12 abril 2022

003-O tempo de Deus para todas as coisas -Eclesiastes Lição 03[Pr Nilson Vital]12abr2022

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 LIÇÃO 3 

O TEMPO DE DEUS PARA TODAS AS COISAS 

TEXTO ÁUREO: “Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; porque quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” (Ec 3.22) 

LEITURA BÍBLICA: ECLESIASTES 3.1-10 

INTRODUÇÃO Nos primeiros capítulos de Eclesiastes, o pregador demonstra a vaidade ou futilidade de todas as coisas que se fazem debaixo do sol, tendo em vista que, mesmo explorando todas as formas de atividades, e conhecimentos, e prazeres oferecidos por esta vida, eventualmente chegaremos à mesma conclusão do sábio, de que em todas há um elemento de frustração, que nos impede de obtermos nelas verdadeira e duradoura felicidade. E, tendo iniciado uma reflexão sobre a necessidade de considerarmos tais coisas como dons da bondade de Deus, neste capítulo o escritor sagrado desenvolverá este assunto, ensinando-nos a “arte” de nos contentarmos com a porção que nos é dada a seu tempo, segundo a soberana vontade de Deus, e com a consciência de que Ele trará tudo a juízo. 

I – A APARENTE FATALIDADE DO QUE SUCEDE DEBAIXO DO SOL (VV. 1-9) Se até agora Salomão havia considerado todas as coisas, ou “todo propósito” debaixo do sol, sob o aspecto de uma repetição, ou de uma continuidade que parece não levar a uma finalidade; a partir deste ponto ele destaca o fato de que para cada coisa existe um tempo determinado. Por esta palavra, o sábio não quer dizer apenas que os eventos ou condições desta vida, ou os resultados da ação humana, são todos eles mutáveis e passageiros, quer durem muito ou pouco tempo, quer sejam bons ou ruins; mas que tudo está sujeito a uma mudança inevitável e, portanto, independente do que o homem faça para causá-los ou impedi-los. Desde os eventos mais naturais com que contamos ou tentamos prever até as ações que envolvem nosso planejamento e decisão mais estudada, para cada uma existe o seu contrário, e todas se sucedem de forma que nem sempre é possível estabelecer uma relação de causa e efeito, ou afirmar que uma é consequente da outra. E muitas vezes a mudança ocorre de tal forma que, de um ponto de vista humano, não resta outra coisa senão atribui-la a uma “fatalidade”, isto é, a um “tempo determinado” para que tivesse acontecido. Mas, na verdade, não existe fatalidade. O “tempo determinado” a que Salomão se refere não é nada menos que a vontade superior e soberana de Deus. Algumas das mudanças citadas como exemplo dependem inteiramente da ação divina, enquanto outras são mais facilmente relacionadas à vontade humana, mas, em última análise, todas já estão determinadas e devem acontecer no seu tempo (cf. Pv 19.21). Sua ocorrência pode frustrar os planos humanos, pois são inescrutáveis e imprevisíveis, mas todas se sucedem de acordo com um sábio e perfeito conselho. Constatando que as coisas são assim, o homem natural pode ser levado a se expressar, perplexo ante a vaidade dos seus esforços e planejamentos: “Que vantagem tem o trabalhador naquilo em que trabalha?” (v. 9). O escritor não está aqui rejeitando a ação humana, como se fosse inútil agir em qualquer sentido, pelo medo de ser frustrado por algum infortúnio – pelo contrário, as Escrituras incentivam o planejamento e a ação como meios naturais de o homem alcançar os seus objetivos (cf. Pv 6.6-11). O argumento aqui é o mesmo de todo o livro, de que não há felicidade duradoura naquilo que se faz debaixo do sol, pois o que quer que consigamos obter como fruto do nosso trabalho ainda não é suficiente para nos proteger ou impedir alguma eventual e imprevisível adversidade. 

II – A IMUTABILIDADE DA VONTADE DE DEUS (VV. 10-15) Embora sejam dons de Deus – como Salomão já havia dito no capítulo anterior – as coisas de que o homem desfruta debaixo do sol foram dadas para “afligi-lo”, isto é, para prova-lo; para que, assim como o próprio rei de Israel que experimentou todas elas e descobriu que são vãs, nós também possamos ser sábios e não por nelas a nossa felicidade e esperança, nem presumir qualquer coisa sobre elas para o dia de amanhã (cf. Tg 4.13-15; Ec 7.14). Por outro lado, sejam as adversidades, sejam os eventos prósperos e que nos trazem alegria, tudo isto Deus fez formoso em seu tempo, porque tudo acontece no tempo certo e apropriado, uma vez que foi Deus, sábio, justo e bondoso, quem determinou (Dt 32.4). Notemos que, faltando-lhe o senso da bondade divina sempre presente nas circunstâncias que lhe sobrevêm, o homem natural fica perplexo e frustrado ante as adversidades, procurando compreende-las a fim de se sentir mais seguro; quando, na verdade, tudo o que encontra é ainda mais frustração, pois a ele não é dado compreender o começo e o fim da obra de Deus. Assim que resta ao homem se satisfazer com tudo aquilo que a providência divina lhe dispõe a seu tempo, alegrando-se, ou seja, contentando-se e fazendo bom proveito da sua porção, sendo isto o melhor que podem fazer destas coisas, pois é para este fim que Deus lhes dá o fruto do seu trabalho (cf. Fp 4.12). Consideremos também que por fazer bem podemos entender fazer bem a outros, pois não nos dá o Senhor benefícios apenas para usarmos em nosso próprio proveito, mas também para socorrer aqueles que a seu tempo estão sob uma sorte adversa (cf. At 4.35; Ef 4.28). O sábio pregador expressa neste ponto que, sejam quais forem, as circunstâncias que sobrevêm a cada um são inescapáveis e imutáveis, porquanto são obra de Deus, e nada deveríamos investigar sobre a justiça de cada evento (“nada acrescentar nem tirar”), mas antes temer o Único que pode dispor do nosso amanhã, e diante de Quem haveremos de responder por todas as circunstâncias e sobre como lidamos em cada uma delas. 

III – A VAIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA (VV. 16-22) A propósito de considerar a justiça dos eventos na vida humana, o pregador explica que somente Deus é justo e somente Ele julgará o justo e o ímpio, pois aqueles que dentre os homens se denominam juízes ou governantes muitas vezes são prejudicados pela vaidade da condição humana, permitindo que a injustiça prevaleça sobre a justiça. Com Deus não há aceitação de pessoas, e Ele não julga como o homem (cf. Rm 2.11; Sl 50.21). Mais uma vez, o propósito disto é afligir o homem para que este não ponha sua confiança naquilo que se faz debaixo do sol, inclusive na justiça dos homens. Todo senso de justiça e presunção de poder reivindicar qualquer coisa quanto ao dia de amanhã cai por terra perante esta constatação, e ao homem resta perceber que, sem um senso da transcendência de Deus, ele não é diferente dos animais que perecem: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede” (cf. Sl 49.20). A forma como o sábio descreve a morte do homem e a dos animais visa enfatizar que não há nenhuma diferença, pois ambos são feitos da mesma matéria – pó, e ambos são animados por um mesmo fôlego ou princípio vital. Assim, fazer o melhor uso do que a providência divina lhe reparte no presente é o que lhe resta, pois, passada a oportunidade de fazê-lo, ninguém poderá devolvê-la nem ele recuperá-la. 

CONCLUSÃO Assim como o sábio, que possamos aprender a receber com alegria e gratidão tudo o que Deus, na Sua bondade e misericórdia, nos reparte a cada dia, para que, vindo o tempo determinado da adversidade, possamos ser pacientes e resignados, certos de que tais coisas também fazem parte do Seu bom propósito para conosco e que, a seu tempo, também passarão.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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Rádio Net Grata Nova
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