MP3 PARA DOWNLOADS
LIÇÃO 10
EVOLUCIONISMO
TEXTO ÁUREO: “Pela fé, entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados” (HB 11.3)
LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 1.1-10
INTRODUÇÃO A teoria da evolução procura explicar a origem dos seres vivos em termos de processos puramente naturais, através de mudanças lentas e progressivas ao longo de milhões de anos. Lançada pelo naturalista britânico Charles Darwin, no livro A Origem das Espécies (1852), ficou conhecida também como darwinismo e com o tempo tornou-se a “teoria” predominante nos meios científicos e acadêmicos, de onde é popularizada através da mídia e ensinada nas escolas como um “fato” indiscutível. Deste modo, a teoria da evolução é arvorada pelos céticos e ateus como uma bandeira para desacreditar e ridicularizar as Escrituras Sagradas, levando muitos cristãos, especialmente os mais jovens, a se intimidarem e assumirem uma posição de incerteza quanto à veracidade do relato bíblico da criação.
I – EVOLUÇÃO X CRIAÇÃO Deixaremos a questão da origem do universo para outro estudo, e na presente lição voltaremos nosso interesse para a proposta inicial da teoria evolucionista, que é a de explicar a origem da vida na terra. De acordo com o evolucionismo, a vida teria se originado espontaneamente como formas simples e microscópicas, que se tornaram cada vez mais complexas, até que teriam surgido os primeiros peixes; destes, teriam evoluído os anfíbios; dos anfíbios, os répteis; e dos répteis, as aves e mamíferos. Em um momento relativamente recente numa escala de milhões de anos, dos mamíferos teriam evoluído os primeiros primatas, e destes, finalmente, o homem, que seria apenas o estágio mais recente de uma das muitas linhas de evolução das espécies. Embora algumas vertentes e “teólogos” do cristianismo tenham sido intimidados ou fascinados por esta proposta, a ponto de afirmar que Deus teria usado a evolução (em flagrante contradição com o relato bíblico, conforme veremos); o fato é que não há uma “mente”, “propósito” ou força sobrenatural na evolução, mas, de acordo com a teoria, tudo teria acontecido (e ainda estaria acontecendo) por mero acaso, através de processos puramente naturais. Ora, a teoria da evolução simplesmente não pode ser conciliada com a afirmação bíblica de que Deus criou todas as coisas, inclusive os seres vivos. Não obstante as tentativas de “desmistificar” o relato de Gênesis 1 e 2, o fato é que aqui temos uma narrativa de cunho histórico, que explica de forma compreensível quando e como Deus fez todas as coisas. O mundo, isto é, o universo, e todas as coisas que nele há, não vieram à existência através de processos naturais que, supostamente, levariam milhões de anos, mas através de atos de criação – o que significa que Deus falou e imediatamente sua palavra se cumpriu (Gn 1.1-3; Sl 33.8-9; 148.5; Ap 4.11; cf. Hb 11.3). Semelhantemente, não lemos na Escritura sobre um vínculo de origem comum e evolutiva entre os seres vivos, mas sim que diferentes grupos de animais e vegetais foram criados em dias diferentes da criação, para se reproduzirem segundo a sua espécie – o que implica em grande variedade de espécies dentro de cada grupo maior (Gn 1.11-12, 20-21, 24- 25). E, por último, lemos que o homem, ao invés de descender de alguma das espécies dos grupos até então criados, foi formado como um casal único e distinto, do qual descendeu toda a espécie humana (Gn 1.26-27, 2.7-8, 19-20; cf. At 17.26).
II – O QUE DIZEM OS FATOS A dificuldade que muitos encontram em aceitar o relato bíblico sobre as origens está na falsa ideia de que evolucionismo seria sinônimo de ciência, e de que a teoria da evolução estaria baseada em fenômenos naturais que podem ser observados ou comprovados em laboratório. Como uma teoria científica, o evolucionismo se propõe a explicar a mecânica da natureza, mas isto não significa que sua explicação esteja correta, ou que seja a única possível, ou a que melhor correlacione os fatos – como querem que acreditemos, religiosamente, os seus proponentes. De fato, pretendemos apontar, ainda que muito superficialmente, que há vários fenômenos ou fatos comprovados por diferentes ramos da ciência que não podem ser conciliados com a teoria da evolução, mas se harmonizam perfeitamente com a criação. E, se os evolucionistas não podem comprovar sua tese à luz do que podemos observar no presente, tampouco podem comprová-la à luz de um passado que não pode ser conhecido senão por Deus, que estava lá no princípio e cujo fiel testemunho encontramos nas Escrituras (cf. Is 41.22). 1. A vida só provém de vida. Não existe geração espontânea. Nenhum organismo jamais surgiu a partir de matéria inorgânica. Um ser vivo só pode ser gerado a partir de outro ser vivo pré-existente. Só podemos explicar este princípio científico pelo fato de que a vida não é intrínseca à matéria, mas deve ter se originado de uma fonte além, de alguém que não é matéria, mas espírito, e que tem a vida em si mesmo – ou seja, Deus (Jo 1.1-4; 5.26; 1 Co 15.45). 2. A vida é complexa. A vida, mesmo em suas formas mais simples e básicas, ainda é de uma complexidade irredutível, todo organismo sendo um sistema de funções e processos numerosos e complicados, trabalhando de acordo com uma mecânica pré-estabelecida. E, embora muitos desses processos não sejam totalmente compreendidos pela ciência, é certo que, removido qualquer um deles de um dado organismo, este deixaria de ser funcional, impossibilitando sua sobrevivência. Não há opção para a tentativa e erro do acaso, mas apenas para um projeto inteligente (Sl 139.14-16). 3. A tendência à desorganização. A matéria atualmente existente no universo não aumenta nem diminui, mas está em constante transformação. “No mundo nada se cria, mas tudo se transforma” tornou-se adágio popular. Nesse processo, a matéria tende naturalmente à desordem, à corrupção, à deterioração – não à evolução. Isto se harmoniza com a verdade bíblica de que o mundo foi criado ordenado e, após a Queda, essa ordem vem sendo gradualmente perdida, não fosse pela palavra de Deus, que sustenta todas as coisas até o fim para o qual o mundo está reservado (Cl 1.17; Hb 1.3, 10-12; 2 Pe 3.7). 4. As espécies são fixas. Não há um ser vivo conhecido que se possa chamar de “intermediário” entre uma espécie e outra, como se estivesse em processo de evolução. Todos os seres vivos são perfeitamente funcionais e adaptados à sobrevivência e à reprodução, cumprindo o fim para o qual Deus os criou. Mesmo os famosos fósseis (ossos de animais que morreram há muito tempo e que foram conservados na terra) atestam a existência de muitos animais diferentes e que hoje já não existem mais, mas jamais revelaram algum “elo perdido” – alguma criatura que não possa ser classificada nas mesmas categorias em que classificamos os animais que conhecemos hoje.
III – CONSEQÜÊNCIAS DO EVOLUCIONISMO Aceitar a tese evolucionista significa não apenas contrariar a literalidade do relato bíblico da criação, mas também diminuir o poder de Deus, que teria se submetido a um processo natural de milhões de anos, ao invés de ter criado tudo pelo poder da sua palavra em seis dias – sendo que, de fato, poderia ter criado tudo até de uma só vez, num instante, se assim o desejasse. Além disso, abala a própria doutrina da salvação, pois, se não podemos remontar a origem e a queda da humanidade a um primeiro homem – Adão – o Filho de Deus não precisaria ter vindo a este mundo, pois Ele se fez homem e descendente do mesmo Adão, para compensar o pecado do primeiro homem, pelo qual todos caíram, com o Seu ato de obediência e justiça, salvando todos os que n’Ele crêem, e assim tornar-se o novo e último Adão (Lc 3.23-25, 34-38; Rm 5.12-13).
CONCLUSÃO A evolução tem sido usada para desacreditar as Escrituras e a fé cristã como um todo. A palavra de Deus não falha; que possamos defendê-la mesmo diante dos clamores da falsa ciência dos evolucionistas.
PARA USO DO PROFESSOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário