17 março 2021

012-A Soberania de Deus na aflição - Habacuque Lição 01[Pr Afonso Chaves]16fev2021

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LIÇÃO 12 

A SOBERANIA DE DEUS NA AFLIÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Não és tu desde sempre, ó Senhor, meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó Senhor, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.” (Hc 1.12). 

LEITURA BÍBLICA: HABACUQUE 1.1-6, 2.1-4 

INTRODUÇÃO Nas duas últimas lições deste trimestre, tendo encerrado o estudo da epístola de Tiago, vamos nos voltar para os profetas – particularmente, para Habacuque. Ainda que breve, esperamos que nossa reflexão sobre a mensagem de Deus registrada neste livro seja suficiente para lançar luz sobre a nossa caminhada na presente conjuntura em que os justos se veem cada vez mais oprimidos por um mundo onde prevalece a injustiça, o desprezo pelo que é bom e puro e a afronta descarada contra Deus. 

 I – O PROFETA CLAMA CONTRA O PECADO (1.1-11) O (1.1-11) Como o próprio livro não entra em detalhes sobre a época, o lugar ou qualquer aspecto da vida do profeta, também faremos o mesmo, destacando apenas que o tempo da sua profecia foi aquele em que o império caldeu (ou babilônico), sob o comando de Nabucodonosor, estava em seu apogeu; as dez tribos do norte já haviam sido destruídas e o cativeiro do reino do sul (Judá) era uma realidade irreversível e assegurada por Deus através dos Seus profetas. Habacuque (cujo nome significa “abraço”, ou “aquele que abraça”) é um desses profetas incumbido de anunciar o peso do Senhor – isto é, a palavra de desaprovação e castigo iminente pronunciada por Deus contra os ímpios do Seu povo. Neste e no próximo capítulo, a profecia tem a forma de um diálogo onde Habacuque como que questiona “onde” ou “como” o Senhor está agindo diante de determinada situação, ao que o próprio Deus responde que não está alheio ao que está acontecendo, antes Ele mesmo está conduzindo todas as coisas para o fim que propôs, e assim calando os anseios do profeta, confortando-o e enchendo-o de esperança quanto à providência misericordiosa de Deus até o clímax do livro, que é a oração registrada no capítulo 3. Assim, a primeira parte do diálogo profético consiste numa denúncia dos pecados e na determinação de um castigo que rapidamente se abateria sobre Judá. A profecia começa com um questionamento sobre como o pecado pode prevalecer por tanto tempo no meio do povo de Deus, quando os fiéis de contínuo clamavam diante d’Ele por justiça e quando a iniquidade era tão avassaladora que a própria lei divina se tornava instrumento na mão dos perversos e os justos não tinham mais nenhum referencial do que é certo e errado para o qual pudessem se voltar. Este é um questionamento universal que se repete especialmente em tempos de grande injustiça e atuação da iniquidade, quando a resposta divina parece tardar. Mas lembremos do que nosso Senhor Jesus ensinou – que, quando nos exercitamos na oração, devemos fazê-lo sempre e nunca desfalecer (cf. Lc 18.1-8). E, como todas as coisas debaixo do sol, a justiça também tem o seu tempo (Ec 3.16-17; Ap 6.10-11). Então o Senhor responde que interviria contra a injustiça dentro de pouco tempo (“em vossos dias”), e de tal forma que todos se espantariam. Citando os caldeus pelo nome, o Senhor declara que faria uso da espada – isto é, da guerra – para castigar o seu povo, ao que se segue uma descrição do poder, da violência e da rapidez com que essa nação traria seus exércitos para conquistar toda a terra de Judá. E lembremos que grande foi a surpresa de muitos judeus, especialmente dos ímpios dentre eles, quando, presumindo que seriam ajudados contra os caldeus – seja pelos egípcios, seja pelo próprio Deus – os viram batendo mais de uma vez às portas de Jerusalém até finalmente terem sua cidade cercada, tomada e reduzida a ruínas. Mas essa seção termina com uma palavra que desperta nova perplexidade no profeta e que ensejará o questionamento dos próximos versos: “Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo este poder ao seu deus”. 

II – O PROFETA CLAMA POR JUSTIÇA (1.12-2.4) O profeta, que anteriormente se queixava das injustiças que contemplava ao seu redor, agora fica assombrado ante a perspectiva de que um povo soberbo, perverso e idólatra, seja instrumentalizado como o executor da justiça divina contra os pecados de Judá. Mas, mesmo assim, é importante notar alguns pontos de destacam a certeza do profeta quanto à justiça, santidade e bondade de Deus: primeiro, Habacuque lembra que o Senhor jamais destruiria Seu povo que tirou do Egito, mas antes o castigaria até que este se arrependesse e se emendasse dos seus caminhos tortuosos, porque Ele deseja a conversão e salvação do pecador (cf. Jr 33.20-22; Ez 18.31-32); segundo, o Senhor não pode ter o culpado por inocente, não tolera o pecado nem a impureza – portanto, jamais permitiria que os caldeus, mesmo executando a Sua ira, ficassem impunes por qualquer excesso ou atitude que constituísse afronta ao Todo-poderoso (cf. Ex 34.7); terceiro, como o único e verdadeiro dominador de todos os povos, o Senhor não poderia tolerar a soberba do rei de Babilônia em arrogar para si a glória de ter conquistado todas as nações pela sua própria força, como um pescador que lança sua rede ao mar e pela sua própria habilidade captura todo tipo de peixe – tudo o que Nabucodonosor alcançou foi-lhe dado de cima (Dn 4.24-25, 34, 37). Numa atitude semelhante à do salmista, o profeta Habacuque, considerando esses e outros pressupostos inalienáveis de uma fé e confiança genuína no Deus de Israel, mais uma vez se volta com humildade e paciência para o Senhor e, à semelhança de um sentinela que sobe à torre de vigia para estar atento ao primeiro sinal de algo novo – a saber, da palavra divina que calará suas indagações e lhe devolverá a paz, ele aguarda a resposta de Deus. E a resposta logo vem, primeiramente exortando à paciência: “se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”. Depois, reafirmando aquilo que em seu coração o profeta bem sabia: que Deus é justo e ninguém escapa ao Seu juízo, embora os fiéis devam perseverar no caminho reto não em vista das circunstâncias presentes, mas na expectativa certa da salvação: “mas o justo pela sua fé viverá”. 

III – DEUS É IMPARCIAL (2.5-20) O juízo certamente virá, e todos hão de prestar contas a Deus pelos seus atos – não precisamos nos afligir com o predomínio do pecado neste momento, nem com a forma como, no presente, a justiça divina parece se realizar de modo limitado, muitas vezes o lugar de males menores sendo tomado por males ainda maiores. Deus considera todas as coisas, desde os atos mais exteriores até as intenções mais secretas do coração, e dará a cada um conforme suas obras. De fato, a fim de tranquilizar o profeta e os fiéis que, como ele, ansiavam por saber se o Senhor realmente levaria em conta todos os males praticados pelo soberbo rei de Babilônia, a palavra profética esmiúça detalhes do caráter do soberano caldeu e prenuncia sua queda, que também seria terrível (vv. 5-12). Mas cada um deveria cuidar de seus próprios atos perante Deus, pois os pequenos dentre o povo que haviam pecado também não passariam impunes – a diferença era apenas de grau: se o rei havia edificado cidades com sangue, muitos davam de beber ao seu próximo para lhe fazer violência igualmente grave; se o rei sacrificava a si mesmo, muitos se voltavam para ídolos mudos em busca de socorro. Não era o propósito de Deus destruir a todos, mas antes levar o povo a conhecê-lo, e, passado o castigo, jamais se esquecer d’Ele novamente. 

CONCLUSÃO Independente de nos encontrarmos em um tempo de juízo, entendamos que Deus é quem julgará e somente Ele sabe como e quando o fará; tão somente nos preocupemos em nos conservar no caminho da retidão, a fim de que não sejamos achados entre aqueles que experimentarão sua ira, e esperemos na sua salvação, que certamente virá.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIAComissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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