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LIÇÃO 8
A LIDERANÇA DE MOISÉS E SEUS AUXILIARES
TEXTO ÁUREO:
“E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de
verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de
cinquenta e maiorais de dez” (Ex 18.21).
LEITURA BÍBLICA: ÊXODO 18.13-26
INTRODUÇÃO
Moisés foi um grande líder da obra de Deus. Teve o privilégio de uma grande preparação dentro
do palácio de Faraó.
Mas, embora contasse com toda essa capacidade, teve que ser orientado a chamar
auxiliares para estarem ao seu lado.
Assim, todo líder cristão, por mais capacitado que seja, necessita de
bons auxiliares.
I – O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS
Na grande obra do Senhor, todos os que estão envolvidos devem estar conscientes de que são
despenseiros, e não donos dessa obra.
Embora haja empenho e dedicação do trabalho, podem ocorrer
falhas, e uma que é recorrente é o monopólio do poder administrativo.
São encontrados muitos
exemplos de líderes que querem a atenção para si mesmos, e não querem que outros apareçam mais do
que eles.
Na Bíblia, entre tantos outros, destaca-se Diótrefes, que tinha a congregação como uma
propriedade particular sua.
Mas João vai repudiar tal comportamento na obra do Senhor (3 Jo 9, 10).
Muitas vezes, os que estão do lado de fora percebem com mais facilidade as necessidades
daqueles que estão sendo liderados. Isso não quer dizer que existe uma má liderança, mas pode haver
falta de percepção por parte do líder.
O sogro de Moisés, que era também um sacerdote, percebeu a
dificuldade que Moisés estava enfrentando no exercício de sua liderança e por isso aconselhou seu
genro. A má liderança é aquela que é absoluta e não dá atenção a opiniões externas.
No modelo de liderança seguido por Moisés, Jetro percebeu que logo aquele homem enfrentaria
um esgotamento físico e mental. E, ao mesmo tempo, o povo também se cansaria pela longa espera para
ser atendido (vv. 13, 14).
Deus não quer que os líderes trabalhem sozinhos e, para evitar isso, distribuiu
os ministérios no corpo da igreja, a fim de que, através deles, sejam edificados (Ef 4.11, 12).
II – OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO
A obra de Deus na terra é marcada por um líder principal e seus auxiliares. Essa organização se
iniciou mais claramente com o conselho de Jetro.
Todo obreiro que está à frente do trabalho do Senhor,
seja qual for a tarefa, necessita de auxiliares, cooperadores, colaboradores (Rm 16.3, 21; 2 Co 8.23).
No livro de Êxodo encontra-se a relação dos nomes de muitos auxiliares de Moisés, e
provavelmente existiram outros que não foram relacionados.
Estes contribuíram com Moisés até que o
objetivo principal fosse alcançado. Até mesmo com atitudes negativas, eles deixaram instruções
importantes para a liderança atual.
Miriam era profetisa e cantora. Arão era porta-voz de Moisés e líder dos sacerdotes.
Os anciãos,
também conhecidos como príncipes, eram líderes e representantes do povo, como Hur (Ex 17.10-13;
24.14).
Outros auxiliares eram os juízes e os levitas. Jetro, o sogro de Moisés, embora não sendo
israelita, demonstrou ser um homem sábio, e ajudou muito Moisés.
Por fim, Josué liderou o exército do
Senhor na batalha contra os amalequitas.
III – QUALIDADES DE UM BOM LÍDER
Um líder na obra do Senhor precisa estar consciente de que tem muitos liderados, mas que
também é liderado pelo Senhor da seara.
Para tanto, precisa ser capaz, ou seja, ter a sua chamada de
Deus, porque aqueles que Ele chama, Ele também capacita.
É imprescindível que seja temente a Deus
para dar atenção ao que o Senhor fala e respeitar seus liderados.
Tem que ser homem de verdade e que
aborreça a avareza.
Além dessas qualidades apontadas em Êxodo, o Novo Testamento também contém orientações
a esse respeito.
Como por exemplo, em Atos 6, quando, com o crescimento da obra, os apóstolos
também precisaram de auxiliares.
E esta escolha tinha critérios rigorosos: varões de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria (At 6.3).
Todo obreiro, homem ou mulher, precisa ser modelo dos fiéis (1 Pe 5.1-3). O verdadeiro
ministro de Cristo precisa viver uma vida digna, não só diante de Deus, mas também diante dos homens
(2 Co 8.21; 1 Tm 6.11, 12).
O servo deve viver e agir de modo honroso no trabalho, na vizinhança e na
família. A santidade é um imperativo e um bom obreiro não apenas dá ordens, mas em tudo é o
exemplo para o rebanho. Ademais, “requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1 Co 4.1, 2).
De
nada adianta o líder cristão pregar e ensinar a Palavra, se ele é desobediente, displicente, e nem sequer
pratica o que ensina.
A verdadeira fidelidade revela-se no cotidiano. Moisés foi fiel em toda a casa de
Deus, assim como o Senhor Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Nenhum obreiro faz a obra do Senhor sozinho. O líder precisa de auxiliares que sejam dados por
Deus. Por isso é necessário que o trabalho seja delegado.
Quanto às qualidades dos obreiros, estas não devem ser observadas após a sua separação para o ministério, mas, pelo contrário, devem ser requisitos para tal.
Todos os grandes líderes dentro da história bíblica contaram com auxiliares e na atualidade não é diferente.
PARA USO DO PROFESSOR
Quanto às qualidades dos obreiros, estas não devem ser observadas após a sua separação para o ministério, mas, pelo contrário, devem ser requisitos para tal.
Todos os grandes líderes dentro da história bíblica contaram com auxiliares e na atualidade não é diferente.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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