12 novembro 2019

007-Os Dez Mandamentos - Êxodo Lição 07 [Pr Afonso Chaves] 12nov2019



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LIÇÃO 7 
OS DEZ MANDAMENTOS 

TEXTO ÁUREO: 
“E disse Moisés ao povo: Não temais que Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis” (Ex 20.20). 

LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 20.1-21 

INTRODUÇÃO 
Nesta lição estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. Trata-se dos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. As Leis de Deus, às vezes chamadas de “Lei de Moisés”, eram sombras dos bens futuros e se cumpriram em Cristo, mas continuam vigentes, sendo eternas e imutáveis; por isso, precisamos conhece-las. 

I – OS PROPÓSITOS DA LEI 
O termo decálogo literalmente significa “dez enunciados” ou “dez declarações”. Ele foi proferido e também escrito por Deus em duas tábuas de pedra no monte Horebe (Ex 31.18). O decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. 
É, na verdade, um resumo de toda prescrição de Deus. A Lei visava alcançar alguns propósitos, como por exemplo, prover um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem (Dt 4.8; Rm 7.12). 
A Lei também serviu para mostrar ao homem a sua natureza caída e maligna. Sem o conhecimento das leis de Deus, o homem caminha naturalmente sem perceber o risco que está correndo. Mas, quando se depara com a Lei e, não tendo condição de cumpri-la, passa então a ter conhecimento do seu total afastamento de Deus e da necessidade que tem da Sua graça. 
A Lei expõe a malignidade oculta do homem – ela não trouxe o pecado para o homem, mas mostra o que já existe nele (Rm 7.13, 14). 
E mais ainda, a Lei também demonstra a própria santidade de Deus (Lv 19.1, 2), logo, ficam cada vez mais em evidência as iniquidades do homem. Assim existe um abismo intransponível entre o homem e Deus, contudo, a mesma Lei serve de aio para conduzir o homem até Cristo, que o justificará pela Sua obra salvífica e então o apresentará a Deus como uma oferta de cheiro suave (Jo 3.16; Gl 3.22- 24; Rm 10.4). 

II – AS RESPONSABILIDADES DO HOMEM PARA COM DEUS 
O primeiro mandamento, “não terás outros deuses diante de mim”, é muito mais do que um simples estabelecimento de um monoteísmo. O povo teve a oportunidade de ver os juízos de Deus sobre os ídolos do Egito, deixando claro que deuses não eram. Ademais, quem libertou o povo da escravidão fora o Senhor, por isso Ele deveria ser o único Deus reconhecido pelo povo. Deus não é mais um entre muitos para ser escolhido, 
Ele é o Único. Este mandamento também proíbe a adoração ou a veneração de qualquer outra coisa, em pensamento, palavra ou ato, porque a preeminência é sempre do Senhor Deus (Is 44.6-8; 45.11).
O segundo mandamento proíbe a representação do Senhor através de imagens de escultura, porque o Senhor é espírito, portanto, não deve ser reduzido à imagem de homem ou de qualquer outra criatura. O único que é a imagem do Deus invisível é Cristo (Jo 4.24; Rm 1.18-23; At 17.29). 
O terceiro mandamento reza que não se deve usar o Nome do Senhor de modo banal, profano, secular e de forma irreverente. Quantos, para ocultar a falsidade, a mentira, fazem uso do Nome do Senhor.  
O quarto mandamento é: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar”. O uso do verbo lembrar aponta para o fato de que é fácil para o homem negligenciar o mandamento. 
Este dia deve ser retirado do uso comum e dedicado a Deus. Todo o trabalho comum seria feito nos seis dias, mas o sétimo seria santificado ao Senhor. Antes da aplicação espiritual, deve-se observar a literalidade do mandamento. 
Deve-se reservar um dia em que o homem deve repousar do trabalho e se alegrar com o trabalho já realizado, e assim glorificar a Deus pela saúde, oportunidades, etc. Todos estes mandamentos tratam do relacionamento do homem com Deus. 

III – AS RESPONSABILIDADES DO HOMEM PARA COM O SEU PRÓXIMO 
O quinto mandamento faz claramente uma divisão entre os mandamentos que tratam do relacionamento do homem com Deus e aqueles que o relacionam com o seu próximo, além de ser o único com promessa. 
O homem deve honrar os seus pais assim como honra a Deus, e as mesmas responsabilidades que tem para com o seu próximo também deve assumir para com os seus pais. A promessa é: “para que se prolonguem os seus dias sobre a face da terra”. 
O sexto mandamento proíbe o homem de tirar a vida do seu próximo – ela é dádiva de Deus. 
O sétimo mandamento não é dirigido apenas à pureza e santidade do casamento, mas também à imoralidade em pensamentos e atos (Mt 5.27, 28). 
O oitavo mandamento, ao direito de propriedade privada, que deve ser respeitado – e isto abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavras ou atos, sobre aquilo que pertence ao próximo; é preciso respeitar os seus bens através da honestidade, da pureza no viver, no agir, no proceder. 
No nono mandamento, é proibida a mentira, as provas falsas e infundadas. 
O décimo mandamento trata da cobiça, que é “o desejo desordenado daquilo que não possuímos”, e visa coibir não apenas um comportamento externo, mas principalmente algo escondido na mente. Adão e Eva transgrediram exatamente nisso, quando desejaram aquilo que não era a vontade de Deus que tivessem (Gn 3.6; 1 Jo 2.15-17). 

CONCLUSÃO 
Em cada mandamento o homem se depara com propósitos maravilhosos de Deus que, se os cumprisse, viveria por eles, e viveria muito bem. Mas ele não consegue cumpri-los por si mesmo, então o resultado da desobediência é a morte. 
Mas aprouve a Deus entregar Seu próprio Filho para morrer por nós, sendo nós ainda pecadores, e agora, através da Sua justiça, podemos viver em obediência à vontade de Deus e como se fossemos cumpridores de toda a Sua Lei. 


PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
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