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LIÇÃO6
O TOQUE DAS TROMBETAS (2ª PARTE):
"AS TESTEMUNHAS"
TEXTO ÁUREO: “E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.” (Ap 10.11)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 10.1-7
INTRODUÇÃO Ainda na mesma visão que se descortinou com a abertura do sétimo selo – a saber, o toque das sete trombetas – deparamo-nos agora, nos capítulos 10 e 11, com um novo parêntese imediatamente antecedendo ao toque da sétima e última trombeta – tal como sucedeu antes da abertura do sétimo selo. Mais uma vez, Deus revela a João importantes orientações que devem ser transmitidas ao Seu povo, quanto à necessidade de evangelizar ou testemunhar d’Ele sob qualquer condição.
I – O ANJO COM O LIVRINHO ABERTO (10.1-11) Após os terríveis castigos que João vê se abatendo sobre o mundo, eis que ele passa a contemplar um anjo com grande poder e autoridade, tanto na terra como no mar (“E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra”), proclamando uma palavra de grande repercussão no mundo espiritual (“E, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes”) que o apóstolo, contudo, é proibido de escrever e revelá-la. Lembremos que algo semelhante ocorreu a Paulo, a quem também foram reveladas coisas sobre as quais não lhe era lícito falar (cf. Dt 29.29). Mas João também ouve, e isto ele pôde registrar, que um grande segredo de Deus se cumpriria ao toque da sétima trombeta – algo que, desde tempos passados, Deus já havia falado através dos seus profetas (“nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus”). O juramento do anjo é um testemunho da sua certeza quanto ao que Deus em breve faria. A atenção de João agora se volta para o livrinho que aquele anjo forte trazia na mão, e para as ordens que recebe (“Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo... Toma-o, e come-o”). Ao fazer isto, ele experimenta a alegria e o prazer daquele que recebe a Palavra de Deus como alimento (“se fará doce como o mel”) e, ao mesmo tempo, o senso do dever de anunciá-la às nações, mesmo que elas não se convertam (“teu ventre se fará amargo... Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis”). Esta foi a experiência comum de outros homens de Deus do passado, que profetizaram aos rebeldes de Israel (Ez 3.3, 4); como também é a de todos os salvos, em todo o tempo (At 1.8).
II – AS DUAS TESTEMUNHAS (11.1-14) Ainda dentro desse parêntese que se abriu entre o toque da sexta e sétima trombetas, João recebe ordens a cumprir em relação ao templo e à cidade santa: o primeiro devia ser medido (“mede o templo de Deus, e o altar e os que nele adoram”), enquanto o átrio e a cidade deviam ser entregues para profanação (“deixa o átrio... foi dado às nações... pisarão a cidade santa”). Este ato simbólico significa que, estando o reino de Deus presente entre os homens por meio de Cristo, muitos têm ingressado na comunhão com Deus (o lugar santo), participando da verdadeira adoração (os que adoram no altar); mas muitos outros se têm feito ouvintes indiferentes, e não participantes sinceros das coisas de Deus, e assim permanecem do lado de fora do reino (Mt 21.12). O próximo destaque na visão são duas testemunhas, identificadas como “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (cf. Zc 4), e que têm relação direta com a mensagem do capítulo anterior, com respeito à necessidade de que o testemunho de Cristo seja dado às nações. Aqui, o fato de serem duas as testemunhas se refere à veracidade do testemunho que, segundo a lei, devia ser confirmado pela boca de dois homens (Jo 8.17, 18); e também porque todo aquele que dá testemunho de Cristo depende da assistência do Espírito de Deus, que também testifica de Cristo (Jo 15.26, 27; At 5.32). Assim, as duas testemunhas são a Igreja e o Espírito Santo (At 1.8; Ap 22.17). As testemunhas se apresentam em humilhação (“vestidas de saco”), pois não desfrutam dos prazeres e facilidades do mundo, antes sua missão é profetizar ao mundo. Não podem ser impedidas de cumprirem o seu ministério, pois têm autoridade e são protegidas por Deus contra os que se lhes opõem (“se alguém lhes quiser fazer mal...”) – a exemplo do próprio Senhor Jesus (Lc 13.33), ou do apóstolo Paulo (2 Tm 4.7). Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma “besta que sobe do abismo” – e sobre como isto se dará, teremos muito a dizer em lições posteriores. O fato é que, mesmo depois de mortas, elas tornarão a viver, e serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo onde foram martirizadas sofrerá o juízo de Deus (“no terremoto foram mortos sete mil homens”). Quanto às diversas referências de tempo em que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência entre 42 (quarenta e dois) meses, 1.260 (mil duzentos e sessenta) dias e três anos e meio (Ap 11.2, 3, 9), bem como em relação a um tempo, e tempos, e metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7), de modo que tudo ocorre durante o mesmo período – que é o período da dispensação da graça (cf. Lc 24.47, 49).
III – O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (11.15-19) De modo semelhante ao que ocorreu na abertura do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário para uma nova visão (“abriu-se no céu o templo de Deus”), ou melhor, para novas visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de Deus (Ap 15 e 16).
CONCLUSÃO Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras, inclusive através dos castigos e repreensões que inflige aos homens, mas estes não se arrependem. Contudo, permanece a ordem da parte de Deus para que testemunhemos de Cristo a todos, até o fim.
PARA USO DO PROFESSOR
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ESTUDOS BÍBLICOS NOS SEGUINTES HORÁRIOS DE SEGUNDA A SEGUNDA: 00h, 09h, 13h, 20h.
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