27 fevereiro 2024

009-O fim dos rebeldes de Judá - Jeremias Lição 09[Pr Afonso Chaves]27fev2024

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LIÇÃO 9 

O FIM DOS REBELDES DE JUDÁ 

TEXTO ÁUREO: “Eis que juro pelo meu grande nome, diz o Senhor, que nunca mais será pronunciado o meu nome pela boca de homem de Judá em toda a terra do Egito, dizendo: Vive o Senhor Jeová!” (JEREMIAS 44.26)

LEITURA BÍBLICA: JEREMIAS 42.7-22 

INTRODUÇÃO Jerusalém está destruída, a terra está assolada e o povo completamente abatido, uma grande parte tendo sido levada para Babilônia, e a outra, formada pelos mais pobres da terra, deixados para lavrar e habitar a região que, de outro modo, se tornaria um deserto. E, embora o propósito de Deus fosse o de restabelecer o Seu povo a partir de um restante que voltaria de Babilônia, veremos que as portas da misericórdia divina não estavam de todo fechadas para aqueles que ficaram em Judá. Contudo, ao se mostrarem incuráveis na sua rebelião contra Deus, mesmo depois de tudo o que já haviam passado, essa parcela do povo que havia ficado em Judá apenas confirmava sua verdadeira natureza, e selava o triste e terrível destino que lhes estava reservado, de nunca mais serem chamados povo de Deus. 

I – O ASSASSINATO DE GEDALIAS (CAPÍTULO 41) Na lição passada, explicamos que Jeremias abre um parêntese histórico que se estende do capítulo 40 ao 42, onde nos conta os acontecimentos que se deram após sua chegada a Mizpá e a palavra que o Senhor lhe revelou com respeito a todas essas coisas. Naquela cidade se achava Gedalias, que havia sido constituído pelo rei de Babilônia como administrador da terra após a queda do reino, e que era assistido por uma corte de judeus e um destacamento do exército babilônico. Sem dúvida, essa honra refletia o socorro prestado por seu pai, Aicão, filho de Safã, a Jeremias, quando não permitiu que o profeta fosse entregue nas mãos do povo que pretendia lhe fazer mal; bem como a disposição do próprio Gedalias em se submeter ao domínio babilônico, na esperança de que assim haveria paz para o seu povo (Jr 26.24; 40.9). Mas, apesar da sua sinceridade e boa vontade, Gedalias era visado para mal por alguns daqueles que, rebeldes à voz de Deus, haviam se refugiado nas nações vizinhas quando da queda de Jerusalém, e que agora voltavam para espiar a paz do povo que havia ficado na terra e retomar sua fútil e ímpia resistência contra o domínio babilônico (Jr 40.11-14). Ao passo que outros dos maiorais desses judeus dispersos tivessem dado ouvidos a Gedalias e se unido à sua corte; um deles, Ismael, que era da linhagem real, estava ali incumbido pelo rei dos amonitas de assassinar o administrador submisso a Nabucodonosor (Jr 40.15). Não dando crédito aos alertas de Joanã, um dos maiorais que ficou ao seu lado, Gedalias é morto à traição, seguindo-se um grande morticínio, não apenas dos judeus que o assistiam, como dos caldeus que guarneciam a cidade, e mesmo de alguns dos restantes das dez tribos que se dirigiam a Jerusalém com o propósito de lamentar suas assolações, e que desafortunadamente passavam por Mizpá (Jr 41.1-7). Não fosse a intervenção de Joanã e os maiorais que o acompanhavam, que se encontravam ausentes no momento do morticínio, mas se puseram no encalço do traidor, Ismael teria levado o povo cativo para habitar entre os filhos de Amom, onde não podemos imaginar que fim lhes teria sobrevindo (Jr 41.10-15). Contudo, considerando que o mal já havia sido feito, e temendo que o rei de Babilônia retribuísse a traição com furor indiscriminado contra o restante dos maiorais e do povo de Judá, aqueles judeus, tomados de grande confusão, não viram outra saída senão se dirigirem ao Egito, onde porventura estariam fora do alcance dos caldeus (Jr 41.16-18). Tal decisão não apenas significava tomar um caminho contra o qual Deus já havia alertado diversas vezes; mas se mostraria a pior escolha que eles poderiam tomar em toda a sua longa história de rebelião, com consequências ainda piores do que qualquer punição que o rei de Babilônia pudesse lhes infligir pelo assassinato de Gedalias. 

II – O POVO DESOBEDECE À PROIBIÇÃO DE DESCER AO EGITO (CC. 42 E 43) Chegamos à palavra do Senhor que veio a Jeremias dentro do contexto já definido, para que o povo de Judá, depois de todos os pecados que haviam cometido, não incorresse naquele que selaria, de uma vez por todas, a sua rejeição de diante da face do Senhor. Notemos que, com efeito, tanto os príncipes como o povo, antes de tomarem a decisão fatídica, se voltam para o profeta Jeremias aparentemente ansiosos por saber a vontade de Deus, propondo-se a fazer aquilo que lhes fosse determinado, quer a palavra de Deus fosse boa ou “má” – isto é, uma determinação difícil ou contrária ao desejo dos seus corações (Jr 42.1-6). Mas este é mais um dos muitos episódios de dissimulação do povo para com Deus, e o profeta, embora ciente da indisposição arraigada em seus corações para obedecer à palavra do Senhor, entrega a resposta divina que, mesmo assim, ainda dá sinais da boa vontade de Deus, a ponto de se compadecer dos pecados e misérias de Judá mesmo tendo-a castigado com justiça (e Deus sempre castiga com justiça): “Se de boa mente ficardes nesta terra, então, vos edificarei e não vos derribarei; e vos plantarei e não vos arrancarei, porque estou arrependido do mal que vos tenho feito” (Jr 42.10). Se, porém, fizessem aquilo que realmente desejavam fazer – descer ao Egito – a espada de Nabucodonosor, de que fugiam, os alcançaria certamente (Jr 42.13-16, 19-22). Como o Senhor havia testificado contra eles, assim sucedeu, e o povo, sob o comando de Joanã e os demais príncipes que haviam restado, decidiram descer ao Egito – mesmo que para isto fosse necessário desacreditar a palavra de Deus anunciada por Jeremias, como se ele tivesse falado por incitação de Baruque, que acusavam de colaborador dos caldeus e de desejar ver o mal dos seus conterrâneos. (Jr 43.1-7). Jeremias é forçado a acompanhar a multidão rebelde, mas não sem um propósito de Deus; porque ali ele anuncia, para inquietação dos seus conterrâneos rebeldes, como Nabucodonosor em breve assentaria o seu trono na terra dos faraós, para executar juízos contra os egípcios e os seus deuses (Jr 43.8-13). 

III – O JUÍZO DE DEUS CONTRA OS QUE DESCERAM AO EGITO (CC. 44 A 45) Aos que haviam descido ao Egito e se estabelecido nas suas cidades, o Senhor proclama, neste capítulo, uma terrível palavra de juízo, primeiramente apontando todos os seus pecados, que não apenas eram os pecados de seus pais, mas a estes se acrescentava o grande mal de terem abandonado a terra que o Senhor lhes havia dado sob juramento, assim desarraigando-se a si mesmos de lá, bem como aos seus próprios filhos e descendentes, e tornando-se abomináveis através da idolatria, especialmente pelo culto à rainha dos céus – alguma divindade feminina à qual já prestavam culto em Judá e para a qual se voltavam novamente, não percebendo que todas as desgraças que haviam se abatido sobre eles resultavam dessa afronta ao Senhor Deus (Jr 44.7-8, 15-19). É determinada então a sentença divina contra os rebeldes que desceram ao Egito: seriam consumidos naquela terra, de tal modo que nunca mais haveria no Egito algum judeu que invocasse o nome do Senhor; e os poucos que escapassem da espada ali seriam trazidos novamente de volta à terra de Judá – e, neste caso, não como parte de uma restauração futura, mas enquanto cativos, trazidos de volta por Nabucodonosor, até a terra de onde não deviam ter partido (Jr 44.26-29). Esta seção do livro de Jeremias se encerra então com uma palavra da parte de Deus entregue a Baruque, ainda nos dias do rei Jeoaquim, no sentido de que, embora ele desejasse grandezas – e a descida forçada ao Egito talvez representasse para Baruque motivo de grande aflição – deveria se contentar com a dispensação de Deus, segundo a qual sua alma lhe seria dada por despojo onde quer que ele estivesse (Jr 45). 

CONCLUSÃO Vimos nesta lição que aqueles que Deus já havia designado como “figos maus” se mostraram de todas as formas possíveis merecedores desta designação, rejeitando todos os apelos e oportunidades de arrependimento e perdão e, eventualmente, sofrendo as consequências finais dos seus pecados. 

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO 
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira


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