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LIÇÃO 8
O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (2ª PARTE):
AS DUAS BESTAS E OS REMIDOS
TEXTO ÁUREO: “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.” (Ap 14.1)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 13.1-8
INTRODUÇÃO Estamos ainda considerando a revelação de grandes sinais, inaugurada pelo toque da sétima trombeta, e que começa com a visão da mulher e do dragão, e das tentativas frustradas deste (Satanás) de destruir, ora o Filho da mulher (Cristo Jesus), ora a própria mulher (a Igreja), ora ainda os seus descendentes (“os que guardam os mandamentos de Deus...”). Na sequência, João vê o desdobramento deste conflito de Satanás contra os santos, onde, com grande ira, o adversário passa a atuar sobre a terra através da instrumentalidade de duas potestades representadas por bestas que sobem, uma, do mar, e outra, da terra.
I – A BESTA QUE SUBIU DO MAR (13.1-10) A primeira besta traz a semelhança do dragão (“sete cabeças, dez chifres”), mas, ao invés de proceder das regiões celestiais, sua origem é humana – o mar de onde ela emerge simbolizando, na linguagem profética, povos, nações, tribos e línguas (Ap 17.15). Trata-se esta besta da representação de um poder humano que, para compreendermos melhor, precisamos recorrer à visão que Daniel teve outrora de quatro animais que subiam do mar: um leão, um urso, um leopardo, e um quarto, terrível e espantoso, com dez chifres. Ora, esses animais representavam reis (Dn 7.17), ou reinos, que se sucederiam sobre a face da terra – respectivamente, o caldeu, o medo-persa, o grego e o romano. A besta, por sua vez, sendo formada por partes de todos esses animais (“semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão”), representa um sistema de governo, estruturado a partir de vestígios desses impérios passados, e que subsiste nos Estados-nações atuais, constituídos num governo global (os “dez chifres” simbolizam a multiplicidade de reinos que compõem esse governo, cf. Dn 7.24). A visão revela que Satanás entregou o seu domínio a esse sistema de governo (“o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”), de modo que uma verdadeira influência espiritual maligna é exercida pelos governos deste mundo sobre os habitantes da terra (“deu-selhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”). Em conseqüência disso, aqueles que não se submetem ao reino de Cristo inevitavelmente se voltam para a besta, para os seus líderes políticos e governos, neles pondo sua confiança. E, longe de se curvar ao verdadeiro Rei de toda a terra, a besta se opõe a Deus (“abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus...”), contrariando Suas leis e perseguindo os santos com violência e poder irrefreável (“foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los”, cf. Dn 7.21, 25). Contudo, o tempo de vida da besta é limitado (“deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses”), correspondendo ao período em que a mulher está abrigada no deserto, longe da vista do dragão (Ap 12.6, 14), ou ainda, ao tempo em que as duas testemunhas estão profetizando (Ap 11.3). Por isso, os santos são exortados a suportar com paciência a violência e ferocidade da besta, porque chegará o tempo em que ela será abatida (“se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto”, cf. Ap 13.10; Dn 7.26, 27).
II – A BESTA QUE SUBIU DA TERRA (13.11-18) A segunda besta, diferentemente da primeira, aparenta mansidão (“tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro”), mas também procede da terra e é movida pelo mesmo espírito que aquela (“falava como o dragão”). Ambas atuam em conjunto, a primeira apoiando a segunda com o seu poder, enquanto a segunda engana a humanidade para que se sujeite e adore a primeira besta, como se esta fosse Deus (“faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”), apresentando, inclusive, sinais de aparente aprovação divina (“faz grandes sinais... até fogo faz descer do céu”). Por isso, ela será chamada também de falso profeta (Ap 16.13; 19.20). Trata-se, claramente, de um sistema religioso dependente e concorde com o sistema político e a ordem pecaminosa deste mundo (v. 14), que sempre existiu nas civilizações e impérios passados, como ainda existe no mundo globalizado atual, onde é cada vez mais patente o esforço de se acomodar todas as religiões a um único sistema, não submisso, mas rebelde à verdade e à vontade de Deus. No seu esforço de promover a dependência dos homens à ordem de coisas deste mundo, o poder religioso inclusive tem assimilado a estrutura política e administrativa do Estado, apresentando em si mesmo uma imagem daquele (“dizendo ... que fizessem uma imagem à besta”, “foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta”), e impondo uma identidade comum a todos os que dele participam (“e faz que a todos ... lhes seja posto um sinal”) – que não é outra coisa senão um espírito submisso ao mundo e resistente ao Espírito de Deus (1 Jo 4.5-6). Atenção para o fato de que o número 666 tem origem e relaciona-se com a religiosidade apóstata, representada pelo falso profeta (Ap 13.1, 2, 16).
III – A VISÃO DOS REMIDOS COM O CORDEIRO (14.1-5) Se na terra o estado de coisas é tal que os santos são vistos em aflição e perseguição pelo dragão e as duas bestas, agora a atenção de João é voltada novamente para o céu, onde ele vê os santos vitoriosos, triunfantes, juntamente com o Cordeiro (cf. Ap 14.2-4). Estes são os mesmos servos de Deus que estão sendo marcados com o selo de Deus antes do fim do mundo (“cento e quarenta e quatro mil”); os mesmos que, vindo de grande tribulação, purificam suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 7), que os comprou para Deus e os fez reis e sacerdotes (Ap 5). A menção à virgindade desses 144.000 refere-se à sua pureza espiritual, pois, uma vez que lavaram suas vestes, não mais se contaminaram com a corrupção deste mundo (2 Co 11.2).
CONCLUSÃO Deus abomina todos os sistemas de governo e religião criados pelo homem, vendo-os como bestas, que pela sua rebeldia indomável em breve serão destruídas, juntamente com os que amam as coisas deste mundo. Mas os fiéis, ainda que oprimidos e abatidos nesta vida, aos olhos de Deus são vitoriosos e têm sua posição assegurada junta ao Cordeiro, que em breve virá para aniquilar toda oposição ao Seu reino e fazer justiça aos Seus santos.
PARA USO DO PROFESSOR
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