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LIÇÃO 13: O LOUVOR À GLÓRIA E PODER DE DEUS
TEXTO ÁUREO:
“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens
de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e
eles reinarão sobre a terra.” (Ap 5.9, 10)
LEITURA BÍBLICA: SALMO 66.1-9
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos aprender sobre o louvor e a exaltação de Deus segundo as Escrituras
Sagradas, a saber: a proclamação da glória de Deus. Toda liturgia de culto ou expressão de
adoração, para ser genuína e aceita por Deus, precisa estar focada na Sua majestade e glória. Em
tempos onde a liturgia e as formas de adoração estão mais centradas nas aspirações humanas, é
necessário mergulharmos nas Escrituras Sagradas para compreendermos a importância da glória
de Deus no culto cristão.
I – O PAPEL FUNDAMENTAL DOS CÂNTICOS NO LOUVOR A DEUS (VV. 1-2)
O livro dos Salmos é uma coletânea de cânticos que eram usados pelos judeus para
adorarem ao Senhor em suas celebrações públicas, bem como para expressarem individualmente
gratidão e devoção ao Todo-Poderoso. Boa parte dos Salmos encoraja-nos a louvar e adorar ao
Senhor levando em conta Seus feitos e Seus atributos. Embora o uso de cânticos para adorar a Deus
remonte aos dias de Moisés (Ex 15.1-19), temos no rei Davi a liderança que mais influenciou os
judeus na utilização de cânticos como meio de adoração (1 Cr 23.1-5; 25.1). A utilização de cânticos
não ficou restrita à tradição judaica, porquanto na Nova Aliança os cristãos também utilizam os
cânticos como meio de expressão de culto. O próprio apóstolo Paulo encoraja seus discípulos a
utilizarem os Salmos e outros cânticos com a finalidade de culto (Ef 5.17-21; Cl 3.16).
Basicamente, os cânticos podem ser usados no culto como expressão de ação de graças, para
louvar a Deus por seus feitos, ou como expressão de adoração, para louvar a Deus por seus
maravilhosos atributos. A fusão da doutrina sobre Deus com a poesia e a melodia presente nos
Salmos e cânticos espirituais compõe uma forma de adoração repleta de entendimento e emoção. A
doutrina fornece o entendimento de quem é Deus, bem como o que Ele faz a favor dos Seus
escolhidos. Já o arranjo poético da doutrina somado à melodia proporcionada pelos instrumentos
musicais auxilia a comunicação da emoção por trás da adoração. Embora os Salmos contenham
cânticos de lamento como meio de expressão de tristeza e angústias sofridas pelos judeus em
momento críticos da sua trajetória, a adoração cristã é preponderantemente marcada pelo júbilo da
salvação, porquanto os judeus contemplaram apenas as sombras da maravilhosa salvação
consumada e manifestada a nós por meio de Jesus Cristo (Rm 8.31-39; 11.33-36).
Ao longo de toda era cristã, os cânticos sempre tiverem papel fundamental no culto a Deus,
e não será diferente para as gerações futuras e a nossa. No entanto, é preciso ressaltar a
necessidade de fidelidade doutrinária na composição dos cânticos utilizados para adoração. Talvez
por influência da degeneração da pregação do evangelho autêntico, temos observado uma
degeneração das letras dos cânticos que é bastante preocupante. A nossa preocupação acerca do
conteúdo doutrinário das pregações ministradas em nossos púlpitos deve também ser dirigida às
letras dos cânticos entoados em nossos cultos, porquanto é alarmante a falta de compromisso dos
compositores de cânticos com a sã doutrina.
II – A PROCLAMAÇÃO DOS GRANDES FEITOS ENALTECEM A GLÓRIA DE DEUS (VV. 3-7)
Nos Salmos notamos a compreensão dos judeus sobre os atributos e os feitos de Deus
segundo os registros históricos das intervenções do Todo-Poderoso na trajetória do Seu povo. A
grandeza dos feitos divinos para criar o universo, bem como dar origem, libertação e progresso ao
Seu povo, eram sempre alvo da admiração e gratidão dos adoradores da Antiga Aliança. Em suma,
os feitos de Deus na antiguidade revelavam Sua magnifica glória, a qual era o foco da adoração judaica. Na adoração cristã, a glória de Deus é também reverenciada levando em consideração Seus
feitos no passado, conforme descritos no Antigo Testamento, mas atenção especial é dada à glória
de Deus manifestada na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Podemos afirmar que a adoração
cristã é basicamente “cristocêntrica”, porque é centrada na vida e obra de Jesus Cristo, nosso
Salvador (Hb 1.1-6).
Por mais grandiosos que tenham sido os feitos de Deus durante a Antiga Aliança, é na morte
de Cristo que vislumbramos a obra magna do nosso amado Criador. A razão disso está vinculada à
repercussão eterna da obra do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, visto que, por
apenas um ato de justiça, foi capaz de assegurar a vida eterna para todos os Seus escolhidos (I Co
15. 20-22).
Portanto, precisamos verificar se a composição da letra dos cânticos contemporâneos
realmente possuem a centralidade da glória de Deus manifestada por meio de Cristo, a fim de
assegurar em nossos cultos uma adoração que verdadeiramente honre ao nosso Senhor e Salvador.
A escolha dos cânticos para adoração pública ou particular deve sempre levar em consideração a
glória de Deus, e não a satisfação dos homens. Em algumas congregações, o culto assumiu o
formato de “show gospel”, em virtude do enfoque em satisfazer as pessoas por meio de cânticos
capazes de trazer uma boa energia e consolação para os supostos adoradores, mas, na verdade, não
rende qualquer glória ao Senhor.
III – A ALEGRIA DA SALVAÇÃO LEVA TODOS OS POVOS A BENDIZEREM E LOUVAREM A
DEUS (VV. 8-9)
Como será possível todos os povos do mundo louvarem ao verdadeiro Deus por meio da
verdadeira adoração? A resposta é simples: por meio de ações evangelizadoras transculturais
comprometidas em glorificar a Deus por meio da salvação de pecadores. A evangelização
transcultural tem por alvo ajudar as pessoas alienadas de Cristo a descobrirem o verdadeiro Deus e
a verdadeira salvação. A evangelização transcultural é um esforço para transformar os corações das
pessoas para que Deus seja mais louvado do que estrelas dos esportes, ou do poder militar, ou de
realizações artísticas, ou de qualquer outra coisa que Deus tenha criado. Este esforço ajuda as
pessoas a experimentarem Deus como o tesouro acima de todos os tesouros da terra para sempre
(Mt 6.21).
Atualmente há muitos povos espalhados por todo o mundo privados do conhecimento do
evangelho autêntico. São milhares de cidades e vilarejos onde a adoração não está sendo oferecida
ao verdadeiro Deus. Comunidades inteiras mergulhadas nas densas trevas do pecado e da
ignorância, incapazes de entoar cânticos de louvores ao Deus que criou os céus, a terra, o mar e as
fontes de água. Enquanto isso, nos grandes centros populacionais, denominações evangélicas
disputam entre si as ovelhas de Cristo (2 Co 10.13-16). Uma verdadeira perca de tempo, recursos e
energia, na inútil tentativa de “evangelizar” quem já conhece o evangelho, enquanto milhões de
incrédulos permanecem alienados da salvação.
O Senhor prometeu através do profeta Isaías encher toda a terra com o conhecimento de Si,
portanto, devemos empregar todos os esforços e recursos necessários para que essa promessa seja
cumprida por meio de uma igreja fiel e diligente no cumprimento do propósito para o qual foi
edificada (Is 11.9; Ef 3.8-12).
CONCLUSÃO
A utilização de cânticos espirituais no culto a Deus tem um papel fundamental, tanto para
judeus como para cristãos. Os cânticos espirituais são úteis para expressarmos a Deus toda nossa
reverência e gratidão com muita alegria e paixão. Devido ao papel fundamental dos cânticos no
culto cristão, precisamos atentar diligentemente para a composição das letras dos mesmos, a fim
de assegurar uma adoração baseada na sã doutrina. Assim contribuirmos com a evangelização e
com a formação de mais adoradores verdadeiros nos demais povos que ainda não foram alcançados
com a mensagem de Cristo.
PARA USO DO PROFESSOR
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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