18 fevereiro 2021

008-Repreensão à Soberba da Vida - Tiago Lição 08[Pr Afonso Chaves]16fev2021

 
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LIÇÃO 8 

REPREENSÃO À SOBERBA DA VIDA 

TEXTO ÁUREO: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.10). 

LEITURA BÍBLICA: TIAGO 4.1-10 

INTRODUÇÃO Neste capítulo Tiago lida com diversos vícios da natureza humana contra os quais devemos estar sempre atentos e que, se descuidados, podem corromper a pureza da fé, induzir ao autoengano e assim gerar grande frustração para o crente. Na lição de hoje, meditaremos sobre o aspecto da concupiscência, ou cobiça, que há no mundo e que muitos têm abrigado e alimentado em seus corações, esquecendo-se de que o amor do Pai não só é incompatível, mas é muito mais precioso do que qualquer senso de autorrealização mundana. 

I – A ORIGEM DE TODAS AS DISCÓRDIAS (V. 1-3) Apesar de já vir tratando de diferentes desvios da fé e da piedade que encontrava nas comunidades dos fiéis, o escritor inspirado desce aqui a um nível mais profundo para identificar a fonte da corrupção humana, que muitas vezes se manifesta com força assustadora mesmo onde a graça de Deus já tem operado e dado sinais de sua presença. A origem primeira de todas as discórdias que há entre os homens, seja de uns com os outros, deles contra Deus e de cada um consigo mesmo está nas concupiscências do coração, como ele já havia apontado no início da epístola – ou, nas palavras aqui usadas, nos deleites que guerreiam através dos membros do corpo. Por trás desta repreensão há uma profunda teologia que nos faz recordar as lições inspiradas do apóstolo Paulo: a natureza ou o coração do homem, corrompido e dominado pelo pecado, não pode desejar outra coisa senão aquilo que é contrário à vontade de Deus, de tal modo a se sentir satisfeito apenas quando prevalece sobre o indivíduo e sobre qualquer vontade em contrário. Contudo, para alcançar sua realização, a “vontade da carne” despreza e cega o homem para o fato de que ela o põe em conflito e inquietação com tudo e com todos (cf. Rm 8.7- 8; Gl 5.16-17; Ef 2.3; Tg 1.14). O objetivo de Tiago é desiludir aqueles que se deixaram engodar pelos seus próprios corações, mostrando que todos os seus esforços têm sido vãos porque são ilícitos tanto nas coisas que almejam como na forma como as almejam: “cobiçais”, “sois invejosos e cobiçosos”, ou seja, não queriam algo por necessidade, nem visando o benefício do próximo, muito menos a maior glória de Deus; mas porque não se conformavam que o próximo tivesse e eles não, ou ainda por aquilo que João descreve como a “cobiça dos olhos” e a “cobiça da carne” – o desejo de ter o que o mundo valoriza, que é a aparência e aquilo que lhe dá o senso de realização à parte de Deus (cf. 1 Jo 2.15-17). É verdade que Deus está pronto a dar aquilo que seus filhos Lhe pedirem; e muitos têm encontrado frustração na sua busca ansiosa pelo que desejam porque, em primeiro lugar, não pedem a Ele; mas, por outro lado, quando o fazem, pedem mal, para gastar em seus próprios deleites – pedem não como filhos de um Pai bom, santo, justo e amoroso, que deseja lhes dar coisas verdadeiramente preciosas e úteis, que deseja lhes dar a sua própria glória; mas pedem como aqueles que não têm nenhuma gratidão e correspondência de amor para com o Pai, visando apenas usufruir da Sua bondade (cf. Mt 7.7-11; Jo 14.14; 16.24; 1 Jo 5.14-15).

 II – A INIMIZADE CONTRA DEUS (VV. 4-6) Embora alguns possam diminuir a gravidade dessa situação atualmente vivenciada por muitos crentes, como se fosse apenas uma batalha pessoal contra os próprios desejos internos, relativizando assim a ofensa causada a Deus, o apóstolo é taxativo ao formular a acusação: “Adúlteros e adúlteras”. É uma expressão figurada, sem dúvida, mas representa a seriedade do nosso compromisso e relacionamento com Deus, um relacionamento de comunhão e amor exclusivos, tal como celebrado no casamento. Quando fomentamos as concupiscências de que Tiago fala, na busca da autorrealização, da satisfação dos olhos e da carne, em soberba e rebeldia contra a vontade de Deus, é como se estivéssemos “flertando” com o mundo, fazendo dele nosso ídolo, e assim traindo nosso verdadeiro Senhor. Não há meio termo; ou amamos sinceramente a Deus e somos inimigos do que há no mundo, ou amamos o mundo e nos fazemos inimigos de Deus; ou perdemos essa vida, ou perdemos nossa alma (1 Jo 5.19; Jo 15.18-19; Mt 6.24; 16.24-26). Tiago cita a Escritura para lembrar o caráter do cuidado de Deus pelo Seu povo: “O Espírito que em nós habita tem ciúmes”, ou zelo, que é provocado pelos ídolos que muitas vezes o povo eleito levanta para si (cf. Ex 34.14; Ez 8.3-5); mas, ao contrário de um marido ofendido que não se possa apaziguar, Deus está sempre disposto e inclinado a demonstrar misericórdia e receber de volta aqueles que se arrependerem de suas infidelidades – e deveríamos nos valer desse valioso recurso da graça divina tão logo percebamos o primeiro sinal de prevaricação de nossa parte (cf. Jr 3.1; 4.1). 

III – O CAMINHO DE DEUS (VV. 7-10) Não há desculpas para os laços firmados por crentes com o mundo e suas vaidades; toda atitude induzida pela cobiça e inveja, ou por alguma forma de amor pelo pecado, não é outra coisa senão soberba e resistência à vontade de Deus. E, se essa é a marca dos homens privados da graça de Deus, entre os quais também dantes nos encontrávamos, torna-se algo particularmente vergonhoso para aqueles que professam ser filhos de Deus e discípulos de Jesus Cristo; além de ser um sinal de que Satanás, o único interessado em que permaneçamos nessa situação, está prevalecendo e encontrando meios de nos remover do favor de Deus (cf. 1 Pe 5.8-9). Contudo, não precisa ser assim; é possível resistir às forças diabólicas que maquinam constantemente nossa ruína, e os meios estão ao nosso alcance. O caminho de Deus para alcançar graça e voltar a ter paz, tanto com o Altíssimo como com o próximo e consigo mesmo, passa pelo arrependimento e a reflexão sobre os erros cometidos. Chegar-se a Deus pressupõe o abandono da soberba, que enche o coração de autossuficiência, e o reconhecimento e o abandono do pecado e a sincera disposição de ser fiel (v. 8; Mt 3.8; Lm 3.29-32); e a consciência do quanto o Senhor foi agravado e de uma sincera expressão de arrependimento: “Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai” (cf. Jl 2.12-24). Notemos, por fim, que tudo isso faz parte de uma atitude de humilhação perante o Senhor, não perante os homens, que muitas vezes pode ser prejudicada pelo desejo de aparentar o que não corresponde ao coração. Mas, sejam quais forem os atos de renúncia necessários, sejam quais forem as expressões exteriores a que sejamos impulsionados, desde que tudo brote de um coração sincero e disposto, é certo que Deus não rejeitará, e a exaltação do crente, com perdão, paz e entendimento renovado para as coisas celestiais, se seguirá (Sl 51.17). 

CONCLUSÃO Que possamos valorizar mais nosso relacionamento com Deus, pois nada nos faltará enquanto formos fiéis a Ele; mas, se em algum momento falharmos, enganados pela concupiscência e soberba que há no mundo, não nos esqueçamos da Sua grande misericórdia e graça e humilhemo-nos debaixo de Sua potente mão, que Ele nos certamente nos exaltará.

PARA USO DOS PROFESSORES

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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