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LIÇÃO 4
A ABERTURA DOS SETE SELOS
TEXTO ÁUREO: “E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!” (Ap 6.1)
LEITURA BÍBLICA: APOCALIPSE 6.1-11
INTRODUÇÃO Tendo o Cordeiro tomado o livro selado da destra do que estava assentado sobre o trono, conforme estudamos na lição anterior, veremos agora a revelação dos desígnios de Deus na abertura dos sete selos. No estudo desta seção de Apocalipse (6.1-8.6), observamos que a abertura dos seis primeiros selos é seguida por um parêntese – uma condição necessária para que as determinações de Deus reveladas nos selos se completem – e só então se apresenta a abertura do sétimo e último selo.
I – A ABERTURA DOS QUATRO PRIMEIROS SELOS (6.1-8) Na medida em que o Cordeiro abre os selos do livro, João é chamado a ver o que se revela, mas, ao invés de letras ou figuras estáticas, o que ele contempla é uma visão dinâmica que se abre diante de seus olhos. O conteúdo dos quatro primeiros selos se apresenta na forma simbólica de quatro cavalos e seus cavaleiros. O primeiro e mais importante dos cavaleiros (Ap 6.1, 2) é um rei, guerreiro e vitorioso, que representa o grandioso desígnio de Deus estabelecido em Cristo Jesus, de dar a Seu Filho a primazia sobre todas as coisas, de fazê-lo Rei dos reis e Senhor dos senhores, e sempre vitorioso sobre os Seus inimigos (Sl 2.1-6). Portanto, a sorte da humanidade, em todas as gerações, vem sendo decidida de acordo com a sua atitude em relação a esse primeiro decreto. É certo que vencerão os que estão com o Cordeiro (Ap 17.14); por outro lado, aqueles que rejeitam o Seu senhorio e reinado são alertados por Deus, através de castigos representados pelos demais cavaleiros, quanto ao fim que os aguarda. Assim, o segundo cavaleiro (Ap 6.3, 4) fala de desentendimentos mútuos e guerras a que os homens são entregues por não se sujeitarem àqu’Ele que é o Príncipe da Paz (Is 57.20, 21). O terceiro cavaleiro (Ap 6.5, 6) se refere a limitações de ordem material sobre a face da terra – particularmente fomes – embora a graça de Deus para com o Seu povo não seja afetada nem diminuída: “não danifiques o azeite e o vinho” (graça e alegria do Espírito). O quarto cavaleiro (Ap 6.7, 8) finaliza o quadro dos males que sobrevêm aos povos rebeldes, trazendo pestes e mortandade, ainda que com dano parcial (“para matar a quarta parte da terra”, cf. Mt 21.38-43).
II – A ABERTURA DO QUINTO E DO SEXTO SELO (6.9-17) O quinto selo (Ap 6.9-11) revela a situação particular daqueles que, ao longo das gerações, têm sido fiéis até a morte (“os que foram mortos por amor da palavra de Deus”). Embora João os veja debaixo do altar, clamando a Deus por justiça, a verdade é que nenhum dos santos que já morreram está atualmente consciente na presença de Deus, mas todos descansam no pó da terra aguardando a vinda do Senhor e a ressurreição. Contudo, para Deus todos vivem em Sua memória (Lc 20.38), e Ele tem como que anseio por revê-los, e fazer-lhes logo justiça – o fato de terem sido afligidos e mortos num mundo injusto soa como um clamor por vingança aos Seus ouvidos (cf. Gn 4.10, 11). A visão revela que Deus só não atendeu ainda ao seu clamor porque é necessário que primeiro se complete o número exato daqueles que hão de se salvar e juntar-se a eles, para que assim Deus possa fazer justiça a todos de uma só vez (“até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos”, cf. Hb 11.39, 40). Este número é algo do conhecimento de Deus, e sobre isto se falará novamente mais adiante. A representação dos santos debaixo do altar significa que aqueles que morrem pela causa do Senhor são como holocaustos (ofertas totalmente queimadas) no altar de Deus (Rm 8.36) e, mesmo reduzidos a cinzas, ainda são reservados em lugar próprio na memória do seu Senhor, onde aguardam a ressurreição. O sexto selo (Ap 6.12-17) anuncia que é chegado o fim, o tempo da ira do Cordeiro ser derramada sobre o mundo, pois os céus são removidos e todos os sólidos fundamentos da terra são abalados, numa clara alusão ao dia da vinda de Cristo e do juízo final (2 Pe 3.7, 10; Ap 20.10).
III – UM EVENTO EM PARÊNTESE E A ABERTURA DO SÉTIMO SELO (7.1-8.6) O evento narrado no capítulo 7 constitui um parêntese para explicar que o fim de todas as coisas, já prenunciado na abertura do sexto selo, não acontecerá sem que antes sejam assinalados aqueles que pertencem a Deus. Mais uma vez, a visão revela que há um número definido daqueles que serão salvos, os quais receberão o Espírito de Deus como selo e garantia da sua redenção final (“até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”, cf. Ef 1.13, 14). Notemos como o número dos assinalados e sua distribuição pelas tribos de Israel corresponde à visão ideal e perfeita que Deus tem de Seu povo. Mas também é importante notar a diferença entre o que João ouviu quanto ao número e a identidade dos assinalados e aquilo que ele viu ao contemplá-los: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, e “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. Em outras palavras, ele viu o verdadeiro Israel de Deus, a Igreja (Rm 2.28, 29), de modo que 144.000 é um número figurado, representando as doze tribos multiplicadas aos milhares, totalizando um número que ninguém pode contar, como as estrelas do céu (Gn 15.5). Observe-se ainda que as vestes brancas identificam o povo de Deus como aqueles que foram redimidos, purificados e justificados pelo Cordeiro (Ap 1.5) e passaram por grande tribulação por amor do Seu nome (Dn 12.1, 2; 2 Tm 3.12). Encerramos com uma breve consideração sobre o sétimo selo (Ap 8.1-6), cuja abertura impõe um solene silêncio no céu ante a expectativa e a gravidade do que estava prestes a ser revelado e dos eventos que se desencadeariam a partir do toque de sete trombetas, que sete anjos prepararam-se para tocar, conforme estudaremos nas próximas lições.
CONCLUSÃO Jesus Cristo é o Senhor. Todo aquele que se rebelar contra o Seu senhorio será castigado já nesta vida, ao passo que, quando da Sua vinda, esse castigo tomará a forma de ira e juízo inescapáveis. Já aqueles que Lhe ofertarem a vida serão contados entre o número dos Seus eleitos e reservados para o dia em que serão reunidos para estarem sempre na presença do Cordeiro, como ovelhas junto ao seu pastor.
PARA USO DO PROFESSOR
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