23 agosto 2025

008-Salvação (Sua ordem) - Lição 08[Pr Afonso Chaves]20ago2025

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LIÇÃO 8 

A SALVAÇÃO (SUA ORDEM) 

TEXTO ÁUREO: “E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8.30) 

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 2.1-10 

INTRODUÇÃO Na lição anterior, estudamos a doutrina da salvação sob o aspecto geral de como Deus propôs, desde a eternidade, salvar o homem dos seus pecados e como, através do sacrifício de Cristo na cruz, selou um concerto irrevogável pelo qual todo aquele que crer será salvo. Agora precisamos considerar o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre como esta salvação é aplicada àqueles por quem Cristo morreu, bem como a ordem em que as operações do dom da graça se manifestam na vida dos eleitos, assim completando a boa obra iniciada por Deus. 

I – O PRINCÍPIO DA SALVAÇÃO 

1. A CHAMADA DO EVANGELHO. A primeira etapa da salvação na experiência particular dos eleitos é a vocação, ou chamada do Evangelho (Rm 8.30). Através da pregação, Deus se dirige publicamente aos homens, conclamando-os à salvação, e, pela operação interior do Espírito Santo no coração dos eleitos, gera a fé na palavra, e assim para estes a mensagem da cruz torna-se verdadeiramente o poder de Deus para salvá-los (At 5.20; Rm 10.17; Jo 16.7-8; 2 Ts 2.13-14; 1 Co 1.18). Para aqueles que não creem – isto é, que não receberam a graça de Deus em seus corações – o evangelho permanece encoberto; ouvindo, não entendem, mas ao mesmo tempo tornam-se inescusáveis perante o juízo (2 Co 4.3-4). Deste modo, podemos fazer uma distinção entre uma chamada formal, pela qual Deus se dirige a todos os homens; e uma chamada eficaz, pela qual Ele atrai os eleitos a Si (Mc 16.15; At 17.30-31; Mt 22.14; Jo 6.37). 

2. A REGENERAÇÃO DO ESPÍRITO. Nenhum pecador pode, de fato, responder positivamente ao chamado da salvação, pois alguém cujo coração ama o pecado e o entendimento está em trevas só pode reagir com endurecimento e incredulidade quando a verdade lhe é apresentada (1 Co 2.14; cf. Ef 2.1-3). É necessário, portanto, que Deus primeiramente comunique sua graça ao coração do pecador na forma de um novo princípio, uma nova natureza, em virtude da qual o Espírito Santo produz em seu coração tanto o arrependimento como a fé que o Evangelho requer para a salvação (Ef 2.8; At 11.18). Em outras palavras, essa regeneração ou novo nascimento não decorre de uma fé que o homem possa manifestar antes disso, ou de ter “aceitado Jesus”; mas, pelo contrário, ele só pode crer e vir para a luz depois de ter sido gerado por Deus, mediante a palavra da verdade (Jo 3.1-7, 19-21; Tt 3.4-7; 1 Pe 1.23). 

3. A JUSTIÇA PELA FÉ. Indispensável à compreensão da natureza da salvação é o conceito de justificação, pois, de acordo com as Escrituras, ser salvo mediante a fé significa, em primeiro lugar, ser justificado, ou contado como justo diante de Deus (Rm 3.21-28). Conforme estudamos em lição anterior, Cristo morreu na cruz tanto para expiar, ou pagar a dívida dos nossos pecados, reconciliando-nos com Deus; como também para cumprir por nós todas as demandas da justiça divina. Assim, sendo contados como justos em Cristo, ou tendo a fé em Cristo imputada à nossa conta como justiça, tornamo-nos como que dignos dos benefícios com que o concerto da salvação recompensa aqueles que cumprem todos os seus termos: paz e comunhão com Deus (Rm 5.1, 6-11; Ef 2.13-18) e a adoção, ou o direito de sermos chamados filhos de Deus e invocarmos a Deus como Pai (Rm 8.15-17; Gl 3.24-26). 

II – O PROGRESSO DA SALVAÇÃO 

1. A MORTIFICAÇÃO DO PECADO. Embora a salvação seja um dom da graça de Deus, que se realiza mediante a fé sem as obras, o fato é que as Escrituras também ensinam que só pode ser considerada fé verdadeira aquela que se possa comprovar por meio de obras (Tg 2.14-17). Nisto não há qualquer contradição, pois a fé é um princípio ativo que nos capacita, inspira e impele a vivermos em conformidade com a justiça e santidade de Deus, contrapondo às obras da carne o chamado fruto do Espírito (Ef 1.4; 2.10; Rm 8.1-5; Gl 5.22-25). Aquele que é justificado pela fé em Cristo tanto está morto para o pecado e para o mundo como vivo para Deus (Rm 6.4, 6). Primeiro, porque o salvo, identificado com Cristo na Sua morte, não está mais sujeito à força do pecado, e por isso não só pode como deve mortificar os membros do seu corpo, renunciando às paixões e concupiscências (Rm 6.11-13; 8.13; Cl 3.5-10; 1 Pe 4.1-2). Não quer dizer que seja impossível o salvo pecar, mas, quando isto acontece, ao invés de mentir para si mesmo, negando que tenha pecado, aquele que é de Deus buscará o perdão, confessando os seus pecados e emendando os seus caminhos (1 Jo 1.5-2.2; 3.4-9). 

2. A PRÁTICA DA JUSTIÇA. No segundo caso, isto é, no que diz respeito a estar vivo para Deus, o salvo, identificado com Cristo na Sua ressurreição, agora vive para agradar não mais a si mesmo ou às suas paixões, mas àqu’Ele que por ele morreu e ressuscitou (Rm 6.16-18; 12.1-2; 2 Co 5.14-17; Gl 2.20). Ainda que seus membros batalhem para que ele faça a vontade da carne, o Espírito Santo interiormente o inclina à obediência à lei de Deus (Rm 7.5-6; Hb 8.10-11). Assim, podemos concluir que a salvação mediante a fé significa, não que o salvo não realiza obra nenhuma por causa da fé, mas que ele faz tudo o que está ao seu alcance para agradar a Deus em razão ou por meio desta fé que o justifica (cf. Hb 11.1-6). 

3. A CERTEZA DA SALVAÇÃO. Uma vez que a salvação é obra inteiramente de Deus, não há nada aqui em que possamos nos gloriar, senão no próprio Salvador – Cristo Jesus (1 Co 1.28-31; Ef 2.8-9). Diferente, contudo, da vanglória, é a certeza da salvação, cujo fundamento é a palavra de Deus, que não pode mentir, e que declara que aqueles por quem Cristo morreu não podem se perder (Jo 10.27-29). De modo algum isto se confunde com uma “permissão para pecar”, porque só pode apropriar-se desta segurança, e fazê-la cada dia mais firme e inabalável, aquele que persevera na mortificação do pecado e na prática da justiça – de modo a obter com ela grande ânimo e consolação nas tribulações e tentações (2 Pe 1.3-10; 1 Co 1.7-9; Fp 1.6). 

III – A CONSUMAÇÃO DA SALVAÇÃO 

1. A PERSEVERANÇA DOS SANTOS. À luz do ensino claro das Escrituras de que Deus concluirá a obra de salvação naqueles em quem a iniciou, podemos afirmar que os eleitos, ou seja, aqueles que verdadeiramente foram gerados por Deus e possuem a fé, perseverarão até o fim. Ao invés de abandonarem ao Senhor, apostatando, os eleitos atenderão à exortação do Espírito Santo nas Escrituras, e farão progresso na fé, retendo sua confissão diante de todas as adversidades e tentações, pois isto é o que se espera daqueles que foram feitos participantes da salvação (Mt 25.34; Rm 8.35-39; Hb 3.13-14; 6.4-9, 10-12). 

2. A REDENÇÃO FINAL. Embora a morte represente um momento decisivo na vida cristã, pois é aí que se consuma a fé e o destino eterno dos santos é selado (Sl 116.15; 2 Tm 4.7-8; Ap 2.10), a salvação não se concluí aí. A vida eterna é primeiramente experimentada pelo salvo mediante a fé, na comunicação de uma nova vida interior. Contudo, exteriormente, o cristão ainda padece em um corpo sujeito à corrupção e à morte, e por isso tanto vive como morre na esperança da ressurreição, pois esta representa um aperfeiçoamento da nossa relação com Cristo (Jo 6.47; 2 Co 4.16-5.4; Fp 1.21-23; 3.7-12). É quando tudo aquilo em nós que de alguma forma representa a fraqueza e a corrupção da nossa condição natural será revestido, ou absorvido pela vida de Cristo que habita como que ocultamente em nós (Rm 8.11, 22-23; 1 Co 15.51-54; Cl 3.1-4), e então será manifesto aquilo que realmente fomos predestinados a ser por toda a eternidade (1 Jo 3.1-2; Fp 3.21).

 CONCLUSÃO A salvação é uma obra maravilhosa e perfeita porque é Deus, e somente Ele, quem a opera, do começo ao fim. Nada há que o homem possa fazer para alcançá-la ou acrescentar para melhorá-la, muito menos para frustrá-la. Tudo o que ele faz é ser como um simples recipiente de barro que Deus enche das Suas misericórdias, e que se torna valioso não pelo que é, mas pelo tesouro que contém.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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