02 novembro 2023

006-Imposturas à Palavra de Deus - Heresias Lição 06 [Pr Afonso Chaves]31out2023.

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LIÇÃO 6 

IMPOSTURAS À PALAVRA DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.2) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 15.1-9 

INTRODUÇÃO Tendo discorrido na lição passada acerca de algumas heresias do romanismo, desta vez veremos como esta organização erra ao atribuir à sua tradição a mesma autoridade em questões de fé e doutrina que às Escrituras Sagradas. Contudo, encontramos as raízes desta rejeição à autoridade suprema e exclusiva da Palavra de Deus dentro da própria religião judaica, e os seus desdobramentos se veem hoje fora do romanismo também. Por isso, refutaremos ainda outras formas pelas quais o homem se desvia da única regra de fé e prática, tais como novas escrituras e novas revelações. 

I – A FALSIFICAÇÃO DA VERDADEIRA TRADIÇÃO A palavra tradição significa “aquilo que é transmitido” e, a princípio, se refere à boa prática do povo de Deus, no passado, de comunicar, oralmente, o conhecimento de Deus às gerações seguintes. É compreensível que, em um tempo anterior à revelação escrita – que começou em Moisés – este fosse praticamente o único meio de preservar as leis, promessas e as experiências dos patriarcas com Deus. E, mesmo depois, sendo a técnica da escrita dominada por poucos e a produção de cópias das Escrituras bastante difícil e limitada, a maioria do povo de Deus ainda dependia da tradição, agora mais como um método de ensino cotidiano, apoiado e corroborado pela leitura periódica da lei feita pelos sacerdotes (Gn 18.17-19; Dt 6.6-7; 31.9-13). Uma situação semelhante verificamos nos primeiros tempos da pregação do Evangelho. Embora representasse o cumprimento de tudo o que havia sido escrito na lei e nos profetas, o reino de Deus se manifestou através da pessoa bendita de nosso Senhor Jesus e da Sua pregação, mas Ele nada escreveu ao longo do Seu ministério. Do mesmo modo, os apóstolos testemunhavam, ensinavam e pregavam a viva voz, transmitindo aos seus discípulos, como que por tradição, aquilo que haviam ouvido da boca do próprio Jesus ou que o Espírito agora lhes revelava. Assim, concordamos que a maioria dos escritos do Novo Testamento são, a princípio, de caráter circunstancial, isto é, surgiram para atender às necessidades e questões propostas pelos primeiros cristãos, os quais não podiam ser todos assistidos pessoalmente pelos apóstolos a todo o tempo (1 Jo 1.1-4; Mt 28.18-20; Jo 16.12-13; Fp 4.9; 2 Tm 1.13; 2.2; 2 Jo 12). Por outro lado, a doutrina desses escritos em nada difere daquilo que os apóstolos ensinavam a viva voz, as questões tratadas ensejando providencialmente uma exposição tão profunda e completa do evangelho e dos seus mistérios que logo foram colecionados e distribuídos às comunidades cristãs como uma revelação escrita de interesse geral para todo o povo de Deus (2 Ts 2.1-2, 15; 2 Ts 3.6; 1 Co 11.23; Jo 20.30-31; 2 Pe 3.16). Há, portanto, uma tradição apostólica, como afirmam os romanistas, mas essa tradição pode ser encontrada apenas nos escritos apostólicos, nos quais está definitiva e infalivelmente registrada, graças à inspiração divina, que por sua vez não se estende a qualquer outro escrito, por mais antigo e que se possa atribuir ou relacionar ao que um apóstolo teria ensinado. A tradição que o romanismo alega como complementar à Escritura e indispensável para a sua compreensão nada mais é que práticas, histórias, interpretações e doutrinas humanas sem qualquer fundamento nas Escrituras e na verdadeira tradição apostólica, e inclusive contrariando a palavra de Deus e se tornando um obstáculo à sua compreensão. Por fim, notemos que pelo mesmo caminho já haviam entrado os judeus, ao submeter a palavra de Deus a uma tradição dos antigos que nada mais era que doutrina de homens, e cuja prática resultava em uma vã maneira de viver (2 Pe 1.19-21; 1 Co 2.12-16; Mt 15.6; Cl 2.8; 1 Pe 1.18-19). 

II – A FALSIFICAÇÃO DAS ESCRITURAS Ao erro de comparar a tradição humana às Escrituras Sagradas, o romanismo acrescenta o de admitir como escritura divinamente inspirada um conjunto de sete livros (Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque) no Antigo Testamento, além de acréscimos de capítulos aos livros de Ester e Daniel. Chamamos essas adições de apócrifos, em razão do seu caráter duvidoso, e por nunca terem sido aceitos como escritura sagrada pelo povo judeu, nem por Jesus, nem pelos apóstolos, nem pelas igrejas dos primeiros séculos. Não importa o quão antigos sejam; o fato é que estes livros não foram escritos por profetas reconhecidamente inspirados. Consideremos que, em Malaquias, o Senhor Deus mantém o povo suspenso pela esperança da vinda do anjo, ou do profeta Elias, que prepararia o caminho – numa alusão a João Batista; e os evangelhos retomam a linha da inspiração divina no mesmo ponto (Ml 3.1; 4.5-6; Mc 1.1-3). Os judeus haviam sido escolhidos para serem os portadores da lei, das promessas, dos concertos, até a chegada do Messias, portanto, é a eles que nos reportamos para saber quais e quantos são os livros revelados a Israel – e entre eles nunca houve lugar para os apócrifos, sendo a sua bíblia exatamente equivalente ao Antigo Testamento nas bíblias protestantes (Rm 3.1-2; 9.3-5). Confirma a fidelidade do povo hebreu nesta missão o fato de que Jesus e os apóstolos, sendo judeus, jamais acusaram seus conterrâneos de deturpar ou alterar as Escrituras, mas sim de interpretá-las erroneamente. E geralmente eles se referiam a elas por lei e profetas, ou lei, profetas e salmos – divisões que refletem a composição do cânon judaico, isto é, da coleção dos livros que formam a “bíblia hebraica” – até os dias de hoje (Jo 5.39; Lc 24.27, 44; At 24.14). 

III – O ENGANO DAS NOVAS REVELAÇÕES Falemos ainda sobre outro aspecto da apostasia em relação à autoridade absoluta e exclusiva das Escrituras Sagradas – qual seja, o de novas revelações que deram origem a movimentos religiosos (como o islamismo), ou levaram a rupturas na cristandade (como o mormonismo), todas tendo em comum a falsa crença de que a mensagem da Bíblia teria sido corrompida e de que uma nova e mais “completa” revelação se fazia necessária para “corrigi-la”. Esses grupos podem até fazer uso das Escrituras, mas de modo seletivo, conforme convém à sua nova “revelação”, ou para fins de proselitismo (ou seja, fazer novos adeptos); no entanto, para eles a palavra final em matéria de fé e prática está na sua própria escritura – seja o Alcorão (para os muçulmanos) ou o Livro de Mórmon. Não é necessário aqui analisar esses livros para concluirmos que, só pela pretensão de que a palavra de Deus revelada no passado teria sido corrompida, tais livros não podem ser produto da inspiração divina. Ora, a revelação divina se fez originalmente necessária em razão da Queda, pois o homem havia perdido, pelo pecado, a capacidade de conhecer a Deus apenas pelo testemunho da consciência e da criação. A intervenção de Deus na história levou à formação do povo de Israel, sendo a lei e os profetas um eloquente testemunho dessa revelação às gerações futuras. Depois, com a vinda do Filho de Deus a este mundo, essa revelação não foi alterada, substituída, nem “corrigida”, mas cumprida de tal modo que agora todo aquele que crê n’Ele pode alcançar o fim supremo da revelação divina – a vida eterna (At 17.27; Hb 1.1; Mt 5.17-18; Jo 17.3). Nem tudo foi escrito, mas o que foi escrito é o necessário para alcançarmos este fim, não admitindo subtrações nem acréscimos. Os homens erram, mas Deus não erra e Sua palavra permanece pura, condenando os pecadores em suas gerações, e iluminando como farol aqueles que se apegam a ela (Jo 20.30-31; Ap 22.18-19; 1 Co 10.11; Pv 30.5-6). 

CONCLUSÃO A palavra de Deus é a nossa única regra de fé e prática. Guardemos esse tesouro e não permitamos que tradições e a pretensa autoridade de homens tomem o seu lugar nas igrejas de Cristo.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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