25 fevereiro 2021

009-Repreensões à maledicência e à presunção - Tiago Lição 09[Pr Afonso Chaves]23fev2021

 

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 LIÇÃO 9 

REPREENSÕES À MALEDICÊNCIA E À PRESUNÇÃO 

TEXTO ÁUREO: “Aquele pois que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado.” (Tg 4.17). 

LEITURA BÍBLICA: TIAGO 4.11-17 

INTRODUÇÃO Na lição de hoje continuamos a considerar os pecados de que Tiago trata no capítulo 4 da sua epístola. São pecados que poderiam muito bem ser enquadrados ainda sob o título “repreensões à soberba da vida”, pois derivam de um coração envaidecido pela aparência desta vida e pela opinião equivocada de que, simplesmente por confessar o nome de cristão, poderiam violar os princípios mais básicos da lei divina ou se arvorar como mestres e senhores de seus irmãos. Para repreender esses equívocos, o apóstolo usará de palavras breves, mas contundentes e de aplicação bastante prática. 

I – A GRAVIDADE DO PECADO DE MALEDICÊNCIA (V. 11-12) Tiago retorna aqui ao tema do capítulo anterior para condenar outros pecados da língua dos quais aqueles que professam a fé em Cristo não estão isentos, antes sendo muito comuns no meio da comunidade dos crentes. Basicamente, maledicência é o ato de falar mal do próximo, seja imputando-se a ele falsas acusações ou inverdades sobre o seu caráter e conduta, seja ampliando a gravidade de suas faltas, ou até mesmo depreciando o seu caráter e suas qualidades. Independente da forma como ocorre, esse pecado oculta uma intenção diabólica de fazer o mal e causar ruína ao próximo – o que se compara ao desejo do homicida e, portanto, é severamente condenado (cf. Lv 19.16; Sl 64.1-6; 1 Jo 3.15). Não bastasse a intenção odiosa contra o irmão, que já torna esse pecado muito grave aos olhos de Deus (cf. Pv 6.19), a maledicência implica num desprezo à lei divina, como se esta não fosse suficientemente clara e acessível a todos os homens – seja na sua forma escrita, seja tal como inscrita por Deus nas consciências e na estrutura da própria criação – para lhes testificar o que é certo e errado, e incutir o senso de que todos hão de prestar contas dos seus atos (cf. Rm 1.18-21; 2.12-16). O maledicente se posta numa posição de juiz, como se suas palavras fossem realmente necessárias para se estabelecer um juízo sobre o próximo; mas Tiago bem lembra aqui que a sua verdadeira posição é de observador e, como tal, haverá de ser julgado também – e sua atitude não o isentará de comparecer perante o único e verdadeiro juiz, tampouco aliviará a culpa dos seus próprios pecados (cf. Rm 2.1-6). 

II – A INCERTEZA DA VIDA E A SOBERANIA DE DEUS (VV. 13-15) O escritor passa do assunto anterior a uma atitude que, como já notamos na introdução, não deixa de refletir o mesmo sentimento que sutilmente brota em muitos corações, e se revela tanto na conversação como nas atitudes. “Eia, agora, vós”, é como se ele contemplasse a multidão dos fiéis e, tal como um pastor que discerne a necessidade real das ovelhas, se dirigisse a cada grupo com as palavras adequadas à sua situação. Mas ele não está repreendendo esses irmãos pelas suas atividades econômicas, e nem mesmo pelo planejamento prévio dessas atividades, sendo necessário para um mínimo de organização em nossos afazeres; o apóstolo vê algo mais profundo nas palavras: “Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos”, que muitos negligenciam. É prudente fazer planos, mas, “calcular o custo” dos empreendimentos materiais assim como Jesus nos ensinou a fazer com os espirituais. Mas, enquanto no que diz respeito às coisas eternas podemos contar com absoluta segurança (cf. 1 Co 15.55-58), nas coisas materiais, é muito fácil esquecermos de que a vida “é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”, e tendemos a tratar essas coisas não apenas como certas, mas como prioritárias – o que pode nos causar grande frustração quando confrontados com circunstâncias que mostrem a vaidade dessas coisas (1 Tm 6.17; Lc 12.18-21; 1 Pe 1.24). Por outro lado, há que se considerar o controle absoluto de Deus sobre todas as coisas – não somente as eternas e verdadeiras, mas também as transitórias e ilusórias. Afinal, se nosso Pai celestial nos proveu das coisas mais excelentes e inalcançáveis por nossos próprios esforços, por que Ele também não poderia, ou desejaria prover as coisas inferiores? A frase: “Se o Senhor quiser”, ou como geralmente se diz: “Se Deus quiser”, encerra essa verdade básica da fé cristã – o controle soberano e a providência bondosa de Deus para com todos os homens, inclusive os maus, mas especialmente para com os Seus filhos, provendo a cada dia o remédio para os males dessa existência corrompida pela Queda (cf. Mt 6.25-34). E a consciência desse fato de modo algum abalaria nossa constante necessidade de nos planejar e nos precaver para o amanhã; antes, removeria a inquietação que aflige o mundo, dando-nos a certeza de que, melhor do que nossos planos falhos e tão facilmente frustrados pelas circunstâncias da vida, o propósito de Deus para conosco é benigno e maravilhoso, e sempre prevalecerá. 

III – A GRAVIDADE DO PECADO DA PRESUNÇÃO (VV. 16-17) A presunção é uma fraqueza que permeia o comportamento humano – atitudes, palavras, pensamentos, o caráter mais íntimo e todos os relacionamentos de um indivíduo podem ser influenciados pelo que ele pensa ser ou possuir além do que realmente é ou possui. Essa “autoimpressão” alimenta a vanglória, como Tiago aponta aqui, e não a humildade, que ao longo das Escrituras encontramos ser a atitude daquele que verdadeiramente conhece o seu lugar vulnerável no mundo (cf. Sl 90.10-12; 144.3-4). É, portanto, uma alegria e contentamento maligno o que os homens – inclusive crentes – sentem ao vislumbrarem o amanhã sob a ótica dos seus próprios planos realizados, descansados sobre os seus próprios esforços; e não sobre a certeza e na esperança da provisão divina. A expressão final do apóstolo geralmente é tomada no sentido geral de que qualquer bem conhecido, mas omitido, é pecado – como se a sua omissão por ignorância não o fosse. Mas notemos que aqui ele está repreendendo a muitos que pecavam em flagrante contradição com princípios elementares da verdade divina; não era necessário nenhum esforço para se deduzir, por exemplo, que a partir da soberania e providência de Deus deveríamos evitar toda presunção sobre o dia de amanhã. O conhecimento da verdade não nos isenta do pecado, mas, pelo contrário, agrava ainda mais nossa situação e o quanto deveremos prestar contas diante de Deus naquele dia (cf. Lc 12.47-48). 

CONCLUSÃO Apesar de terem se tornado hábitos incorporados no comportamento daqueles que não conhecem a Deus, estejamos atentos para não nos conformarmos a esses pecados, pois ofendem a Deus e são um sinal alarmante de uma fé esvaziada da graça e de uma aparência de piedade inútil hoje e prejudicial para nossa eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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