25 setembro 2025

013-As Escrituras Sagradas - Doutrinas Bíblicas - Lição 13 [Pr Afonso Chaves] 25set2025

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LIÇÃO 13

AS ESCRITURAS SAGRADAS 

TEXTO ÁUREO: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.20-21) 

LEITURA BÍBLICA: 2 TIMÓTEO 3.10-17 

INTRODUÇÃO 

Nesta última lição do trimestre, em que temos estudado as grandes doutrinas da Bíblia, propomos examinar algumas das verdades fundamentais que as Escrituras Sagradas revelam acerca de si mesmas – ou seja, aquilo que Deus nos diz a respeito da Sua palavra escrita. A partir da consideração de características como a autoridade, perfeição e clareza das Escrituras, não apenas ampliaremos nosso conhecimento sobre a natureza do Livro Sagrado, mas fortaleceremos nossa fé de que a Bíblia é, de fato, a palavra de Deus. 

I – A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS 

1. NA INSPIRAÇÃO DOS SEUS AUTORES. Em muitas ocasiões, os profetas e apóstolos foram inequivocamente ordenados a escrever aquilo que viam ou ouviam da parte de Deus (Ex 34.27; Dt 31.19; Jr 30.2; Hc 2.2; Ap 1.11, 19). Contudo, não apenas em relação a esses registros particulares, mas em relação a tudo aquilo que denominamos Escritura ou Escrituras, os homens santos aos quais se atribui a sua composição nada escreveram de si mesmos, nem por vontade própria, mas apenas enquanto movidos ou inspirados pelo Espírito Santo (2 Sm 23.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Ser a Escritura inspirada significa então que os profetas e apóstolos foram influenciados por Deus para escreverem literalmente aquilo que Ele queria que escrevessem, como se o próprio Deus por eles tivesse falado e escrito (1 Co 2.13; 2 Tm 3.15; Os 8.12). Eis por que a Escritura é também chamada de palavra de Deus, e o livro de Deus, pelo qual Ele fala aos que o leem assim como falou àqueles que, no passado, ouviram diretamente a Sua voz (Jo 10.34-35; Rm 3.1-2; Is 34.16). 

2. NO CARÁTER DO SEU CONTEÚDO. Sendo a palavra de Deus, as Escrituras refletem o caráter do seu Autor, não podendo conter nada que seja indigno d’Ele, mas antes exaltando tudo o que é justo, santo, verdadeiro, bom; e condenando os vícios (Sl 12.6; Rm 7.12; Jo 17.17; cf. 1 Tm 1.9-11). Mesmo quando relatam coisas que foram feitas e ditas por homens sem o respaldo divino, ou mesmo por homens ímpios – quando não pelo próprio diabo – as Escrituras o fazem de modo que Deus seja sempre justificado e o homem condenado pelas suas ações e palavras (Jó 1.9-11; 42.7; cf. 1 Co 10.11; Rm 3.4, 9-10). 

3. NAS PROVAS DA SUA ORIGEM DIVINA. Sendo as Escrituras a palavra de Deus, elas apresentam evidências claras e incontestáveis da sua origem divina. Consideremos, por exemplo, como elas revelam coisas que de outro modo seriam inconcebíveis pela mente humana – como o mistério da encarnação do Filho de Deus, ou da reconciliação dos homens com Deus através da cruz de Cristo, ou ainda da ressurreição dos mortos (1 Tm 3.16; Ef 3.4-6; 1 Co 15.51-52). Outra evidência notável encontramos no cumprimento das suas profecias, especialmente aquelas que dizem respeito à vinda de Cristo (Is 44.7; cf. Lc 24.25-27, 44). De modo semelhante, a harmonia dos diversos assuntos de que tratam em torno de um propósito principal – a salvação dos homens em Cristo – é evidência de uma Mente transcendente às limitações dos seus autores humanos (1 Pe 1.10-11; Rm 3.21-22). Poderíamos ainda citar outras evidências, mas o argumento decisivo, capaz de remover toda dúvida quanto à origem e autoridade divina da Bíblia, é aquele que somente o Espírito Santo pode produzir no coração do homem – o argumento da fé, sem a qual é impossível receber a palavra de Deus como tal (1 Co 2.1-5; 1 Ts 2.13; Hb 11.1-3; cf. Jo 8.47). 

II – A PERFEIÇÃO DAS ESCRITURAS 

1. NA SUFICIÊNCIA DAS PARTES E DO TODO. Embora as Escrituras não contenham um relato completo de tudo aquilo que Deus fez e disse ao longo dos tempos, nelas encontramos todas as coisas necessárias para a salvação (2 Tm 3.15-16; Jo 5.39-40; cf. Sl 40.5; Jo 21.25). Essa suficiência diz respeito não apenas à Bíblia como um todo, mas também às suas partes: a lei e os profetas comunicaram a verdade e a vontade de Deus ao povo da antiga aliança de modo tão suficiente para salvá-los como o fazem os evangelhos, por exemplo, ou a Bíblia completa (Lc 16.27-29; Jo 20.30-31). Houve, de fato, um progresso na revelação divina, mas não quanto à sua essência e propósito, e sim quanto à maior compreensão e poder com que esse propósito se realiza, e assim, se os antigos foram salvos pela esperança no Cristo que viria, quanto mais nós que, além do testemunho de Moisés e dos profetas, temos também a palavra daqueles que anunciaram o Cristo que já veio (Hb 1.1-2; 2.1-3; 11.1-2, 13, 39-40; Jo 1.16-17; cf. At 26.22-23). 

2. NO CUMPRIMENTO EFICAZ DO SEU PROPÓSITO. 

No texto da leitura bíblica, o apóstolo afirma a suficiência das Escrituras para a salvação tanto no aspecto da fé (sábio para a salvação, 2 Tm 3.15) como da prática(perfeitamente instruído para toda boa obra, v. 17; cf. 1 Tm 4.16). O propósito das Escrituras é que o homem creia para que, mais do que conhecer, possa viver em função do que crê (Rm 12.1-2; 1 Tm 6.3-4; Tg 1.2-5). E, para isto, elas não são suficientes apenas porque comunicam ao nosso entendimento essa doutrina da piedade; mas também porque, através delas, Deus infunde em nosso coração a fé, esperança, amor, alegria, consolações e toda sorte de bênçãos que acompanham a salvação (Jo 15.3; Tg 1.18; Rm 10.17; 15.4; 1 Jo 1.3-4; 5.13; Hb 4.12; cf. Sl 19.7; Jr 15.16). 

3. NA IMUTABILIDADE DAS SUAS PALAVRAS

Assim como seu Autor, as Escrituras Sagradas são imutáveis, o que significa, primeiro, que elas não podem falhar, nem ser anuladas ou deixar de existir, mas até o fim falarão ao povo de Deus e se cumprirão em todos os sentidos e propósitos pelos quais foram escritas (Is 40.8; 55.11; 59.20-21; Hc 2.3; Sl 119.89; cf. Mt 5.18). E, segundo, que as Escrituras não podem ser alteradas, nem por diminuição nem por acréscimo, nem quanto ao teor e literalidade das suas palavras, sem com isto prejudicar a pureza e perfeição da palavra de Deus, e incorrer em erro e eterna perdição (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19). Violam esta proibição aqueles que procuram suplementar as Escrituras com tradições humanas, ou supostas revelações de espíritos, ou de anjos (Mc 7.10-13; 2 Co 11.4; Gl 1.8-9). 

III – A CLAREZA DAS ESCRITURAS 

1. NA SUA LINGUAGEM RACIONAL E OBJETIVA. Não por acaso Deus se dirige ao homem preferencialmente através da fala: Ele deseja que todos compreendam a verdade, conheçam a Cristo e assim sejam salvos (Jo 17.3; 1 Tm 2.3-4; cf. Dt 30.11-14), e a escrita é o meio ideal para expressar a palavra de forma ordenada, objetiva e inequívoca (cf. Lc 1.1-4). Não há nada nas Escrituras que seja irracional ou estranho à linguagem humana, que ninguém seja capaz de compreender com o devido uso das suas faculdades naturais de compreensão (Dt 17.19; 31.11-13; cf. Lc 10.25-28; Ef 3.4; Ap 1.3). Por isso, ao estabelecer ministros para pregarem e ensinarem publicamente as Escrituras, Deus o faz não tanto para que o povo entenda aquilo que de outro modo seria incompreensível, mas para que haja maior edificação dos fiéis (2 Pe 1.12; Ef 4.11-13). 

2. NA SUA LINGUAGEM ESPIRITUAL. As Escrituras contêm, de fato, pontos difíceis de entender, mas não por um uso errôneo ou confuso da linguagem, e sim pela falta de um maior conhecimento da revelação bíblica como um todo, bem como de um comprometimento mais sério com a sua prática (2 Pe 3.15-18; cf. At 8.30-31; Mt 22.29; 1 Co 3.1-3; Hb 5.12-14). Além disso, por mais clara e racional que seja a linguagem das Escrituras, sua mensagem é espiritual, o que significa que ela sempre encontrará um obstáculo no coração do homem natural, que é incapaz de atinar com a glória de Deus na pregação, a menos que isto lhe seja concedido (1 Co 2.10-16; 2 Co 3.12-18; 4.3-4). Assim, Deus humilha os sábios e entendidos deste mundo por desprezarem a verdade, enquanto exalta aqueles que crêem, para os quais as Escrituras tornam-se uma palavra mui firme, e uma luz que cresce mais e mais, e um caminho seguro e reto do qual jamais extraviarão (Mt 11.25-27; 2 Pe 1.19; cf. Pv 6.23; Is 35.8). 

CONCLUSÃO Louvemos a Deus por nos revelar através da Sua palavra coisas tão elevadas e gloriosas, que assombram e maravilham nossa mente ao tempo em que nos enchem de alegria, esperança e nos consolam pela certeza de que somos participantes delas não apenas no presente, mas na eternidade que ainda se desvendará.

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19 setembro 2025

012-Os Anjos - Ensino Doutrinário Lição 12 [Pr Afonso Chaves]17set2025

 

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LIÇÃO 12 

OS ANJOS 

TEXTO ÁUREO: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele” (Colossenses 1.16) 

LEITURA BÍBLICA: HEBREUS 1.1-14 

INTRODUÇÃO Embora considerado um tópico complementar às doutrinas mais fundamentais enunciadas nas Escrituras Sagradas, geralmente a teologia sistemática reserva um lugar à doutrina bíblica sobre os anjos (entendendo-se aí tanto os anjos de Deus como os de Satanás, ou demônios). Veremos que, embora algumas coisas quanto às origens, natureza e atividades desses seres espirituais permaneçam um mistério para nós, Deus nos revelou o suficiente para compreendermos a sua importância na realização dos Seus desígnios que dizem respeito à nossa salvação. 

I – OS ANJOS DE DEUS 

1. SUA ORIGEM. Que existem seres de uma natureza completamente diferente do homem e das demais criaturas que povoam os céus, as águas e a terra, as Escrituras fornecem amplo e abundante testemunho, ao mencionar, desde os eventos do passado mais remoto registrados em Gênesis até a futura consumação dos tempos revelada em Apocalipse, dezenas de manifestações de seres que são geralmente chamados de anjos – palavra que significa, tanto no hebraico como no grego, “enviado, mensageiro”, e que por isso é usada também para designar homens enviados da parte de Deus para cumprir determinada missão (Ml 3.1; Mt 11.9-10). Embora as Escrituras não mencionem precisamente quando foram criados, sabemos que os anjos de que falamos já existiam quando Deus ainda estabelecia os fundamentos da terra; sem dúvida, foram criados no princípio (Jó 38.4-7; cf. Jo 1.1-3). Ao contrário do homem, que deve se multiplicar e perpetuar-se através da procriação, os anjos foram criados de uma só vez em incontável multidão (Dn 7.9-10; Ap 5.11-12) e não podem ser reduzidos em seu número pela morte, visto que os eleitos e aprovados por Deus dentre eles participam da mesma imortalidade de que os santos serão revestidos na ressurreição (Lc 20.34-36; 1 Tm 5.21). Como nós, portanto, são seres viventes, que existem e subsistem segundo a vontade e o sábio desígnio do Criador (Ap 4.9-11). 

2. SUA NATUREZA. Os anjos são chamados também de espíritos, não porque sejam impessoais, mas porque, enquanto o homem foi criado do pó da terra e está sujeito às limitações da matéria, os anjos possuem corpos espirituais – o que os aproxima de Deus, que é Espírito (Hb 1.7, 14; Jo 4.24). São seres de uma condição de existência não apenas diferente, mas superior à ordem natural deste mundo, e própria à vida celestial. Por isso, na maioria das vezes são invisíveis, mas também podem se revelar aos olhos carnais, assumindo a aparência ou forma mais adequada à circunstância e necessidade da sua manifestação, conforme a vontade de Deus (Js 5.13-15; 2 Rs 6.15-17; Dn 10.4-7; Lc 1.11). Podem inclusive participar das atividades humanas, como comer e beber, não por necessidade, mas como forma de demonstrar solidariedade e comunhão para com os seus conservos humanos (Gn 18.1-8; 19.1-3; cf. Hb 13.2). 

3. SEUS ATRIBUTOS. Em se tratando dos anjos de Deus, são seres de caráter perfeitamente santo (Mt 25.31). Isto significa que zelam pela justiça e glória do Criador, estando sempre prontos a cumprir, de imediato e com a mais perfeita obediência e eficácia, todas as Suas ordens (Sl 103.20-21; 104.4; cf. Ez 1.12-14), interessando-se e satisfazendo-se grandemente na realização dos desígnios divinos – especialmente no que diz respeito à salvação dos homens (1 Pe 1.12; Lc 1.19-20; 2.13-14; 15.10). O poder com que fazem tudo isso é glorioso e maravilhoso, sim; mas, na sua própria consideração, os anjos se consideram nossos iguais perante Deus, mantendo-se sempre humildes perante aqu’Ele a quem devem tudo aquilo que são, e recusando qualquer forma de culto ou adoração que equivocadamente lhes seja prestada pelos homens (Ap 22.8-9).  

II – SATANÁS E SEUS ANJOS 

1. SUA TRANSGRESSÃO E JUÍZO. Embora a palavra de Deus não revele exatamente quando e como isto se deu, é certo que, após terem sido criados, nem todos os anjos retiveram sua integridade original, mas houve aqueles que pecaram contra o seu Criador, ao passo que os demais, permanecendo fiéis, provaram estar entre aqueles que Deus escolheu para a glória e imortalidade. Ao que tudo indica, essa queda se deu logo no princípio, pois é lá que encontramos o primeiro indício de uma rebelião contra Deus, instigada pela antiga serpente, depois também chamada de Satanás (que significa “adversário”) e o diabo (“acusador”), pois sua obra é opor-se e lançar dúvidas sobre o caráter de Deus e dos fiéis (Gn 3.1; Jo 8.44; Ap 12.9-10; Jó 1.9-11). Deixando-se levar pela soberba, Satanás e seus anjos abandonaram a posição de autoridade e glória em que foram estabelecidos por Deus, fazendo-se culpados de um pecado imperdoável e ficando reservados para um juízo eterno (2 Pe 2.4; Jd 4-6; Mt 25.41; cf. Is 14.13-15; Ez 28.14-19). 

2. SUA ATUAÇÃO NO MUNDO. Contrário a Deus e à Sua obra, o diabo não apenas conseguiu sujeitar a humanidade à corrupção e à morte, ao instigar o primeiro casal a pecar e se rebelar contra o Criador; mas também exerce poderosa influência e controle espiritual sobre os filhos dos homens, para que estes façam a sua vontade, e não a de Deus – isto é, para que vivam segundo a sua natureza pecaminosa e rebelde, fazendo-se filhos do diabo e escravos do seu domínio tenebroso (Hb 2.14-15; Ef 2.1-3; 1 Jo 3.8; 5.19; cf. Jo 14.30). Em muitos casos, esse controle se dá através do engano, quando o diabo incita o homem a satisfazer suas próprias paixões, oculta a verdade aos seus olhos, ou ainda propõe o erro sob uma falsa aparência de verdade (Mt 13.19; 2 Co 11.3-4, 14-15; 2 Ts 2.9-10). Em outros, esse controle torna-se uma verdadeira possessão, a vontade do pobre pecador sendo completamente substituída, até no uso mais natural das coisas, pela vontade depravada dos demônios (Mc 5.1-5; 9.17-18, 20-22). 

3. SEU FIM. A manifestação do reino dos céus, com a vinda de Cristo a este mundo e o estabelecimento da Sua igreja para pregar o Evangelho a todas as nações, significou a completa derrota de Satanás e das suas pretensões (Gn 3.15; Mt 12.28; Lc 8.28-31; Cl 2.15; Ap 12.5, 7-12), de modo que agora lhe resta pouco tempo até que se cumpra o juízo determinado sobre ele e seus anjos, bem como sobre aqueles que o servem (Mt 25.41; Ap 20.7-10). 

III – O LUGAR DOS ANJOS NOS DESÍGNIOS DE DEUS 

1. SEU MINISTÉRIO EM FAVOR DOS ELEITOS. Embora criados anteriormente ao homem e pertencendo a uma ordem de existência superior à dos seus conservos terrenos, o lugar do anjos no propósito divino está estreitamente ligado ao nosso. Eles não apenas têm interesse na revelação e realização da nossa salvação, aprendendo e se maravilhando com a sabedoria de Deus manifestada de forma tão rica e gloriosa na igreja (Ef 3.10), mas também são enviados por Deus para servir em favor daqueles que hão de herdar essa salvação, empregando seu tremendo poder e eficácia para protegê-los e livrá-los do mal, tanto físico como espiritual; para confortar e fortalecer intimamente, como despenseiros de graça e até mesmo orientação da parte de Deus; ou ainda para representar e fazer chegar as súplicas dos santos à presença de Deus (Hb 1.14; Sl 34.7; At 5.17-20; Dn 9.20-23; Lc 22.43; Mt 18.10; Ap 8.3-4). 

2. SEU LUGAR COM OS ELEITOS NA ETERNIDADE. Tendo sido eles mesmos congregados e se curvado perante Cristo Jesus, como Rei e Cabeça de todo principado e potestade nos céus e na terra, não resta dúvida de que os anjos também pertencem a essa grande família da qual os fiéis na terra fazem parte, graças à reconciliação que há no sangue do Salvador Jesus (Ef 2.19; 3.14-15; Cl 1.18-21; 2.10; cf. Hb 12.22). 

CONCLUSÃO Sejamos gratos a Deus por ter criado seres tão poderosos para nos assegurar que seremos auxiliados em todo o tempo, até o fim. Quantas provisões e livramentos da parte de Deus já temos recebido, e sem dúvida em todas elas Seus anjos atuaram ativamente, ainda que não os tenhamos visto.

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13 setembro 2025

011-Os últimos acontecimentos - Doutrina Bíblica Lição 11[Pr Afonso Chaves]12set2025

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LIÇÃO 11 

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS 

TEXTO ÁUREO: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.27-28) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 15.19-26 

INTRODUÇÃO Juntamente com a fé e o amor, a esperança é uma das grandes virtudes cristãs e, como tal, está no cerne da revelação bíblica. Sem ela, nosso futuro seria uma incógnita, e nosso presente, miserável. Mas, ao nos revelar o Seu grandioso propósito de salvação, Deus deseja que creiamos e vivamos piamente não apenas em função desta breve existência terrena, mas na certeza de uma vida futura, eterna e gloriosa, para a qual Ele está nos preparando e da qual nem a morte nos privará, e que se manifestará na consumação do mundo. 

I – A VINDA DE CRISTO 

1. A ESPERANÇA MESSIÂNICA DOS PAIS. 

Já desde o seu primeiro anúncio, no Éden, a salvação havia sido revelada por Deus aos patriarcas como uma redenção, ou livramento, dos males consequentes do pecado e a destruição daqueles que, identificando-se com as obras do diabo, fizeram-se inimigos de Deus. Esta salvação seria operada por um descendente da mulher, mais tarde identificado como o Messias (Gn 3.15; 49.10; Nm 24.17; Is 49.5-6; Ml 4.1-2). Embora muitos patriarcas tenham vislumbrado essa salvação de forma figurada nas visitações de Deus sobre os ímpios e no Seu socorro aos fiéis; ou ainda sendo informados mediante a palavra profética; o fato é que todos eles viveram e morreram na esperança de um último dia em que o Senhor viria para tratar com todos (2 Pe 2.4-9; Jd 14-15; Hb 11.13-16). Em outras palavras, eles ansiavam pela manifestação do reino de Deus, o reino do Messias que aniquilaria todos os opressores e inimigos do povo de Deus e traria aos eleitos glória e paz eternas (Lc 1.67-75; cf. Sl 2; Dn 2.44; 7.27). 

2. A PLENITUDE DOS TEMPOS. 

Com a vinda do Filho de Deus a este mundo, chega então o tempo de se cumprir tudo o que os profetas haviam anunciado quanto à manifestação do reino dos céus, e assim os dias em que Cristo viveu segundo a carne assinalam esse tempo do fim tão aguardado pelos pais, que por isso é chamado de plenitude dos tempos ou últimos dias (Gl 4.4-5; Hb 1.1; cf. Mt 13.16-17). De fato, ao consumar a Sua obra na cruz e ressuscitar dentre os mortos, o Senhor Jesus estabeleceu o fundamento inabalável e suficiente para assegurar uma salvação eterna e gloriosa para o Seu povo, como já vimos em lições anteriores. O que resta agora é que os filhos de Deus – aqueles por quem Cristo morreu – sejam reunidos, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios (Jo 10.16; At 15.13-18; Ef 3.4-6; Rm 11.1-5, 25). Completando-se então o número dos salvos, o Senhor Jesus terá esmagado toda a oposição e o último inimigo que resta – a morte – será vencido (Hb 10.12-14; 1 Co 15.23-26; cf. Mt 24.14; Ap 7.1-3).

 3. A ESPERANÇA CRISTÃ

Embora fosse necessário que voltasse para o Pai, sem que os Seus pudessem acompanhá-l’O de imediato, o Senhor Jesus prometeu que voltaria para nos levar até o lugar que prepararia para nós na casa do Pai – isto é, na eternidade com Deus (Jo 14.1-3). Assim, vivemos a vida que nos resta neste mundo na expectativa desse dia, quando o Senhor se manifestará novamente, aos olhos de todas as nações, para reunir os seus eleitos a Si e recompensá-los segundo as suas obras; e ao mesmo tempo exercer a Sua ira contra aqueles que, desprezando a longanimidade de Deus, fizeram rejeição à Sua graça (Rm 5.1-5; Hb 9.27-28; 2 Ts 1.3-9; 2 Pe 3.9-14; Ap 22.11-12). 

II – A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE A MORTE 

1. A MORTE E O ESTADO DOS MORTOS. Como conseqüência do pecado do primeiro homem, Adão, a morte passou a todos os homens, assinalando, desde a Queda, o fim inevitável de cada indivíduo, de cada geração dos filhos dos homens, sejam justos ou injustos. A morte é a antítese da vida e um inimigo aos olhos de Deus, pois o homem foi criado para viver e buscar ao Senhor, ao passo que na sepultura, para onde os mortos vão, não há consciência de Deus, nem distinção entre o justo e o ímpio, nem recompensas ou castigos (Jó 7.7-10; Ec 9.6, 10; Sl 115.17). A salvação implica, portanto, em livramento da própria morte – do que os antigos tiveram suficiente testemunho e esperança em Deus (Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; At 24.15; cf. Hb 11.5). 

2. A VIDA ETERNA E RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. Mas é através do Evangelho que a esperança do povo de Deus acerca da ressurreição dos mortos é confirmada; primeiro, porque aqueles que crêem em Cristo Jesus tornam-se participantes da vida eterna – ou seja, já ressuscitaram da morte no pecado e agora vivem eternamente para Deus (Jo 5.24-25; Ef 2.1-6; cf. Ap 20.6). Segundo, porque a ressurreição do próprio Salvador é o fundamento e a garantia de que serão ressuscitados do pó da terra todos aqueles que, crendo em Cristo, vierem a morrer antes da Sua vinda (Jo 11.25-26; 1 Co 15.20-23). Nem todos os fiéis morrerão segundo a carne, de fato; mas, mesmo os que morrerem neste sentido, para Deus ainda vivem, pois, mediante a ressurreição, receberão novo corpo, incorruptível e imortal, assim como os que estiverem vivos para a vinda de Jesus (1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-18; cf. Lc 20.37-38). 

III – O FIM DO MUNDO E A GLÓRIA ETERNA

1. SINAIS DO FIM DOS TEMPOS. Cerca de dois mil anos já se passaram desde que a humanidade entrou no período escatológico conhecido como o fim dos tempos. À luz do que já estudamos, desde então, pouca coisa resta a se cumprir e a vinda de Cristo é um acontecimento iminente – aqueles que não tomarem a demora, como prova de perseverança serão enlaçados pelos cuidados desta vida e apanhados desprevenidos naquele dia (Mt 25.1-13; Lc 21.34-36; Rm 13.11-12; 2 Pe 3.1-9). Assim, por vivermos no limiar deste grandioso e esperado evento, é certo que o nosso combate contra as hostes de Satanás deverá ser mais intenso, uma vez que o tempo da sua destruição se aproxima (Ef 6.11-12; 1 Pe 5.8-9; cf. Ap 12.12, 17). Não podendo exercer seu domínio sobre aqueles que pertencem a Cristo, a antiga serpente tentará frustrar a obra de Deus incitando o mundo contra os fiéis, seja por meio de perseguição e oposição violenta, seja por meio do engano religioso ou filosófico da falsa ciência, para que outros não creiam no Evangelho (Mt 24.4-9, 23-24; 2 Ts 2.11-12). O efeito dessa atuação contrária a Cristo – ou seja, dessa operação do espírito do anticristo – afetará grandemente a ordem das igrejas, produzindo dissensões, heresias, apostasias e multiplicação da iniqüidade até mesmo entre os cristãos (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; 4.1-3; 1 Jo 2.18-19). 

2. A VINDA DE JESUS E O JUÍZO FINAL. A vinda de Jesus será um evento único, universal ao qual ninguém poderá se furtar (Mt 24.29-31; Ap 1.7). Neste dia, o último dia, além de ressuscitar os que dormem, transformar os vivos e arrebatá-los para junto de Si, como já estudamos nos tópicos anteriores; o Senhor também julgará, tanto os vivos como os mortos, dando aos pecadores a paga da sua rebelião e incredulidade – a ira de Deus, manifestada na figura do lago de fogo, que é a segunda morte, ou a morte eterna (Jo 5.28-29; Mt 25.31-46; Ap 20.11-15). 

3. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA. Nenhuma comparação com esta criação poderia nos dar uma medida adequada do que significa a bem-aventurança eterna preparada para os fiéis desfrutarem na presença de Deus. A expressão novos céus e nova terra é usada para descrever o quanto essa habitação é perfeita para o homem cumprir o propósito para o qual foi criado, ao mesmo tempo em que sugere ser algo completamente diferente e inédito em relação àquilo que conhecemos agora (2 Pe 3.13; Ap 21.1-3; 22.3-5). É, de fato, a verdadeira habitação do homem, preparada desde o princípio para durar eternamente, e da qual os céus e a terra que agora existem são uma amostra fraca e, devido à corrupção do pecado, passageira (Mt 25.34; Hb 1.10-12; Is 51.6; Mq 2.10). 

CONCLUSÃO Que a nossa esperança possa se fortalecer sobre a consideração da doutrina das últimas coisas, para que não desfaleçamos ante as limitações e dificuldades desta vida, nem criemos vãs esperanças sobre os bens de que desfrutamos no presente. Somente na certeza de que um dia estaremos face a face com Cristo é que poderemos viver o tempo que nos resta neste mundo de forma proveitosa para toda a eternidade.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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05 setembro 2025

010- A Igreja de Cristo - Doutrinas Bíblicas - Lição 10[Pr Afonso Chaves]05set2025

 LIÇÃO 10 

A IGREJA DE CRISTO

TEXTO ÁUREO: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Coríntios 1.2) 

LEITURA BÍBLICA: 1 CORÍNTIOS 12.12-20, 27 

INTRODUÇÃO Conforme estudamos em lições anteriores, a salvação é uma obra da graça divina pela qual Deus escolheu aqueles que quis, desde a fundação do mundo, para serem resgatados da condenação do pecado por meio do sacrifício de seu Filho Jesus Cristo, e para serem eficazmente chamados, santificados e glorificados pelo Espírito Santo. Como consequência necessária desta obra inefável, a igreja manifesta o propósito último de Deus de chamar o homem a se tornar participante da glória de ser um com Ele. 

I – A ORIGEM DA IGREJA 

1. NO PRINCÍPIO. Ao criar para o homem uma companheira, a qual deveria lhe auxiliar e lhe completar, formando com ele um só corpo, e desta união resultando uma descendência piedosa que dominaria a terra, Deus já estava prefigurando o mistério da igreja (Gn 1.28; 2.18; Ml 2.15; cf. Ef 5.31-32). Mesmo com a Queda e a multiplicação da iniquidade entre os filhos de Adão, vemos Deus preservando uma linhagem cujas gerações invocavam o nome do Senhor e aguardavam o cumprimento das promessas de salvação (Gn 4.25-26; 5.22-24, 28-29; 6.8-9). Mais tarde, quando muitos até mesmo dessa linhagem também haviam se corrompido à semelhança das demais, Deus chamou um homem, Abraão, e prometeu fazer dele uma grande nação com a qual estabeleceria o seu concerto de salvação (Gn 12.1-3; 17.3-8). 

2. EM ISRAEL, NO DESERTO. Após descerem ao Egito e ali se multiplicarem, os descendentes de Abraão são visitados por Deus, libertos da escravidão e trazidos ao deserto, onde são consagrados como uma nação santa (Ex 4.21-23; 19.3-6). Ali, Deus entrou em concerto com a congregação do seu povo, instituiu um sacerdócio para representá-los diante de si e interceder por eles e os reuniu em torno do tabernáculo, símbolo da Sua presença e morada no meio do acampamento (Ex 24.3, 7-8; 25.8; 28.29; 29.43-46). Assim, Israel era de fato a igreja de Deus em tempos passados – um povo especial, resgatado dentre as nações para pertencer exclusivamente ao Senhor e santificar o Seu nome perante as nações (Rm 3.1-2; 9.4-5; cf. Is 43.1-4, 21). 

3. EM CRISTO, NA CRUZ. Com a vinda do Filho de Deus ao mundo, revelou-se o mistério da igreja, pois Cristo veio para salvar o povo de Deus dos seus pecados, e reunir aqueles que n’Ele cressem, não apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios, em um só corpo (Mt 1.21; Jo 10.14-16; 11.49-52; Ef 2.11-16). Ao derramar o Seu sangue na cruz, o Salvador provou o Seu amor por essa igreja – os eleitos de Deus – resgatando-a e unindo-a a Si tal como a esposa está unida ao seu marido, tal como os membros do corpo estão interligados entre si e unidos à cabeça (At 20.28; Ef 5.23, 25-27, 29-30). A partir daquele dia de Pentecostes em que se cumpriu a promessa do Espírito Santo, essa união espiritual foi como que selada e confirmada por Deus, tornando-se patente tanto nos dons extraordinários, na fé, no amor e em toda virtude que Cristo manifesta através da Sua igreja; como também no fruto fecundo dos incontáveis filhos gerados dessa união (Jo 12.31-32; At 2.42-47; cf. Gl 4.26-28). 

II – A NATUREZA DA IGREJA 

1. SUA ESPIRITUALIDADE.  Existem várias concepções errôneas acerca da igreja de Cristo, a maioria delas confundindo a sua natureza divina, celestial e espiritual com as hierarquias, denominações, convenções e outras organizações humanas que adotam o nome de “igreja”. A igreja consiste naqueles que foram chamados eficazmente pelo Espírito Santo através do Evangelho, e que, tendo sido gerados de novo, participam do reino de Deus – que não é uma realidade visível, deste mundo, embora esteja entre nós (Lc 17.20-21; Jo 18.36; Cl 1.12-13; Ap 1.9; Mt 21.43). Notemos que é o próprio Cristo quem edifica a Sua igreja, no sentido de que é através da revelação que Deus faz acerca de seu Filho ao homem que este se torna membro da verdadeira igreja de Cristo (Mt 16.15-19; Ef 2.20-22; 1 Pe 2.4-8, 9-10; cf. Hb 3.4-6). 

2. SUA UNIVERSALIDADE De modo semelhante, a igreja de Cristo não está limitada a território ou tempo, mas é uma realidade universal e eterna, embora só se manifestará no último dia como tal, quando todos os eleitos, desde a fundação do mundo, pela ressurreição, serão reunidos dos quatro cantos da terra para estarem juntos com o Senhor Jesus (Hb 12.22-23; 1 Ts 4.16-17; Mt 24.30-31; 2 Ts 2.1). De fato, existe um aspecto visível da igreja de Cristo que se reflete nas congregações locais dos fiéis que, ao longo da história, assumiram diferentes formas de organização, e que também são chamadas de igrejas (cf. At 9.31; 2 Co 8.1-2; 2 Ts 1.4-7). A estas, muitos até poderiam aderir por meio de uma falsa confissão, mas isto não significa que estejam unidos à igreja de Cristo (2 Tm 2.19; cf. 1 Tm 3.15). Pelo contrário, apenas confirma o que as Escrituras dizem acerca de muitos poderem estar próximos do reino dos céus, e da salvação, sem se fazerem participantes dela; e acerca das apostasias, divisões e heresias que deveriam proliferar entre os cristãos nos últimos dias (Lc 13.25-27; 1 Co 11.17-19; 2 Tm 3.1-7; 1 Jo 2.18-19). 

III – A OBRA DA IGREJA 

1. SUA ORGANIZAÇÃO. Voltando à figura do corpo, assim como cada membro possui uma função particular e necessária para o bom funcionamento do corpo, todos os fiéis são integrados à igreja de Cristo de tal modo a serem úteis uns aos outros, em uma variedade de dons concedidos pelo Espírito Santo, segundo a sua vontade (1 Co 12.7-12). Deste modo, somos estimulados tanto a estimar a graça de Deus que opera em todos os membros do corpo como a buscar e preferir aqueles dons que mais edificam a igreja – a saber, os dons relacionados ao ministério da palavra de Deus (1 Co 12.28-31; Ef 4.7, 11-16). Eis por que as igrejas sempre se organizaram em torno de um ministério – a princípio, constituído pelos apóstolos em Jerusalém; depois, por anciãos (também chamados presbíteros ou bispos) estabelecidos em cada igreja, dentre os fiéis que se distinguiam pelo dom de pregar ou ensinar a sã doutrina (At 6.2-4; 14.23; 2 Tm 2.2; Tt 1.5-9). 

2. SEU MANDATOA principal obra da igreja consiste em anunciar Cristo ao mundo, conclamando os homens ao arrependimento e a receberem o perdão dos seus pecados mediante a fé no nome de Jesus – o que ela faz primeiramente mediante o ministério da palavra, mas também através do seu testemunho de amor fraternal e santidade (Lc 24.46-49; Mt 5.13-16; Jo 13.34-35). Aos que recebem a palavra de bom grado, a igreja recebe em comunhão com os demais membros do corpo, mediante o batismo em águas, que é uma ordenança de Cristo para todo aquele que crê (Mt 28.18-20; Mc 16.15-16; At 2.40-43). Contudo, o dever da igreja de discipular as nações não se limita à evangelização e admissão de novos membros; através dos seus dons e ministérios, a igreja edifica e exorta os crentes à perseverança, fortalece os fracos e, se necessário, repreende e disciplina os faltosos (Mt 18.15-20). 

3. SUA COMUNHÃOA consciência ou certeza de pertencimento ao corpo de Cristo impõe aos seus membros a necessidade de estarem juntos, ou de se reunirem para vivenciar esta comunhão (At 2.42-44; 4.32). Assim os crentes se reúnem, ou se congregam para a edificação uns dos outros, para o convencimento dos incrédulos entre eles e socorro dos seus necessitados (1 Co 14.23-25, 26; 2 Co 9.10-12); bem como para comemorar solenemente a morte do Salvador no ato da ceia, ou partir do pão (1 Co 11.23-26). Daí a gravidade com que as Escrituras nos alertam a não abandonarmos nossa congregação, “como é costume de alguns” (Hb 10.24-25). 

CONCLUSÃO 

Devemos nos considerar bem-aventurados por pertencer à igreja de Cristo, e amá-la, perseverar na sua comunhão e servirmos uns aos outros conforme a medida da graça que Deus nos concedeu.