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LIÇÃO 2
VIDA PLENA PELO EVANGELHO
TEXTO ÁUREO: “... que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e
inteligência espiritual” (Cl 1.9).
LEITURA BÍBLICA: COLOSSENSES 1.9-13
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, consideramos as palavras iniciais de Colossenses, onde o apóstolo Paulo faz
menção à conversão desses irmãos e louva a graça de Deus que havia operado entre eles através da
pregação de um evangelho puro e perfeito.
Estudaremos, na sequência, a petição do apóstolo em favor
deles e a atualidade do que nela se expressa.
Em poucos versos, ele resume os aspectos principais do que
deve ser a vida cristã – uma vida plena de conhecimento, de boas obras, de poder e de contentamento e
agradecimento a Deus.
I – PLENITUDE DO CONHECIMENTO DA VONTADE DE DEUS (V. 9)
Como estudamos na lição anterior, Paulo havia sido inteirado da conversão dos colossenses
através de seu cooperador, Epafras.
Esta notícia não apenas alegrou o apóstolo, mas despertou nele um
desejo de participar, de alguma forma, dessa genuína obra do Espírito.
Por se encontrar preso, tudo o
que ele podia fazer era incluir esses irmãos em suas orações a Deus, como o fazia em favor de muitos
outros: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós”.
Contudo,
Paulo não se limita a dizer apenas que orava por eles, mas se estende nos versos seguintes explicando
que tipo de oração fazia.
Isto mostra que suas orações não eram vagas, mas tinham propósitos bem
definidos; também podem ser vistas como uma forma de exortar os seus leitores e orientá-los quanto
àquilo que eles mesmos deveriam buscar de Deus.
A petição principal de Paulo em favor dos colossenses era que eles fossem “cheios do conhecimento
da sua vontade”, isto é, da vontade de Deus. Podemos dizer que esse é o propósito supremo de Deus para
o homem – conhecer o seu Criador e o que Ele requer das Suas criaturas.
O princípio deste
conhecimento está contido no evangelho, pois nele se descobre tanto a justiça de Deus e o Seu juízo
contra o pecado, como também a graça abundante manifestada em Cristo Jesus e que opera pela fé, para
salvação do pecador.
Mas, tendo aprendido e experimentado os rudimentos, aquele que já creu ainda
precisa ser cheio do conhecimento dessa vontade santa, boa e perfeita, entendendo que o evangelho se
aplica a todos os aspectos do seu viver (cf. Rm 12.1-2).
Também é importante destacar a natureza desse conhecimento e como deveria ser obtido: “em
toda a sabedoria e inteligência espiritual”. Aqui há uma sutil rejeição às fontes de conhecimento deste
mundo – rejeição esta que será enfatizada mais adiante na epístola.
Não é pela filosofia e especulação
racional, nem por preceitos ou definições religiosas que conhecemos a vontade de Deus.
Esse
conhecimento é espiritual em sua natureza, e só pode ser alcançado por uma comunicação do Espírito ao
entendimento humano, de modo que este possa verdadeiramente compreender, crer e curvar-se à
vontade de Deus (compare com a expressão paralela em Ef 1:18, “tendo iluminados os olhos do vosso
entendimento”, e com 1 Co 2.10-14).
II – PLENITUDE DE OBEDIÊNCIA E BOAS OBRAS (VV. 10)
A importância da petição de Paulo em favor dos colossenses agora se explica pelo fato de que o
conhecimento da vontade de Deus é necessário para que o homem saiba como andar diante do Senhor, e andar dignamente.
Isto significa que, a partir do momento em que somos alcançados pela graça de Deus,
nossas vidas não pertencem mais a nós mesmos, nem ao mundo, mas ao Senhor Jesus Cristo, e tudo o
que fazemos ou deixamos de fazer é para Ele (Rm 14.6-9).
Como já foi enunciado no tópico anterior, a
vontade de Deus abrange todos os aspectos da nossa vida, e somente quando cumprimos a Sua vontade,
fazemos jus à dignidade do Senhor e O agradamos em tudo (Jo 14.21).
A boa obra de que o apóstolo fala
neste verso relaciona-se com o que já foi dito sobre o andar diante do Senhor, agradando-O em tudo,
porque toda a obediência referida neste verso não provém do esforço carnal, de uma mente religiosa não
regenerada, mas é resultado ou fruto da salvação (Ef 2.10).
Mas, à luz de outros contextos, também pode
incluir as oportunidades de exercer a obra cristã, particularmente o amor para com os santos (cf. Fp 1.3-7;
Hb 10.24).
Notemos ainda que, ao usar a expressão: “crescendo no conhecimento de Deus”, Paulo não está
sendo redundante quanto ao que já foi dito no verso anterior.
Primeiro ele fala de conhecer a vontade de
Deus; depois, de praticar a vontade de Deus; e agora, de conhecer a Deus.
Quanto mais nos aplicamos a
conhecer e praticar a vontade de Deus, mais crescemos no nosso conhecimento daqu’Ele cuja vontade
estamos obedecendo.
Por outro lado, não conhece verdadeiramente a Deus aquele que, sabendo a Sua
vontade, não a cumpre (1 Jo 2.3-4).
III – PLENITUDE DE PODER E CONTENTAMENTO (VV. 11-13)
A expressão “corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória” requer mais atenção,
pois encerra um argumento mais complexo.
Paulo deseja que os colossenses alcancem maior confiança,
segurança e certeza da fé baseados em poder, ou melhor, em todo o poder. Ele deseja que os colossenses se
apoiem em um argumento da parte de Deus – um argumento absolutamente poderoso e irrefutável da
veracidade do evangelho. Essa “prova” é o poder, ou a força da glória de Cristo, manifestada, como bem
sabemos, na Sua ressurreição (cf. Ef 1.19-20).
O que ocorre é que, quando compreendemos a vontade de
Deus e a obedecemos plenamente, somos confirmados na certeza de que tudo o que temos recebido e
ainda haveremos de receber – inclusive nossa obediência – constituem uma obra poderosa de Deus, tão
gloriosa quanto a ressurreição do próprio Senhor Jesus.
Assim podemos ser pacientes e longânimos ante as
circunstâncias adversas desta vida, e mesmo nos regozijarmos com a perspectiva de um futuro glorioso.
O que Paulo disse nestes últimos versos representa o fundamento de uma vida de contentamento
em Cristo Jesus.
Mas a isto podemos também acrescentar a ação de graças, com a qual o apóstolo
arremata sua petição. É necessário reconhecer a grandeza do que Deus fez por nós; primeiro, Ele “nos fez
idôneos para participar da herança dos santos na luz” – a nós que éramos alheios aos concertos e ao povo que
primeiramente Ele havia chamado para ser santo (cf. Ef 2.11-12).
Outra forma de considerar esta obra
da graça de Deus é que Ele “nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor”. Ou seja, fomos tirados de um império, de um domínio de pecado – portanto, estávamos debaixo
da ira de Deus – e levados para o reino do Seu Filho amado, para agora sermos amados juntamente com
Ele e por causa d’Ele.
Neste ponto, o apóstolo passa sutilmente da oração para a exposição doutrinária,
e começa a expor o seu tema: o Filho de Deus, de quem todos nós dependemos, e em quem todas as
coisas se cumprem.
CONCLUSÃO
Esta oração trata de assuntos simples, mas muitas vezes esquecidos. Fala-se hoje em vida plena,
em plenitude, mas focada em tantos aspectos da vida pessoal, social, familiar, exceto em conhecer a
vontade de Deus e praticá-la.
Esta é a única e duradoura fonte de contentamento para o cristão. Deus
deseja que todos os seus filhos sejam felizes, e todos os que buscarem sua felicidade nisto certamente a
encontrarão
PARA USO DOS PROFESSORES:
AUTORIA
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