04 janeiro 2022

002- Deus estabelece o Homem no Éden - Gênesis Lição 02[Pr Afonso Chaves]04jan2022


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 LIÇÃO 2 

DEUS ESTABELECE O HOMEM NO ÉDEN 

TEXTO ÁUREO: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.” (Gn 2.15) 

LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 2.1-17 

INTRODUÇÃO Após concluir a narrativa da criação com as palavras: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados”, o escritor inspirado é levado pelo espírito de revelação a descrever em maiores detalhes as condições do mundo recém criado, e como Deus apresentou esse mundo, ainda incontaminado e bom aos Seus olhos, ao homem que criara. Veremos como o Criador demonstrou grande generosidade para com os nossos primeiros pais, pondo ao seu alcance as riquezas e belezas da criação, ao mesmo tempo em que demandou deles sincera obediência, demonstrada na guarda de um único mandamento. 

I – A OBRA DA CRIAÇÃO DÁ LUGAR AO DESCANSO DE DEUS (2.1-3) Apesar da divisão do texto em capítulos, consideremos que os versos que agora estudamos ainda fazem parte da narrativa da criação. Após ordenar os atos criativos de Deus numa sequência de tardes e manhãs, a Escritura afirma que, tendo concluído Sua obra em seis dias, no sétimo Ele “descansou de toda a sua obra, que tinha feito”. A menção a esse “descanso” é muito significativa, não porque o Criador necessitasse de restauração física – Deus é Espírito, e não há momento em que Ele não esteja sustentando a criação e mantendo-a viva e dinâmica (Is 40.28; Jo 5.17). A palavra descansar aqui significa que o Criador, tendo finalizado a Sua obra, se alegrou com tudo o que tinha feito, pois era “muito bom” (Gn 1.31). Deus estava satisfeito com a criação, porque Ele faz tudo perfeito e conforme agrada aos Seus olhos. Contudo, há outra implicação nesta menção ao descanso de Deus. Fica bastante evidente que o homem, tendo sido criado no sexto, não apenas presenciou a chegada do sétimo dia no seu aspecto literal, mas se tornou consciente do seu caráter como o dia do descanso, pois é dito que Deus abençoou e santificou o sétimo dia. E, ao longo das Escrituras, encontramos que o sábado, isto é, o sétimo dia, foi abençoado e santificado para o homem – é o homem que é lembrado constantemente desse dia, para guardálo e santificá-lo; bem como é ele que se torna alvo das bênçãos divinas quando cumpre zelosamente essa guarda (Ex 20.8-11; Is 58.13-14; Mc 2.27). O objetivo do sábado não é apenas para o descanso físico do corpo e um cessar necessário da labuta cotidiana a fim de que possamos nos voltar para o Criador; mas também para nos lembrar de que, assim como Deus descansou da Sua obra, porquanto a completou com perfeição; do mesmo modo aqueles que n’Ele esperam hão de encontrar descanso de suas próprias obras, com contentamento eterno. De fato, o descanso de Deus nada mais é que a promessa de uma eterna felicidade e paz reservada para o Seu povo – aqueles que, eventualmente, entrarão no Seu descanso pela perseverança e obediência (Hb 4.1-11). 

II – O HOMEM É FORMADO E POSTO NO JARDIM (2.4-15) A partir deste verso, a narrativa retrocede para oferecer maiores detalhes sobre a criação do homem e como Deus o estabeleceu no mundo. Assim, o texto volta a descrever a criação do homem, mas desta vez destacando aspectos diferentes da sua natureza: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” – a mesma terra que haveria de lavrar para fazer a planta e a erva do campo brotarem; “e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” – do mesmo modo que os demais seres foram criados como almas viventes cujo fôlego da vida estava em seus narizes (Gn 1.21, 25; cf. 7.15, 22). Em outras palavras, enquanto a narrativa do capítulo 1 exalta o aspecto diferencial do homem em relação aos animais, porquanto foi criado à imagem e semelhança de Deus; o propósito aqui é apontar algo da sua fragilidade e limitação, as quais serão ainda mais evidenciadas até o final do capítulo e especialmente no capítulo 3. Notemos que, a fim de propiciar ao homem o melhor da criação logo no seu primeiro momento de existência, “o Senhor plantou um jardim no Éden, da banda do oriente”, e ali “fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (vv. 8-9). À luz da geografia moderna, é impossível determinar onde ficava a região aqui chamada de Éden, muito menos o jardim que Deus plantou nessa região. Mas este foi o lugar da primeira habitação do homem, onde ele desfrutaria dos prazeres oferecidos pela criação ao mesmo tempo em que cumpriria o seu propósito de administrar e zelar pela criação, tal como um mordomo (cf. Sl 8.5-8). 

III – ASPECTOS DA MORDOMIA DIVINA (2.16-25) O homem foi estabelecido no jardim não apenas para desfrutar das suas belezas e abundância, mas também para lavrar e guardar aquela sua primeira habitação, exercendo assim a sua mordomia sobre a terra – isto é, administrar e usufruir da criação, tendo o Criador como o único a quem deveria responder por seus atos. Na verdade, o primeiro homem desfrutava de grande liberdade: “De toda árvore do jardim comerás livremente”, e devia atentar apenas para um mandamento: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás”. Não importa aqui qual era a verdadeira natureza dessa árvore; Deus não explica o motivo da proibição. Tudo o que o homem devia era acatar a palavra do seu Criador, sem questionamentos e dúvidas, assim reconhecendo a verdade, justiça e soberania de Deus. Em seguida, a Escritura evidencia a necessidade de uma companhia para o homem, que pudesse auxiliá-lo no exercício da sua mordomia. Deus então traz os animais até Adão para que este possa nomeá-los e assim identificar a natureza de cada criatura (lembrando que estes nomes não são apenas rótulos sem significado, mas expressam o modo de ser de cada animal). Sabiamente, o homem não reconhece em nenhum deles algum semelhante a si mesmo. Somente depois que o Senhor Deus forma a mulher e a traz até Adão, é que este prontamente a reconhece como uma da mesma espécie: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (v. 23). Não somente isto, mas o primeiro homem discerne também, a partir do próprio modo como sua companheira foi formada, o propósito e o mistério divino da união conjugal (Mt 19.4-6; 1 Co 11.8-9; Ef 5.28-32). Este capítulo termina descrevendo Adão e sua mulher como estando nus e não se envergonhando disto. A razão de não se envergonharem é que não tinham malícia, nem qualquer senso de culpa ou falta moral. E, de fato, enquanto se mantivessem na obediência ao único mandamento que haviam recebido de Deus, não haveria razão para se envergonharem. Por outro lado, a indicação da nudez de ambos sugere, à luz do contexto mais amplo da provisão divina para redimir o homem do pecado, que eles não foram criados para permanecer assim, mas para serem cobertos. É como se ainda precisassem de algo que somente por ocasião da Queda haveria de ser revelado. 

CONCLUSÃO Este capítulo revela que o homem foi criado e estabelecido em condições paradisíacas como um sinal claro da boa vontade de Deus para com ele, mas este não haveria de ser – nem poderia ser – o seu estado final; ao menos não antes de compreender e reconhecer a bondade do seu Criador.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO 
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