16 novembro 2021

008 - Ética Cristã da Vida em Sociedade - Lição 08[Pr Afonso Chaves]16n...

MP3 PARA DOWNLOADS

 LIÇÃO 8 

A ÉTICA CRISTÃ DA VIDA EM SOCIEDADE 

TEXTO ÁUREO: “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.5-6) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 5.13-16 

INTRODUÇÃO A vida em sociedade constitui o aspecto mais extensivo e constante do relacionamento com o próximo, pois é principalmente nesse âmbito que se dá a realização do cristão tanto no seu propósito natural como divino. Ao mesmo tempo, a vida em contato com os nossos semelhantes outros que não a família e a comunidade envolve situações que podem representar um desafio ao caráter e à fé, aos quais devemos estar preparados para responder e sustentar com firmeza aquilo que somos e cremos. 

I – O CRISTÃO NA SOCIEDADE 1) A vida social é uma necessidade natural. Como qualquer outro ser natural, o homem foi criado para viver em companhia, e não só (Gn 2.18) – para isto, o Senhor criou a mulher, e assim instituiu o matrimônio e a vida conjugal. Contudo, o mandato divino era: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28), o que sugere que a família não seria o único meio no qual o ser humano teria seus relacionamentos sociais. Para encher a terra, seria necessário um aumento expressivo da raça, a ponto de os vínculos familiares que mantêm os indivíduos unidos numa mesma casa, numa mesma região, se diluírem, e a raça poder se dispersar pelo mundo. Por outro lado, a fim de atender suas necessidades, famílias se aproximam uma das outras e estabelecem relacionamentos – daí surgem os clãs, as tribos, os povos com seus idiomas e culturas. Enfim, não importando a extensão da experiência de cada um com o mundo fora do âmbito familiar, mais cedo ou mais tarde a vida social se impõe como uma necessidade para o indivíduo definir e alcançar seus objetivos. 2) O cristão ainda faz parte da sociedade. O evangelho introduz o homem numa nova realidade – a realidade do reino de Deus, onde aqueles que são despertados pela graça a se sujeitarem a esse domínio que não passará jamais vivenciam sua fé e seu relacionamento com o próximo especialmente no âmbito da igreja. De fato, a igreja representa o ideal de uma nova sociedade, cujo cabeça é Cristo Jesus – e essa nova sociedade eventualmente suplantará todas as antigas estruturas da sociedade terrena e decaída dos homens (cf. Dn 2.44; 2 Pe 3.13-14). Contudo, o evangelho não nos despoja de nossos antigos vínculos sociais – seja a nível de família ou nos níveis mais amplos da sociedade. Muitos aspectos desses relacionamentos poderão ser afetados, conforme ainda veremos; mas de qualquer forma a graça de Deus não nos tira do mundo, como disse Jesus (Jo 17.15), e, enquanto estivermos nele, por relativamente breve que seja nossa estadia, ainda precisamos viver deste mundo, como disse o apóstolo (1 Co 7.31). 

II – RESPONSABILIDADES DA VIDA SOCIAL 1) O que esperar da sociedade. Considerando que sociedade significa o mesmo que mundo, podemos dizer que, embora estejamos inseridos nela, não pertencemos mais a ela. De fato, nosso senso de cidadania e pertencimento agora é a outra sociedade e pátria, e aguardamos a redenção da sociedade atual no reino de Deus que há de se revelar na eternidade (Hb 11.13-14; Fp 3.20; cf. Rm 8.20-21). Constituindo-se a sociedade, ou o mundo, predominantemente de homens infiéis ou incrédulos, que não reconhecem a realidade do reino de Deus, ou o fazem de modo hipócrita, sem crer na eficácia da piedade, o máximo que podemos esperar é a possibilidade de viver nossa fé, e cumprir nossos deveres, e alcançar nossos objetivos, em sossego e tranquilidade – pelo que somos exortados a orar (cf. 1 Tm 2.1-2; cf. Jr 29.7). 2) Submissão às autoridades e leis. À parte das discussões a respeito de formas de governo melhores ou piores, e mesmo sobre a possibilidade de uma sociedade “sem governo” constituído, as Escrituras nos fornecem orientação clara sobre como devemos nos conduzir em relação às autoridades constituídas, seja qual for a natureza dessa instituição. A autoridade humana reflete a autoridade divina, e é do maior interesse dos fiéis que aqueles que são investidos desse poder sejam capazes de usá-lo com sabedoria e equidade para a manutenção da ordem e, consequentemente, da paz (cf. Rm 13.1-7). Não apenas às leis divinas que ainda se veem parcialmente reproduzidas nos códigos que regulamentam a conduta de um Estado; mas inclusive a leis que, de outro modo, pareceriam questionáveis ou arbitrárias – enquanto não se oponham à lei de Deus e à sua própria consciência – o cristão é orientado a acatar na boa fé de que seus governantes tencionam o melhor para os governados, e a dar testemunho de obediência (cf. 1 Pe 2.13-17). Se tiver de ser punido pelo Estado, que seja apenas e tão somente enquanto cristão, por causa do nome de Cristo, e não por verdadeira desobediência às leis (1 Pe 4.15- 16). 3) Prudência nos relacionamentos. É verdade que o evangelho de modo algum incentiva a quebra de relacionamentos sinceros e de boa fé, seja a nível de amizade, namoro ou casamento. Contudo, bem sabemos que a tendência pecaminosa tende a prevalecer no homem que não foi alcançado pela graça de Deus; e, eventualmente, o evangelho será motivo de divisão de opiniões e atitudes entre o fiel e o infiel (cf. Lc 12.53). Não podemos exigir do incrédulo e ignorante aquilo que a graça de Deus ainda não lhe concedeu; mas, ao mesmo tempo, não podemos ter comunhão com o pecado ou a aparência do mal (1 Co 5.9-10; 15.33; 1 Ts 5.22; Ef 5.11). O evangelho nos ensina a sermos pacientes e suportar os fracos e ignorantes, na esperança de ganha-los ou, ao menos, santifica-los; se, porém, a fé representa um obstáculo para o incrédulo, e este preferir se afastar do fiel, que se afaste – fomos chamados para a paz, e não para divisão e conflitos, nem para caminhar com o infiel nos mesmos termos e condições (1 Co 7.13-15; 2 Co 6.14). 

III – O TESTEMUNHO CRISTÃO À SOCIEDADE 1) Através da pregação e do exemplo. A missão da igreja e do cristão em particular se definem em grande medida à luz da sua relação com a sociedade. Afinal, o Filho de Deus veio ao mundo, para salvar aqueles que estavam no mundo e que foram amados pelo Pai desde a eternidade (Jo 3.16; 17.6). Tendo sido salvo no mundo, o cristão é mantido no mundo para que outros sejam salvos através do seu testemunho (1 Pe 2.9; Mt 28.19-20). Por outro lado, seu testemunho não consiste apenas em palavra, mas se estende à prática, e é no campo dos relacionamentos sociais que o fiel pode brilhar ainda mais notoriamente. Se reunidos em igreja, os fiéis testificam ao mundo que são verdadeiramente discípulos de Cristo Jesus (Jo 13.34-35; At 2.47); enquanto indivíduos de uma sociedade em confusão e trevas, através de suas boas obras, seus esforços sinceros pela paz, prosperidade e manutenção da ordem, e pelo seu compromisso inabalável com o evangelho, o cristão glorifica a Deus ao mesmo tempo em que frustra os maus intencionados e de alguma forma escandalizados com o comportamento daqueles que em algum momento falharam em seu testemunho (1 Pe 2.12; 1 Co 10.32-33). 

CONCLUSÃO Precisamos estar atentos em nossos relacionamentos com aqueles que não conhecem nem temem a Deus, para não sermos levados a nos submeter a um jugo pela malícia e sutileza do pecado. Mas também não precisamos nos retirar completamente da sociedade para evitar aquilo que desagrada a Deus; somos chamados a viver nela como cidadãos de uma pátria melhor, perfeita e justa, e vivendo como se já a contemplássemos, instigamos em outros o desejo por também conhece-la e almejá-la.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS




Nenhum comentário:

Postar um comentário