29 agosto 2025

009-O Espírito Santo - Grandes Doutrinas Lição 09[Pr Afonso Chaves]28ago2025

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LIÇÃO 9 

O ESPÍRITO SANTO 

TEXTO ÁUREO: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14.16) 

LEITURA BÍBLICA: JOÃO 16.1-12 

INTRODUÇÃO As Escrituras Sagradas fazem abundante menção à presença e obra do Espírito Santo, desde o princípio do mundo até às coisas que estão previstas para se cumprir na consumação dos séculos. Embora não faltem definições teológicas sobre quem ou o que é o Espírito Santo, pretendemos nos ater o mais estritamente possível aos conceitos bíblicos, que nos bastam para entendermos importantes aspectos da pessoa gloriosa de Deus e de Cristo, e da obra da nossa salvação. 

I – A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO DESDE O PRINCIPIO 

1. NA CRIAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA VIDA. Logo no primeiro instante da criação do mundo, somos informados de que o Espírito de Deus “se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2). Significa que Deus começaria a atuar sobre aquela massa inerte, informe e indistinguível que eram os céus e a terra, para separar suas partes e orná-las ricamente com tudo o que seria necessário para acomodar a vida (Jó 26.13; Sl 33.6). Assim, o Criador também forma, a partir da matéria inanimada, diversas espécies de criaturas – inclusive o homem – às quais concede a capacidade de agirem e de se perpetuarem através da procriação, ao soprar nelas o mesmo Espírito, como um espírito de vida, tornando-as assim almas viventes (Gn 2.7; 7.22). É através desse Espírito, portanto, que Deus não apenas criou, mas também preserva o mundo e a vida dos que nele habitam, perpetuando sua existência sobre a terra (Jó 12.9-10; Sl 104.27-30). 

2. NA CONSCIÊNCIA DO HOMEM. Contudo, embora seja comum à dos animais, a vida concedida pelo Espírito Santo ao homem é também acompanhada de uma consciência, que testifica da sua origem e propósito divino, e que o constrange a reconhecer o Criador, e a render-Lhe graças, e a conhecer e submeter-se à Sua vontade; por isso, opor-se a essa consciência e tentar fugir ao propósito desta vida é contrariar o próprio Espírito Santo (At 17.26-28; Rm 1.18-20; 2.14-16; cf. Gn 6.3; Sl 139.7). 

3. NA VOCAÇÃO DE ISRAEL. Além da vida natural e da consciência, o Espírito Santo também atuou de modo especial em ou para com alguns homens, notoriamente após o estabelecimento da nação de Israel, em favor da qual operou sinais poderosos (Ex 8.16-19), concedeu dons de sabedoria, ciência e juízo (Ex 31.1-5; Dt 34.9; Jz 3.9-11; 1 Sm 16.13-14), revelou coisas ocultas além de toda sabedoria ou ciência humana (Gn 41.15-16, 38; Dn 4.8-9) e comunicou, através dos profetas, os mistérios da Sua vontade e graça, escolhendo consigná-los às gerações futuras mediante as Escrituras (2 Pe 1.19-21). Assim, através de Israel, Deus manifestou o Seu propósito de habitar com os homens mediante o Seu Espírito Santo, tornando-os participantes das Suas virtudes e da Sua graça, ensinando-os e capacitando-os a cumprir a Sua vontade – muito embora até mesmo os israelitas, devido à fraqueza da carne, tenham na maior parte do tempo se rebelado contra esse propósito (Ne 9.20; Nm 11.25-29; Is 63.10-11; At 7.51). 

II – A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO 

1. ANUNCIADA NA PROFECIA. A rebelião de Israel não frustrou o propósito de Deus, antes demonstrou a necessidade de uma experiência espiritual mais profunda, mas que estava reservada para um tempo futuro. Acerca desse tempo, Deus falou, através dos profetas, que viriam dias em que Ele derramaria do Espírito Santo sobre toda a carne, quando então não apenas muitos sinais e prodígios seriam realizados, mas todo o povo se tornaria participante daquela virtude e graça que, até então, poucos haviam manifestado mais notoriamente – como Davi (Jl 2.28-32; Is 44.3; Jr 31.31-34; Ez 36.25-27; cf. Sl 51.6-11). De fato, esta promessa já havia sido declarada em toda a sua extensão e plenitude a Abraão, quando Deus prometeu abençoar – isto é, conceder o Espírito Santo – a todas as famílias da terra (judeus e gentios) através do Seu descendente – que é Cristo Jesus (Gl 3.8-9, 13-14). 

2. CONFIRMADA POR CRISTO. A fim de que esta promessa finalmente se cumprisse, o descendente de Abraão deveria ser aqu’Ele em quem habita a plenitude do Espírito Santo, para que desta plenitude Ele pudesse conceder aos filhos dos homens – o que Ele fez primeiramente através das Suas palavras e obras (Jo 1.14, 16; 3.34; Lc 4.16-21; cf. At 10.36-38). Por isso, o Filho de Deus foi apresentado ao mundo por João como aqu’Ele que podia batizar com o Espírito, ou seja, perdoar, purificar e salvar perfeitamente o Seu povo (Jo 1.31-34; Mt 3.11). Depois, o mesmo Jesus explicou a importância desta promessa, e orientou Seus discípulos a buscarem e esperarem pelo seu cumprimento, que se daria brevemente após a Sua ressurreição e ascensão ao céu (Jo 7.37-39; At 1.4-8). 

3. CUMPRIDA EM PENTECOSTES. O fato de a promessa do Espírito ter se cumprido no dia da festa de Pentecostes não é fortuito – assim como não é fortuita a crucificação de Cristo no dia em que se comemorava a Páscoa. Celebrada cinquenta dias após a apresentação diante de Deus das primícias (os primeiros frutos) da colheita, apresentava-se então o restante da colheita mediante nova oferta (Lv 23.10-16). A referência simbólica aqui é à ressurreição de Cristo dentre os mortos e Sua entrada na presença de Deus para ser as primícias daqueles por quem Ele morreu – os quais então receberam o Espírito Santo como penhor da sua salvação, e de que serão também ressuscitados na vinda de Cristo (At 2.1-4, 14-21, 32-36, 37-39; Rm 8.23; Ef 1.13-14). 

III – O ESPÍRITO SANTO SOB O NOVO CONCERTO 

1. O ESPÍRITO DE CRISTO. Em suas últimas orientações aos discípulos, onde explicou a necessidade de que Ele voltasse para o Pai para que o Espírito viesse até eles, o Senhor Jesus se refere a um outro Consolador porque, enquanto esteve com os Seus, Ele mesmo os consolava; mas, uma vez que partisse, os discípulos não mais o teriam consigo em carne. Cristo continuaria sendo o nosso consolador, pois, embora não estivesse mais conosco fisicamente, Ele prometeu estar conosco em espírito até a consumação dos séculos (Jo 14.16- 18; Mt 28.20). Do mesmo modo, não podendo mais ensinar os discípulos após Sua partida, mas havendo ainda muito que lhes dizer, e sendo Ele mesmo o caminho e a verdade, o Senhor Jesus continuaria com os Seus como o Espírito da verdade (Jo 14.25-26; 16.12-15). Assim, o Espírito Santo não é de fato outro diferente, mas o Espírito de Cristo – o mesmo Espírito que habitou e falou através dos homens de Deus do passado, e que hoje habita em uma medida ainda mais abundante nos crentes da nova aliança (1 Pe 1.10-11; 3.18-20; Rm 8.9; cf. Jo 14.23). 

2. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. Sendo obra de Deus e não dos homens, toda a nossa salvação é atribuída pelas Escrituras à eficácia do Espírito Santo em aplicar a graça de Deus no coração do homem, gerando nele aquela nova vida de que falamos em lição anterior, a qual frutifica em verdadeira fé, mediante a qual ele é justificado (Atos 10.44-47; 15.8-9; Tt 3.4-7; cf. Jo 3.1-7). É através desta nova vida gerada pelo Espírito Santo – porque agora vivemos em Espírito – que podemos servir a Deus em mortificação e obediência da verdade – andando também em Espírito (Rm 8.1-6, 9-10, 12-14; Gl 5.16-18, 22). E, finalmente, na medida em que o Espírito Santo assim nos aperfeiçoa à imagem de Cristo, ele nos assegura e nos prepara para a ressurreição, quando nosso próprio corpo corruptível será transformado para se tornar como o de nosso Senhor Jesus, para que possamos ter entrada à herança eterna nos céus (2 Co 3.7-8, 18; Rm 8.11; 2 Co 5.1- 5). Consideremos então quão grave é, através da incredulidade e desobediência, apostatar ou abandonar o evangelho da salvação que temos ouvido e de cujas virtudes temos participado (Hb 3.7-10; 6.1-9; 10.29). 

CONCLUSÃO Embora muitas definições sobre o que é o Espírito Santo dependam mais de conceitos teológicos do que propriamente bíblicos, é certo que Deus revelou muito mais acerca da obra do Espírito. Que a nossa alegria, então, esteja mais na certeza de que podemos tê-lo habitando e operando em nós, do que numa definição incapaz de abarcar a amplidão e grandeza do Espírito de Deus revelada nas Escrituras Sagradas.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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