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LIÇÃO 7
A LUZ DO MUNDO TEXTO
ÁUREO:
“Enquanto estou no mundo sou a luz do mundo” (Jo 9.5).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 9.1-7
INTRODUÇÃO
A cura do cego de nascença, narrada no capítulo que agora estudamos, mantém certa relação com os dois capítulos anteriores, que não analisaremos especificamente.
Já familiarizados com o método peculiar do quarto evangelho apresentar e explicar os milagres de Jesus, não será difícil de percebermos o significado mais profundo desse sinal e o quanto ele nos revela acerca de Cristo Jesus como a luz verdadeira que veio ao mundo.
I – A CURA DO CEGO DE NASCENÇA (VV. 1-14)
Como em outras vezes, Jesus novamente se encontra em Jerusalém por ocasião de uma das festividades celebradas pelos judeus.
Mas agora estamos em um momento mais crítico do Seu ministério, onde Sua presença em Jerusalém era esperada pelo povo, mas ao mesmo tempo Sua pessoa era muito discutida e controvertida; inclusive os líderes da nação de Israel já haviam demonstrado sua aversão a Jesus, intimidando aqueles que se manifestassem favoravelmente a Ele: “E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele.
Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo.
Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus ... Então alguns dos de Jerusalém diziam: Não é este o que procuram matar?” (Jo 7.12-13, 25).
Então, aos que estavam embaraçados por dúvidas, mas cujos corações estavam inclinados a receber a Cristo, convencidos dos Seus sinais, Ele faz um último apelo público (Jo 7.37-39); enquanto aos demais, que rejeitavam ou não se deixavam convencer pelos argumentos divinos, Ele desmascara sua malícia e pecado, sua condição irrecuperável, caso não se arrependessem, e o verdadeiro espírito sob o qual estavam agindo (Jo 8.7-9, 21-24, 39-45).
Portanto, o milagre que aqui encontramos é de grande importância para iluminar ainda mais esse quadro.
Nas palavras do próprio Jesus, esse era o propósito daquela enfermidade: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” – não apenas a obra do milagre em si, mas a obra da salvação, cujo mistério acerca daqueles que creem e dos que não creem seria demonstrado na discussão que se segue, envolvendo o homem curado, os judeus e o próprio Jesus.
As circunstâncias do milagre também são cheias de significado, como o fato de o homem ter sido enviado ao tanque chamado Siloé (que significa “enviado”, assim como Cristo foi enviado ao mundo pelo Pai) ou da cura ter sido realizada em um sábado.
Mas nesta lição queremos apenas considerar o sentido mais importante: que a cura do cego aponta para a obra do Filho de Deus, que vem ao mundo para ser a luz da vida eterna para todos os que O seguem, para que não permaneçam nas trevas da condenação e não se percam eternamente (8.12).
II – A CONTROVÉRSIA DOS JUDEUS (VV. 15-24)
Como era de se esperar, o que chama a atenção dos judeus e dos seus líderes não é a maravilha do milagre, mas as supostas violações à lei de Deus que Jesus teria cometido – o que seria inconsistente com a operação de um sinal de Deus.
Esquecendo-se, ou talvez ignorando completamente o argumento que o Senhor já havia lançado em outra ocasião, eles não percebiam que, se o que Jesus fez e mandou fazer para operar o milagre fosse realmente uma violação do sábado, o milagre não teria ocorrido.
Mas o fato é que o homem estava enxergando e isso dividiu os judeus entre aqueles que simplesmente não tinham explicação para o que havia acontecido e os que não acreditavam que o homem tivesse sido realmente cego.
Finalmente, parece que chegam a um consenso de que o milagre realmente aconteceu, mas não contam isto como argumento em favor de que Jesus seja um enviado de Deus, pois o sábado teria sido violado e a indisposição dos fariseus em relação a Ele já era muito grande, a ponto de proibirem a menção ao Seu nome na sinagoga, sob pena de exclusão da comunidade judaica.
Apenas consideram como uma intervenção divina pontual e sem maior significado, e hipocritamente chamam Jesus de “pecador” quando, há pouco, Ele mesmo havia exposto o pecado desses homens e os desafiado a encontrarem pecado em Suas obras ou palavras: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46; 12.46).
III – O JUÍZO DA LUZ (VV. 25-41)
O quadro descrito nos versos anteriores e nos seguintes revela a triste condição em que os líderes da nação – e, por assim dizer, a própria nação – se encontravam, espiritualmente cegos para a verdade, incapazes de reconhecê-la mesmo quando, vindo como a própria luz, ela se apresentava em todo o seu resplendor diante de seus olhos.
E isto fica ainda mais evidente, para infelicidade desses mestres e anciãos do povo, quando confrontados pela lucidez com que o homem curado responde às suas indagações.
Ele, que aos olhos dos seus líderes não passava de um simplório e pecador, demonstra sabedoria ao entender corretamente que o milagre era um claro argumento de que aqu’Ele homem que o curou era de Deus.
Tanto que, ao ser confrontado pelo próprio Jesus, imediatamente O reconhece e O adora.
E aqui chegamos à mensagem principal desta passagem, resumida nas palavras do próprio Senhor: “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos”.
Se até então Jesus havia se referido a Si mesmo como a luz do mundo, que veio para dar vida aos que estavam nas sombras da morte, ou para possibilitar aos que estavam desgarrados e perdidos nas trevas voltarem para o caminho da vida à luz da presença de Cristo; agora Ele aponta para o fato de que “a luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a compreenderam”.
A cura do cego representa o primeiro aspecto dessa figura; mas a rejeição dos judeus, que enxergavam, representa a incapacidade dos que estão em trevas amarem a luz, mesmo tendo o prestígio da religião ou presumindo qualquer outro privilégio, como se realmente enxergassem. Assim, Jesus veio como luz para dar visão – a vida eterna – aos cegos; mas também para exercer juízo sobre os que pretendem enxergar sem ela, quando na verdade permanecem nas trevas da ignorância e do pecado.
Esse era o tempo de se voltarem para Cristo e receberem a Sua luz e, assim, quando Ele se ausentasse, pudessem ser filhos da luz; ou, rejeitando-O, na Sua ausência serem definitivamente rejeitados (cf. Jo 12.35-45).
CONCLUSÃO
O milagre que estudamos nesta lição ensina que a obra de Cristo consiste em dar vista aos cegos, no sentido do conhecimento da graça e verdade que n’Ele foram reveladas e da vida eterna que alcançamos por essa revelação. Se não fosse por essa obra, permaneceríamos extraviados nas trevas, enganados e convencidos de que não precisávamos de nenhuma outra luz, simplesmente por termos uma visão ou alguma perspicácia intelectual de que talvez outros sejam privados.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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