05 novembro 2019

006-A peregrinação no deserto até o Sinai - Êxodo Lição 06 [Pr Afonso Chaves] 05nov2019



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LIÇÃO 6 
A PEREGRINAÇÃO NO DESERTO ATÉ O SINAI 

TEXTO ÁUREO: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardares o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Ex 19.5).

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 15.1-13 

INTRODUÇÃO
O povo de Deus está agora no deserto, fisicamente livre da escravidão do Egito. O objetivo do Senhor é levar o povo até Horebe – lugar onde dará ao povo as Suas Leis, contudo, durante essa caminhada, o povo ainda precisa de algumas instruções práticas, pois, embora livre fisicamente da escravidão, a mente ainda estava cativa.
Por isso a caminhada até ao Sinai ainda será um processo de ensino e libertação (Fp 1.6).

I – A IMPACIÊNCIA DE ISRAEL EM MARA (15.22-27) 
Após a travessia do mar, manifestou-se uma alegria imensurável no meio do povo. Moisés louva ao Senhor com salmos e até mesmo Miriã com outras mulheres tocam e dançam na presença do Senhor. A razão de tanta alegria foi o grande livramento operado pelo Senhor.
Logo após a comemoração, Moisés fez o povo partir pelo deserto de Sur em uma caminhada de três dias, sem encontrar água e, quando encontram, não são águas potáveis. Isso tudo já foi o suficiente para o povo se esquecer do grande livramento de Deus.
A primeira reação do povo não foi buscar ao Senhor Deus Todo Poderoso, que há pouco adorara, mas sim murmurar contra Moisés. Na realidade o povo não tem condição de se achegar diretamente ao Senhor – necessita de um mediador.
Contudo não se deve chegar através da murmuração, pois o Senhor abomina a murmuração porque esta é demonstração de falta de confiança e fé em Deus. Naquele deserto não havia outro recurso senão Deus, porém, era necessário aprender como se aproximar Dele.
Moisés clama ao Senhor pelo povo, e Deus lhe mostra um lenho que, lançado nas águas, estas se tornaram potáveis. Neste lugar o Senhor deu ao povo os primeiros estatutos, uma ordenação e provou o Seu povo.
E disse: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu Sou o Senhor, que te sara.”
Então o Senhor leva o povo até Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras, ou seja, um oásis. Sempre será melhor ter paciência e aguardar as providências do Senhor.

II – AS MURMURAÇÕES NO DESERTO DE SIM (16.1-35)
Há exato um mês de caminhada depois que saíram do Egito o povo se encontra no deserto de Sim, entre Elim e o Sinai. Neste tempo o povo murmura contra Moisés e Arão por falta de pão. A situação traz à tona um comportamento peculiar do ser humano – agir contrário à proposta de Deus.
A escassez faz o povo se lembrar das panelas de carne e da “fartura de pão” do Egito, mas não da dureza da escravidão; segundo, a privação momentânea deixa o entendimento tão entenebrecido que não enxergam mais a nuvem, ou seja, a presença de Deus com eles.
Nessa ocasião o Senhor diz a Moisés que alimentará o povo com pão dos céus e que dará a porção certa para cada dia. Assim o povo mais uma vez é instruído por Deus e nesse momento o Senhor observaria aqueles que têm prontidão em obedecer à sua Palavra.
E o Senhor dá ao povo a carne segundo sua murmuração e também o pão. Então à tarde o povo come carne e pela manhã colhe pão. Dessa forma o povo foi instruído acerca do que chamaram Maná (um gômer ou um litro e meio por cabeça).
Contudo, muitos dentre o povo não observaram com exatidão a Palavra de Deus, pois guardaram o maná para o dia seguinte e saíram para colher no sábado, contrariamente à ordenação. Embora Deus estivesse com aquele agrupamento de pessoas no deserto, isso não era garantia de que todos usufruíam das benesses do Senhor.
É preciso ter fé – que é o poder que Deus dá para o homem corresponder à sua Palavra. É a obediência diária aos mandamentos do Senhor, ou seja, a prática da Palavra de Deus, que garante o favor do Senhor ao povo.

III – A FALTA DE ÁGUA EM REFIDIM (17.1-16; 19.1-25) 
A cada momento da caminhada, o povo aprende mais com o seu Deus. O deserto é um lugar de grandes privações e daí a dependência de Deus.
O povo segundo a ordem do Senhor acampa-se em Refidim; e não havia ali água para o povo beber. Então se inicia mais uma vez a contenda e a murmuração no meio do povo. Mais uma vez o povo não busca a Deus, mas se lembra do Egito.
Deus dá água para o povo beber da rocha, água fresca para saciar a sua sede. Em tudo isso se revela duas coisas: a primeira é o coração obstinado do povo; segundo, a maravilhosa graça de Deus para com um povo ingrato.
Até então as dificuldades do povo estão relacionadas a suas necessidades, mas nesses versículos (8-16) se revelará que o povo tem também inimigos na caminhada – os amalequitas. Para este caso o Senhor tem duas estratégias.
A primeira é separar homens que saiam para a peleja e a segunda, homens que estejam no cume do monte na presença d’Ele. Enquanto as mãos de Moisés estavam levantadas, os guerreiros triunfavam na peleja. Assim Israel triunfou sobre Amaleque e Moisés edificou o seu primeiro altar no deserto e chamou o seu nome: “O Senhor é a minha bandeira”.
Depois de muitas lições e manifestações da graça e misericórdia do Senhor, o povo alcança o seu primeiro objetivo – o monte Horebe, no deserto do Sinai. O povo se acampa defronte do monte de Deus enquanto que Moisés sobe para receber as instruções de Deus para o povo.
A principal palavra de Deus para o povo é: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha...”.
Moisés trouxe o povo até perto do monte, mas segundo a ordem de Deus marcou um limite para o povo não transpassar porque todo aquele que tocasse o monte morreria. Ou seja, aqui está a figura da Lei – Moisés – que trouxe o povo até ao monte, mas não levou o povo até Deus.
O povo viu de longe os sinais e também ouviu. Contudo o único que realmente reconciliou o homem com Deus foi Cristo Jesus, nosso Senhor.

CONCLUSÃO 
A jornada do Mar Vermelho até ao Sinai foi marcada por muitas murmurações do povo e também pela manifestação da graça maravilhosa do Senhor. Através do seu grande amor, o Senhor instrui o povo como se comportar. 
As instruções de Deus vão promovendo uma limpeza na mente destes israelitas até que o Egito saia definitivamente de seus pensamentos. 

PARA USO DO PROFESSOR



AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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