08 novembro 2023

007-Heresias cristológicas - Heresias Lição 07[Pr Afonso Chaves]07nov2023

MP3 PARA DOWNLOADS

LIÇÃO 7 

HERESIAS CRISTOLÓGICAS 

TEXTO ÁUREO: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.” (1 JOÃO 2.22-23) 

LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 1.9-20 

INTRODUÇÃO De todas as heresias que surgiram ao longo da história do Cristianismo, as mais perniciosas e recorrentes são aquelas relacionadas à pessoa, natureza e obra do Senhor Jesus – as chamadas “heresias cristológicas”. Por causa delas, contendas gravíssimas dividiram a Cristandade, e diferentes nomes foram criados não apenas para rotular as opiniões divergentes, mas também para perseguir aqueles que as esposavam. Eventualmente, essas heresias desapareceram, para surgir novamente nos séculos seguintes no bojo de novas religiões ou de segmentos autodenominados “cristãos” ou “bíblicos”, conforme estudaremos nesta lição. 

I – A NEGAÇÃO DA DIVINDADE DE CRISTO Embora os judeus nos tempos de Jesus aguardassem avidamente a manifestação do Messias, os evangelhos nos revelam o quanto eles se equivocavam na sua compreensão acerca da pessoa, natureza e obra do Ungido de Deus. De todas as declarações de Jesus, a que mais era recebida com incompreensão e até mesmo escândalo pelos Seus conterrâneos era aquela em que Ele se referia a Si mesmo como Filho de Deus. O Messias que os judeus aguardavam devia ser um legítimo descendente de Davi, mas não cogitavam que ele pudesse ser mais filho de Deus do que qualquer outro israelita, assim negando a Sua divindade e, consequentemente, a natureza espiritual da Sua obra. Notemos que eles entendiam muito bem que, ao se intitular o Filho de Deus, Jesus queria dizer que é igual a Deus; mas não conseguiam entender que esta é uma verdade implícita em muitas profecias sobre o Messias, tais como aquelas que os evangelhos apontam cumprindo-se em Jesus (Lc 1.32-33, 35; Jo 5.17-18; 10.30-33; Mt 22.41-45). Um passo à frente dos judeus que rejeitaram o testemunho incontestável de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, estão aqueles, primeiro entre os mesmos judeus, depois entre outros grupos religiosos, que crêem nas palavras, nas obras e na integridade moral de Jesus, e O reconhecem como um grande profeta ou mestre, mas não como Messias e Filho de Deus. É inegável que o ministério de Jesus incluía pregar e ensinar com autoridade que nenhum profeta ou mestre jamais teve. Contudo, os milagres por Ele realizados eram algo mais do que uma legitimação divina do Seu ministério “profético”; eram testemunhos da Sua própria glória, que demonstravam a Sua dignidade de ser honrado como o próprio Pai, e sinalizavam a Sua capacidade de realizar uma obra que somente o Filho de Deus poderia realizar: a redenção dos pecadores. Por isso o Senhor não apenas exortava Seus ouvintes a crerem na Sua doutrina, mas também a crerem na Sua pessoa como a própria fonte da vida eterna (Mt 16.13-14; Jo 3.1-2; 5.19- 23; 7.16-17; 20.30-31). Por último, encontramos aqueles que, dizendo-se cristãos, confessam que Jesus é o Cristo e o Filho de Deus, mas distorcem ou diminuem o significado destes títulos divinos – o que equivale a negá-los. Alegam que Ele é chamado Filho de Deus porque teria sido a primeira criação, o único ser gerado ou criado diretamente por Deus, todas as demais coisas tendo sido criadas por Ele ou através d’Ele. Assim, mesmo estando acima de toda a criação, o Filho de Deus não seria eterno, nem divino como o Pai e, portanto, não deveria ser adorado como Deus! É verdade que a relação entre Cristo e Deus é expressa em termos de filiação e paternidade, implicando na primazia do Pai sobre o Filho, mas a analogia humana não deve ser levada no sentido contrário à revelação bíblica de que Cristo existe eternamente com Deus, tendo se manifestado no princípio como o Verbo, isto é, a palavra divina, para criar todas as coisas. Ele é,  portanto, a imagem exata do Pai, revelando o Deus que de outro modo é inalcançável e inefável. Sua procedência desde o seio do Pai é comparada a uma geração, de modo que Ele é chamado também o unigênito de Deus, mas isto nada tem a ver com criação. Ele é o único que participa da essência de Deus como um filho participa da natureza do pai, e por isso é o único que pode ser chamado propriamente de Filho de Deus (Jo 1.1-3, 18; 14.6-11; Cl 1.12-17; 2.9; Hb 1.1-5). 

II – A NEGAÇÃO DA HUMANIDADE DE CRISTO Se a divindade de Cristo já foi e ainda é questionada por alguns grupos, inclusive dentro da Cristandade, quando o assunto é a humanidade do Filho de Deus, as discussões escalaram a um nível surpreendente, pendendo, de um lado, para o extremo da heresia que afirmava que o homem Jesus não passava de uma aparência ou ilusão, não podendo o Cristo, sendo santo e divino, “contaminar-se” com a matéria; e, do outro, para o extremo de definições dogmáticas que iam muito além do que as Escrituras ensinavam acerca da encarnação e vida terrena de Jesus. Negar a humanidade de Cristo é uma heresia de perdição, pois a redenção da humanidade só poderia se realizar quando um legítimo representante da humanidade cumprisse toda a justiça, expiando pelos nossos pecados, nos quais fomos precipitados em Adão. Convinha-nos, portanto, um novo (e último) Adão, que em tudo fosse semelhante a nós, inclusive na sujeição à tentação e à morte, mas não ao pecado, ao mesmo tempo sendo santo e divino, cheio de graça e verdade para cumprir a justiça de Deus (1 Jo 4.2-3; Hb 2.14-18; 4.15; 7.26-27; Rm 5.19). Assumir a aparência humana e até mesmo interagir como um humano era algo que os anjos de Deus já haviam feito no passado; mas a encarnação é um mistério cuja manifestação estava reservada exclusivamente àquele que seria o nosso Redentor. Por isso, ao invés de simplesmente apresentar Jesus como um homem que aparece de repente em Israel, exercendo o Seu ministério, o Evangelho chama a atenção para a Sua humanidade, relatando o Seu nascimento, Seu amadurecimento e desenvolvimento, Suas aflições e sentimentos e, finalmente, Seus padecimentos e Sua morte (1 Tm 3.16; Lc 2.21, 39-40, 52; Jo 11.35; Hb 5.7-8; Jo 19.30-35). 

III – CONSEQUÊNCIAS DA NEGAÇÃO DA DIVINDADE E HUMANIDADE DE CRISTO A partir da conciliação entre as verdades elucidadas nos tópicos anteriores, somos levados a uma correta compreensão da obra de nosso Senhor e Salvador Jesus. Aqueles que rejeitam a divindade de Cristo (como fazem os judeus, muçulmanos e outros grupos) se privam de qualquer possibilidade de conhecer e se achegar a Deus para obter a vida eterna, visto que, sem a revelação do Pai no Filho, o homem simplesmente não pode conceber o Deus invisível, e acaba por se voltar para um ídolo, um deus desconhecido (Mt 11.27; 1 Co 1.30-31; 1 Jo 2.23). Por sua vez, aqueles que negam a humanidade real de Jesus, ou a consideram apenas um aspecto ilusório ou transitório da Sua existência neste mundo, de menor importância em comparação ao Seu ministério de ensino e pregação (como fazem, mais uma vez, muçulmanos, espíritas e outros grupos), são incapazes de conceber a gravidade do pecado aos olhos de Deus, a necessidade de satisfazer a uma justiça perfeita, o amor de Deus por nós e a redenção total do nosso ser provida por Cristo. Como homem Ele veio ao mundo, morreu e ressuscitou para que nós também, como almas viventes que somos, sejamos salvos e no último dia, pela ressurreição, ter entrada no reino celestial (Jo 17.1-3; 1 Jo 4.10; 1 Pe 2.21-22; 1 Co 15.1-4, 17-21, 45-49). 

CONCLUSÃO A mensagem do Evangelho é única, é a boa nova de que Deus enviou Seu amado Filho a este mundo, não apenas como um mensageiro, mas como o primogênito entre muitos irmãos, a saber, aqueles cujos pecados levou sobre Si para que possam estar junto d’Ele com o Pai na eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/


INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS

OUÇA A RÁDIO NET GRATA NOVA

Nenhum comentário:

Postar um comentário