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LIÇÃO 4
O MISTÉRIO DO EVANGELHO
O MISTÉRIO DO EVANGELHO
TEXTO ÁUREO: “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério
entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl 1.27).
LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 1.24-2.3
INTRODUÇÃO
Na seção proposta para o estudo desta lição, consideraremos o que Paulo nos diz sobre o seu
compromisso sincero com os cristãos colossenses, em razão de pertencerem ao corpo de Cristo. Aqui ele
expressa a sua disposição de sofrer e lutar de todas as formas para que eles permanecessem firmes no seu
chamado e conservassem as riquezas espirituais que haviam recebido de Deus. Veremos também o que
ele nos diz sobre a natureza do evangelho e a grandeza incomparável de Cristo Jesus.
I – A GLÓRIA DE SOFRER PELO EVANGELHO (1.24-25)
As considerações do apóstolo nestes versículos revelam algo do seu chamado particular, e são
ocasionadas pela menção de que os colossenses haviam sido feitos participantes da mesma fé e
esperança cristãs, graças à pregação do evangelho, do qual Paulo havia sido constituído ministro para com
todas as criaturas debaixo do céu, inclusive eles. Esta é a primeira vez em que o apóstolo se refere a si
mesmo usando este termo, porque, em primeiro lugar, eles deviam ter a certeza de que Epafras, aquele
de quem haviam ouvido o evangelho, era um fiel ministro (1.7); agora, precisavam saber que esse
evangelho era uma mensagem para o mundo inteiro e que havia sido confiada a Paulo, particularmente
no que diz respeito aos gentios, entre os quais se encontravam os próprios colossenses (cf. Gl 2.7).
Lembremos que o apóstolo se encontrava na prisão enquanto escrevia esta epístola, e bem
sabemos que tal circunstância representava grande aflição e tristeza para os fiéis, e oportunidade de
calúnias e imposturas por parte dos falsos obreiros. Mas, vendo as coisas à luz da sabedoria de Deus, ele
apresenta essa situação como um argumento não somente para incitar os cristãos colossenses a
permanecerem firmes na palavra anunciada por ele (ou por seus enviados), a fim de que seu sofrimento
pelo evangelho, ou por eles mesmos, não fosse em vão; mas também para provar que ele era um
verdadeiro ministro do evangelho, pois que havia sido escolhido para padecer “o resto das aflições de
Cristo”. Ou seja, como o próprio Senhor Jesus padeceu pela igreja e para fazer a vontade de Deus, assim
o apóstolo estava padecendo pelo nome e pela causa de Cristo (cf. At 9.16).
Aqui chamamos a atenção para o fato de que ele começa falando sobre o seu ministério de
sofrimento pela causa do evangelho e para assegurar a integridade da fé do povo de Deus, referindo-se a
tudo isto como motivo de alegria, não de tristeza ou de aflição. “Regozijo-me, agora, no que padeço por vós”,
justamente pelas razões consideradas nos parágrafos anteriores. Ele compreendia que o ministério da
palavra exige tanto sacrifícios como também expõe ao vitupério; mas em tudo isto o obreiro é feito mais
semelhante e mais digno do seu Senhor (cf. Fp 1.29; At 5.41; Mt 5.10-12; Hb 11.26).
II – O EVANGELHO E O MISTÉRIO DE DEUS (1.26-27)
Cumprindo o resto das aflições de Cristo, o apóstolo estava então cumprindo a palavra de Deus,
um propósito definido por Deus na eternidade. Anteriormente vimos o seu louvor a Cristo como a
plenitude de todas as coisas, especialmente da igreja, onde Ele é a cabeça e os remidos, os membros.
Agora, essa obra é declarada como um “mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as
gerações”, pois, embora prenunciados por profecias, sombras e tipos, e até mesmo desejados por aqueles
Lições da Escola Bíblica Dominical Colossenses e Filemom
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que eram iluminados pelo Espírito de Deus, Cristo Jesus só se manifestou na plenitude dos tempos (Gl 4.3-
5) e a igreja, em sua forma universal, agregando judeus e gentios, como consequência da obra
consumada no Calvário. Pela palavra mistério, o apóstolo se refere não apenas a algo que esteve oculto e
não podia ser compreendido senão quando revelado pelo Espírito aos santos, como ele aqui diz; mas
também porque, como já estudamos, a união entre os remidos e o Senhor Jesus é a expressão mais
elevada, agora, do propósito de Deus de ser tudo em todos, e alcançará o seu ápice na eternidade (cf. Ef
5.32; 1 Co 15.28).
Paulo acrescenta que, revelando esse mistério aos gentios, Deus os enriqueceu, porque, primeiro,
tornou conhecida, pelo evangelho, a glória da vida eterna, entre aqueles que eram completamente
alheios e ignorantes quanto às promessas, aos concertos, aos pais, como diz o apóstolo em outro lugar
(cf. Ef 2.12); e então lhes deu a esperança de alcançarem esta glória, pois o evangelho é a boa nova de
paz, de reconciliação com aqueles que estavam longe e privados da glória de Deus, trazendo-os para
perto e dando-lhes direito à mesma herança, através da graça que há em Cristo Jesus (Ef 3.4-6).
III – SER PERFEITO EM CRISTO JESUS (1.28-2.3)
Nos versos em apreço Paulo volta a falar sobre a suficiência de Cristo em tudo o que diz respeito
à salvação e a vida com Deus. De modo semelhante ao início da epístola, ele ressalta que Cristo Jesus, a
esperança da glória, é o que ele tem pregado e anunciado, satisfazendo-se com a sabedoria que n’Ele há.
E, assim como ele achava plena suficiência na pessoa do Salvador, também procurava que os seus
ouvintes buscassem somente em Cristo Jesus sua perfeição: “para que apresentemos todo o homem perfeito
em Jesus Cristo”. Consideremos esta expressão à luz do quanto já foi dito sobre plenitude divina, e
veremos o quanto é necessário o ministério da palavra, pois é através da pregação e do ensino que os
cristãos poderão compreender cada vez melhor como submeter todos os aspectos de sua vida ao
senhorio de Cristo Jesus.
O apóstolo aqui se expressa em termos semelhantes à sua petição inicial pelos colossenses; quer
que, além de consolados e unidos em amor, sejam enriquecidos da plenitude da inteligência; que conheçam o
mistério de Deus Pai e de Cristo, ou de Deus Pai, Cristo. O foco desta expressão é Cristo, pois n’Ele estão
escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. Como já havia explicado, o evangelho é um mistério
que foi revelado nestes últimos tempos. Mas o fato de ter sido desvendado não significa que possa ser
compreendido de pronto na sua totalidade. Seja em seus termos mais simples e básicos, seja nas suas
definições mais complexas, o evangelho é sabedoria e ciência de Deus, que só pode ser entendida, aceita
e crida no coração pela iluminação do Espírito Santo. Contudo, muitos séculos antes de Paulo, o sábio
Salomão já havia falado, com respeito a essa mesma sabedoria, agora “encarnada” na pessoa do Filho
de Deus, que ela deve ser buscada como tesouro, comprada e não vendida, e buscada de madrugada (Pv 2.4;
23.23; 1 Co 1.24), o que implica nossa sincera e assídua dedicação a esse propósito.
CONCLUSÃO
Ser participante do evangelho é um grande privilégio, pois é o próprio Filho de Deus que nos
uniu a Si mesmo para fazermos parte do Seu corpo e herdeiros da Sua glória. Procuremos conhecer
melhor nosso Senhor, em tudo quanto Ele nos revelou a Seu respeito, para que assim sejamos sábios e
inteligentes e possamos sempre agrada-l’O e, então, desfrutar de verdadeira paz e felicidade.
PARA USO DOS PROFESSORES
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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