15 junho 2016

012-A tolerância cristã - Romanos Parte 12ª [Pr Afonso Chaves]14jun2016


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Lição 12
Tolerância Cristã   (14.1-15.7) 

Texto Áureo:
Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 15.5-6) 

Leitura Bíblica: Romanos 15.1-7 

Introdução 
Em meio a uma comunidade cristã multiétnica, como era a da cidade de Roma, Paulo nos ensina como superar as diferenças de opiniões em coisas não essenciais, sem abusar da liberdade que há em Cristo, e assim, não colocarmos em perigo a unidade do corpo de Cristo, e, pelo amor, mantermos a paz. A seção que iremos estudar (14.1-15.7) trata dessas verdades e da relação entre dois grupos existente nessa igreja, denominados de “enfermos na fé” ou “os fracos (14.1,2) e “os fortes” (15.1). 

I – Cristo Jesus, Senhor dos fracos e dos fortes (14.1-12) 
Os “enfermos na  ou fracosembora cressem na obra de Cristo, ainda consideravam certas regras alimentares e a guarda de determinados dias sagrados como uma expressão importante para a obra da salvação (v. 2;5cf Gl 4.9 e 10; Cl 2.16 e 17; 1 Co 8). Paulo esclarece que a enfermidade da qual esse grupo padecia não se tratava de fraquezas causadas pela prática de pecado, e sim de “fé” - falta de maturidade e debilidade no entendimento de questões que envolvem a consciência (v.1cf 1 Co 8.9-11) receio de não violar os preceitos alimentares do Antigo Testamento (Lv 11), e assim pecar contra Deus, fez com que eles abstivessem do consumo de carne, e fossem vegetarianos (v. 2)O outro grupo, denominado de os fortes”, que incluía o próprio apóstolo (15.1 “Nós”), entendiam que a justiça de Deus é pela fé, do começo ao fim, e que as ordenanças quanto à comida ou bebida e a guarda de dias religiosos foram superadas pelo ato de justificação de Deus através do sacrifício vicário de Cristo (Rm 1.17), sendo assim, todos os dias eram iguais e agora, estavam livres de observações e preceitos alimentares (v.2 e 5).  
Paulo, sem tomar partidarismo de quem estaria certo ou errado e evocando a sua condição – a de apóstolo do Senhor Jesus Cristo (Rm 1.1), recomenda aos irmãos da igreja de Roma superar assuntos secundários na vida cristã (comer, beber e dias sagradosque poderiam levar a quebra da unidade existente no corpo de Cristo em Roma (comunhão). Para que isso não acontecesse, era necessário que os irmãos superassem as diferenças particulares, por meio da mutua tolerância entre ambos os grupos (“recebei-o, não em contendas sobre dúvidas”, “o que come não despreze o que come; e o que não come não julgue o que come” v.1-5). 
Os argumentos que o apóstolo evoca para conscientizar seus ouvintes da importância de manter a comunhão reciprocidade (tolerância) são teológicos: “os fracos e os fortes” foram aceitos por Deus (v.3); Cristo morreu e ressuscitou para ser Senhor dos fracos e dos fortes (v. 4, 6 e 9); agora, em Cristo ambos os grupos são membros da mesma família - “são irmãos” (v. 10); os atos de sua vida diária (a vida ou a morte) são apresentados como sacrifício vivo, santo e agradável e direcionados à glorificação e louvor à Cristo (O que come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; o que não come para o Senhor não come e dá graças a Deus” – v. 6cf. Rm 12.1; 1 Co 10.31); e  que todos nós (fracos e fortes) iremos comparecer diante do tribunal de Deus (v. 10-12) para dar conta de si mesmo, e que o tribunal não seria o romano, no qual o árbitro e senhor é César, mas sim um superior - o tribunal de Cristo, onde o justo juiz é o Senhor (Sl 94.2; Fp 2.10; Tm 4.8). 

II – O amor fraterno supera toda diferença (14.13-23) 
Em meio às críticas mutuas, o apóstolo convida os fortes a não colocarem pedra de tropeço ou obstáculo no caminho dos irmãos fracos e lhes causar tristeza, escândalo ou fraqueza (v. 13; 15; 21; 1 Co 10.32). Paulo ainda se refere ao fraco como “aquele por quem Cristo morreu” (14.15). Se Cristo o amou a ponto de morrer por ele, por que não podemos amá-lo o suficiente para controlar-nos e mesmo renunciar a alguma liberdade (vs 15, 20, 21), evitando magoar a sua consciência? Se Cristo se sacrificou por seu bem estar, que direito temos nós de prejudicá-lo ou destruí-lo? Para o cristão toda indiferença é superada pela cruz de Cristo. Após falar da cruz, o apóstolo argumenta que o Reino de Deus (domínio gracioso de Deus através de Cristo e pelo Espírito na vida do seu povo) não está limitado às coisas transitórias deste mundo, como comida e bebida, mas o que agrada a Deus é a prática da justiça, a propagação da paz e alegria proveniente do Espírito Santo através do ato de justificação de Deus que produz mutua edificação e preservação da comunhão do corpo (v. 17-19).  

III – O exemplo de Cristo Jesus (15.1.7) 
Nos versos 1-7, o apóstolo exorta os cristãos a suportarem os fracos e não agradarem a si mesmo (egocêntrico), mas aos outros (v. 1, 2). O padrão é a demonstração que Cristo não agradou a si mesmo” (v. 3), ou seja, o exemplo é a obediência e abnegação (renúncia) de seu mestre - Jesus Cristo, que “aniquilou-se a si mesmo” e “humilhou-se a si mesmo” a fim de cumprir a vontade de Deus e servir aos homens (cf Fp 2.5-8Sl 69.9). A base de sua argumentação está nas Escrituras “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (v. 4). E por fim, o apóstolo abençoa-os, suplicando a Deus que “conceda o mesmo sentimento uns para com os outros”, para que em concordância, com uma mesma boca (unidade de coração) eles possam glorificar a Deus (v. 5;6). 

Conclusão 
Diante de tão elevada graça só nos resta receber os nossos irmãos, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus (v.7). 


 PARA USO DO PROFESSOR 

AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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