MP3 PARA DOWNLOADS
LIÇÃO 9
O TOQUE DA SÉTIMA TROMBETA (3ª PARTE):
AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS
TEXTO ÁUREO: “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.” (Ap 15.1)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 15.1-8
INTRODUÇÃO A visão dos capítulos 12 e 13 permitiu-nos vislumbrar que Satanás batalha terrivelmente contra os filhos de Deus, tanto nas regiões celestiais como na terra, movendo contra os santos os sistemas político e religioso deste mundo. Mas vimos também que, para Deus, os fiéis já estão aprovados e desfrutando da glória da Sua presença. Por outro lado, o castigo daqueles que não creem no evangelho está às portas e, na seqüência dos grandes sinais revelados ao toque da sétima trombeta, eis que se apresenta o último grande sinal: os sete anjos com as sete taças da ira de Deus, cujo derramar resultará na destruição completa daquilo que havia restado, ou dos que conseguiram escapar dos castigos infligidos sob as trombetas.
I – AS MENSAGENS DOS TRÊS ANJOS (14.6-13) A mensagem de Deus para o mundo antes do fim é apresentada por três anjos que João vê bradarem no céu um após o outro. O primeiro anjo tinha o evangelho eterno e dizia: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (vv. 6-7) – numa reiteração da ordem para que o evangelho da glória de Deus seja ainda proclamado às nações. Conforme já vimos, esta foi a missão dada não apenas ao apóstolo João (Ap 10.11), mas a todas as testemunhas de Cristo (Ap 11.3). A mensagem do segundo anjo (v. 8) proclama a queda de Babilônia, a grande cidade – numa antecipação ao que será descrito em maiores detalhes nos capítulos 17 e 18. Babilônia representa o mundo e todo o seu sistema e modo de vida que a torna detestável aos olhos de Deus, assim como a antiga Babilônia havia atraído a ira de Deus em razão da sua idolatria e soberba, fomentada pela riqueza do seu comércio com as nações. Em outras palavras, a condenação deste mundo já está determinada (cf. Is 51.6). Na mensagem do terceiro anjo (vv. 9-11), declara-se a sentença de eterna condenação daqueles que seguirem a besta e que receberem a sua marca, selando assim sua rebelião contra o reino e o senhorio do Cordeiro, Cristo Jesus.
II – A CEIFA E A VINDIMA (14.14-20) Uma vez proclamada nos céus a proximidade do juízo de Deus, João agora contempla esse evento na perspectiva da vinda do Senhor Jesus (“eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem”, cf. Mt 24.30, 31), aqui representada na figura, já conhecida nos profetas, de uma dupla colheita: a ceifa e a vindima. Ou seja, esse será o tempo em que tanto os justos como os injustos receberão a sua recompensa (Jo 5.28, 29): uns, como o trigo, serão colhidos para serem preservados eternamente nos celeiros de Deus; outros, como uvas, serão colhidos e levados ao lagar da ira de Deus, onde serão pisados pelo próprio Cordeiro, para sua eterna destruição (cf. Mt 13.39-43).
III – OS SETE ANJOS COM AS SETE TAÇAS E AS ÚLTIMAS PRAGAS (15.1-16.21) No capítulo 15 é apresentada a visão dos sete anjos que tinham as últimas sete pragas. O derramar de sete salvas ou taças refere-se ao aspecto de que nelas a ira de Deus atingiu sua medida completa, acumulada em razão da rebeldia e impenitência dos homens (“nelas é consumada a ira de Deus”). Por isso, os males aqui apresentados alcançam a plenitude do seu potencial destrutivo, resultando no fim do mundo dos ímpios, enquanto aqueles descritos na abertura dos selos e no toque das trombetas revelam esses castigos numa medida de destruição gradual e parcial (cf. “quarta parte” em Ap 6.8; “terça parte” em Ap 8.7, etc.). Assim, as primeiras cinco taças (Ap 16.1-11) podem ser comparadas às primeiras cinco trombetas, pela semelhança dos aspectos do meio-ambiente e da existência humana afetados, revelando um agravamento das pragas desencadeadas ao toque das trombetas. Notemos ainda como, após a revelação da atuação da besta, as pragas são descritas afetando particularmente aqueles que fazem parte do seu reino abominável, endurecendo-os na sua rebelião contra Deus para que recebam a paga completa dos seus pecados, e Deus possa vingar o sangue dos seus santos derramado neste mundo perverso. A sexta taça (Ap 16.12-16) revela o cenário de uma batalha em preparação, no qual as hostes da maldade se mobilizam para combater o povo santo: o termo de separação entre a terra de Israel e o norte, de onde vem esse mal, é removido (“e sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se”), o que simbolicamente se refere à atitude de muitos crentes que vacilam onde deveriam ter posição firme – como no amor (cf. Mt 24.10- 12). O dragão (Satanás), por sua vez, atuando em conjunto com a besta (o governo global) e o falso profeta (o sistema religioso), está reunindo os povos do mundo para mantê-los, até ao fim, na sua oposição a Deus (“para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo poderoso”). Notemos que este é um dia determinado pelo próprio Deus, e por isso João faz o alerta para que não sejamos apanhados de surpresa naquele dia – na vinda de Cristo – pois é muito fácil ceder terreno às estratégias capciosas do adversário (“bem-aventurado aquele que vigia...”, cf. Lc 21.34-36). Armagedom é o nome dado ao local em que esse impasse final entre o bem e o mal se resolverá, no fim do mundo, no último dia. Trata-se, porém, de uma figura, pois se refere a todo o mundo e à sua destruição total, conforme ainda estudaremos em lição posterior. O derramar da sétima taça (Ap 16.17-21) completa a execução da ira de Deus, com a destruição dos homens, e dos céus e da terra (“e toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam”). Notemos que é destruído tudo aquilo que se relaciona ou se constitui entre os homens – incluindo os sistemas representados pelas duas bestas e seus exércitos – mas o dragão não é destruído aqui.
CONCLUSÃO A ira de Deus é como um fogo consumidor, e terrível coisa será a manifestação do Seu juízo sobre o mundo. Para aqueles que vigiam, haverá livramento das artimanhas e do engodo do maligno, e estes contemplarão a salvação de Deus quando os exércitos inimigos forem completamente destruídos.
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
ESTUDOS BÍBLICOS NOS SEGUINTES HORÁRIOS DE SEGUNDA A SEGUNDA: 00h, 09h, 13h, 20h.