11 julho 2024

002-A Preparação e organização do povo - Lição 02[Pr Afonso Chaves]11jul2024

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LIÇÃO 2 

A PREPARAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO POVO 

TEXTO ÁUREO: “E os filhos de Israel fizeram conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés; assim, assentaram o arraial segundo as suas bandeiras; e assim marcharam, cada qual segundo as suas gerações, segundo a casa de seus pais.” (Números 2.34) 

LEITURA BÍBLICA: NÚMEROS 1.1-3, 47-50; 3.6-9 

INTRODUÇÃO O povo estava prestes a iniciar sua jornada até a terra prometida, mas antes era necessário que Israel entendesse sua vocação como povo eleito e a ordem que lhe convinha como nação santa e reino sacerdotal. Somente quando todos estivessem organizados, cada tribo ciente da sua posição e do seu papel na congregação, é que o povo de Deus estaria preparado para partir e enfrentar os obstáculos que encontraria no deserto. E isto certamente se reflete na configuração da Igreja de Cristo, com importantes lições para aplicação neste tempo presente. 

I – DEFININDO O POVO DE DEUS Em vista da viagem que o povo tinha à sua frente, o livro de Números se inicia relatando que o Senhor Deus ordenou a Moisés que realizasse um censo – uma contagem exata dos israelitas que haviam saído do Egito e chegado ali, aos pés do monte Sinai. Tratava-se, de fato, da contagem apenas dos homens de vinte anos para cima, considerados aptos para a guerra – cuja soma total foi de “seiscentos e três mil e quinhentos e cinqüenta” (Nm 1.2-3, 45-46; cf. Ex 12.37). A primeira coisa que notamos na maneira deste alistamento determinado por Deus é que, para chegar a esse número foi necessário, primeiro contar os israelitas “segundo as suas gerações, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo varão”, para o que toda a congregação foi reunida a fim de que cada tribo declarasse sua linhagem particular (Nm 1.18). O fato de agora a nação estar unida sob o senso de ser o povo eleito não “diluiu” as distinções tribais, mas antes uniu todas de tal modo que cada uma, cumprindo sua função particular, contribuiria para a realização do propósito divino (Gn 17.6; 49.28; cf. Ap 7.4-8, 9-10). Outro aspecto a se destacar é a caracterização do povo de Deus como um povo guerreiro, sua força medida pelo número daqueles que estavam “aptos para a guerra”. Não que os israelitas devessem confiar na força do braço, mas sim no Senhor, que é varão de guerra e combate, e vence as batalhas do Seu povo (Ex 14.13-14; 15.3). Isto, porém, não diminui o fato de que o povo de Deus vive neste mundo em confronto com inimigos, e Israel só poderia vencê-los com armas em mãos, a vitória sendo sempre garantida pelo Senhor (Ex 17.8-13; Gn 22.17; cf. Ef 6.11-13). Por fim, neste capítulo devemos considerar também o fato de Levi não ter sido contado nesta ocasião como as demais tribos, pois sua finalidade não era servir à guerra. Não que fossem incapazes de lutar ou pegar em armas para atender às demandas da justiça divina, mas aprouve ao Senhor designar a tribo para servir no Tabernáculo: “eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; e eles o administrarão e assentarão o seu arraial ao redor do tabernáculo. E, quando o tabernáculo partir, os levitas o desarmarão; e, quando o tabernáculo assentar no arraial, os levitas o armarão” (Nm 1.50-51; cf. Ex 32.25-29). 

II – ORGANIZANDO O POVO DE DEUS Mais do que informar o número exato de israelitas disponíveis para a guerra, o recenseamento do povo segundo suas casas serviria também para organizar as tribos enquanto acampadas em torno da tenda da congregação, bem como para ordenar sua marcha durante a jornada pelo deserto. Designados para guardar o santuário, os levitas se acampariam entre as demais tribos e a tenda da congregação, a fim de guardá-la contra a profanação de intrusos ou curiosos (Nm 1.53). Cada tribo, por sua vez, ficaria acampada no entorno imediato do acampamento dos levitas, de acordo com a posição determinada por Deus e sob a clara identificação das bandeiras de suas casas (Nm 2.2). Estando três tribos assentadas ao oriente da tenda, três ao sul, três ao ocidente e três ao norte, quando necessário retomar a jornada, nesta mesma seqüência deveriam desmontar suas tendas e partir, enquanto os levitas tomariam seu lugar de marcha entre as tribos do sul e do norte – ou seja, ficando no meio das fileiras de Israel (Nm 2.16-17). Com isto, o povo de Israel não seria mais uma “multidão”, mas um exército organizado. Não seria mais um povo que não sabia para onde estava indo, perdido no deserto; mas uma nação ciente da sua identidade e cuja organização refletia sua preparação para as dificuldades a serem encontradas e a certeza quanto ao seu destino. Essa organização refletia, de fato, a sabedoria e providência de Deus, que faz todas as coisas com um propósito, e cujo povo deve, à sua semelhança, entender qual é a sábia vontade de Deus e ser previdente em sua caminhada neste mundo (Nm 2.34; cf. Lc 14.28-30, 31-32; Ef 5.15-17). 

III – SANTIFICANDO O POVO DE DEUS Tendo definido e organizado o povo de Israel conforme suas tribos, e separado Levi para o serviço do Tabernáculo, o Senhor Deus determina de forma mais clara e pontual as funções desta tribo. Lembremos que Arão e seus filhos já haviam sido chamados para a função sacerdotal; em vista disso, os levitas agora passariam a assisti-los no exercício das suas funções exclusivas. Ao mesmo tempo, podemos ver na separação dos levitas não apenas uma provisão material de auxiliares para os sacerdotes; mas uma forma de enfatizar que todo o Israel, e não apenas Arão e seus filhos (e agora os levitas) deveria ser santo ao Senhor. Toda a nação deveria ser de reis e sacerdotes, e isto é simbolizado pelo fato de os levitas serem dados agora como uma oferta por todos os filhos de Israel, especialmente em compensação pelos primogênitos salvos da morte no Egito (Nm 3.6-9, 12-13). Inclusive a contagem dos levitas que se dá nesta ocasião tem em vista essa necessidade, para o que o Senhor ordena que Moisés também conte os primogênitos de Israel e, em vista de estes somarem um número um pouco maior que o de levitas, determina que sejam resgatados por uma oferta em valor monetário (Nm 3.39, 40-43, 46-47). Isto nos lembra também o fato de que a tenda da congregação representava a habitação de Deus com o Seu povo – o lugar em que o Todo-poderoso se aproximava do povo, ainda que este era imediatamente representado pelos sacerdotes (Ex 25.8). Vimos que a tenda era erguida no meio das tribos acampadas, assim como era levada, quando desmontada pelos levitas para a viagem, no meio das tribos em marcha. Em razão dessa proximidade de Deus do Seu povo, não apenas os sacerdotes deveriam ser estritamente santos; não apenas os levitas; mas todos deveriam santificar o Senhor, segundo o seu pertencimento a uma das tribos de Israel (Lv 20.7; cf. 1 Pe 1.15-16). 

CONCLUSÃO Assim como Israel no passado, o povo de Deus hoje está em caminhada pelo deserto deste mundo, e para chegar ao seu destino final – a terra prometida onde terá descanso – deve sempre se lembrar de que essa jornada exige preparação e organização, sabendo o que se requer de nós e tendo certeza do que nos espera na eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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