01 novembro 2024

005-O Ministério terreno de Cristo- Cristologia Lição 05[Pr Afonso Chaves]29out2024

 

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LIÇÃO 5 

O MINISTÉRIO TERRENO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” (Atos 10.38) 

LEITURA BÍBLICA: MATEUS 4.12-25 

INTRODUÇÃO Quando se fala no ministério terreno de Cristo, geralmente o que se tem em mente é aquilo que Jesus disse e operou publicamente, no período compreendido entre o Seu batismo e a Sua prisão. É verdade que esse período não inclui o Seu sacrifício em resgate de muitos – isto é, a consumação da obra que devia realizar na carne. Mas é na pregação, no ensino e nos milagres de Jesus que encontraremos o cumprimento de muitas profecias messiânicas e os sinais de que Ele havia sido ungido por Deus para salvar o Seu povo dos seus pecados. 

I – O BATISMO E O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE CRISTO Os primeiros sinais de que JESUS é o Cristo podem ser identificados já na Sua concepção miraculosa no ventre da virgem, que tanto foi anunciada pelo anjo a Maria, como depois revelada a José, Isabel e Zacarias. Em seguida, no Seu nascimento, proclamado pelos anjos aos pastores de Belém, sinalizado aos magos do Oriente, e revelado também a Simeão e Ana. Mesmo o perverso rei Herodes chegou ao conhecimento do fato e, pelo temor de perder o seu trono para o Rei dos judeus que havia nascido, ordenou a matança das crianças de Belém – o que levou à fuga do menino Jesus com Seus pais para o Egito, e somente com a morte do déspota pode Ele voltar à terra de Israel. Todos esses sinais, contudo, parecem não ter causado grande impacto sobre os judeus, de maneira que, voltando Jesus para Nazaré e ali vivendo até os dias da Sua manifestação pública a Israel, ninguém O conhecia por Sua relação com aqueles eventos. Sem dúvida, ficaram guardados no coração de Maria para depois serem transmitidos aos evangelistas, assim como qualquer outra indicação que Jesus havia dado, na Sua infância ou juventude, de que Ele era o Cristo (Mt 2.19-23; 13.54-58; cf. Lc 3.39-52). Na verdade, para que pudesse se manifestar a Israel, o Messias precisava ser precedido por um precursor – um arauto que reuniria o povo pela sua pregação, convertendo-o e preparando-o para que, quando Ele se manifestasse, pudesse apontá-lo para todos (Is 40.3-9; Ml 3.1; 4.5-6; Lc 1.16-17, 76-69). Por esta causa João batizava com água, como um sinal de arrependimento e, ao mesmo tempo, de esperança para aqueles que criam na sua mensagem, de que seriam batizados por Cristo com o Espírito Santo. Em outras palavras, muitos judeus foram preparados por João para crer, através dele, que Jesus é o Cristo. E, embora soubesse claramente que ele mesmo não era o Cristo, e não O conhecesse até que o próprio Deus o revelou no momento em que Jesus veio até ele para ser batizado; desde então o Batista foi inequívoco em seu testemunho, direcionando a multidão dos que criam para Cristo (Mt 3.1-3, 11- 12; Jo 1.6-8, 19-27, 29-34; 3.28-30). Ao ser batizado, Jesus demonstrou Sua submissão voluntária à vontade de Deus, pois, ao ser objetado por João – e com razão – de que era Ele quem deveria batizar, e não ser batizado, Cristo respondeu: “Deixa por agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. Com estas palavras, Jesus queria dizer que, de fato, não precisava ser batizado (pois não tinha pecados de que se arrepender); mas, ao mesmo tempo, Ele veio ao mundo para “aprender a obediência” – isto é, obedecer a Deus na carne, o que implicava em atender a tudo aquilo que a justiça divina demandava dos homens nascidos sob a Lei (Gl 4.4-5; cf. Lc 7.28-30). E, provando assim o Seu amor pela justiça de Deus na submissão ao batismo, Jesus recebe um testemunho público da parte do Pai, de que era aquele que havia sido ungido (o Cristo) com o Espírito de Deus, mais do que qualquer profeta, sacerdote ou rei do passado, para operar a salvação do Seu povo (Mt 3.13-17; Hb 1.9; Jo 3.31-34; cf. Lc 4.16-21; Is 42.1-4).

II – A PREGAÇÃO E O ENSINO DE CRISTO Como relata o texto da leitura bíblica, desde o início do Seu ministério, Jesus fazia uso constante da palavra para pregar: “Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus”. A mensagem era a mesma anunciada por João, inclusive acompanhada pelo batismo em águas daqueles que cressem; isto porque a boa nova a ser proclamada ao povo era uma só desde os dias do Batista: havia chegado a plenitude dos tempos, o tempo de entrar no reino de Deus, mas ficariam de fora aqueles que não renunciassem ao pecado, a si mesmos – em outras palavras, que não se esforçassem para se apropriar da salvação (Jo 3.22-24; Lc 16.16; 17.20-21, 33). A diferença em relação ao ministério de Cristo não está propriamente no conteúdo da mensagem pregada, mas sim no impacto muito maior que causou nos ouvintes, pois, enquanto João fora apenas uma testemunha do reino dos céus, Cristo era aqu’Ele em quem o reino se fazia presente, graças aos sinais que operava (Jo 5.33-36; 10.41-42). Seja nas sinagogas, nas casas ou ao ar livre, a pequenos e a grandes grupos, à multidão que O acompanhava ou aos que se faziam propriamente Seus discípulos, Cristo também ensinava. A mensagem concisa e objetiva da pregação comportava realidades espirituais profundas que Jesus se comprazia em desvendar àqueles que ouvissem de bom grado, especialmente aos Seus discípulos, aos quais também revelava como tudo aquilo que fazia e dizia era cumprimento das Escrituras (Mt 5.17; 16.21; Lc 24.26- 27). Aos que se mostravam incrédulos também ensinava, mas ocultando-lhes o verdadeiro significado da doutrina através de parábolas (Mt 13.10-16; Jo 8.43). Assim, não apenas por conhecer as sagradas letras e seu significado sem tê-las aprendido formalmente, mas através da autoridade incomparável e da verdade inquestionável da Sua doutrina, em perfeita harmonia com a Lei e os Profetas, Jesus demonstrou ter sido enviado pelo Pai, e causou tanto surpresa e admiração como silenciosa indignação daqueles que eram incapazes de contradizê-l’O (Mt 7.28-29; 22.46; Jo 7.15-17). 

III – OS MILAGRES DE CRISTO Cristo realizou durante o Seu ministério inúmeras obras extraordinárias, sobrenaturais – milagres que somente Deus poderia operar e que testificavam, portanto, que o reino dos céus havia chegado. Destas obras resultavam benefícios tão maravilhosos e de outro modo inalcançáveis por aqueles que eram agraciados que, de fato, através dos milagres, Cristo salvou a muitos. Seja curando os enfermos, libertando os oprimidos do diabo, ressuscitando os mortos, provendo necessidades materiais, livrando de perigos, Jesus provou ser o Cristo, pois aquele que pode salvar o homem do pecado e da morte eterna também se interessa e pode prover o seu bem estar físico ou material (Mt 8.16-17; 9.1-8; Jo 20.30-31; 21.25). Através dos milagres, muitos passaram a crer n’Ele, enquanto outros, mesmo crendo sem terem visto milagres, foram corroborados na fé ao testemunharem o poder de Deus (Mt 8.5-13; 15.21-28). Por outro lado, aqueles que se mantiveram incrédulos mesmo vendo os sinais que Cristo fazia, ou se entregaram a criticar ou injuriar Seus milagres, fizeram-se pecadores irremediáveis, que não escaparão à condenação eterna (Mt 11.20-24; 12.22-32; Jo 15.22-25). 

CONCLUSÃO O ministério de Cristo consistia em pregação, ensino e milagres porque esses três aspectos se complementam perfeitamente, formando um testemunho claro, consistente e poderoso de que Deus verdadeiramente veio até nós para nos salvar. E cabe à igreja continuar o ministério de Cristo nesses aspectos, pois, tendo consumado a obra que o Pai lhe confiara, o Senhor Jesus nos deixou a missão de pregar, ensinar, fazer discípulos e esperar que os sinais sigam àqueles que crerem. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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