25 fevereiro 2025

009-O toque da sétima trombeta (3ª parte) -As Sete taças da ira de Deus - Apocalipse Lição 09[Pr Afonso Chaves]25fev2025

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LIÇÃO 9 

O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (3ª PARTE): 

AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS 

TEXTO ÁUREO: “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.” (Ap 15.1) 

LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 15.1-8 

INTRODUÇÃO A visão dos capítulos 12 e 13 permitiu-nos vislumbrar que Satanás batalha terrivelmente contra os filhos de Deus, tanto nas regiões celestiais como na terra, movendo contra os santos os sistemas político e religioso deste mundo. Mas vimos também que, para Deus, os fiéis já estão aprovados e desfrutando da glória da Sua presença. Por outro lado, o castigo daqueles que não creem no evangelho está às portas e, na seqüência dos grandes sinais revelados ao toque da sétima trombeta, eis que se apresenta o último grande sinal: os sete anjos com as sete taças da ira de Deus, cujo derramar resultará na destruição completa daquilo que havia restado, ou dos que conseguiram escapar dos castigos infligidos sob as trombetas. 

I – AS MENSAGENS DOS TRÊS ANJOS (14.6-13) A mensagem de Deus para o mundo antes do fim é apresentada por três anjos que João vê bradarem no céu um após o outro. O primeiro anjo tinha o evangelho eterno e dizia: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (vv. 6-7) – numa reiteração da ordem para que o evangelho da glória de Deus seja ainda proclamado às nações. Conforme já vimos, esta foi a missão dada não apenas ao apóstolo João (Ap 10.11), mas a todas as testemunhas de Cristo (Ap 11.3). A mensagem do segundo anjo (v. 8) proclama a queda de Babilônia, a grande cidade – numa antecipação ao que será descrito em maiores detalhes nos capítulos 17 e 18. Babilônia representa o mundo e todo o seu sistema e modo de vida que a torna detestável aos olhos de Deus, assim como a antiga Babilônia havia atraído a ira de Deus em razão da sua idolatria e soberba, fomentada pela riqueza do seu comércio com as nações. Em outras palavras, a condenação deste mundo já está determinada (cf. Is 51.6). Na mensagem do terceiro anjo (vv. 9-11), declara-se a sentença de eterna condenação daqueles que seguirem a besta e que receberem a sua marca, selando assim sua rebelião contra o reino e o senhorio do Cordeiro, Cristo Jesus. 

II – A CEIFA E A VINDIMA (14.14-20) Uma vez proclamada nos céus a proximidade do juízo de Deus, João agora contempla esse evento na perspectiva da vinda do Senhor Jesus (“eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem”, cf. Mt 24.30, 31), aqui representada na figura, já conhecida nos profetas, de uma dupla colheita: a ceifa e a vindima. Ou seja, esse será o tempo em que tanto os justos como os injustos receberão a sua recompensa (Jo 5.28, 29): uns, como o trigo, serão colhidos para serem preservados eternamente nos celeiros de Deus; outros, como uvas, serão colhidos e levados ao lagar da ira de Deus, onde serão pisados pelo próprio Cordeiro, para sua eterna destruição (cf. Mt 13.39-43). 

III – OS SETE ANJOS COM AS SETE TAÇAS E AS ÚLTIMAS PRAGAS (15.1-16.21) No capítulo 15 é apresentada a visão dos sete anjos que tinham as últimas sete pragas. O derramar de sete salvas ou taças refere-se ao aspecto de que nelas a ira de Deus atingiu sua medida completa, acumulada em razão da rebeldia e impenitência dos homens (“nelas é consumada a ira de Deus”). Por isso, os males aqui apresentados alcançam a plenitude do seu potencial destrutivo, resultando no fim do mundo dos ímpios, enquanto aqueles descritos na abertura dos selos e no toque das trombetas revelam esses castigos numa medida de destruição gradual e parcial (cf. “quarta parte” em Ap 6.8; “terça parte” em Ap 8.7, etc.). Assim, as primeiras cinco taças (Ap 16.1-11) podem ser comparadas às primeiras cinco trombetas, pela semelhança dos aspectos do meio-ambiente e da existência humana afetados, revelando um agravamento das pragas desencadeadas ao toque das trombetas. Notemos ainda como, após a revelação da atuação da besta, as pragas são descritas afetando particularmente aqueles que fazem parte do seu reino abominável, endurecendo-os na sua rebelião contra Deus para que recebam a paga completa dos seus pecados, e Deus possa vingar o sangue dos seus santos derramado neste mundo perverso. A sexta taça (Ap 16.12-16) revela o cenário de uma batalha em preparação, no qual as hostes da maldade se mobilizam para combater o povo santo: o termo de separação entre a terra de Israel e o norte, de onde vem esse mal, é removido (“e sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se”), o que simbolicamente se refere à atitude de muitos crentes que vacilam onde deveriam ter posição firme – como no amor (cf. Mt 24.10- 12). O dragão (Satanás), por sua vez, atuando em conjunto com a besta (o governo global) e o falso profeta (o sistema religioso), está reunindo os povos do mundo para mantê-los, até ao fim, na sua oposição a Deus (“para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo poderoso”). Notemos que este é um dia determinado pelo próprio Deus, e por isso João faz o alerta para que não sejamos apanhados de surpresa naquele dia – na vinda de Cristo – pois é muito fácil ceder terreno às estratégias capciosas do adversário (“bem-aventurado aquele que vigia...”, cf. Lc 21.34-36). Armagedom é o nome dado ao local em que esse impasse final entre o bem e o mal se resolverá, no fim do mundo, no último dia. Trata-se, porém, de uma figura, pois se refere a todo o mundo e à sua destruição total, conforme ainda estudaremos em lição posterior. O derramar da sétima taça (Ap 16.17-21) completa a execução da ira de Deus, com a destruição dos homens, e dos céus e da terra (“e toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam”). Notemos que é destruído tudo aquilo que se relaciona ou se constitui entre os homens – incluindo os sistemas representados pelas duas bestas e seus exércitos – mas o dragão não é destruído aqui. 

CONCLUSÃO A ira de Deus é como um fogo consumidor, e terrível coisa será a manifestação do Seu juízo sobre o mundo. Para aqueles que vigiam, haverá livramento das artimanhas e do engodo do maligno, e estes contemplarão a salvação de Deus quando os exércitos inimigos forem completamente destruídos.

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12 fevereiro 2025

007-A Sétima Trombeta (1ª Parte) - A mulher e o Dragão - Apocalipse Lição 07[Pr Afonso Chaves]10fev2025

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LIÇÃO 7 

O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (1ª PARTE): 

"A MULHER E O DRAGÃO"

TEXTO ÁUREO: “Pelo que, alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” (Ap 12.12) 

LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 12.1-12 

INTRODUÇÃO Conforme explicamos na lição anterior, o toque da sétima trombeta introduz um novo ciclo de visões, nas quais grandes sinais são revelados no céu: a mulher e o dragão (Ap 12); as duas bestas (Ap 13); o exército celestial (Ap 14); e a própria visão das sete taças com as últimas pragas (Ap 15 e 16). Na presente lição, começaremos a estudar esses sinais, detendo-nos sobre o capítulo 12, que fala da mulher e o dragão. 

I – A MULHER E O DRAGÃO (12.1-6) Este capítulo trata de dois sinais vistos no céu por João, o primeiro sendo uma mulher gloriosamente adornada (“vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”), que estava grávida. Nas Escrituras, essa é a figura mais frequentemente usada para se referir ao povo de Deus que, tanto no passado, representado pela nação de Israel (Ez 16.8-10), como no presente, representado pelo verdadeiro Israel, a Igreja, é representado como a esposa do Senhor (Ef 5.31-32). Desde o princípio, o povo de Deus aguardava ansiosamente pelo cumprimento da promessa a respeito da vinda do Messias, o Salvador (Is 7.14; 9.6-7) – essa promessa permaneceu então como que em gestação e o tempo de a mulher dar à luz chegou quando Cristo foi enviado ao mundo, nascido de mulher (Gl 4.4). O segundo sinal no céu é o de um terrível dragão, cuja identidade é apresentada no próprio texto (“o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo”, v. 9), e que, na pretensão de formar para si um reino, em oposição ao Criador, levou muitos outros anjos consigo na sua rebelião (“a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu”). A visão revela ainda a tentativa frustrada de Satanás de destruir o filho da mulher, que é Cristo Jesus (“parou diante da mulher... para que lhe tragasse o filho”). Contudo, os desígnios de Deus em relação a Cristo cumpriram-se tão rapidamente no Seu nascimento, morte e ressurreição (ele “foi arrebatado para Deus e para o seu trono”), que Satanás não pode fazer coisa alguma para impedi-lo. 

II – A BATALHA NO CÉU (12.7-12) O arrebatamento do Filho de Deus para o céu resultou numa batalha espiritual (“Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão”), ou seja, numa grande mudança na ordem das coisas e dos seres que habitam as regiões celestiais. Antes da morte e ressurreição do Senhor Jesus, Satanás é visto estar presente em mais de uma ocasião entre as hostes celestiais, seja para acusar os servos de Deus (“o acusador de nossos irmãos”), seja para propor ou sugerir estratagemas em que a sua malícia e engano pudessem ser empregados (“que engana todo o mundo”). Porém, quando Cristo morreu na cruz, cumprindo em Si mesmo a justiça de Deus, resgatando-nos do pecado pelo sacrifício de Sua própria vida, e ressuscitando para comparecer por nós diante do Pai, para nossa justificação, as acusações que o diabo (o “acusador”) poderia levantar contra nós foram caladas, e assim o inimigo de nossas almas foi vencido (“eles o venceram pelo sangue do Cordeiro”, cf. Rm 8.1, 31-34), precipitado na terra (“nem mais o seu lugar se achou nos céus”) e entregue à expectativa de um juízo que em breve se cumprirá (“tem pouco tempo”). 

III – A FÚRIA DO DRAGÃO (12.13-17) Frustrado em seu intento de destruir o Filho de Deus, e agora privado de acesso ao céu, Satanás logo se volta contra a mulher, a Igreja, na tentativa de destruí-la (“o dragão... perseguiu à mulher”, cf. At 12.1-3) e fazê-la desaparecer entre a multidão de povos, nações e línguas (“a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar”) – do que a história fornece amplo testemunho, tanto nas perseguições como nas tentativas de suprimir ou corromper o testemunho puro e genuíno por parte da Igreja. Contudo, a mulher é socorrida, sendo levada para o deserto (vv. 6, 14) – lugar onde não pode ser alcançada por Satanás e onde também é sustentada milagrosamente por Deus; ao mesmo tempo em que seus perseguidores perecem pela brevidade da vida terrena e pelos males que lhes sobrevêm (“a terra ajudou a mulher... abriu a sua boca, e tragou o rio”, At 12.21-23). Mais uma vez frustrado, Satanás então se volta contra aqueles que, assim como Cristo, foram gerados pela mulher – neste caso, gerados através testemunho da Igreja (“o resto da sua semente”) – na tentativa de destruí-los por meio de tentações e perseguições (1 Pe 5.8-10). Finalmente, mas não menos importante, devemos atentar para a menção ao tempo em que a mulher deve permanecer abrigada no deserto: 1260 (mil duzentos e sessenta) dias (v. 6), e também um tempo, e tempos, e metade de um tempo (v. 14), que é outra forma figurada de se referir ao mesmo período e que, conforme vimos no capítulo 11, corresponde ao tempo em que a cidade e o átrio estão entregues às nações e as duas testemunhas estão profetizando. Em outras palavras, ambas as visões se referem a todo o período da chamada dispensação da graça. 

CONCLUSÃO A manifestação de Cristo e Sua vitória sobre Satanás é o segredo de Deus, que haveria de se cumprir ao toque da sétima trombeta. A salvação dos servos do Senhor está agora assegurada pela justiça de Deus manifestada em Cristo Jesus na cruz e apresentada diante de Deus através da Sua ressurreição e exaltação ao céu.

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11 fevereiro 2025

008-O toque da sétima trombeta (2ª Parte) - As duas bestas e os remidos - Apocalipse Lição 08[Pr Afonso Chaves]17fev2025

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LIÇÃO 8 

O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (2ª PARTE): 

AS DUAS BESTAS E OS REMIDOS 

TEXTO ÁUREO: “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.” (Ap 14.1) 

LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 13.1-8 

INTRODUÇÃO Estamos ainda considerando a revelação de grandes sinais, inaugurada pelo toque da sétima trombeta, e que começa com a visão da mulher e do dragão, e das tentativas frustradas deste (Satanás) de destruir, ora o Filho da mulher (Cristo Jesus), ora a própria mulher (a Igreja), ora ainda os seus descendentes (“os que guardam os mandamentos de Deus...”). Na sequência, João vê o desdobramento deste conflito de Satanás contra os santos, onde, com grande ira, o adversário passa a atuar sobre a terra através da instrumentalidade de duas potestades representadas por bestas que sobem, uma, do mar, e outra, da terra. 

I – A BESTA QUE SUBIU DO MAR (13.1-10) A primeira besta traz a semelhança do dragão (“sete cabeças, dez chifres”), mas, ao invés de proceder das regiões celestiais, sua origem é humana – o mar de onde ela emerge simbolizando, na linguagem profética, povos, nações, tribos e línguas (Ap 17.15). Trata-se esta besta da representação de um poder humano que, para compreendermos melhor, precisamos recorrer à visão que Daniel teve outrora de quatro animais que subiam do mar: um leão, um urso, um leopardo, e um quarto, terrível e espantoso, com dez chifres. Ora, esses animais representavam reis (Dn 7.17), ou reinos, que se sucederiam sobre a face da terra – respectivamente, o caldeu, o medo-persa, o grego e o romano. A besta, por sua vez, sendo formada por partes de todos esses animais (“semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão”), representa um sistema de governo, estruturado a partir de vestígios desses impérios passados, e que subsiste nos Estados-nações atuais, constituídos num governo global (os “dez chifres” simbolizam a multiplicidade de reinos que compõem esse governo, cf. Dn 7.24). A visão revela que Satanás entregou o seu domínio a esse sistema de governo (“o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”), de modo que uma verdadeira influência espiritual maligna é exercida pelos governos deste mundo sobre os habitantes da terra (“deu-selhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”). Em conseqüência disso, aqueles que não se submetem ao reino de Cristo inevitavelmente se voltam para a besta, para os seus líderes políticos e governos, neles pondo sua confiança. E, longe de se curvar ao verdadeiro Rei de toda a terra, a besta se opõe a Deus (“abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus...”), contrariando Suas leis e perseguindo os santos com violência e poder irrefreável (“foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los”, cf. Dn 7.21, 25). Contudo, o tempo de vida da besta é limitado (“deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses”), correspondendo ao período em que a mulher está abrigada no deserto, longe da vista do dragão (Ap 12.6, 14), ou ainda, ao tempo em que as duas testemunhas estão profetizando (Ap 11.3). Por isso, os santos são exortados a suportar com paciência a violência e ferocidade da besta, porque chegará o tempo em que ela será abatida (“se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto”, cf. Ap 13.10; Dn 7.26, 27). 

II – A BESTA QUE SUBIU DA TERRA (13.11-18) A segunda besta, diferentemente da primeira, aparenta mansidão (“tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro”), mas também procede da terra e é movida pelo mesmo espírito que aquela (“falava como o dragão”). Ambas atuam em conjunto, a primeira apoiando a segunda com o seu poder, enquanto a segunda engana a humanidade para que se sujeite e adore a primeira besta, como se esta fosse Deus (“faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”), apresentando, inclusive, sinais de aparente aprovação divina (“faz grandes sinais... até fogo faz descer do céu”). Por isso, ela será chamada também de falso profeta (Ap 16.13; 19.20). Trata-se, claramente, de um sistema religioso dependente e concorde com o sistema político e a ordem pecaminosa deste mundo (v. 14), que sempre existiu nas civilizações e impérios passados, como ainda existe no mundo globalizado atual, onde é cada vez mais patente o esforço de se acomodar todas as religiões a um único sistema, não submisso, mas rebelde à verdade e à vontade de Deus. No seu esforço de promover a dependência dos homens à ordem de coisas deste mundo, o poder religioso inclusive tem assimilado a estrutura política e administrativa do Estado, apresentando em si mesmo uma imagem daquele (“dizendo ... que fizessem uma imagem à besta”, “foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta”), e impondo uma identidade comum a todos os que dele participam (“e faz que a todos ... lhes seja posto um sinal”) – que não é outra coisa senão um espírito submisso ao mundo e resistente ao Espírito de Deus (1 Jo 4.5-6). Atenção para o fato de que o número 666 tem origem e relaciona-se com a religiosidade apóstata, representada pelo falso profeta (Ap 13.1, 2, 16). 

III – A VISÃO DOS REMIDOS COM O CORDEIRO (14.1-5) Se na terra o estado de coisas é tal que os santos são vistos em aflição e perseguição pelo dragão e as duas bestas, agora a atenção de João é voltada novamente para o céu, onde ele vê os santos vitoriosos, triunfantes, juntamente com o Cordeiro (cf. Ap 14.2-4). Estes são os mesmos servos de Deus que estão sendo marcados com o selo de Deus antes do fim do mundo (“cento e quarenta e quatro mil”); os mesmos que, vindo de grande tribulação, purificam suas vestes no sangue do Cordeiro (Ap 7), que os comprou para Deus e os fez reis e sacerdotes (Ap 5). A menção à virgindade desses 144.000 refere-se à sua pureza espiritual, pois, uma vez que lavaram suas vestes, não mais se contaminaram com a corrupção deste mundo (2 Co 11.2). 

CONCLUSÃO Deus abomina todos os sistemas de governo e religião criados pelo homem, vendo-os como bestas, que pela sua rebeldia indomável em breve serão destruídas, juntamente com os que amam as coisas deste mundo. Mas os fiéis, ainda que oprimidos e abatidos nesta vida, aos olhos de Deus são vitoriosos e têm sua posição assegurada junta ao Cordeiro, que em breve virá para aniquilar toda oposição ao Seu reino e fazer justiça aos Seus santos.

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05 fevereiro 2025

006-O toque das trombetas (2ª parte) - As testemunhas - Apocalipse Lição 06[Pr Afonso Chaves]03fev2025

 

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LIÇÃO6  

O TOQUE DAS TROMBETAS (2ª PARTE): 

"AS TESTEMUNHAS"

TEXTO ÁUREO: “E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.” (Ap 10.11) 

LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 10.1-7 

INTRODUÇÃO Ainda na mesma visão que se descortinou com a abertura do sétimo selo – a saber, o toque das sete trombetas – deparamo-nos agora, nos capítulos 10 e 11, com um novo parêntese imediatamente antecedendo ao toque da sétima e última trombeta – tal como sucedeu antes da abertura do sétimo selo. Mais uma vez, Deus revela a João importantes orientações que devem ser transmitidas ao Seu povo, quanto à necessidade de evangelizar ou testemunhar d’Ele sob qualquer condição. 

I – O ANJO COM O LIVRINHO ABERTO (10.1-11) Após os terríveis castigos que João vê se abatendo sobre o mundo, eis que ele passa a contemplar um anjo com grande poder e autoridade, tanto na terra como no mar (“E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra”), proclamando uma palavra de grande repercussão no mundo espiritual (“E, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes”) que o apóstolo, contudo, é proibido de escrever e revelá-la. Lembremos que algo semelhante ocorreu a Paulo, a quem também foram reveladas coisas sobre as quais não lhe era lícito falar (cf. Dt 29.29). Mas João também ouve, e isto ele pôde registrar, que um grande segredo de Deus se cumpriria ao toque da sétima trombeta – algo que, desde tempos passados, Deus já havia falado através dos seus profetas (“nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus”). O juramento do anjo é um testemunho da sua certeza quanto ao que Deus em breve faria. A atenção de João agora se volta para o livrinho que aquele anjo forte trazia na mão, e para as ordens que recebe (“Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo... Toma-o, e come-o”). Ao fazer isto, ele experimenta a alegria e o prazer daquele que recebe a Palavra de Deus como alimento (“se fará doce como o mel”) e, ao mesmo tempo, o senso do dever de anunciá-la às nações, mesmo que elas não se convertam (“teu ventre se fará amargo... Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis”). Esta foi a experiência comum de outros homens de Deus do passado, que profetizaram aos rebeldes de Israel (Ez 3.3, 4); como também é a de todos os salvos, em todo o tempo (At 1.8). 

II – AS DUAS TESTEMUNHAS (11.1-14) Ainda dentro desse parêntese que se abriu entre o toque da sexta e sétima trombetas, João recebe ordens a cumprir em relação ao templo e à cidade santa: o primeiro devia ser medido (“mede o templo de Deus, e o altar e os que nele adoram”), enquanto o átrio e a cidade deviam ser entregues para profanação (“deixa o átrio... foi dado às nações... pisarão a cidade santa”). Este ato simbólico significa que, estando o reino de Deus presente entre os homens por meio de Cristo, muitos têm ingressado na comunhão com Deus (o lugar santo), participando da  verdadeira adoração (os que adoram no altar); mas muitos outros se têm feito ouvintes indiferentes, e não participantes sinceros das coisas de Deus, e assim permanecem do lado de fora do reino (Mt 21.12). O próximo destaque na visão são duas testemunhas, identificadas como “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (cf. Zc 4), e que têm relação direta com a mensagem do capítulo anterior, com respeito à necessidade de que o testemunho de Cristo seja dado às nações. Aqui, o fato de serem duas as testemunhas se refere à veracidade do testemunho que, segundo a lei, devia ser confirmado pela boca de dois homens (Jo 8.17, 18); e também porque todo aquele que dá testemunho de Cristo depende da assistência do Espírito de Deus, que também testifica de Cristo (Jo 15.26, 27; At 5.32). Assim, as duas testemunhas são a Igreja e o Espírito Santo (At 1.8; Ap 22.17). As testemunhas se apresentam em humilhação (“vestidas de saco”), pois não desfrutam dos prazeres e facilidades do mundo, antes sua missão é profetizar ao mundo. Não podem ser impedidas de cumprirem o seu ministério, pois têm autoridade e são protegidas por Deus contra os que se lhes opõem (“se alguém lhes quiser fazer mal...”) – a exemplo do próprio Senhor Jesus (Lc 13.33), ou do apóstolo Paulo (2 Tm 4.7). Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma “besta que sobe do abismo” – e sobre como isto se dará, teremos muito a dizer em lições posteriores. O fato é que, mesmo depois de mortas, elas tornarão a viver, e serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo onde foram martirizadas sofrerá o juízo de Deus (“no terremoto foram mortos sete mil homens”). Quanto às diversas referências de tempo em que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência entre 42 (quarenta e dois) meses, 1.260 (mil duzentos e sessenta) dias e três anos e meio (Ap 11.2, 3, 9), bem como em relação a um tempo, e tempos, e metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7), de modo que tudo ocorre durante o mesmo período – que é o período da dispensação da graça (cf. Lc 24.47, 49). 

III – O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (11.15-19) De modo semelhante ao que ocorreu na abertura do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário para uma nova visão (“abriu-se no céu o templo de Deus”), ou melhor, para novas visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de Deus (Ap 15 e 16). 

CONCLUSÃO Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras, inclusive através dos castigos e repreensões que inflige aos homens, mas estes não se arrependem. Contudo, permanece a ordem da parte de Deus para que testemunhemos de Cristo a todos, até o fim.

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