01 fevereiro 2019

005-A doutrina sobre o Pecado - Doutrina Lição 05[Pr Afonso Chaves]29jan2019


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LIÇÃO 5: 
A DOUTRINA SOBRE O PECADO 

TEXTO ÁUREO:
 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). 

LEITURA BÍBLICA: ROMANOS 3.9-19 

INTRODUÇÃO 
Tendo considerado a doutrina do homem, passamos agora a considerar a realidade do pecado, e como isto tem afetado profundamente o seu relacionamento com o Criador. Tão logo estabelecidos no paraíso, desfrutando de felicidade e comunhão com Deus, nossos primeiros pais, Adão e Eva, caíram por causa do pecado. Desde então, não somente eles, mas todas as gerações seguintes ficaram sujeitas à sua influência corruptora, colhendo suas tristes e destrutivas consequências. 

I – A ORIGEM DO PECADO NO MUNDO 
1. A Queda do Homem. 
A primeira referência explícita ao pecado nas Escrituras está relacionada à transgressão do primeiro casal (Gn 3). Lembremos que o homem foi criado bom e reto, mas não perfeito em conhecimento, e que ele estava sob prova de fidelidade a Deus. 
O mal só poderia lhe sobrevir desde fora, e isto através da astúcia e engano de um outro ser já contaminado pelo mal: a “serpente”, que não é outro senão Satanás, o Diabo (Ap 12.9). 
Valendo-se da simplicidade da mulher, o enganador questionou a veracidade da palavra de Deus, dizendo: “Certamente não morrereis” (v. 4). 
Em seguida, atiçou em Eva a cobiça pelo fruto proibido e a soberba por querer se igualar a Deus, dizendo: “se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (v. 5). Do desejo, a mulher passou ao ato e, dando do fruto ao seu marido, ambos caíram em desobediência (vv. 6, 12). Eis aqui a origem do pecado, pelo qual se deu a Queda, tanto do primeiro casal, como de toda a humanidade. 

2. Seu Impacto sobre a Humanidade
Embora o pecado de que estamos tratando tenha sido cometido particularmente por Adão, o mundo inteiro ficou sujeito ao seu impacto e consequências: “por um homem entrou o pecado no mundo” e “pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores” (Rm 5.12, 19). Já consideramos na lição passada que o primeiro homem era a cabeça representativa de toda a humanidade; quando ele caiu, todos nós caímos com ele, ficando sujeitos ao mesmo juízo e condenação (vv. 16, 18). 
Por isso também a condição do primeiro homem é descrita como uma espécie de “herança natural”, ou a “imagem do velho homem”, pecador, corruptível e terreno, estampada em cada indivíduo da raça humana já na sua concepção (Gn 5.3; 1 Co 15.48; Jo 3.6; Sl 51.5). 3. Seu Propósito nos Desígnios de Deus. 
Muitos questionam a Deus por ter permitido o pecado do primeiro homem, ou por tratar a todos os seus descendentes de acordo com o pecado de um só. Ora, se Deus tem um propósito bom e sábio para todas as coisas, não seria diferente com relação ao pecado. Se Ele não o impediu, é porque isto contrariaria o lugar que Ele definiu para o pecado, no conjunto de todas as coisas cooperando para o bem dos Seus escolhidos (Rm 8.28); porque Ele não poderia manifestar a Sua misericórdia e poder para salvar, levando o Seu povo a um verdadeiro conhecimento do bem e do mal (Ef 2.5-7; Sl 50.15). E ainda porque Adão era a “figura daquele que havia de vir”, isto é, Cristo Jesus, constituído por Deus cabeça daqueles que se unem a Ele pela fé. De modo semelhante ao que nos sucede em Adão, agora, pela graça de Deus, somos feitos justos e herdeiros da vida eterna pela imputação também do ato de justiça realizado por um só, Cristo (Rm 5.14, 17-19). 

II – A NATUREZA DO PECADO 
1. Sua Propagação. 
Embora o pecado de Adão seja um ato único que afetou todos os seus descendentes, mesmo não tendo eles pecado à sua semelhança, todo e cada ser humano é propriamente chamado de pecador (Rm 3.10, 23; 5.12; 1 Jo 1.8). 
Consideremos que o pecado é muitas vezes chamado de transgressão, falta ou iniquidade, denotando assim uma contrariedade ou desacordo com a vontade revelada de Deus – isto é, com a Sua santa lei (1 Jo 3.4). 
Assim, não apenas Adão pecou contra o mandamento particular que havia recebido no paraíso, mas também os seus descendentes multiplicaram o mal sobre a terra de tal modo que Deus julgou aquele mundo, com as águas do dilúvio (Gn 6.5-7); depois, os israelitas pecaram contra os mandamentos da Lei revelada no Sinai, fazendo assim abundar a ofensa, e desonrando grandemente ao Senhor (Os 6.7; Rm 2.23-24); ao mesmo tempo em que os gentios, embora não tendo uma lei escrita, também pecaram contra o testemunho da criação e o padrão de justiça gravado em suas consciências (Rm 1.18-20; 2.14-15). 

2. Sua Fonte. 
Enquanto Adão experimentou o mal como algo vindo de fora, a experiência do homem atual com o pecado é bem diferente. É verdade que Satanás ainda atua como “tentador”, insinuando o mal e buscando ocasião para levar o homem a pecar (1 Pe 5.8-9; Ef 4.27; 6.11; Tg 4.7). 
Mas agora o pecado tem origem no coração humano, a partir de uma inclinação maligna por aquilo que não é lícito, que é chamada de concupiscência, ou paixão (Mt 15.18-20; Tg 1.13-15; Jr 17.9). Assim o homem é enganado por suas próprias paixões, sendo levado a conceber e, finalmente, consumar o ato pecaminoso. A palavra também menciona as “obras da carne”, “concupiscências e paixões carnais”, “inclinação da carne” e “vontade da carne”, não como se o corpo físico em si fosse mau, mas porque essa natureza pecaminosa se manifesta através dos membros do corpo, fazendo deles instrumentos para o pecado (Rm 6.13; 8.5-8; Gl 5.19-21). 

3. Seu Poder. 
O pecado exerce uma influência poderosa e irresistível sobre o homem natural, não regenerado e sem a graça de Deus, que sujeita a sua vontade como se ele estivesse sob um reinado ou escravidão (Rm 6.12, 16). 
Mesmo naquele que não deseja pecar, a carne ainda batalha ferozmente para não perder o seu domínio – daí a constante exortação das Escrituras à oração e vigilância, como meios de prevalecer sobre a carne, mortificando suas obras (Mt 26.41; Gl 5.16-17; Rm 7.15, 18-23; 8.13). De fato, somente a morte é capaz de desfazer de forma definitiva os grilhões do pecado sobre o homem, e foi precisamente por isto que Cristo morreu, para nos livrar, ou justificar, da influência devastadora do pecado (Rm 6.1-7, 10-11). 

III – OS EFEITOS NOCIVOS DO PECADO 
1. Culpa e Vergonha
O primeiro sintoma do pecado cometido por Adão e Eva foi o senso de culpa e indignidade, exteriorizado no corpo desnudo, que mal conseguiram encobrir, e que se agravou ainda mais quando confrontados pelo Deus que haviam ofendido (Gn 3.7-10). 
O homem carrega um peso de culpa que não é mero sentimento ou impressão subjetiva, mas uma acusação inequívoca na consciência, que não deixa escapar o menor desvio, a menor falsidade, a menor impureza de cada pensamento e ação (1 Jo 3.20; cf. Jo 8.7-9). 

2. Corrupção da Ordem Natural
O pecado provocou um abalo no relacionamento do homem com a Criação em todos os níveis, sujeitando-a à corrupção (Rm 8.20-22). O companheirismo e a benção da procriação foram afetados, respectivamente, por dominação do homem sobre a mulher e dor para esta última (Gn 3.16). 
A vida tornou-se dura e difícil, e o homem deve passar grande parte dos seus dias em trabalho e enfado, até descobrir que tudo passa (v. 17-19a; Ec 2.17, 22-23). 

3. Morte. 
Esta é a justa retribuição do pecado de Adão, a sentença da qual todos nós somos feitos participantes (Rm 5.12; 1 Co 15.22). Deus havia dito que, no dia em que pecasse, Adão certamente morreria, e esta expressão se entende por ter sido cortado imediatamente o seu acesso à árvore da vida (Gn 3.19, 22-24; cf. 5.5). 
Mas há outro aspecto em que todo o pecador sofre a morte em razão dos seus próprios pecados (Ez 18.4; Rm 6.23), e nesse caso se trata da manifestação do juízo de Deus, quando todos os ímpios serão banidos da Sua presença para o fogo eterno, onde serão completamente aniquilados – por isso é chamado de “segunda morte” (Ap 20.12-15; 21.8). 

CONCLUSÃO 
Graças ao que foi revelado nas Escrituras acerca desta doutrina é que podemos compreender qual era nossa triste condição sob o jugo opressor do pecado, e quão abundante foi a graça manifestada na cruz do Calvário para nos livrar das suas terríveis consequências.

PARA USO DO PROFESSOR




AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


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