21 janeiro 2025

004-A Abertura dos Sete Selos - Apocalipse Lição 04[Pr Afonso Chaves]20jan2025

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LIÇÃO 4 

A ABERTURA DOS SETE SELOS 

TEXTO ÁUREO: “E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!” (Ap 6.1) 

LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 6.1-11 

INTRODUÇÃO Tendo o Cordeiro tomado o livro selado da destra do que estava assentado sobre o trono, conforme estudamos na lição anterior, veremos agora a revelação dos desígnios de Deus na abertura dos sete selos. No estudo desta seção de Apocalipse (6.1-8.6), observamos que a abertura dos seis primeiros selos é seguida por um parêntese – uma condição necessária para que as determinações de Deus reveladas nos selos se completem – e só então se apresenta a abertura do sétimo e último selo. 

I – A ABERTURA DOS QUATRO PRIMEIROS SELOS (6.1-8) Na medida em que o Cordeiro abre os selos do livro, João é chamado a ver o que se revela, mas, ao invés de letras ou figuras estáticas, o que ele contempla é uma visão dinâmica que se abre diante de seus olhos. O conteúdo dos quatro primeiros selos se apresenta na forma simbólica de quatro cavalos e seus cavaleiros. O primeiro e mais importante dos cavaleiros (Ap 6.1, 2) é um rei, guerreiro e vitorioso, que representa o grandioso desígnio de Deus estabelecido em Cristo Jesus, de dar a Seu Filho a primazia sobre todas as coisas, de fazê-lo Rei dos reis e Senhor dos senhores, e sempre vitorioso sobre os Seus inimigos (Sl 2.1-6). Portanto, a sorte da humanidade, em todas as gerações, vem sendo decidida de acordo com a sua atitude em relação a esse primeiro decreto. É certo que vencerão os que estão com o Cordeiro (Ap 17.14); por outro lado, aqueles que rejeitam o Seu senhorio e reinado são alertados por Deus, através de castigos representados pelos demais cavaleiros, quanto ao fim que os aguarda. Assim, o segundo cavaleiro (Ap 6.3, 4) fala de desentendimentos mútuos e guerras a que os homens são entregues por não se sujeitarem àqu’Ele que é o Príncipe da Paz (Is 57.20, 21). O terceiro cavaleiro (Ap 6.5, 6) se refere a limitações de ordem material sobre a face da terra – particularmente fomes – embora a graça de Deus para com o Seu povo não seja afetada nem diminuída: “não danifiques o azeite e o vinho” (graça e alegria do Espírito). O quarto cavaleiro (Ap 6.7, 8) finaliza o quadro dos males que sobrevêm aos povos rebeldes, trazendo pestes e mortandade, ainda que com dano parcial (“para matar a quarta parte da terra”, cf. Mt 21.38-43). 

II – A ABERTURA DO QUINTO E DO SEXTO SELO (6.9-17) O quinto selo (Ap 6.9-11) revela a situação particular daqueles que, ao longo das gerações, têm sido fiéis até a morte (“os que foram mortos por amor da palavra de Deus”). Embora João os veja debaixo do altar, clamando a Deus por justiça, a verdade é que nenhum dos santos que já morreram está atualmente consciente na presença de Deus, mas todos descansam no pó da terra aguardando a vinda do Senhor e a ressurreição. Contudo, para Deus todos vivem em Sua memória (Lc 20.38), e Ele tem como que anseio por revê-los, e fazer-lhes logo justiça – o fato de terem sido afligidos e mortos num mundo injusto soa como um clamor por vingança aos Seus ouvidos (cf. Gn 4.10, 11). A visão revela que Deus só não atendeu ainda ao seu clamor porque é necessário que primeiro se complete o número exato daqueles que hão de se salvar e juntar-se a eles, para que assim Deus possa fazer justiça a todos de uma só vez (“até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos”, cf. Hb 11.39, 40). Este número é algo do conhecimento de Deus, e sobre isto se falará novamente mais adiante. A representação dos santos debaixo do altar significa que aqueles que morrem pela causa do Senhor são como holocaustos (ofertas totalmente queimadas) no altar de Deus (Rm 8.36) e, mesmo reduzidos a cinzas, ainda são reservados em lugar próprio na memória do seu Senhor, onde aguardam a ressurreição. O sexto selo (Ap 6.12-17) anuncia que é chegado o fim, o tempo da ira do Cordeiro ser derramada sobre o mundo, pois os céus são removidos e todos os sólidos fundamentos da terra são abalados, numa clara alusão ao dia da vinda de Cristo e do juízo final (2 Pe 3.7, 10; Ap 20.10). 

III – UM EVENTO EM PARÊNTESE E A ABERTURA DO SÉTIMO SELO (7.1-8.6) O evento narrado no capítulo 7 constitui um parêntese para explicar que o fim de todas as coisas, já prenunciado na abertura do sexto selo, não acontecerá sem que antes sejam assinalados aqueles que pertencem a Deus. Mais uma vez, a visão revela que há um número definido daqueles que serão salvos, os quais receberão o Espírito de Deus como selo e garantia da sua redenção final (“até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”, cf. Ef 1.13, 14). Notemos como o número dos assinalados e sua distribuição pelas tribos de Israel corresponde à visão ideal e perfeita que Deus tem de Seu povo. Mas também é importante notar a diferença entre o que João ouviu quanto ao número e a identidade dos assinalados e aquilo que ele viu ao contemplá-los: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, e “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. Em outras palavras, ele viu o verdadeiro Israel de Deus, a Igreja (Rm 2.28, 29), de modo que 144.000 é um número figurado, representando as doze tribos multiplicadas aos milhares, totalizando um número que ninguém pode contar, como as estrelas do céu (Gn 15.5). Observe-se ainda que as vestes brancas identificam o povo de Deus como aqueles que foram redimidos, purificados e justificados pelo Cordeiro (Ap 1.5) e passaram por grande tribulação por amor do Seu nome (Dn 12.1, 2; 2 Tm 3.12). Encerramos com uma breve consideração sobre o sétimo selo (Ap 8.1-6), cuja abertura impõe um solene silêncio no céu ante a expectativa e a gravidade do que estava prestes a ser revelado e dos eventos que se desencadeariam a partir do toque de sete trombetas, que sete anjos prepararam-se para tocar, conforme estudaremos nas próximas lições. 

CONCLUSÃO Jesus Cristo é o Senhor. Todo aquele que se rebelar contra o Seu senhorio será castigado já nesta vida, ao passo que, quando da Sua vinda, esse castigo tomará a forma de ira e juízo inescapáveis. Já aqueles que Lhe ofertarem a vida serão contados entre o número dos Seus eleitos e reservados para o dia em que serão reunidos para estarem sempre na presença do Cordeiro, como ovelhas junto ao seu pastor.

PARA USO DO PROFESSOR

AUTORIA 

Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

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