faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). Não há nada que Deus faça sem um propósito pré-definido, inescrutável e muito elevado para nossa compreensão, traçado na eternidade (Ef 1.4; 3.11), perfeito em conselho, sabedoria e prudência (Jó 12.13; Is 40.13-14; Rm 11.33-34). 
Seu propósito é imutável, pois Deus não precisa “pensar duas vezes”, tampouco mudar Suas decisões, já que Ele sabe todas as coisas que devem acontecer (Sl 33.11; Hb 6.17-18; At 15.18). O que ele definiu pode ser propriamente chamado de “decreto”, pois emana da Sua onipotência, nada podendo impedir seu cumprimento. 
Em outras palavras, a vontade de Deus é soberana, eficaz e irresistível (Is 46.10; Jó 42.2; Dn 4.35). 

2. A Extensão dos Seus Decretos. O propósito que Deus definiu na eternidade compreende absolutamente todas as coisas, seres e eventos que há nos céus e na terra, do começo ao fim dos tempos. 
Nada pode existir ou suceder fora de Deus, ou sem que Ele tenha decretado (Rm 11.36): desde os eventos mais fortuitos (Ex 21.12-13; Pv 16.33), passando pelas rotinas da natureza (Gn 8.22), até à vida humana, nas circunstâncias físicas e materiais da sua existência (Jó 14.5; Ex 4.11; Ec 7.14), bem como nas suas ações, por mais voluntárias ou aparentemente “livres” que sejam (Pv 19.21; 21.1); para tudo há um propósito definido por Deus (Ec 3.1, 2). 
Nem mesmo as más ações escapam a esse propósito, pois Deus tanto determina a relação de causa e efeito entre o pecador e o pecado, como também dá ao mal uma finalidade que contribui para o cumprimento do Seu propósito, que é sempre bom (At 2.23; Gn 45.8; Ex 11.9-10) e no qual Ele é também glorificado na demonstração da Sua justiça (1 Sm 2.17, 25; Rm 9.22). 

3. O Supremo Propósito dos Seus Decretos. Embora ninguém seja capaz de sondar e entender os desígnios divinos (1 Co 2.11, 16; Is 55.8-9), as Escrituras nos ensinam que Deus desvendou o grandioso propósito da Sua vontade, que é o de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef 1.8- 10; 3.9-11). 
Em outras palavras, todas as coisas nos céus e na terra foram determinadas por Deus visando a salvação ou glorificação do Seu povo e, consequentemente, à glorificação da Sua própria graça, bondade e poder manifestados em Cristo Jesus (Ef 1.6, 12; 2.7). Mas, como ainda estudaremos a doutrina do pecado e da salvação, onde este assunto será mais bem desenvolvido, nesta lição falaremos apenas sobre as obras da criação e da providência de Deus, que são subservientes ao Seu supremo propósito de salvação. 

II – A CRIAÇÃO DE DEUS 

1. A Natureza da Criação. Enquanto os decretos são atos “internos” do próprio Deus, na eternidade, a criação pode ser considerada Seu primeiro ato “externo”, no qual Ele dá existência, no tempo, a seres distintos d’Ele, embora em dependência d’Ele. Deus criou todas as coisas, e tudo o que existe foi criado segundo a Sua vontade (Gn 1.1; 2.1; Ap 4.11). 
Antes da criação, havia “apenas” Deus, de modo que Ele não poderia ter usado matéria “pré-existente”, mas criou a própria matéria a partir do nada, passando então a separar, formar e aperfeiçoar todas as coisas que propôs em Seu intento. 
Deus fez tudo pela Sua poderosa palavra (Sl 33.9), a qual se revelou ser o próprio Senhor Jesus (Jo 1.1-3; Hb 1.2; Cl 1.15-17). 

2. A Criação Invisível. Que Deus criou um mundo invisível, e seres invisíveis que n’Ele habitam juntamente com Ele, podemos deduzir a partir das Escrituras Sagradas, embora não com o mesmo nível de informações que ela dá com respeito ao mundo físico. 
Esses seres são genericamente chamados de “exércitos do céu” (Ne 9.6; Lc 2.13), pois foram criados em grande multidão (Dn 7.10; Ap 5.11; Hb 12.22), ou ainda de “anjos” (Sl 148.2), em razão de muitos deles servirem a Deus como excelentes mensageiros, em favor do Seu povo eleito (Hb 1.7, 14; Lc 1.19). 
Outros são apresentados em permanente adoração na presença de Deus, proclamando a Sua glória e santidade, e são chamados de “serafins” ou “querubins” (Is 6.1-3; Ez 1; Ap 4.4-8). Não sabemos exatamente quando foram criados, mas podemos afirmar que eles já estavam presentes no princípio da criação deste mundo (Jó 37.7). 

3. A Criação Visível. A Palavra de Deus é precisa e abundante em declarar que Deus criou os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há. O Criador fez todas as coisas mediante a ordem da Sua palavra; Deus disse: “Haja”, “faça-se”, “apareça”, e assim sucedeu. Mas, ao mesmo tempo, somos informados pela Revelação de que Ele usou de um período definido de seis dias, concluindo Sua obra criativa no sétimo, no qual repousou (Gn 2.1-3; Ex 20.11). Este fato encerra uma verdade muito importante: a criação, como já dissemos, é subserviente ao supremo propósito de Deus. Através das coisas que estão criadas, Ele manifesta aos homens Sua sabedoria, glória e bondade, conclamando-os a voltarem-se para Ele como a fonte da Sua salvação, perfeição e eterno descanso (Sl 8; Hb 4.4-11; Mc 2.27; At 14.15-17). 

III – A PROVIDÊNCIA DE DEUS 

1. A Necessidade da Sua Providência. Deus não apenas criou todas as coisas no princípio, mas Ele continua operando, trabalhando sobre a criação, agora no sentido de preservar e sustenta-la, pois tudo depende d’Ele para existir e se mover (Jo 5.17; At 17.24-25, 28). Assim, Deus é quem mantém os ciclos naturais do dia, noite, estações, semeadura e colheita (Jó 9.6-10; Sl 65.9-10); é Ele quem cuida de todas as Suas criaturas, provendo diariamente o seu sustento (Jó 38.41; Sl 104.27-30; Mt 6.26); e, no que diz respeito ao homem, Ele determina os limites da sua habitação (At 17.26), dirige todos os seus passos, e opera com eles segundo a Sua vontade (Pv 5.21; Jr 10.23; Dn 4.35), conforme estabeleceu em Seus decretos e propósito eterno. 

2. Sua Providência Especial. A bondade e sabedoria de Deus, patentes na Sua providência geral para com todas as criaturas, vê-se ainda mais claramente no Seu cuidado especial pelo Seu povo, pelos quais Ele fez uma provisão infinita, na pessoa de Seu Filho Jesus, a fim de salvá-los (Jo 3.16). Mas, comparativamente, mesmo na Sua providência comum a toda a criação, os eleitos têm ainda maior interesse para Deus (Mt 10.29-31), de tal modo que todas as circunstâncias, inclusive as aparentemente ruins, Ele as faz contribuir para o seu benefício (Gn 50.20; Rm 8.28). 

CONCLUSÃO 
O conhecimento dos atos e obras de Deus traz maior conforto e segurança aos nossos corações, na certeza de que nada escapa ao Seu controle, mas todas as coisas, sendo sabiamente conduzidas por Ele, contribuem para a realização do Seu sábio propósito, no qual Ele graciosamente nos incluiu, sob a previsão de salvação e felicidade eternas. 

PARA USO DO PROFESSOR:

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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