24 março 2021

013-A Esperança no socorro de Deus - Habacuque Lição 02[Pr Afonso Chaves]23mar2021

 

MP3 PARA DOWNLOADS 

LIÇÃO 13 

A ESPERANÇA NO SOCORRO DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.” (Hc 3.2). 

LEITURA BÍBLICA: HABACUQUE 3.1-15

INTRODUÇÃO No capítulo final do livro de Habacuque, depois de ter seus anseios e indagações respondidas quanto a como Deus procederia em relação às injustiças no meio do seu povo e, ao mesmo tempo, em relação à soberba dos executores da ira divina – a saber, os caldeus – o profeta é impulsionado à oração, onde rememora os grandes livramentos operados por Deus no passado e expressa sua firme esperança na misericórdia divina, mesmo que as circunstâncias presentes parecessem tão desesperadoras. Assim encerraremos o trimestre meditando sobre o apelo profético para aguardarmos o socorro de Deus, que a seu tempo virá, e não faltará. 

I – O PROFETA SE ASSOMBRA COM A OBRA DE DEUS (3.1-2) O Senhor havia revelado a Habacuque que realizaria, num futuro muito próximo, grandes e surpreendentes coisas de tal modo que a Sua vontade prevaleceria sobre todas as circunstâncias aparentemente invencíveis do presente. A compreensão dos desígnios divinos haviam atingido o profeta com espanto e temor, pois reacenderam na sua memória aspectos da grandiosidade de Deus, tais como Sua sabedoria, santidade, justiça e soberania: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi”. Aí vemos que mesmo homens que andam em comunhão com Deus não apenas podem ser tentados a indagar onde Ele está ou o que está fazendo em determinada situação; mas podem se surpreender e mesmo ser renovados em seu ânimo ao receber a revelação e compreensão dos caminhos de Deus. A famosa expressão do profeta: “Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica”, é claramente uma intercessão em favor do povo de Deus que, embora estivesse naquele momento na escuridão pela falta de entendimento quanto aos desígnios divinos e pelo predomínio da desobediência – e tinha à frente um período de grande turbação para enfrentar – ainda era a obra de Deus neste mundo, ou o objeto de tudo o que Ele estava fazendo. Pela glória do seu grande nome, sim, como disse outro profeta, mas tendo em vista que um dia aquele povo seria testemunha e anunciador dessa glória a toda a criação. E, para que cumprissem esse papel, o povo de Deus não podia permanecer alheio aos caminhos do Senhor. Portanto, o profeta aqui clama a Deus que não deixe Sua obra passar despercebida, ignorada pelo Seu próprio povo, como estava sendo naquele momento, mas que eles fossem sempre notificados, lembrados, através dos profetas, do que Ele estava fazendo. Mas, além disso, o profeta também clama por misericórdia para com o seu povo, tendo em vista a aflição pela qual passariam nos anos da destruição e do cativeiro de Judá e Jerusalém. “Lembra-te da misericórdia” é uma expressão que Habacuque usa não porque temia que Deus pudesse exacerbar, por assim dizer, o castigo a ponto de destruir completamente o Seu povo e assim anular a obra que havia iniciado; mas indica que Deus sempre age com misericórdia, portanto, o castigo tem um propósito, que não é a destruição do povo, mas sim sua correção e futura restauração (cf. 1.12; Sl 138.7-8; 85.4-6). 

II – O PROFETA RECORDA OS GRANDES FEITOS DE DEUS (3.3-15) A exemplo de todos os homens de Deus do passado, Habacuque se dirige às Escrituras Sagradas em busca do argumento para a sua súplica. Afinal, não é sobre uma certeza sem fundamento que ele se baseia, mas sobre o registro infalível dos grandes feitos do Senhor dos exércitos em favor do Seu povo. Em outras palavras, Deus sempre agiu com justiça e misericórdia, visando sempre a glória do Seu santo nome e a exaltação do Seu povo, aqueles sobre os quais o Seu nome é invocado (cf. Is 43.10-12). Assim, usando uma linguagem altamente simbólica e poética, Habacuque rememora a libertação do povo de Israel da terra do Egito: “Deus veio de Temã, e o Santo, do monte de Parã”, “Vi as tendas de Cusã em aflição; as cortinas da terra de Midiã tremiam”; os juízos e a ira que derramou sobre aquela terra, pagando aos egípcios e seus aliados conforme os seus pecados: “Adiante dele ia a peste, e raios de fogo, sob os seus pés. Parou e mediu a terra”, “com indignação marchaste pela terra, com ira trilhaste as nações”; como este episódio da obra de Deus abalou os céus e a terra, e as nações mais poderosas do mundo de então: “Tu fendeste a terra com rios. Os montes te viram e tremeram; a inundação das águas passou; deu o abismo a sua voz, levantou as suas mãos ao alto”; e a imensa glória e louvor que conquistou, por assim dizer, entre todos os povos, por causa desta grande obra: “A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor”. Mas esse episódio é recordado principalmente porque tudo o que Deus fez na ocasião foi para salvar o seu povo: “Tu saíste para salvamento do teu povo, para salvamento do teu ungido”. Do mesmo modo, o ímpio, que, tal como nos dias de Habacuque, acreditava prevalecer contra os fracos, foi duramente atingido pela mão do Senhor: “Tu abriste com os seus próprios cajados a cabeça dos seus guerreiros; eles me acometeram tempestuosos para me espalharem; alegravam-se, como se estivessem para devorar o pobre em segredo”. E assim o povo de Deus pode, no final, testemunhar a misericórdia do Senhor e participar do Seu triunfo sobre os seus inimigos, marchando com Ele de forma maravilhosa através do mar: “Tu, com os teus cavalos, marchaste pelo mar, pela massa de grandes águas” (cf. Sl 66.5-7). 

III – O PROFETA EXPRESSA SUA ESPERANÇA (3.16-19) Tendo expressado seu temor diante da visão de que o seu povo passaria por dias terríveis, ao mesmo tempo em que isto aconteceria por determinação de Deus, e clamando por misericórdia, para que esse fosse um período de aflição tal qual aquele que terminou com a libertação de Israel do Egito; agora o profeta afirma que os justos terão o seu descanso, certamente, ainda que somente no final, “quando ele vier contra o povo que nos destruirá”. Ele não se apoiaria mais nas circunstâncias presentes, nem numa futura circunstância ainda mais terrível que poderia sobrevir a ele e seu povo; aqui ele expressa aquela mesma fé definida anteriormente por Deus: “Mas o justo pela sua fé viverá”. Não devemos ter nenhuma coisa desta vida por certo, mas estar preparados para ser despojados até dos benefícios mais “ordinários” ou comuns. Porém, assim como o profeta, não podemos perder a certeza de que Deus é o mesmo e não muda – Ele é Salvador, e, não obstante as maiores adversidades e aparências em contrário, podemos nos alegrar sobre a certeza de que Ele fará o Seu povo triunfar: “Jeová, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (cf. Dt 32.13). 

CONCLUSÃO O povo de Deus passa atualmente por um momento de grande tensão e incerteza quanto a sua situação neste mundo, e muitos temem por tribulações que os façam perder muitas coisas desta vida ou constrangimentos por confessarem a sua fé. Quer este seja um tempo de juízo sobre o próprio povo de Deus ou sobre o mundo, estejamos seguros quanto ao nosso sincero comprometimento com o Senhor e descansados quanto ao Seu caráter, poder e boa vontade para conosco, que são a razão de podermos afirmar que, sejam quais forem as circunstâncias pelas quais ainda tivermos de passar, tudo isto redundará na nossa eterna salvação.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira

Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver 
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/

INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL  NO YOUTUBE E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS



Nenhum comentário:

Postar um comentário