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LIÇÃO 9
A RESSURREIÇÃO E A VIDA
TEXTO ÁUREO:
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá” (Jo 11.25-26).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 11.1-15
INTRODUÇÃO
O presente capítulo do quarto evangelho gira principalmente em torno da ressurreição de Lázaro
e das consequências desse grandioso sinal operado por Jesus. Aqui voltamos ao tema da vida, tantas
vezes já apresentado em outros sinais e discursos relatados pelo Evangelista. Contudo, neste episódio o
Espírito Santo chama a nossa atenção para um aspecto particular da verdadeira vida que Jesus Cristo
trouxe ao mundo – o aspecto da vida que vence a própria morte.
I – JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA (VV. 1-27)
O episódio que temos diante de nós é um dos relatos mais extensos deste evangelho. Aqui, até o
momento decisivo em que Lázaro é ressuscitado, vamos encontrar diversos diálogos esclarecedores
sobre o propósito do milagre. Começamos, então, observando a importância do que é dito pelo Senhor
logo no início da narrativa, ao ser informado sobre a enfermidade de Seu querido amigo: “Esta
enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Assim
como em outros casos de cura, esta enfermidade também serviria ao propósito de manifestar a glória do
Filho de Deus, convencendo a muitos de que Ele é o Cristo e confirmando ainda mais a fé dos que já
criam. Com estas palavras e a revelação seguinte, de que Lázaro já estava morto, o Senhor também
estava preparando os Seus discípulos para a contemplação de uma demonstração de poder ainda maior
que qualquer cura que Ele já havia operado.
O encontro de Marta com Jesus, quando Ele se aproximava da aldeia, é um ponto alto da
narrativa. Embora não tivesse atendida a sua expectativa de que Jesus, ouvindo que Lázaro estava
enfermo, viria de imediato até a aldeia para curá-lo, aquela mulher ainda expressa sua profunda
convicção acerca de quem era o Mestre, certamente impactada pelo recente milagre operado em
Jerusalém: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. Mas, ainda que nestas
palavras possa estar implícita a fé de que, se Ele quisesse, poderia ressuscitar a Lázaro, com modéstia,
Marta se limita a entender as palavras de Jesus: “Teu irmão há de ressuscitar”, como uma referência à
ressurreição do último dia.
É aí que Jesus responde com palavras que encerram o significado de toda esta passagem: “Eu sou
a ressurreição e a vida”. Em primeiro lugar, Cristo veio trazer a verdadeira vida a homens que estavam em
trevas e sombras de morte. Logo, receber a luz dessa vida já era uma verdadeira ressurreição, como o
próprio Senhor havia explicado antes (Jo 5.24-25). É verdade que o próprio Senhor havia também
sinalizado para uma ressurreição no fim dos tempos como algo distinto dessa ressurreição espiritual,
embora tendo sido depositada pelo Pai em Suas mãos, para maior certeza dos que criam n’Ele e já
desfrutavam da vida pela fé no Seu nome (Jo 5.28-29). Mas agora, para que entendessem que a vida que
Jesus trouxe ao mundo é uma vitória sobre a morte em todos os seus aspectos, e por isso é a verdadeira
ressurreição (inclusive a garantia da ressurreição do último dia), Ele afirma categoricamente e, no caso de
Lázaro, demonstrará a conexão inseparável entre a ressurreição e a vida em Si mesmo. O propósito da
passagem, então, é revelar que quem crê no Senhor Jesus já desfruta de uma vida que não pode ser suprimida pela morte e, de fato, não pode mais morrer (cf. Ap 20.6) – ainda que essa realidade haverá
de ser plenamente manifestada na ressurreição do último dia (Jo 6.39-40; cf. 1 Co 15.22-26, 54-57).
II – LÁZARO É RESSUSCITADO (VV. 28-45)
Os versículos seguintes ao diálogo entre Jesus e Marta são cheios de emoção, e o escritor
inspirado revela que o próprio Senhor tomou parte nessa demonstração de fraqueza humana, chorando
com os que choram e sentindo as misérias e tristezas que tão facilmente se abatem sobre nós. Mas, por
outro lado, Ele também se perturbava, ou se movia muito em espírito, pelas lamentações que faziam sobre
como Ele poderia ter impedido a morte de Lázaro – pois essas queixas questionavam a própria glória de
Deus, como se limitassem o poder de Jesus fazer alguma coisa depois que Seu amigo falecera.
Assim, diante da persistente incredulidade de uns, da limitação de outros em esperar algo maior
que a cura de uma enfermidade, e da tristeza de todos, Jesus opera um dos maiores sinais realizados em
todo o Seu ministério, chamando Lázaro de volta à vida pelo poder da Sua palavra: “Lázaro, sai para
fora”, e sendo imediatamente atendido. Nem mesmo as ressurreições narradas nos evangelhos sinóticos
se comparam a esta, pois aquelas foram quase que imediatas à morte da pessoa ressuscitada, ao passo
que a de Lázaro ocorreu no quarto dia, quando a deterioração do corpo já estava avançada. Isto faz
deste milagre um sinal que confirma o que Jesus havia dito sobre o poder que havia recebido para
ressuscitar os mortos no último dia, libertando-os dos seus sepulcros. Considerando isto juntamente com
a oração pública que o Senhor havia dirigido ao Pai, como que fazendo prova aos olhos da multidão de
que Ele era enviado por Deus, o milagre causou um tremendo impacto sobre os judeus, particularmente
os que haviam vindo de Jerusalém.
III – O CONSELHO PARA MATAR A JESUS (VV. 46-53)
Se este milagre foi a demonstração final e mais poderosa de que Jesus era o Cristo, o Filho de
Deus, por outro lado, também foi o que levou os líderes do povo de Israel a decidirem pelo Seu fim.
Reunidos em Jerusalém, esses homens implicitamente reconhecem que, eventualmente, o povo se
voltaria para Cristo devido à eficácia dos Seus sinais (Jo 12.19). Mas eles não estavam preocupados em
ter diante de si o próprio Cristo prometido, e sim em perder a liderança da nação, além de uma possível
repressão dos romanos que levasse Israel à destruição. Ao que o sumo sacerdote Caifás intervém com a
palavra de que um homem deveria morrer pela nação e que esse homem era Jesus – conselho este que é
aceito de imediato pelos demais. Esta era uma profecia não apenas no sentido de algo que aconteceria,
mas de que era o conselho de Deus revelado através dos profetas do passado (At 2.23).
Estando ciente disso, ou não, o sumo sacerdote não presumia maiores consequências da morte
de Jesus além da manutenção do estado atual de relativa paz em Israel, sob a tutela do Império
Romano. Contudo, João desvenda o verdadeiro sentido dessa palavra, pois a morte de Jesus não
impediria que a nação eventualmente fosse destruída, mas seria plenamente eficaz para restaurar o povo
de Deus, reunindo em um só corpo com os judeus crentes “os filhos de Deus que andavam dispersos”, ou
seja homens de toda tribo, língua e nação (Jo 12.20-24, 31-33).
CONCLUSÃO
Se cremos em Cristo Jesus, podemos estar seguros de que nem a morte poderá nos privar do que
Deus nos concedeu através d’Ele, pois em Cristo a nossa ressurreição é tão certa como é a nossa vida
n’Ele.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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