25 janeiro 2022

005-A Genealogia dos Filhos de Deus - Gênesis Lição 05[Pr Afonso Chaves]25jan2022


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 LIÇÃO 5 

A GENEALOGIA DOS FILHOS DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do Senhor.” (Gn 4.26) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 5.1-24 

INTRODUÇÃO Como ressaltamos na lição anterior, tendo nascido como uma compensação a Abel, morto por Caim, Sete encabeçou uma segunda linhagem de filhos de Adão que, muito diferente da prole de Caim, se destacaria pelo senso de finitude desta existência, prejudicada pela Queda, e pelo desejo de se voltar para Deus e andar com Ele. A genealogia que se nos apresenta no capítulo 5 de Gênesis esconde, por trás de sua fórmula “repetitiva” de expressar a passagem de uma geração para outra, e dos breves trechos que oferecem alguma informação adicional, o testemunho de muitas gerações que agradaram tanto a Deus que foram consideradas dignas de alcançarem grandes livramentos. 

I – O PROPÓSITO DA GENEALOGIA DE SETE (5.1-20) No contexto mais amplo das Escrituras Sagradas, podemos dizer que a genealogia dos filhos de Sete, juntamente com a dos filhos de Noé, têm o propósito de indicar como Deus, tendo feito a promessa acerca da semente da mulher, providenciou para que a inimizade entre os filhos desta e os da serpente permanecesse viva, se não entre todos os filhos dos homens – como ocorreu no caso de Caim – ao menos numa parcela menor desses, parcela esta que se reduziria ainda mais após o dilúvio, e depois na seleção de Abraão, e de Isaque, e de Israel, os quais conservaram a promessa até que ela finalmente se cumpriu na manifestação do Salvador, Cristo Jesus. Em outras palavras, a genealogia mostra a eleição divina em ação, Deus manifestando Sua graça de modo abundante e ao mesmo tempo sabiamente planejada, tratando primeiro com poucos para que, eventualmente, muitos outros pudessem receber o testemunho da verdade e serem salvos (Rm 9.22-23; At 14.15-17; Gl 3.8). Embora o costume nos tempos bíblicos sempre tenha sido o de considerar apenas os antepassados homens de uma linhagem, no presente caso devemos fazer a ressalva de que nem mesmo todos os homens nascidos nas gerações de Sete são expressamente citados nesta genealogia. De Adão a Noé, são citados dez nomes apenas, os quais, de fato, viveram num período de tempo que inclui toda a chamada “era antediluviana”. Mas diz o texto sagrado que cada um destes homens teve filhos e filhas, cujos nomes não são citados, nem o tempo em que nasceram, ou quantos anos viveram. Concluímos, então, que os nomes que se nos apresentam de primogênitos segundo a eleição divina, alguns dos quais tendo se destacado, como Enoque e Noé, pelo seu testemunho de devoção ao Senhor, e cada um deles formando como que um “elo” da corrente de piedade e esperança na promessa redentora. Isto quer dizer que nem mesmo entre os descendentes de Sete todos andavam com Deus, mas muito pelo contrário, conforme veremos nos dias de Noé. A citação do tempo em que cada um desses dez patriarcas nasceu, e gerou seu “herdeiro” espiritual, por assim dizer, e morreu, se tomada no seu valor literal (como de fato deve ser), faz muito sentido, não apenas por definir o período cronológico abrangido pela era antediluviana, mas também por nos dar um vislumbre da longevidade de que aqueles primeiros homens desfrutavam – certamente um sinal da benevolência divina para com os fiéis e piedosos daquelas gerações. A única exceção é Enoque, cujo caso estudaremos a seguir. Contudo, depois destes, as gerações pós-diluvianas vão sofrer uma redução cada vez maior de seus anos sobre a terra, mas entre o povo de Deus por muito tempo ainda se encontrarão homens de idade muito avançada (Gn 47.8-9; Sl 90.10). Consideremos também que todos esses patriarcas foram contemporâneos uns dos outros, com exceção de Noé, que nasceu depois da morte de Adão e de Sete, mas que poderia muito bem ter ouvido as palavras destes homens por boca de seu pai Lameque. Isto estabelece uma transmissão quase direta do conhecimento de Deus revelado no princípio e das experiências dos primeiros homens de Deus que mais tarde seriam eternizadas nas Escrituras. 

II – ENOQUE E O SEU TESTEMUNHO (5.21-24) Embora a morte já fosse uma realidade confirmada não apenas pelos homicídios perpetrados por Caim e seus descendentes, a Escritura afirma também a ocorrência da morte “natural”, pela qual os homens puderam ver cumpridas as palavras: “até que te tornes à terra”. Seja como for, as primeiras referências à morte natural ocorrem neste capítulo, e são justamente as desses patriarcas que estamos estudando. Neste sentido, Adão foi o primeiro a ver a morte, e a experiência de testemunhar o término da existência do primeiro homem poderia ter deixado todos os demais em choque, diante da realidade que esperava a todos – inevitavelmente, um a um, na sua ordem, seriam recolhidos, por mais extensos que fossem seus anos sobre a terra (Ec 8.8; 9.4-5). Contudo, Deus queria ensinar uma preciosa lição aos Seus, aqueles que invocavam o Seu nome. E assim, para que a esperança dos fiéis não perecesse ante a realidade da morte tanto do ímpio como do justo, sobrevém a experiência de Enoque, tomado por Deus e salvo para não ver a morte, poucas décadas depois da morte de Adão. A linguagem da Escritura, embora simples, é clara em indicar que o “arrebatamento”, ou “translado” de Enoque se deu como um sinal de aprovação de Deus, como um coroamento da piedade deste homem que “andou com Deus” (cf. Hb 11.5). Evidência da profunda comunhão de Enoque com Deus temos no fato de que em seus dias ele profetizou duramente contra a impiedade, que já grassava a terra (Jd 14-15). É verdade que nenhum outro depois dele – com exceção de Elias – foi do mesmo modo arrebatado para não ver a morte; mas fica a lição de que o Senhor Deus pode salvar o homem dela, e o fará para aqueles que n’Ele esperam (1 Co 15.51-54). 

III – NOÉ E A ESPERANÇA DE UM DESCANSO (5.25-32) O restante do capítulo enumera as gerações que sucederam a Enoque até chegar em Noé, e sobre ele a Escritura destaca a menção profética que lhe valeu o nome: “Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou”. A vida numa terra amaldiçoada era dura e difícil, mas Lameque tinha esperança de que, através daquele seu filho, Deus faria cessar a labuta humana, que já se estendia há gerações, e que se agravava ainda mais com a multiplicação da impiedade. Nas próximas lições veremos como isto se cumpriu, pois em Noé a raça humana e toda a criação foram salvas de um mundo condenado pelo pecado para repovoarem um “novo mundo”, por assim dizer, uma terra que Deus já não mais amaldiçoaria por causa do homem (cf. Gn 8.20-21). Consideremos, finalmente, que, ao contrário do estilo de toda a genealogia, o capítulo se encerra citando três filhos de Noé, e não apenas aquele que seria o seu “sucessor” na linhagem dos fiéis. O momento oportuno para revelar a eleição de Sem ainda chegaria, mas depois que seu pai cumprisse o seu próprio testemunho entre os homens. 

CONCLUSÃO A linhagem dos filhos de Deus vai se definindo através das experiências espirituais que começaram com o invocar do nome do Senhor e que foram coroadas com o translado de Enoque. Vendo neste sinal a misericórdia e boa vontade de Deus para com os fiéis, essa linhagem preservou a esperança de uma redenção, que em breve viria na figura de um recomeço, tendo à sua frente o último descendente da linhagem, Noé.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
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