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LIÇÃO 9
ASTROLOGIA
TEXTO ÁUREO: “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações.” (JEREMIAS 10.2)
LEITURA BÍBLICA: DEUTERONÔMIO 18.9-14
INTRODUÇÃO A astrologia é uma forma de adivinhação praticada pelo homem desde tempos remotos até os dias de hoje. Supondo a influência dos corpos celestes (os astros) sobre o curso dos acontecimentos e o destino dos seres humanos, a astrologia presume que a vida é previsível a partir do exame do céu. Sua influência, mais do que outros tipos de adivinhação, é perceptível nos jornais e revistas, nos programas de televisão e pelo uso comum do conceito de “horóscopo” e “signo” na linguagem cotidiana das pessoas que não conhecem o evangelho e, lamentavelmente, por alguns cristãos que precisam ser instruídos quanto ao mal intrínseco a toda e qualquer forma de adivinhação.
I – O ENGANO DA ASTROLOGIA Diferente da astronomia, que é o estudo científico dos corpos celestes em seus aspectos e relações físicas, e que é de origem relativamente recente, a astrologia remonta aos primórdios da civilização humana, muitas das suas características modernas tendo sido definidas há milênios na Mesopotâmia. Essa antiga civilização foi a primeira a considerar a importância dos cinco planetas até então conhecidos, juntando a eles o sol e a lua, o que resultou no número místico “sete”. A partir da observação do aparente “movimento” desses astros pelo céu ao longo de um ano completo, os babilônios dividiram o firmamento em doze casas imaginárias, dando a cada uma o nome de uma constelação, criando assim o zodíaco e os seus signos. O que os astrólogos fazem até hoje, baseados nesses mesmos fundamentos, nada mais é que “interpretar” as posições dos astros nessas casas zodiacais em um dado momento. A essa “leitura do céu” dão o nome de horóscopo. Enquanto os astrólogos da Antiguidade importavam-se mais em fazer leituras divinatórias sobre grandes eventos e decisões tomadas pelos reis, os da atualidade oferecem seus “serviços” a qualquer indivíduo interessado em saber o que os astros “dizem” sobre o seu futuro em algum aspecto da sua vida – seja financeiro, amoroso, etc. Eis porque a astrologia se mostra tão atraente para o homem moderno – ela oferece uma falsa segurança quanto ao dia de amanhã, permitindo-lhe supostamente guiar o seu caminho a fim de evitar infortúnios e alcançar o sucesso determinado pelos astros. Além disso, a astrologia também oferece um falso alívio para a consciência agravada pelo pecado, na medida em que, na leitura do céu no momento do nascimento de um indivíduo (o chamado horóscopo natal), pretende explicar que os astros teriam definido as características constituintes da sua personalidade, e as suas ações seriam resultado de uma espécie de “fatalismo celestial”, e não fruto das suas decisões pessoais. Feitas estas considerações, é necessário esclarecer que a astrologia, não sendo uma ciência baseada em um método que possa sempre oferecer o mesmo resultado, depende em grande parte da interpretação particular de cada astrólogo. Isto quer dizer que suas “previsões” podem variar muito de pessoa para pessoa, mesmo quando o “mapa astral” de ambas é idêntico (como no caso de gêmeos, ou de pessoas nascidas no mesmo instante). Além disso, tais previsões (especialmente aquelas oferecidas nos horóscopos de jornal) tendem a ser muito relativas e genéricas, não permitindo sua averiguação, ao mesmo tempo em que permitem que grande número de pessoas se identifique com alguns “palpites acertados”. Mas o fato é que não há nenhuma evidência de que os corpos celestes possam influenciar o caráter ou o destino das pessoas; o astrólogo, como qualquer outro tipo de adivinho, aproveita-se da credulidade e do anseio das pessoas pelo divino, enganando-as e condicionando-as a um comportamento supersticioso; mas eventualmente será desmascarado, e os que nele confiam serão confundidos (Jr 10.1-2; Is 8.11-13, 19-20; Is 47.13-14; Dn 2.1, 2, 10, 11 e 25-28; 4.7-9; 5.1-8, 13-16, 23).
II – A CONDENAÇÃO DIVINA À ASTROLOGIA Como uma forma de adivinhação, a astrologia é expressamente proibida pelo Senhor por ser uma prática abominável e corruptora da santidade que convém ao povo de Deus. Portanto, recorrer aos adivinhos – sejam eles astrólogos, tarólogos ou “médiuns” – constitui uma rebelião contra a palavra de Deus, que não apenas proibiu categoricamente tal coisa, mas também prometeu orientar o Seu povo através da Sua palavra, primeiro concedendo a Lei, depois levantando os profetas, e finalmente enviando o próprio Filho, para que pudéssemos conhecer a Sua vontade (Dt 18.9-14, 18-20; Lv 19.31). Assim, ao atribuir aos astros o poder e direito exclusivo de Deus de controlar nossas vidas e revelar o futuro, a astrologia prova ser uma idolatria dos astros. Não por acaso, os antigos babilônios consideravam os sete astros como manifestações visíveis dos seus deuses, designando-os pelos nomes das suas divindades – costume esse herdado pelas demais nações, e preservado até hoje na nomenclatura moderna dos planetas (Dt 4.19; 2 Rs 21.3; 23.5; Am 5.25-26; Jr 8.1-2). Além da sua terrível implicação idolátrica, a astrologia – como qualquer outra forma de adivinhação – fomenta no coração dos seus dependentes a presunção quanto ao dia de amanhã, cujo conhecimento pertence a Deus (Tg 4.13-16). Nossa frágil condição neste mundo e as muitas incertezas quanto a esta vida terrena deveriam nos levar não a inquirir com preocupação acerca do que há de acontecer; mas a nos humilharmos debaixo da mão de Deus, confiando na Sua boa e misericordiosa providência, pois é certo que Ele prometeu estar conosco e não nos abandonar em nenhum momento; e a descansar na verdadeira previsão das Escrituras, sobre a qual podemos pautar nossas ações – de que ao justo bem irá, e tudo o que o homem semear, isto também ele colherá (Mt 6.31-34; Hb 13.5; Sl 37.3-6; Is 3.10-11; Gl 6.7-8).
III – OS ASTROS NO PLANO DIVINO Condenar expressamente a astrologia não significa ignorar a grandeza representada pelos astros e a sua finalidade neste mundo. Criados por Deus no princípio, sol, lua e estrelas (que incluem os planetas) foram designados, primariamente, como luminares para dar luz à terra e, consequentemente, servirem de indicadores do decurso do tempo: o sol para dias e anos, a lua para meses, as estrelas para as estações e atividades relacionadas (plantio, colheita), bem como para orientar os viajantes (Gn 1.14-16). Os astros também possuem a finalidade de servirem como sinais, e isto em vários sentidos: apontando a realização de eventos determinados por Deus (Mt 2.1-4; 24.29; 27.45); servindo como figuras de realidades espirituais (Ml 4.2; Dn 12.3; Fp 2.15; Ap 1.20; 22.16); testificando do poder e da glória daqu’Ele que os criou (Sl 8.1-4; 19.1), bem como ilustrando a Sua fidelidade (Jr 31.35-36). Criados por Deus com essas finalidades, os astros não controlam a vida das pessoas, mas são controlados pelo Senhor, sua mecânica e rotina sendo resultado do poder e propósito de Deus, que tudo faz segundo a Sua vontade (Sl 147.4; Jó 9.9; 38.31-32; Am 5.8; cf. Jz 5.20; Js 10.12-15).
CONCLUSÃO Deus guia as nossas vidas e nos orienta pela Sua palavra, pela qual podemos ter a certeza de que todas as coisas contribuem para o nosso bem. Não temos o que temer quanto ao dia de amanhã, porque ao que for fiel está reservada a vida eterna, e Deus não nos faltará nesta vida passageira. Fujamos do engano em todas as suas formas, e não permitamos que nem mesmo uma inocente curiosidade seduza sutilmente os nossos corações.
PARA USO DO PROFESSOR
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