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LIÇÃO 6:
A DOUTRINA SOBRE CRISTO
TEXTO ÁUREO:
“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a
purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1.3).
LEITURA BÍBLICA: JOÃO 1.1-14
INTRODUÇÃO
Chegamos agora ao tema central e mais importante de toda a doutrina bíblica, ao grande ápice
de toda a verdade revelada nas Escrituras Sagradas: Jesus Cristo, o Unigênito Filho de Deus.
É de
absoluta necessidade para a salvação não apenas confessar, mas conhecer a Sua bendita pessoa, a Sua
obra perfeita e a glória incomparável dos Seus ofícios.
Ele é a fonte abundante e inesgotável de onde
precisamos beber para conhecermos mais acerca de Deus, de nós mesmos e da Sua grande salvação.
I – A PESSOA DE CRISTO
1. JESUS é o Cristo. A primeira e maior parte das Escrituras Sagradas (isto é, o Antigo
Testamento) trata de como Deus preparou a humanidade e, em particular, os filhos de Israel, para a
vinda de um ungido (no hebraico, Messias; no grego, Cristo), que operaria a Sua salvação.
Através da
profecia, Deus revelou cada vez mais detalhes sobre o caráter e obra deste Salvador, que livraria tanto
judeus como gentios da opressão e os colocaria novamente em paz com Deus. Já a segunda parte das
Escrituras (o Novo Testamento) proclama que este Salvador já veio, e que ele é JESUS, O NAZARENO.
Pois
tudo o que estava escrito acerca do Cristo cumpriu-se plena e unicamente neste homem, conforme o
poderoso e inequívoco testemunho que Ele deixou através de Sua vida (Jo 20.30-31; Lc 24.44).
Em Seu
favor testificaram homens e mulheres de Deus, multidões que O seguiram; até mesmo Seus inimigos; os
anjos; e, mais importante do que todos estes, o próprio Deus (Mt 3.17; 17.1-5).
2. Ele é o FILHO DE DEUS. À luz da revelação divina, devemos confessar Jesus não apenas
como o Cristo prometido, mas também como o Filho de Deus (Mt 16.15-17; Jo 20.31). Enquanto o
primeiro título revela a comissão de nosso Salvador, o segundo expressa a Sua divindade.
Significa que
Cristo é igual e um com o Pai (Jo 1.1; 5.18; 10.30-33). É verdade que todo aquele em quem habita o
Espírito de Deus é Seu filho, mas Cristo é o Filho unigênito, porque somente n’Ele habita a plenitude da
divindade, e somente Ele reflete a imagem exata e gloriosa do Pai (Jo 1.14, 18; 14.7-11; Cl 1.15-19; Hb 1.3,
5, 9; Rm 8.14-15, 29). Há uma comunhão de identidade perfeita entre Ambos, de tal modo que o Filho se
sujeita em total obediência à vontade do Pai, não fazendo nada de Si mesmo; enquanto o Pai entrega
todas as coisas ao Filho, operando por meio d’Ele a Sua vontade, e assim glorificando-O com a Sua
própria glória junto de Si mesmo (Jo 3.35; 4.34; 5.19-23; 12.27-28; 17.5).
3. Ele é o FILHO DO HOMEM. Na mesma medida em que o título Filho de Deus aponta para a
relação íntima de Cristo Jesus com Deus, Filho do Homem é o que o aproxima de nós – do Seu povo, em
particular. Cristo se manifestou ao mundo vindo em carne, tendo nascido de mulher, sob a lei, do povo
de Israel, da linhagem de Davi (Gl 4.4; Rm 1.2-3).
Ora, todas as promessas de salvação haviam sido
depositadas sobre um que seria a semente da mulher, descendência de Abraão, Filho de Davi e o Filho
do Homem (Gn 3.15; Gl 3.16; Lc 1.68-69; Dn 7.13-14; Mt 26.63-64). E, como já consideramos mais de
uma vez em lições anteriores, o Cristo deveria ser o novo homem, no qual tudo o que a humanidade
perdeu pela queda de Adão – e, na verdade, muito mais do que foi perdido – devia ser restaurado
através da Sua obediência e justiça para aqueles que se unissem a Ele pela fé.
II – A OBRA DE CRISTO
1. Sua Encarnação. Concebido de modo sobrenatural no ventre de uma virgem (Is 7.14; Mt
1.18-23; Lc 1.30-35), o Filho de Deus se fez participante da nossa carne e sangue para que pudesse vencer a tentação e morrer em nosso lugar (Hb 2.9, 14, 16-18).
Contudo, em momento algum Ele deixou
de ser o Filho do Altíssimo, cujo Ser glorioso, santo e cheio de graça e de verdade não poderia ser
contaminado pelo mal (Hb 4.15; 1 Pe 2.22). Jesus podia sentir fome, sede, cansaço, dor e angústia; mas
também podia perdoar pecados, sondar os pensamentos e intenções do coração, exercer autoridade
sobre as forças da natureza, sobre os demônios, sobre as doenças e até a morte; era assistido e servido
pelos anjos; e recebia adoração dos Seus discípulos.
2. Seu Ministério. Durante os três anos finais de Sua vida terrena, Jesus se manifestou ao
mundo como o Cristo, o Salvador, através do Seu ministério de pregação, ensino e cura (Mt 4.23). A
muitos Ele salvou, ora curando de suas enfermidades e da opressão do diabo; ora libertando e trazendo
de volta ao aprisco do reino dos céus os que estavam perdidos no pecado e nas trevas da ignorância (Mt
8.16-17; Lc 4.17-19; 19.10).
Todas as Suas obras e palavras tinham o propósito de gerar nos corações fé
em Deus e no seu Cristo, na certeza de que n’Ele Deus havia feito provisão para a vida eterna dos que
cressem (Jo 4.13-14; 6.26-27; 17.3, 6-8).
3. Sua Morte e Ressurreição. Cada passo da vida de Cristo apontava para o momento
derradeiro dos Seus sofrimentos e da Sua morte, pois esta era a vontade de Deus, que Ele desse a Sua
vida em resgate de muitos (Is 53.6-8; Mt 20.28). Por isso, a Seu tempo, em obediência à vontade do Pai,
Jesus entregou voluntariamente a Sua vida, até o último fôlego, na cruz do Calvário, assim consumando
a obra da nossa salvação (Mt 26.39; Jo 10.17-18; 12.27; 19.30).
Uma vez sepultado, ali permaneceu
apenas três dias, pois Deus O ressuscitou em poder e glória, declarando a Sua justiça, santidade e a
aceitação do Seu sacrifício em nosso lugar (Rm 1.4; At 2.22-24; 13.32-39).
Deste modo, ao mesmo tempo
em que a cruz representa o extremo da humilhação de nosso Salvador, ela também é o princípio da Sua
exaltação, pois assim convinha que Ele entrasse em Sua glória (Mt 16.21; Fp 2.5-11).
III – A GLÓRIA DE CRISTO
1. Seu Reinado e Senhorio. Através da Sua ressurreição e ascensão aos céus, Cristo foi
entronizado à destra de Deus como Senhor e Rei de toda a criação, tanto visível como invisível (Mt
28.18-20; At 2.32-36; Ap 5.5-8).
Isto significa que todas as coisas, que já são Suas por direito de criação,
agora devem se submeter à reconciliação com Deus através da Sua morte, sendo novamente congregadas
sob o domínio soberano de Seu Filho (Cl 1.15-20; Ef 1.20-23); ou serão por destruídas por Deus, por se
oporem àqu’Ele que foi ungido Rei dos reis e Senhor dos senhores (1 Co 15.24-26; Sl 2; Ap 19.11, 16).
Inerente ao Seu reinado e senhorio é o Seu poder de julgar, salvando ou condenando – o que Ele fará
propriamente no último dia – pelo que é também chamado de Juiz dos vivos e dos mortos (Jo 5.22-24;
At 17.31; 2 Co 5.10).
2. Seu Sacerdócio e Mediação. Outro aspecto da glória que Cristo recebeu do Pai pela Sua
obediência na cruz é o ofício sacerdotal que Ele agora exerce em nosso favor nos céus (Hb 3.1). Tendo
oferecido uma oblação (“oferta”) perfeita na Sua morte, através da ressurreição Deus tanto aceitou o Seu
sacrifício como também O constituiu como o próprio sacerdote que entraria em Sua santíssima presença
para interceder pela nossa salvação (Hb 4.14-16; 7.22-25).
Ele é verdadeiramente o único Mediador
entre Deus e os homens, o único que pode nos representar junto a Deus e alcançar graça para nós, pois
reúne em Si mesmo tanto a nossa humanidade (como convinha a um sacerdote), quanto a plenitude da
divindade (1 Tm 2.5-6).
CONCLUSÃO
Nunca seremos capazes de compreender a profundidade do amor, poder, sabedoria e muitas
outras excelências de Deus manifestadas em Cristo Jesus. Mas, confessando que Ele é tudo para nós,
busquemos n’Ele toda a nossa felicidade, satisfação e deleite, no conhecimento da Sua pessoa, seguindo
as Suas pisadas, na firme esperança de que um dia O veremos face a face, e seremos como Ele é.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
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